Pov Clove

Será que não basta o pessoal me chamar de baixinha, ainda tenho quer aguentar um idiota me chamando de ninfeta? Mas será possível!
–Vai nos deixar passar ou eu vou ter que passar em cima de você? - pergunto alterada.
–Você não conseguiria, então passa aí. - ele fala dando risada.
No lado de dentro o barulho me faz ficar elétrica. Vou para a pista de dança e começo a rebolar conforme a música, sem me importar com os garotos babando em cima de mim.
Meu celular começou a tocar. Número desconhecido. Estranho. Fiquei um tempo pensando em não atender, mas a curiosidade falou mais alto.
–Alô. - atendi o celular indo para um lugar menos barulhento -Quem é?
–Ah Clove, sou eu, o Cato.
O que? Como assim...
–Ahn Cato é? Como conseguiu o meu número?
–Ah er... É que eu peguei escondido no dia em que saímos.
–O que? Você pegou meu número sem pedir permissão!
–Desculpa, mas deixa pra brigar comigo outra hora. Preciso da sua ajuda e a do Connick também.
–Por que? O que houve?
–Eu e a Annie estamos passando por uns problemas financeiros, e ela me disse que tava pensando em voltar a se prostituir novamente.. Eu disse que não precisava mas ela saiu escondido e me deixou um bilhete pedindo desculpas.
–Oh meu deus... E o que quer que façamos?
–Quero que me encontrem na esquina onde o Finnick encontrou a Annie pela primeira vez, e aí procuramos ela juntos. Talvez ela desista se o Finnick pedir.
–Tudo bem, eu vou falar com ele. Já estamos indo.
Desligo o celular e procuro Nick.
–Onde você se meteu... -dou um grito assustado quando alguém me abraça por trás. -Ai Róger, você me assustou.
–Desculpa gatinha. Tá perdida é?
–Mais ou menos. Tenho que achar o Nick.
–Ele tá ali atrás.
Olho para tras e vejo Finnick nada feliz com a proximidade desnecessária do Róger. Corro até ele e sem saber o porque o abraço.
–Finnick, o Cato me ligou...
–Aquele desgraçado filho de uma mãe. Eu ainda pego ele e... Como ele conseguiu seu número?
–Nick! Não importa. Ele me ligou pra pedir nossa ajuda...
–Ah agora ele quer ajuda...
–Dá pra pra parar de me interromper? Ele quer ajuda com a Annie.
A boca do meu irmão se contorce rapidamente e ele franze as sobrancelhas.
–Por que? Ela está bem?
–Está, mas... Parece que eles estão com alguns problemas financeiros, e ela voltou a se prostituir.
–Ah não... Ela não pode fazer isso.
–Foi por isso que ele te pediu ajuda. Vamos nos encontrar com ele na mesma esquina que você encontrou ela, e vamos procurá-la.
–Tudo bem vamos logo.
Sigo-o até a saída mas antes falo com Róger.
–Ei, me desculpa tenho que ajudar uma amiga. Deixa pra próxima.
–Ta bom minha linda. Dá um beijo. -ele se inclina e me dá um selinho demorado.
–Oh casal 20, temos que nos apressar.