Dinastia Tera escrita por Kia Nikol, Angelicca Sparrow, Micaela Salvya


Capítulo 3
Mulheres do poder botando pra quebrar!


Notas iniciais do capítulo

Gente bonita do meu Brasil, lembrem-se direitinho do posto de cada uma viu? Porque narrar combate é um parto aiai. Para ficar mais fácil vem ai:
Alina Lieselotte: Almirante Naval
Ciana Kapoverick: Marechal Terrestre (Forças Armadas)
Micaela Salvya: Marechal Aérea (Aéronautica)

Boa leitura!



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Missao transmitida do Planeta Kavanar – Altamente Confidencial.

501xp Futuro Distante.

O disparo perpetuou nas águas densas e profundas das masmorras tenebrosas de Kavanar, seguido pelo impacto retumbante das ondas e bolhas na cadeia rochosa onde as celas haviam sido construídas anos xp atrás.

Sem pestanejar, as três poderosas mulheres, entraram em modo de combate.

Ciana Kapoverick, desviou dos destroços causados pelas pedras na colisão e em um piscar de olhos e já avançava com olhos serenos em direção aos homens que flutuavam na água turquesa; nativos de Kavanar, os fugitivos se deslocavam com naturalidade em meio ao oceano.

Alina Lieselotte sem estremecer, foi logo protegida de destroços rochosos por cinco pequenas águas vivas flutuantes que em formação de defesa ao seu redor, criaram um rápido campo de proteção. Ela então se pos à frente, nadando quase tão naturalmente quanto os nativos.

Micaela Salvya com um tenebroso sorriso em seus lábios montou em seu aliado de locomoção: Cinzento, uma grande besta Barien, que também se animava com o combate. Surpreendendo seus adversários, já nocauteava um dos homens submersos com destreza.

Ao longe, nas gargantas de Kavanar, mais três homens nadavam em suas direções. Reforços.

A Marechal das forcas armadas, com maior domínio de seus propulsores na água, em rudes golpes, socava repetidamente um pobre desafortunado que decidira ataca-la. Em um ultimo movimento, Ciana pegou o homem pelo colarinho do traje justo e lançou-o ao longe, sem se atrever a olhar aonde este caíra.

Alina mantinha um kavarino pelo pescoço. A Almirante o segurava sem misericórdia por sua delicada mão marcada por símbolos negros; encarava-o intensamente com seus olhos azuis nublados. Em um instante, sua íris antes azul, fora consumida quase que completamente pelo branco enquanto sua marcas escuras queimavam a garganta do homem em nitrogênio expelido. Antes que esse morresse, a mulher recuperou a cor dos olhos, e vendo a figura desfalecida em seus braços, nadou ate a cela destruída e o repousou ali. Abaixou-se, tirou uma delicada e ornamentada arma de entre suas saias e virou-se a tempo de mirar ao homem que vinha por sua costas. Respirou fundo, sentiu sua temperatura corporal cair e soprou no instrumento em suas mãos, o nitrogênio instável detonou em uma explosão certeira no estomago do rapaz fazendo-o desmoronar e afundar lentamente ao fundo do mar.

Quatro homens caídos, dois para caírem.

Conhecendo os movimentos táticos básicos usados nos métodos de luta da Unidade de Companhia Pacifica, as três mulheres se reuniram em meio ao mar turquesa juntamente a cinco diminutas águas vivas azuis e uma grande besta peluda.

Os kavarinos, como premeditado pelas agentes, ao verem as forcas reunidas atiraram com o mesmo instrumento de antes. Tiro que reverberou nas águas densas do planeta, felizmente atingindo apenas um campo de proteção produzido pelas Lulaàs ao seu redor.

Enquanto as bolhas ainda se dissipavam com o impacto, Micaela e Ciana saíram da nevoa liquida e escura, pegando seus agressores em surpresa, nocautearam suas cabeças juntas em um único movimento de ataque. Com um golpe certeiro, a Marechal das forcas aéreas fechou seu punho direito e com um ar imponente e determinado acertou o ultimo dos Kavarinos que a pouco as atacara. – Lutas corpo a corpo nunca perdem o estilo. – Suspirou ela levantando uma sobrancelha. – O gosto da vitória é bem mais doce...

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A Séculos flutuava no ambiente marinho com facilidade.

Devido ao modo submarino, Alina Lieselotte comandava como capita na ponte principal. Sua longa tranca cobalto se destacava em sua costas na cadeira simples, quase isenta de ornamentos onde apenas um único símbolo imperial da Dinastia Tera marcava as curvas do metal acobreado.

Pelo visor, a agua densa e pesada do mar violeta cercava-os por todas as direções. – Reportem se houver qualquer informação importante, canal de comunicação aberto. Mantenham contato. – Prosseguiu Alina enquanto observava a rota que fariam ate o próximo destino designado por seu governante: O centro de Cassinos de Kavanar.

Enquanto isso na zona de carga, um único homem olhava confuso os arredores empoeirados. Sentado no chão por entre caixas e caixas de maquinário velho, o suposto morto, pelo qual cerimonia de morte haviam assistido pela manha se mantinha quieto e mudo em seu devido lugar. Duas sombras femininas antes escondidas revelaram seus rostos ao homem, quebrando a monotonia do movimento calmo do submarino no território Kavarino.

– Ora, ora. Nunca pensei que fosse ver um fantasma em toda a minha curta e simples vida... Muito menos um que eu mesma vi morrer nos sacrifícios de hoje cedo. – Começou a primeira sombra que vestia um traje de negro, provavelmente de Grênio, pensou o morto, dos pés a cabeça. ­– Mas acho que fantasmas nao são tão vivos assim...veja ele até está respirando! – Ironizou a mulher.

– Eu já sei quem são, nao é necessário esconderem-se nas sombras.– Disse ele impetuoso.

– Bem, então assim fica bem mais fácil, nao? Não serão necessárias apresentações, porque sabemos quem você é também. Reo Nuvac. – Ciana deu um passo a frente seguindo a outra sombra e revelando seus assustadores ossos pontiagudos que despontavam de seus ombros para cima. O prisioneiro até então astuto, arregalou os olhos aterrorizado por todo o porte da Sinarkina. Sua pele bronzeada tão incomum, suas madeixas prateadas que caiam com graca em um rabo de cavalo as suas costas, toda a armadura de Grênio, igualmente negra a figura feminina ao seu lado. Reo engoliu visivelmente em seco em seu lugar.

– Nada de apresentações então? Bom saber, assim a tortura fica bem mais intima não acha? – Indagou Micaela com um sorriso refletido nos olhos.

– Íntima? O que vocês seguidoras de um impostor sabem sobre mim? – Riu secamente o homem tentando recuperar a bravura anterior.

– Sabe o que mais sabemos de você, senhor Nuvac? Você vem de uma família muito rica aqui em Kavanar, seu pai fundou o Cassino mais lucrativo do centro de jogatina e sua mãe não era nada menos e nada mais que a terceira na sucessão da linha do trono dos Governantes Supremos. O que nos leva a pergunta óbvia... Porque matar o Grande senhor da família Tulloch quando status, fama e dinheiro você já tinha de sobra? Vingança pela sua mãe talvez? Não acho possível. A vida de um Kavarino eh metade da vida de um terráqueo, vocês não tem tempo suficiente para pensar em vingança quando se tem uma vida tão curta para viver. Sabe o que eu acho? Que você queria algo. Alguém, muito persuasivo por sinal, te ofereceu algo que você não tinha... Agora, o que um nobre como você tanto queria que foi capaz de conspirar a morte do próprio tio? – Falou Ciana calmamente.

– Não matei meu próprio tio! – Protestou ele veementemente.

– Bom, se você não matou seu tio então o homem para quem você trabalha claramente matou-o então. – Argumentou Ciana novamente com a mesma calma e destreza de antes.

– Nada disso! O Merecedor não matou ele e muito menos eu. Quem matou meu tio esta sentado em um trono na Lua com o controle de todos os planetas deste Sistema em suas mãos, o mesmo por sinal, que sentenciou a minha morte e ordena suas preciosas vidas.

– Veja, ele não é corajoso? – Perguntou Micaela com ironia. – Tantas acusações sem prova alguma... Assim é fácil manipular um homem tão ingênuo como você. Quem sentenciou a sua morte foi o seu próprio soberano Kavarino, Exso Tulloch sem intervenção nenhuma de nosso Rei. E seu pobre tio? Quando este foi assassinado uma carta foi entregue com a assinatura de um certo Mavo Rouxè, direcionando as suspeitas a você. O nome soa familiar?

O olhar inabalado de Reo Nuvac arregalou em reconhecimento a um nome que ultimamente perturbava os corredores das instalações da União de Companhia Pacifica. Um homem cruel que não exitava em manipular pessoas para fazer o trabalho sujo e manchar as mãos de sangue. Homens tão ingênuos como Reo Nuvac que perdera, a esta altura pelo menos, qualquer controle da situação, todos apenas bonecos em seus planos mirabolantes de tomar o trono do Rei governante do Sistema Solar e comandante da UCP. O fundador de uma dinastia de paz, Dinastia de Lukas Tera.

– Que peninha... Eu estava sentindo que dessa vez pelo menos ia ter alguma tortura antes desse aqui confessar. – Queixou-se Micaela com um biquinho teimoso. – Eu vou subir para a ponte para conferir nossa rota com a Alina pode ser? Você sabe lidar melhor com as coisas quando não precisamos de tortura.

A primeira sombra na armadura negra de Grênio virou-se e foi embora por entre os diversos estoques na zona de carga, deixando apenas Ciana Kapoverik para lidar com o homem sentado.

– Ele me prometeu uma noiva... Deuses, como fui tolo. – Falou ele baixinho. Olhando ao homem poderoso ali, sentado naquele deposito nos fundos por entre caixas e caixas empoeiradas, Ciana sentiu dó do kavarino. Se não tivesse a audição tão boa, provavelmente não ouviria o que dissera a pouco, na verdade ainda não tinha certeza se tinha ouvido-o corretamente. Ele parecia acabado, mais velho do que momentos atrás quando a valentia ainda o dominava.

– Porque desejaria uma noiva senhor Nuvac? Qualquer mulher kavarina desejaria se casar com homem rico e influente como você. Tenho certeza disso. – Afirmou Ciana.

– Você nunca poderia entender como é viver tão pouco... Para que serve o poder, o dinheiro, todas essas coisas quando tudo passa tão rápido? Quando não se tem o tempo necessário para usufrui-las? Mavo me ofereceu algo que um kavarino não poderia recusar. Ele me ofereceu uma companheira que não fosse kavarina, assim meus filhos algum dia poderiam ter uma vida mais longa do que a que eu tive.

– O que esta querendo dizer com isso senhor Nuvac? Viver uma média de 50 anos nunca pareceu problema para nenhum kavarino antes, quero dizer, é parte do que vocês são. Da espécie Kavarina como um todo.

– Mavo alegava ter a solução dos problemas de idade de nossa raça. Em verdade era uma coisa muito simples: a interação entre espécies dava mais chances à próxima geração de viver uma vida mais longa. Além disso, a manipulação genética, segundo ele, faria milagres. Mavo Rouxè prometia um reinado onde o nosso povo teria mais liberdade, não viveríamos enclausurados. Vistos como criminosos quando os culpados pela Grande Guerra decompõem-se em seus túmulos, submersos a tempos em suas criptas. Muitos seguiram ele, muitos ainda seguem. Eu fui um tolo manipulado, coloquei minha confiança em um homem sem honra alguma.

– Talvez você ainda possa nos ajudar a colocar em justiça o homem que planejou a morte de seu tio. Existe alguma coisa que você saiba que pode nos levar a ele? - Perguntou ela cautelosa.

– Bom, eu nunca via ele pessoalmente. Apenas recebia mensagens e recados sobre as minhas missões que eram entregues aos meus empregados misteriosamente. Houve apenas uma vez que eu o vi fisicamente... Foi exatamente no dia que eu o conheci. Ele pediu para falar comigo em um de nossos cassinos uma certa noite, segundo ele, se tratava de um amigo. Naquele dia, ele me mostrou seu laboratório pessoal onde as pesquisas sobre fertilidade e interação entre raças ocorria.

– E onde era isso?

– Bem, é exatamente aí que as coisas ficam estranhas.

– O que quer dizer com isso?

– Quero dizer que naquele dia ele me levou por caminhos e lugares que eu nunca tinha visto em toda a minha vida vivendo aqui. Eram portas grandes e pequenas e corredores complicados, mas o principal é que no final de todo o percurso eu acho que não estava mais em Kavanar


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Notas finais do capítulo

Esses mascotes são tudo, né gente?
O cinzento é da Ciana
As Lulaàs da Alina e...
o Mox (que nem ta aparecendo muito... estamos debaixo d`agua afinal --' ) pertence a Micaela.
Bem melhor assim mesmo, ter alguém com quem lutar!



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