Un Jour... escrita por ana lhm


Capítulo 1
Parte I - Tenant Un Coeur (segurando um coração)


Notas iniciais do capítulo

Bonjour, lollypops!

Fiz essa fic super doce justamente porque me diziam que eu não sabia ser doce em fics. Minha amiga, Soph, basicamente me desafiou a fazer essa fic então ela está super romântica.

Obrigada por lerem e boa leitura!



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Holding A Heart - Girl Named Toby

I'm holding a heart here in my hand
Hey, hey, hey
My own work of art here where i stand
Hey, hey, hey

Give in, its so hard to start
Live in my skin
The bruises are useless
Against it

Pov, Damon Salvatore.

Passei pelo saguão, cumprimentei Joseph, o segurança da clínica, e subi pelo elevador até o sexto andar.

O livro e as máscaras estavam seguros e quentes em minhas mãos suadas pelo nervosismo.

Aquilo era uma rotina que eu vivia há seis anos.

Mas eu não podia - e nem queria - parar de vir ali, parar de vê-la e parar de tentar. Não suportaria desistir e no fim, anos mais tarde, me perguntar: e se...?

Então, decidido a continuar com isso mais um dia, saí do cubículo de metal e caminhei a porta número 438, onde ela estaria. Entrei no quarto.

Molly, a enfermeira que cuidava dela, estava ali. Seus cabelos brancos estavam presos no coque como sempre, um sorriso sempre estampado nos lábios.

Molly acabava de dar os remédios para minha amada. Assim que a senhora me notou ali, cumprimentou-me com um sonoro "olá, Damon".

Devolvi-lhe o cumprimento com outro "olá" e, depois de perguntar se a moça sentada na cama estava bem e ela alegar positivamente, murmurou em meu ouvido: esse dia talvez seja o dia.

Eu tinha esperanças de que sim, então acenei positivo.

Então Molly saiu do cômodo, me deixando sozinho com a morena.

- Oi - eu disse em tom fraco, temendo que ela encarasse minha visita como algo inconveniente.

A dona das íris castanhas tirou sua atenção da janela lá fora e olhou para mim, seus olhos alienados como de costume.

- Olá, Joshua. - respondeu ela em um tom passivo, então presumi que ela estaria de bom humor.

Ninguém entendia porque eu me apresentei como Joshua a ela, mas um dia a explicação irá vir à tona.

- Como vai, Elena? - um tremor passou pelo meu corpo ao pronunciar o nome dela.

- Estou bem. E você?

Nossa conversa era tão polida que parecíamos aqueles vizinhos de apartamentos conversando sobre o clima dentro do elevador enquanto seu andar não chega, mas nós não éramos, não mesmo.

- Bem.

Ela se ajeitou sobre a cama e eu me dirigi até a poltrona localizada de costas a janela em que antes ela olhava, o livro e as máscaras estavam sobre meu colo.

Observei minha morena analisar os objetos, um vinco em sua testa demonstravam sua confusão.

- Vai ler para mim de novo? - ela questionou finalmente.

Assenti com um "u-hum". Ela suspirou.

- Você sabe que eu não vou lembrar, Joshua. Porque continua insistindo? - ela parecia incrédula em relação as minhas tentativas, mas ignorei isso.

Olhei em seus olhos tentando demonstrar toda minha agonia e esperança no olhar, pedindo a ela mais uma chance muda.

- Obrigado. - disse assim em que ela deitou-se na cama e fechou os olhos como de praxe, para ouvir minha leitura.

Então comecei.

Flash Back On - Pov, Autora.

Era meados de dois mil e quatro. Dia dois de março, para ser mais exata. O táxi em que Elena Gilbert estava acabava de estacionar na rua paralela com o Sambódromo do Anhembi, onde o Carnaval de São Paulo ocorria.

A morena estava com uma feição tão animada no rosto que parecia ter ganhado na loteria, mas ela apenas tinha voltado para casa. Elena fazia intercâmbio na Inglaterra, mas tirou uma semana para rever a família, voltar para casa e curtir o Carnaval, o evento que ela mais apreciava (depois do Natal e aniversário, claro).

Estava acompanhada da prima e melhor amiga, Caroline, e as duas não paravam de tagarelar e se questionarem sobre quão memorável seria aquele Carnaval.

Adentraram ao local e logo o barulho altíssimo preencheu os ouvidos das garotas tão ingênuas ali presentes no meio daqueles milhares de pessoas de mentes tão maliciosas, mas não eram todas elas assim, não. Havia alguns com as mesmas intenções das garotas. Apenas se divertir.

O samba tocava alto por todo o perímetro e assim que as duas chegaram ao local que reservaram, o camarote, para observar as escolas de samba que ali passariam, começaram a dançar no ritmo da música.

O coração de Elena se apertou. Que saudades que ela tinha disso!

Fazia mais de três anos que não participava do Carnaval brasileiro e agora que pode desfrutar desse maravilhoso e animado evento, ela decidiu curtir com a prima o máximo que podia.

E foi assim nas primeiras horas. Bebeu algumas caipirinhas, mas ainda não estava bêbada, conversou bastante com Caroline, dançou até os pés doerem e ser obrigada a retirar os saltos, assistiu alguns carros alegóricos passarem.

Mas então sua bexiga resolveu interromper sua alegria contínua.

- Vou ao banheiro. - Elena gritou no ouvido da prima para que ela ouvisse.

Caroline apenas assentiu, sem ligar muito, e continuou a beijar um loiro com jeito de gringo.

[...]

Elena se apertava entre as várias pessoas no camarote atrás do banheiro.

- Mas que droga! - praguejou quando a vigésima sexta pessoa pisara em seus pés moídos pelo excesso de dança.

Os cabelos loiros estavam grudados na nuca devido ao calor humano ali presente, a pele clara da garota brilhava. Logo avistou a porta do banheiro feminino e agradeceu a todos os santos que conhecia por isso, mas se perguntou se algum deles estavam de gozação com a sua cara no instante em que algum imbecil jogou-se sobre ela, derrubando-a no chão.

O cara continuou sobre si rindo de si mesmo ou da situação, ela não sabia nem queria saber, apenas tentava empurrá-lo.

- Cada louco que me aparece! - disse automaticamente em inglês, o que despertou o interesse do homem.

- Inglesa? - ele perguntou em um sotaque britânico impossível de não reconhecer.

- Talvez, agora será que dá pra sair de cima de mim? - pediu de forma irritada.

O homem levantou o rosto e a encarou. Os olhos dele eram tão azuis quanto um céu em dia de verão, constatou a morena sem deixar de encarar as íris do rapaz.

Aquele das íris azuis saiu sobre ela e se levantou, ajudando-a em seguida.

Assim que Elena se sintonizou, olhou novamente para aquele rosto.

O formato anguloso, a boca fina e vermelha, porém com um sorriso de canto estampado nos lábios. O nariz do tamanho certo, abrigando minúsculas sardas. Os olhos azuis de tamanho médio abaixo das sobrancelhas grossas. Tudo nele parecia se encaixar, como um perfeito quadro, uma música. Elena se perguntou o porquê encarava aquele rosto a fim de memorizá-lo, ignorando toda aquela agitação a sua volta.

O homem também lhe encarava, um vinco formando em sua testa. Ela havia até se esquecido de que estava apertada. Então ele sorriu e lhe estendeu a mão.

- Sou Damon, Damon Salvatore! - gritou para que ela ouvisse.

Com certeza ele era inglês, afirmou para si mesma. Ficou na dúvida se apertava a mão de Damon, pois o cara havia acabado de derrubá-la contra o chão, mas por fim aceitou a mão.

Ambas suadas se apertaram firmemente, o toque era quente no conceito de Elena.

- Elena Gilbert! - berrou de volta.

E, sem qualquer ensaio, eles sorriram um para o outro.

E foi bem assim, no mais clichê das cenas, em que um verdadeiro amor nasceu, mas eles ainda não sabiam disso.

Flash Back Off - Pov, Damon.

Terminei o capítulo e esperei a pergunta que Elena sempre fazia.

- O que aconteceu depois? - sua voz soou presente no cômodo.

Eu já havia lhe contado aquela história duas mil cento e noventa vezes, mas ela sempre perguntava. Não porque ela não sabia, não. Perguntava por que sabia que eu não leria aquela parte, mas sim resumiria para ela. Afinal, demoraria muito tempo para contar cada detalhe dos quase doze meses seguintes.

- Acontece que Elena se esqueceu de ir ao banheiro. Damon se esqueceu de procurar o amigo. Eles ficaram ali gritando um para o outro sobre eles mesmos ao som do samba. Gilbert contou que fazia intercâmbio na Inglaterra, Salvatore disse que estava no Brasil de férias. Conversaram sobre bobagens, sobre si mesmos, criaram um sentimento muito forte ali.

Tudo o que eu dizia era o mais verídico possível e a morena deitada a minha frente sabia.

- E depois? - questionou ela, curiosa pela 2.191º vez.

- Caroline apareceu, trazendo consigo o amigo de Damon, aquele que ela beijava segundos antes de Elena ir ao banheiro. O loiro estava quase desmaiado, então Damon levou o amigo para casa. Elena foi embora junto de Caroline para a casa da prima. E então, apenas quando foram dormir, lembraram que não haviam pegado o número um do outro. Damon voltou para Londres, Elena voltou para Essex, mas Salvatore não sabia em que cidade ela fazia o intercâmbio.

- Eles pensaram um no outro depois disso?

Essa pergunta que ela acaba de fazer não é sempre feita. Há dias em que ela faz um comentário pessimista como: "isso é triste", outros dias ela diz algo como: "eles seguiram em frente?". O que Elena questionou agora ocorre raramente, e agora me pego pensando se hoje realmente é o dia.

Desencostei minhas costas do encosto da poltrona e sentei-me ereto.

- Sim, pensaram. Todos os dias, segundos antes de pregarem os olhos e dormir, eles se lembravam dos olhos um do outro, das vozes um do outro. E isso durou quase um ano, alguns dias antes disso. E foi então que eles se viram novamente, no mesmo local, no mesmo evento.

Flash Back On - Pov, Autora.

Um de março de dois mil e cinco, Brasil - São Paulo, Sambódromo do Anhembi.

Elena chegou com seu Corolla no estacionamento de frente para o Sambódromo, saiu do mesmo e foi direto abraçar a prima, Caroline, que a aguardava do lado de fora ao lado de seu próprio carro.

Disseram frases de reencontro uma para outra: "que saudades" "bom te ver" "como passou os últimos meses?" e entre outras dessas. As duas agora tinham seus dezessete anos, Elena estava em seu último ano de intercâmbio.

Assim que adentrou ao camarote, lembranças do ano passado atravessaram a mente da garota. Íris azuis de certo rapaz apareciam conta suas pálpebras a cada vez que piscava os olhos. Decidida a esquecer do inglês, começou a dançar ao som do samba junto de Caroline.

As horas foram passando, bebidas foram entrando, energias foram saindo. Um pouco cansada da agitação, Elena deixou a prima sob os cuidados de um loiro que não lhe era estranho e foi para a entrada do local tomar um ar.

Sentou-se sobre um banco de madeira, aqueles que se encontra em praças, e inspirou o ar de São Paulo. E novamente, o rosto de Damon Salvatore veio a sua mente.

Ela bufou irritada consigo mesma.

Deuses, já se passaram meses!

Como ela ainda não conseguiu esquecer aquele garoto?!

E então Elena ouviu a voz que tanto visitava sua mente e pensou estar louca:

- Klaus, qual é, onde você se meteu? - a voz rouca dele se fez mais perto, atrás de si.

A morena arregalou os olhos. Estava ela imaginando aquilo? Não... Era muito real.

- Klaus, não dá pra ouvir, tá uma barulheira do demônio aí. Sai aqui fora! - definitivamente, aquele sotaque era inconfundível.

Elena Gilbert virou seu corpo para trás, rezando para que sua mente não estivesse lhe pregando uma peça.

E ela o viu.

O semblante meio irritado no rosto, o maxilar trincado, o vinco na testa, o celular grudado sobre a orelha. Mas fora aquilo, era a mesma face que ela se lembrava: íris azuis, formato anguloso... Tudo, apenas uma cicatriz pequena no queixo foi anotada como novidade. Damon Salvatore mesmo estando ainda longe da morena, ela pôde notar seu corpo.

Ele usava uma regata branca, deixando os músculos dos braços a mostra, jeans folgados e um tênis estilo skatista.

Ele estava mais lindo do que Elena se lembrava. Seu estômago afundou. Um rubor preencheu lhe as bochechas.

Elena sentiu os olhos enchendo-se de lágrimas.

Ele estava ali.

Na sua frente, a poucos metros de distância. Como ela sentia tanta saudade de um quase desconhecido? Elena não sabia, apenas sentia.

A dona das íris castanhas se levantou e andou alguns metros até ficar visível na visão de Damon.

- Damon! - chamou um pouco alto demais.

Damon franziu o cenho.

Não poderia ser Elena, poderia?

Ele havia pensado nela tanto todos os dias desde a última vez que a vira, que poderia estar criando alucinações sobre ela, pensou. Mas, sua mente não conseguiria recriar a voz de Elena tão bem assim, não é?

Pensando nessa hipótese ele abaixou o celular e levantou o rosto, olhando na direção em que o som da voz viera.

Elena estava lá.

Olhando para ele, a menos de dois metros. Os olhos castanhos avermelhados pelas lágrimas que queriam rolar pela face de pele clara chamaram-lhe a atenção. Nossa como ele sonhava em rever aqueles olhos!

- Elena? - sussurrou mais para si mesmo do que para a morena.

Durante aqueles quase doze meses, Damon sentiu tanta falta dela que se perguntou se era possível sentir falta de alguém que apenas se falou por umas três horas, mas ele sentiu. Sentiu tanta que chegou a doer. E vê-la ali agora fez toda aquela saudade voltar à tona. O peito apertou, a garganta fechou. Ardiam atrás dos olhos.

- Meu Deus, Elena! - ele exclamou ao notar que era ela mesma ali.

Ambos não perderam tempo: como em um filme, eles correram para se abraçarem.

Damon a abraçou tão forte pela cintura que ficou com medo de quebrá-la, mas Elena não ligou. Estava ocupada chorando de emoção enquanto se agarrava ao pescoço do garoto.

Ele a sentiu tremer e então notou ela estar chorando. Ela também não havia se esquecido dele. Esses dois fatos só fez com que ele a apertasse mais contra si.

Elena chorou mais ainda quando percebeu que ele também sentira falta dela. Que a única conversa que tiveram ficou na mente de ambos por onze meses. Com uma das mãos, ela acariciou os cabelos macios de Damon como tanto ansiara em fazer, sentindo-se altamente feliz em seguida.

- Eu não acredito que você está aqui. - Damon sussurrou contra os cabelos lisos de Elena, molhando-os com suas próprias lágrimas.

Elena riu, não acreditando no que o destino lhe aprontara. Ela se afastou um pouco, sem deixar de soltá-lo, apenas para ver seu rosto molhado pelas lágrimas, mas ele continuava lindo.

Gilbert sorriu em êxtase, Damon não pôde deixar de retribuir o sorriso. O garoto admirava o rosto da morena, que mesmo borrado de preto graças à mistura de lágrimas com rímel, continuava sendo o mais belo que ele já havia visto.

- Estou aqui. - Elena murmurou - assim como você está aqui.

Damon encostou a testa na dela.

- Senti tantas saudades de você - em sua voz, Elena podia sentir a agonia nela - como isso é possível?

Elena riu, adorando inalar o perfume amadeirado de Damon.

- Eu não sei, talvez... Bom, eu não sei como é possível, sei que sinto isso, apenas só. - a morena estava confusa, mas aquilo era tão verídico quanto dizer que a Terra é redonda e Damon sabia e partilhava do mesmo sentimento.

- Eu quero beijar você. - Damon sussurrou a milímetros da boca da garota.

Eles não haviam planejado aquilo, mas era tão óbvio que um cego poderia afirmar o que estava acontecendo entre esses dois indivíduos, que em apenas uma conversa, conseguiram se conhecer em aspectos que para outros demoram anos, conseguiram criar um sentimento tão puro...

- Então beija. - foi tudo o que Elena disse.

E sem mais delongas, Damon colou seus lábios nos dela.

Leões famintos brigavam nos estômagos dos dois, eram o primeiro amor de ambos e era algo tão bom que seria crime não aproveitar ao máximo. Elena entreabriu os lábios e deixou que a língua de Damon invadisse sua boca, capturando cada cantinho dela. Elena fez o mesmo, sentindo um tremor percorrer todo o seu corpo. Damon sugou seu lábio inferior, Elena mordeu o dele.

Beijaram-se até o pulmão arder clamando por ar. Então Elena finalizou o beijo com dois selinhos.

Damon sorriu ainda com os lábios colados nos dela e se afastou para olhar mais uma vez nas íris castanhas.

- Não importa se serão momentos bons ou ruins, mas se forem ao seu lado, cada segundo valerá a pena, tenho certeza disso. – Elena confessou sem medo.

- Oh, Elena. - Damon a abraçou, sentindo o cheiro de frutas vermelhas que emanavam de seu cabelo.

A morena encostou a face no pescoço de Damon e depositou um beijo ali.

Flash Back Off - Pov, Damon.

Respirei fundo após terminar mais um capítulo, então olhei para a morena deitada ali: os olhos fechados, os cabelos esparramados pelo travesseiro e o semblante sereno lhe davam um ar jovial, eu podia ver a menina de dois mil e quatro ali.

- Eles se apaixonaram? - sua voz estava rouca por falta de uso.

- Sim. - respondi casualmente.

- Mas esse não é o fim, certo?

- Não.

Elena sorriu.

- Então o que houve depois?

- Depois do beijo, eles conversaram sobre o que deviam fazer a seguir. Então Elena optou por não fazerem planos, apenas "dançar conforme a música", trocaram telefones, passaram uma semana maravilhosa juntos e então Elena foi para Essex terminar o intercâmbio, Damon voltou com Klaus para Londres e Caroline voltou para sua casa em São Paulo. Assim que Elena terminou o intercâmbio, que durou mais três meses, ela arrumou os documentos para poder se mudar para Londres onde um emprego como editora ortográfica de livros. Eles marcaram de se encontrar um dia depois de Elena aterrissar em Londres para matarem a saudade. Damon a pediu em namoro dois meses depois. Sete meses de brigas, reconciliações, viagens, trabalho, amor se passaram. Damon sugeriu que comemorassem o aniversário de namoro em São Paulo, pois era época de Carnaval e Elena não pensou duas vezes antes de dizer sim.

Vi Elena sorrir à medida que eu contava a história, não pude deixar de sorrir também.

- Assim, Damon, Elena e Klaus, claro, foram para São Paulo.

Flash Back On - Pov, Autora.

- Que saudades, Elena! - cumprimentou uma animada Caroline a prima assim que a mesma chegou ao Sambódromo do Anhembi junto do namorado e o amigo.

- Como vai, Caroline? - Elena abraçou a parente fortemente.

- Vamos entrar logo antes que mal possamos andar por ali. – apressou Klaus e todos concordaram.

De mãos dadas, o casal, junto de Klaus e Caroline, adentraram ao local, ouvindo o familiar barulho do samba, das pessoas...

Assim que chegaram ao camarote, um senhor deu-lhes máscaras de teatro para "entrar no clima", como o mesmo disse. Todos colocaram.

- Vamos a algum canto mais calmo, amor? - perguntou Damon, uma oitava mais alta, para Elena, que assentiu.

Antes de saírem, conseguiram avistar um vislumbre de um emaranhado de cabelos loiros de Caroline com os loiros de Klaus, eles não enganavam ninguém.

Quando chegaram a um lugar mais vazio, pararam. Colocaram as máscaras para cima da cabeça. Estavam sobre uma arquibancada improvisada, mas totalmente segura, afirmou Elena conhecendo as gambiarras que os brasileiros geralmente fazem. Todos os anos a arquibancada esteve ali e ninguém se feriu, não seria agora que iria acontecer certo?

Damon abraçou Elena pela cintura fina e a olhou apaixonadamente nos olhos.

- Há dois anos, eu derrubei uma menina linda no chão. E nesse mesmo dia, eu me apaixonei por ela. Claro que na época eu não sabia, mas percebi isso no instante em que ela não estava mais ao meu lado. Passei um ano agoniado por não tê-la por perto. E, um ano mais tarde, eu a revi. E não posso explicar o sentimento que me dominou na hora, um misto de saudades com paixão. Depois disso, eu vivi três meses de sufoco por não tê-la por perto, mas depois eu tive os melhores meses da minha vida ao lado dela. E hoje eu posso dizer que a amo com todas as minhas forças. Eu te amo, Elena Gilbert.

Elena só pôde sorrir durante a declaração, deixando uma lágrima escapar no final. A morena o beijou avidamente em seguida, sentindo o gosto de hortelã que os lábios do amado tinham.

Ao fim do beijo, acariciou a face de Damon com carinho e desatou a dizer:

- Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, Damon Salvatore. Eu amo você e não importa o que aconteça, isso nunca vai mudar ok? Não se esqueça disso. - disse com seu rosto a um palmo do de Damon, que sorriu com a fala da namorada.

Encostou sua testa na dela e murmurou a frase que tanto martelava sua cabeça nos últimos dias:

- Casa comigo?

Elena se perguntou se era saudável ter batimentos cardíacos tão rápidos. Ela sorriu, mas não teve tempo de responder.

Um grito agudo de uma garota qualquer a poucos metros tirou-os de sua "bolha".

- O que...?

Ambos sentiram a arquibancada tremer sob seus pés.

Antes que Damon pudesse pensar em tirar Elena dali, a arquibancada caiu, levando dúzias de pessoas abaixo consigo. Gritaram, soltaram-se e bateram contra o chão, caindo na inconsciência no instante seguinte.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? *-----* S'il vous plaît, comentem para eu saber se consegui o efeito fofura!

A parte 2 será postada em até uma semana, já está feita só falta um epílogo...

Au revouir, lollypops!



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