Mirror in the sky, what is love? escrita por iheartkatyp


Capítulo 11
She loves you.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, gente, eu quero pedir desculpas por não ter postado antes, como era o prometido.
Tô com um problema no teclado do meu computador que, provavelmente, eu só vou resolver semana que vem. Então, pra não deixar vocês sem nada até lá, eu comecei a escrever pelo iPad. Mas tudo mundo percebeu a demora, né? Eu sou muuuuuito mais lerdinha escrevendo por aqui do que pelo computador. E, também, provavelmente devo ter passado erros absurdos, tipo, eu sempre troco m por n aqui porque as teclas são mais pequenas do que eu tô acostumada. Enfim hahahaha.
Obrigada pela compreensão e paciência de quem leu.



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O tempo passou rápido e junto dele havia ido o natal e, antes que alguém pudesse perceber, já era ano novo e todos estavam se preparando para sair e se embebedar. Clara estava parada em frente ao espelho enquanto admirava o vestido novo que havia acabado de comprar.

Uma batida na porta lhe chamou atenção.

–Entra. -Ela gritou, em meio á música que saia de sua caixa de som. Clara levou os dedos até ela e diminuiu o volume.

–Clara... Você tá linda. -Disse Felipe. Clara deu dois passos para frente enquanto contemplava o quão bonito o irmão mais novo estava. Ela dobrou os braços e usou as mãos prendadas para ajeitar o nó torto que Felipe havia dado na gravata.

–Mesmo? Você acha que o Cadu vai gostar? -Perguntou, girando-se em seu próprio ângulo para que Felipe tivesse uma visão privilegiada do vestido. Ela usava um vestido branco, tomara que caia que tinha suas pontas de seda quase transparente. Os lábios estavam pintados de vermelho, uma cor que, por incrível que pareça, ela só começou a usar depois que conheceu Marina. E era bobo quem pensava que Felipe não percebia.

–Eu acho que ele vai adorar. -Ele disse, fazendo com que a irmã lhe desse um sorriso enorme.

–Você tá tão lindo também, irmão. -Ela afirmou, enquanto envolvia os braços em Felipe. -A Vanessa é uma menina de sorte. -Ela sussurrou, enquanto os dois ainda estavam abraçados.

–Ela sabe que é. -Ele riu, com o deboche e a ironia estampados em seus olhos. Clara gargalhou e voltou a observar-se no espelho.

–Então, que horas nós temos que estar no bar da Marina? -Perguntou ela, enquanto checava a hora no celular.

–Ela disse para que chegássemos lá por volta dos nove. É a hora que o DJ começará a tocar. Temos que sair em vinte minutos se quisermos chegar lá na hora certa. E, se deus quiser, Vanessa e Cadu não vão se atrasar. -Felipe andou até a porta e parou na mesma. -Sinto que tô esquecendo alguma coisa. -Ele disse, coçando a cabeça.

–Você sacou o dinheiro pra usar hoje? -Perguntou Clara, conhecendo bem o irmão.

–Droga, eu tinha que ter feito isso. Agora a gente vai ter que parar pra fazer. Vou ligar pro Cadu e avisar pra eles chegarem uns dez minutos antes. -Felipe saiu rapidamente do quarto. Clara sorriu. A relação dela com Felipe havia melhorado bastante no último mês. Clara havia bebido demais num dia e, sem que percebesse estava abraçando o irmão e dizendo a ele o quanto ela o ama.

Clara agarrou o celular, deslizou sobre o nome de Marina e digitou uma breve mensagem.

Mal posso esperar por hoje á noite. Vamos beber tanto que eu vou te obrigar a dançar comigo. Eu me recuso a te deixar sozinha hoje.

Faziam dois dias que Clara havia ouvido falar de Marina pela última vez. Elas conversaram no telefone sobre o ano novo e deixaram tudo planejado. Primeiramente, Cadu iria trabalhar na noite da virada então Clara havia planejado que ficaria com Marina, já que ela não tinha um acompanhante. Mas, Cadu havia conseguido repor as horas antes daquela noite, então Clara teve de ligar para Marina de última hora e perguntar se havia algum problema levá-lo com ela. Do mesmo jeito que Clara estava aliviada por saber que Marina não tinha uma companhia, ela sentiu muito por ela e até começou a pensar que a morena estava brava por isso.
Ela deixou escapar um suspiro de alívio quando viu o celular tremer e checou-o.

Oi, é. Parece bom. Te vejo daqui a pouco.

Clara sorriu e colocou o telefone celular de volta na cama. Ela não via Marina há mais ou menos uma semana e não podia negar estar sentindo a falta dela. As duas estavam bem próximas desde que se conheceram (por mais que não exista jeito de ficar mais próximas do que as duas já haviam ficado).

–A Vanessa e o Cadu já tão chegando. Anda logo! -Felipe gritou da cozinha.

–Ok, já estou descendo. -Ela gritou de volta, após dar uma última checada em si mesma e decidir que estava bonita o bastante para Cadu.... E para Marina, é claro.

...

Os quatro chegaram ao bar e perceberam o quanto o mesmo estava lotato. Mas não tanto assim, partindo do princípio que ainda havia espaço o suficiente para que eles bebessem e dançassem. Cadu segurou uma das mãos de Clara, quando eles sairam do táxi, e puxou-a para perto dele.

–Que foi? -Ela perguntou, sorrindo para ele.

–Só não consigo entender como você tá tão linda hoje. Só me faz perceber o quão sortudo eu sou. -Ele se abaixou um pouco e deu um beijo delicado nos lábios de Clara. Ela sorriu quando o namorado tirou os lábios dos dela.

–Bom, você sabe que é o cara perfeito. -Ela sussurrou.

–Perfeito pra você. -Ele sorriu. Clara sentiu o estômago revirar ou ouvir aquilo. Ele era realmente o cara perfeito, um homem com quem todas as garotas sonham com. Mas, por alguma razão, Clara não achava que ele era perfeito para ela. Não mais.

–Verdade. -Ela respondeu, sem dizer mais nada. -Agora vamos beber. -Ela piscou para ele. Cadu riu e voltou a segurar a mão dela, enquanto os dois caminhavam para dentro do bar.

Clara encontrou a si mesma procurando por Marina e sentindo-se decepcionada que ainda não havia a visto.

–Gente, a Marina disse que a gente pode ir pra área VIP hoje, é bem ali. -Apontou Vanessa. O lugar estava cheio e o DJ estava tocando remixes. Os quatro entraram na sala e perceberam que ali devia haver umas dez pessoas além deles e, mesmo assim, sem nenhum sinal de Marina.

–Vamos sentar e esperar os drinks. -Sugeriu Felipe. Todos concentiram e foram sentar-se na mesa mais próxima. Cada um se sentou em seu devido lugar, enquanto olhavam as pessoas á sua volta.

–Me pergunto quem são todas essas pessoas. -Disse Cadu, enquanto olhava em volta do lugar.

–Tenho quase certeza que são os amigos da Marina e também os funcionários. Eu reconheço algumas pessoas. -Disse Vanessa, apontando para uma garota em particular. Ela era alta, tinha um corpo magnífico e os cabelos loiros caídos sobre os ombros. -Aquela é a Ana. Ela é uma das bartenders. Marina sempre fala sobre como ela sabe fazer dinheiro, porque todas as garotas aqui a adoram. -Ela riu.

–Eu posso ver o por que. -Respondeu Felipe.

–Ei... -Vanessa disse.

–Eu tô brincando, amor. Você sabe que só tenho olhos pra você. -Ele disse, enquanto os dois deram um pequeno beijo.

–Eu sei. -Ela sorriu. -Me pergunto onde tá a Marina, ela disse que nos encontraria aqui. -Na mesma hora que Vanessa terminou de falar, ela viu Marina entrando pela porta da sala e andando até eles. Imediatamente, Clara engoliu o nó na garganta quando viu o vestido que ela estava usando.

–Oi, gente. -Ela disse, enquanto todos se levantaram para cumprimentá-la com um abraço.

–Achei que você fosse dar um bolo na gente só porque você não tem acompanhante. -Ela disse, assim que terminou de abraçá-la. Era a vez de Clara, que sentiu seu coração parar de bater quando envolveu a morena em um abraço, onde nenhuma das duas queria soltar. Marina se afastou de Clara e olhou para Vanessa.

–Na verdade, você está errada. -Ela sorriu.

–O que isso quer dizer? -Ela perguntou. Clara sentiu o estômago revirar quando ela viu o rosto familiar entrar pela porta principal.

Nancy andou até Marina e sorriu. -Desculpa, eu me perdi. Esse lugar tá lotado e é grande demais. -Ela disse.

–Pare de inventar desculpas, você é péssima com direções. -Ela abraçou Nancy e deixou um de seus braços envolta da cintura da morena, enquanto olhava para os amigos. -Gente, essa é minha amiga, Nancy. -Ela apontou para Vanessa. -Essa é Vanessa, Felipe, Cadu, e você já conhece a Clara. -Os olhos de Marina evitaram os de Clara enquanto ela apontava para ela.

–Sim, já conheço. Oi pra todo mundo. -Ela sorriu.

–Agora que já passamos pelas apresentações, vou buscar uns drinks pra gente. -Ela disse, enquanto saia andando da mesa.

–Eu vou te ajudar. -Disse Vanessa, antes de correr atrás de sua melhor amiga. -Aquela é a Nancy, Nancy?

–Eu não conheço ninguém chamado Nancy Nancy, então não. -Ela riu, enquanto eles se aproximavam do bar.

–Você sabe o que eu quis dizer. Aquela é a Nancy da sua escola? -Ela perguntou, frustrada.

–Sim, é a mesma Nancy. -Ela respondeu, enquanto levantava uma das mãos e chamava a atenção da bartender.

–O que você tá fazendo? Achei que ela tivesse ferrado com tudo. Vocês estão namorando agora? -Ela levantou uma sobrancelha curiosa.

–Não. Nós nos esbarramos um mês atrás e já que todos tem um acompanhante, eu achei que eu deveria, pelo menos, trazer uma velha amiga. Então eu liguei pra ela há uns dois dias e calhou de ela não ter nenhum compromisso. Só isso. -Ela disse, revirando os olhos para Vanessa. -Por que a pergunta?

–Eu só não acho que seja uma boa ideia. Ela te magoou bastante e eu só estou preocupada que algo dê errado.

–Não se preocupe comigo, ok? Eu sou uma garota crescida e já superei isso tudo. Se acontecer alguma coisa, eu vou fazer o que faço sempre. Levá-la para casa para uma ótima transa e depois cada uma segue seu caminho. -Ela pronunciou. O bartender curvou-se sob o balcão para ouvir cautelosamente tudo que Marina pedia. Ele assentiu e foi rapidamente preparar as bebidas.

–Tem certeza, Marina? Porquê eu acho que você tá se precipitando.

–Acredite, eu superei totalmente essa história. Talvez não pelo mesmo motivo que você ache, mas superei.

–O que você quer dizer com isso? -E lá estava novamente a sobrancelha curiosa.

–Nada. -Ela murmurou, agarrando as bebidas e andando até a mesa. -Tempo perdido. -Ela disse, quando viu Vanessa a seguir até a mesa onde todos estavam.

Quando Marina entrou na sala, ela colocou todos os drinks na mesa e levou um até as mãos de Nancy.

–Um Long Island Tea para você, M'Lady. -Ela disse, com o perfeito sotaque britânico que Clara já havia ouvido antes.

–Você se lembrou? -Nancy abriu um sorriso largo para ela.

–Como eu poderia esquecer? -Perguntou, sorrindo de volta.
Clara observou enquanto as duas se davam ridiculamente bem. Como Marina podia levá-la como sua acompanhante? A mesma Nancy que a magoou, mudou a vida dela e fez com que ela não acreditasse em amor ou compromisso. Como ela conseguia ser tão estúpida?

–Então, um passarinho verde me contou que dois de vocês estão se casando. -Disse Nancy, olhando para os quatro sentados do outro lado da mesa.

–Esses seriamos nós. -Disse Felipe, olhando para Vanessa e lhe dando um beijo em meio aos cabelos ruivos.

–Isso é maravilhoso. Parabéns aos pombinhos. -Ela respondeu, sorrindo. -E quanto á vocês dois? -Ela perguntou, olhando para Cadu e Clara.

–Nós vamos, um dia. -Respondeu Clara.

–Parece legal.

–É, eu acho. E quanto á você, vocês duas estão namorando ou alguma coisa? -Perguntou, apontando para Marina.

–Bom, eu não consideraria eu ser a acompanhante da Marina hoje um namoro. -Nancy deu risada. Clara teve uma vontade enorme de levantar-se de onde estava e ir até a cadeira de Nancy, só para poder acertar os tapas que daria nela mais facilmente. Mas, em vez disso, ela continuou em silêncio e chamou Cadu para dançar. Quando os dois se levantaram da mesa, Felipe, Vanessa, Nancy e Marina resolveram se juntar a eles. E os seis caminharam até a pista de dança em silêncio, e então foram para lados separados.

Marina ficou parada, sem ter certeza do que Nancy esperava que ela fizesse. Nancy riu para ela, pegou sua mão e fez com que o espaço entre as duas diminuísse absurdamente. Ela se agarrou á cintura de Marina, que não demorou muito a acostumar-se com a sensação de tê-la por perto novamente. Nancy puxou os braços de Marina e colocou suas mãos nos quadris dela. Marina engoliu seco o sentimento engraçado que havia tido. Ter uma garota gostosa em seus braços era uma coisa. Ter uma garota gostosa que você costumava amar em seus braços era algo totalmente diferente. Marina resolveu ignorar sua consciência, que mandava ela correr para o lado contrário que Nancy estava, e ela começou a correr suas mãos pelo corpo dela.

Clara estava de costas para Cadu, enquanto rebolava contra ele. Mas, ao invés de prestar atenção na pessoa atrás dela, ela prestava atenção na pessoa á sua frente. Ela pôde sentir a raiva tomar conta de seu ser quando viu as mãos de Marina correndo pelos quadris de Nancy. O jeito com que as duas se moviam e o jeito que Nancy rebolava contra ela fez com que ela quase explodisse de ciúmes.

Por incrível que pareça, Marina estava achando difícil manter os olhos nos quadris avantajados de Nancy. Ela se recusava a olhar para cima e ver algo que ela não seria capaz de lidar. Mas, num descuido, ela viu uma Clara totalmente sexy se movendo contra Cadu. Ela percebeu os movimentos e também o jeito que Cadu a olhava, como se fosse apenas um pedaço de carne. Ela havia prometido para si mesma que não teria ciúmes de Cadu, aconteça o que acontecer. Afinal, Clara pertencia á ele. Por mais que ela houvesse pegado a si mesma pensando em Clara, sexualmente e romanticamente, ela sabia que não tinha nenhum direito sobre ela.

–Eu... Eu preciso ir lá fora e respirar um pouco. -Gaguejou ela, soltando-se dos braços de Nancy.

–Quer que eu vá com você? -Ela perguntou.

–Não precisa, eu vou ficar bem. Por que você não pega alguns drinks pra gente? -Ela sugeriu.

–Não demora. A contagem regressiva vai começar daqui a pouco. -Ela disse, observando enquanto Marina dava meia volta no salão e ia para o lado de fora.

O céu estrelado lhe lembrou Nova Iorque, e os quatro ano novos que ela já havia passado lá. A neve, os relógios, e todos os fogos em meio aos flocos brancos que se misturavam em cores.

Ela esbarrou num grupo de pessoas fumantes e se aproximou deles.

–Posso pegar um cigarro de alguém? Estou tendo uma noite horrível e tenho certeza que podia usar um desses agora. -Ela perguntou, e uma menina de cabelos castanhos na altura do ombro lhe estendeu a mão.

–Aqui. -Ela disse. -Espero que sua noite fique melhor.

–Tomara. Obrigada. -Ela disse, enquanto voltava a caminhar.

O bar ficava bem na orla, então, naquele momento, ela via o mar de pessoas que tomava conta das areias de todas as praias imagináveis.

–Eu não sabia que você fumava. -Uma voz familiar lhe tirou de seus pensamentos. Clara posou ao lado dela.

–Eu não fumo. Mas hoje é ano novo, então por que não?

–Tá tudo bem? -Ela perguntou. -Por que você tá aqui fora? -Questionou.

–Uhum. -Marina murmurou, antes de tragar o cigarro e soltar a fumaça, que fez com que Clara quase engasgasse. -Só estava muito quente lá dentro.

–Talvez seja pelo jeito que você estava dançando com a Nancy. -Insinuou Clara.

–Eu não acho que seja exatamente por isso, mas fico feliz em saber que você estava espionando. -Ela riu.

–Eu não estava espionando, eu só levantei o rosto e casualmente vi vocês duas.

–Sei. -Ela terminou.

–Você tá linda, Marina. -Ela disse, olhando-a da cabeça aos pés. Os olhos estavam brilhantes e castanhos. A pele pálida como sempre esteve. Os lábios estavam escondidos atrás da camada forte de batom vermelho. Aquilo era sempre a deixava mais atraente. O corpo estava coberto por um vestido branco longo, de apenas uma manga. O vestido era solto e deixava parte de seu corpo á mostra na transparência.

–Você não está tão ruim, também. -Ela contemplou. É claro que não queria agir dquela maneira, mas o ciúmes de Cadu havia trazido á tona o pior nela.

–Então... Você e a Nancy estão namorando ou alguma coisa? -Ela tentou soar simples e normal, mas falhou terrivelmente e sua voz parecia trêmula, assim como seus olhos entregavam seu ciúmes.

–Por que todo ninguém para de me perguntar isso? -Ela disse, seu tom tão alto que parecia um grito. -E se eu estivesse? -Ela perguntou, fazendo com que o estômago de Clara se revirasse. -Isso seria um problema?

–Desculpa, Marina, eu não queria te ofender. Eu só... Me importo de verdade com você e não quero que nada que possa te magoar dê errado.

Marina sentiu seu rosto queimar. As palavras de Clara pareciam contagiosas. Tudo que ela queria fazer era abraçá-la e beijá-la ali mesmo. Mas não seria justo. Clara estava feliz e, bom, ela tinha Cadu.

–Obrigada. -Marina murmurou. Ela jogou o cigarro no chão e pisou no mesmo. Ela olhou para cima e podia jurar ter visto lágrimas nos olhos de Clara. Antes que ela pudesse questioná-la sobre, Clara puxou Marina pela cintura e a apertou num abraço que nenhuma das duas queria soltar. O rosto de clara se perdeu em meio ao cheiro de Marina, e a sensação de tê-la tão perto. Ela podia sentir o coração de Marina disparar, do mesmo jeito que havia sentido no dia em que as duas assistiram Dirty Dancing. Marina podia jurar que a qualquer momento as duas se separariam do abraço e se beijariam.

Mas, antes que pudessem ter a oportunidade, Nancy foi até elas. As duas se separaram imediatamente.

–Você vem? A contagem vai começar. -Disse ela.

–Claro, eu disse que não perderia. -Ela agarrou uma das mãos de Nancy, e as duas começaram a caminhar em direção ao bar novamente. -Vem. -Ela disse, virando-se novamente para trás. -O Cadu deve estar te esperando. -Ela pronunciou com dificuldade, e deixou Clara para trás com seus próprios pensamentos.

Ela sentiu algo estranho quando viu Marina ir embora.

Havia alguma coisa naquele toque, naquele abraço que as duas haviam compartilhado minutos atrás. Ela sorriu quando a verdade finalmente se chocou com ela. Se Nancy não tivesse aparecido, ela teria beijado Marina. Ela queria beijar Marina.

Foi engraçado quando Clara finalmente entendeu.

Ela a amava.


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