Un Jour... escrita por ana lhm


Capítulo 2
Parte II - À qui appartient mon coeur


Notas iniciais do capítulo

Olá, mon ami!

Não deu pra por a tradução do título no título então vou por aqui: "que possui meu coração"

Adorei essa fic e essa nova experiência e espero que tenham gostado também! Sobre o fim, espero ter atingido minhas expectativas de não ter ficado muito clichê..

Well, Enjoy it!



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Pov, Damon.

Terminei a história, sentindo a nostalgia se apossar de meu corpo. Elena sentou-se na cama, sabendo que a história acabava ali.

– Teve um final feliz ou não? - perguntou.

– Terá - respondi.

– Então ela não acabou? - a morena questionou confusa, olhando para mim com seus olhos castanhos.

– Não.

Então ela se calou, sabendo que não podia fazer nada a respeito.

Elena sabia que era ela na história, sabia que havia perdido a memória quando bateu com a cabeça no chão, na queda da arquibancada. Sabia que ficara no hospital por seis anos porque a família não queria que ela fosse para lá, a meu pedido, aliás, mesmo não podendo que eu a leve para casa. Ela só não sabia que Joshua, meu nome falso, era na verdade Damon, o outro protagonista. E eu ia lá todos os dias a seis anos lhe contar essa história na esperança de que um dia ela descobrisse isso. Doía ter suas esperanças esmagadas todos os dias. Mas eu não desistiria, porque eu a amava e ela me amava, apenas não se lembrava disso.

– Oh! - Elena exclamou de repente, tirando-me dos meus devaneios.

Olhei para ela. Ela estava sentada com as duas mãos sobre a cabeça, uma careta de dor estampada na face.

– O que foi, Elena, está tudo bem? - questionei preocupado, levantando-me e indo até ela.

– Dói. - foi tudo o que ela gemeu antes de se jogar na cama e começar uma respiração forte e rápida.

Será que...?

Preocupado com o estado de Elena, levantei-me de sua cama para chamar Molly.

– Damon? - parei bruscamente, a meio caminho da porta.

Ela me chamou de Damon?

Virei-me tão rápido que fiquei tonto. Elena estava sentada na cama, as bochechas vermelhas devido aos movimentos anteriores. Seus olhos estavam vermelhos de lágrimas. Os cabelos estavam bagunçados. Mas em suas íris castanhas eu podia ver a confusão, ou esclarecimento dela.

– Oh meu Deus, você se lembra? - murmurei, não sei se ela ouviu, mas julgo que sim, pois Elena logo fechou os olhos.

– A a-arquibancada, ela... - Gilbert se atropelava com as palavras. - ela caiu, nós caímos e...

Eu estava paralisado ali.

Ela sabia dessa parte da história, enfermeiras, Klaus e eu mesmo já havia lhe contado isso, mas ela me chamou de Damon. Eu, ou ninguém, nunca me apresentara como Damon. Elena prendeu seus olhos nas máscaras que estavam sobre a poltrona e seus olhos se arregalaram.

– As máscaras, nós estávamos usando as máscaras e... Damon, eu me lembro!

Senti lágrimas molharem meu rosto, meu peito se apertou, as pernas bambearam e o sangue subiu.

Deus! Ela se lembrava!

Corri até Elena e a abracei com todas as minhas forças, apertando sua cintura.

– Oh, meu amor. - sussurrei em seu ouvido - eu esperei tanto por isso!

Elena agora também chorava.

– Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. - ouvi sua voz abafada contra minha camisa.

Um alívio, uma emoção sem igual, preencheu meu corpo ao ouvir aquilo. Há quanto tempo eu ansiava em ouvir aquelas palavras novamente?

Afastei-me um pouco para poder olhar em seus olhos. Beijei seu queixo, o maxilar, as bochechas, a testa, os olhos, o nariz e, por fim, os lábios. A morena entreabriu os mesmos e aprofundamos o beijo avidamente. A alegria estava me preenchendo aos poucos.

– Eu amo você Elena Gilbert. Sempre vou amar, certo? - sussurrei contra seus lábios, minhas lágrimas se misturando com as suas.

Epílogo – Pov, Elena Gilbert.

Quatro anos mais tarde...

Quando conheci Damon, há doze anos, eu julguei-o como um imbecil qualquer que você sempre encontra no Sambódromo do Anhembi, mas no momento em que nos apresentamos, meu conceito transmutou. Assim, depois daquele dia, passei um ano sentindo saudades de um quase completo estranho.

Quando o vi de novo, depois de todo aquele tempo, meu coração esquentou, e então tudo deu certo. Tivemos o melhor ano das nossas vidas. Logo, quando viajamos para o Brasil para comemorar nossa felicidade, alguém lá em cima parecia não estar de acordo com isso. Assim, o acidente aconteceu. Ainda me recordo o tremor sobre meus pés, as mãos de Damon em minha cintura, o chão desmoronando e a batida. A dor era excruciante, apaguei em seguida.

Quando acordei, lembro-me de minha cabeça explodindo em dor e que eu não recordava de nada, apenas fragmentos de minha infância, meu nome e de uma placa "não fume" de algum momento de minha adolescência. O médico apareceu e explicou meu estado e eu não conseguia acreditar, entrei em uma fase de negação que durou meses, mas mesmo eu esperneando para acabar com aquilo tudo Joshua, ou melhor, Damon nunca desistiu de ler para mim na esperança que eu lembrasse de meu passado.

E um dia isso se concretizou.

Seis anos depois, quando eu já aceitava minha situação e minha moradia na clínica, Damon leu para mim de novo. Então eu o reconheci, reconheci meu Damon.

Lembro-me de meu cérebro se apertar em dor e minhas lembranças voltarem como um filme em câmera em velocidade rápida.

Um bom tempo depois, ao acordar de uma noite turbulenta por fortes dores de cabeça, recordei do pedido de casamento há tantos anos atrás. Acordei Damon aos berros e lhe disse um feliz “sim”.

Casamos dois anos depois, uma memória que eu me recordaria de seus detalhes para sempre.

Um ano depois, Machu Picchu foi a sede de nosso aniversário de casamento. Outra memória que se pudesse, guardaria em uma caixinha para conservá-la.

E parecia que a cada dia, nosso amor apenas crescia. Houve brigas, claro, ninguém é perfeito, mas também houve reconciliações calorosas, se assim posso dizer.

Mais um ano se passou com momentos ótimos, outros nem tanto, mas passou e continuamos firmes e fortes. Damon finalmente abriu sua própria gravadora, eu sou editora chefa de uma editora de livros depois de minha total recuperação do acidente.

O aniversário de dois anos de casamento chegava, e eu já tinha o presente de Damon... Pronto.

Era sábado, nós dois ficaríamos em casa hoje.

Acordei sentindo os braços de Damon apertar minha cintura. Sua respiração estava calma e contínua, então presumi que ele ainda estar dormindo. Soltei-me dele devagar para não acordá-lo e, assim que saí da cama, corri até o banheiro. Fiz minha higiene matinal e depois peguei o presente de meu marido no guarda-roupa.

Deitei-me por cima de Damon, uma perna de cada lado do seu corpo, e coloquei o presente ao meu lado e abaixei-me para mais perto dele e deixei com que uma mecha de meu cabelo fizesse cócegas em seu rosto. Na primeira tentativa, ele apenas coçou o lugar. Na segunda, seus olhos se abriram para mim. Íris castanhas nas azuis. Ele sorriu instantaneamente.

– Bom dia. - sua voz era preguiçosa por acabar de acordar.

Vi um fraco sorriso em seus lábios. Sorri-lhe.

– Bom dia.

Damon fez um carinho em minha face e logo se sentou em minha frente, beijando meus lábios em um selinho.

– Dois anos de casados, amor. - disse me olhando daquele jeito que somente ele faz.

– Sim, quero lhe dar seu presente já.

Meu marido sorriu e me questionou o que era. Peguei a caixinha do tamanho menor que minha mão e coloquei entre nós dois. Esperei Damon abrir e observar o conteúdo. Era uma foto pequena, não se dava para ver muita coisa, mas era visível seu significado.

– Oh, meu Deus, Elena... - murmurou encantado, e um sorriso brotou em meus lábios.

Ele me olhou, os olhos cheios de lágrimas assim como os meus estavam.

– Isso é sério? - questionou e eu assenti veemente.

Então ele me abraçou forte.

Ok, cartas na mesa: era a foto de um ultrassom. Estou grávida, já deu para reparar não é?

Ri feliz com a cena que estava vivendo. Por duas semanas, temi uma reação negativa da parte de Damon, mas tudo estava esclarecido: ele estava feliz com a notícia, nós estávamos, aliás.

– Vamos ser pais, Elena! – vibrou enquanto acariciava meu ventre.

Demorou doze anos para que eu encontrasse e vivesse minha felicidade completa, mas ela finalmente chegou.

Nos beijamos tão calorosamente que me perguntei se era saudável sentir tamanha felicidade.

– Eu te amo. - sussurrei contra seus lábios, sentindo eles se alargarem em um sorriso.

Damon passou as mãos contra o meu ventre e se abaixou para beijar a pele dali. Seus lábios eram frios contra minha pele quente. Damon beijou minha testa, o nariz e se demorou em meus lábios. Ri com seu jeito de demonstrar a felicidade.

– Eu amo vocês, ok? - ele disse firmemente olhando em meus olhos. Os seus tão azuis que eu poderia olhá-los por meio milhão de anos – amo você, Elena Gilbert.

– Eternamente, Damon Salvatore.

Pov, Damon.

Tivemos um lindo filho: Jace Kyle Salvatore, que foi e sempre será o nosso maior orgulho. Levou-se apenas algum tempo para que Elena me presenteasse com mais um motivo de orgulho: Lily Jean Salvatore, que nasceu durante o casamento de Klaus e Caroline, se querem saber. Aliás, ambos levaram uma ótima vida, tendo apenas um filho, mas que anos de alegria lhe deram.

Elena e eu nunca nos separamos apesar das desavenças que aconteceram ocasionalmente, cultivamos um belo e indestrutível amor até o fim de nossas vidas, bem, quase até o fim.

Como se o destino estivesse brincando com a minha cara, descobrimos quando velhos o alzheimer de minha esposa Elena. Então lhe digo que mais uma vez lá estava eu, adentrando a casa de repouso onde Elena agora residia para seu próprio bem com fotos e um livro, um livro que possui a mais importante história, que um dia, eu tenho certeza, Elena irá se lembrar. A história de nossas vidas.

E ela sempre se lembra em todos os finais do dia. Dando-me sempre esperanças pra viver mais um dia, afinal, há melhor motivo para viver do que pelo seu amor?


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam? Comentem e favoritem por favooor *-*

Bom, eu realmente amei escrevê-la e estou disposta a fazer mais duas desse estilo... Uma Klaroline e outra que ainda não decidi entre Stelena ou mais uma Delena. O que acham?

Quando eu me decidir avisarei aqui para vocês lerem se quiserem!

Au revoir, lollypops!



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