Pov Clove

Eu só aceitei a vinda do meu irmão, porque era isso ou ficar em casa fazendo nada. Coloquei um vestido vermelho e marquei bem os meus olhos. Sem querer me exibir, mas eu estou me sentido diva.
Peguei minha bolsa preta e desci as escadas radiantes. Tropecei ao chegar no último degrau (diga-se de passagem). Dei uma última olhada no meu visual no espelho da sala e fui correndo para o carro do meu irmão, já que o idiota não parava de buzinar e me xingar pela demora. Eu tenho que suportar uma coisa dessas?
–Finnick meu querido -falei o mais alto possível, colocando as mãos na cintura- será que dá para você parar de buzinar que nem maluco? Você veio porque quis. Eu não pedi para você vir. Ok?
Finnick suspende as mãos exageradamente e arregala os olhos.
–Ui! Era pra doer? Porque eu senti uma dorzinha filha da mãe no meu pâncreas.
Sorrio bastante alto e entro no carro...
Vamos a la fiesta, oh oh oh oh oh (meu espanhol é tipo, super pobre).

Pov Cato
–Annie, você não vai fazer isso de novo.
–Eu preciso. Não é o suficiente.
Ando de um lado para o outro com as mãos voltadas ora ao meu cabelo ora ao meu rosto. Annie me veio com a ideia de se prostituir novamente quando soube que meu pai devia mais ou menos 2000 dólares para um traficante. Mas nem morto que eu vou deixar ela passar por isso de novo.
–A gente vai conseguir sair dessa. Vamos pensar num jeito juntos, tudo bem? -digo puxando-a para meu peito.
–Tudo bem. Vamos pensar.

Pov Finnick
Só a Clove para me trazer para uma balada quando o que eu mais quero é comer um melãozinho e ir dormir. Mas pelo menos eu fico de olho no tal Róger. Esses cara não tem mais o que fazer fica querendo traçar a irmã dos outros.
Desço do carro e ando em direção da fila.
–Oh Finnick - ouço Clove me chamar dentro do carro - Não vai abrir a porta para mim?
–Eu sou algum namorado seu por acaso?
Retorno ao carro, e abro a porta para a princesa descer. Fala sério.
Vamos para a fila e esperamos chegar a nossa vez.
–Clove! -escutamos alguém chamar. Viramos a cabeça e eu vejo um cara chegar perto de nós.
–Ahn oi Róger - Clove fala se derretendo que nem picolé em dia de 40°C -Pensei que você já tinha desistido.
–Desisti de sair com uma delícia dessas? - o descarado segura a cintura da minha irmã e depois manda ela dar uma voltinha -Vai sonhando.
Puxo Clove para mim e encaro o sem vergonha que está na minha frente
–Ehh esse é meu irmão Finnick Odair. Finnick esse é o meu amigo...
–Eu sei quem ele é -Eu falo na mesma hora que o babaca diz:
–Só amigos?
Fuzilo ele com o olhar mais fuzilante que consigo dar. Esse cara não respeita a Clove na minha frente, imagina por trás? Eu não vou desgrudar deles um segundo.
Depois de muito tempo escutando as piadinhas ridículas dele, chegou a nossa vez de entrar.
–Você não pode entrar. -O segurança fala olhando para Clove -Você é de menor.
–Ela tá comigo cara. -Róger fala.
–Róger? Não sabia que pegava ninfetas..
Antes que eu parta para cima do imbecil, Clove se intromete.
–Ninfeta é a pu** que te pariu. Viado.
Que orgulho. Essa é a minha garota.