Crazy Stupid Love !! escrita por White Girl


Capítulo 35
Tolos


Notas iniciais do capítulo

Eu sei faz anos desde estive aqui. Nem tenho mais noção do fim que eu tinha planejado para essa fanfic. Mas esses dias eu estava pensando que seria bom colocar um fim pelo menos na minha primeira criação antes de pensar em começar mais uma.
Bom, espero que quem ainda estiver por aqui leia e agrade, mas devo admitir que tenho outra mente e provavelmente a escrita ou a ideia da estória possa fugir um pouco do contexto, pois o ponto é apenas dar um final ao casal que por tanto tempo amei.

Aos que acompanhavam, me desculpem. E aos que chegaram agora, bom.. Olá.

;)*



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Ally não tinha a noção do que estava fazendo. Ela não tinha pais, não tinha casa, emprego, ela nem se quer pensava que tinha algo para ser chamado de seu. Em sua cabeça acreditou que teria o Math para sempre e que ele seria seu porto seguro para tudo. Tola. Ao ver o seu melhor amigo esquecendo de sua existência e voltando acompanhado com uma pessoa, que o mesmo não tinha tido a consideração de mencionar sobre, seu coração doeu e perdeu qualquer tipo de esperança.

Ao se despedir de Vanda, pensou em Austin. Gostaria de abraça-lo antes de ir embora. Verdade que não tinha o melhor relacionamento com o loiro, mas havia conseguido momentos que o guardaria sempre. O beijo, brigas, brincadeiras e farpas que soltavam sempre pela manhã ou qualquer hora que tivesse oportunidade.
Ally sorria ao lembrar em meio ao aeroporto.

Austin ligava constantemente desde que conseguira um taxi. A chamada caia para caixa postal e o celular começava a tocar. A morena queria atender, sabia que precisava dar alguma explicação, mas não queria desistir, não podia deixar de começar um nova vida, em um lugar que tudo era novo e ninguém saberia de seu passado, pensava até mesmo em mudar de nome.

Tola

Ally olhava mais uma vez para sua tela de celular e novamente o ignorava. Todas de Austin, nem uma delas de Math. Em que momento sua amizade com o melhor amigo chegou a esse momento? Ela não teria resposta. Mas apesar de que ela tentasse, ela não conseguia ficar com raiva do seu amigo. Na verdade, ela estava querendo sair de baixo das asas das pessoas. Não lembrava de quando esteve por si só por mais de cinco meses. Sempre estava na casa de algum parente, amigo ou motéis fuleiras que cobravam uma merreca por pernoite. Patética.

Sua tia sempre falou que teria um lugar para ela, apesar de nunca imaginar indo morar com a sua parenta, seria das ultimas opções a ser escolhidas e esse momento chegou, para sua infelicidade. Ally imaginou a cena do loiro chegando no aeroporto e tentando fazer com que ela desistisse de viajar, mas não foi isso que aconteceu. Ela fez o check-in, embarcou e as portas foram fechadas. Não poderia culpa-lo, a passagem estava um absurdo de caro e aquilo não era um dos filmes que assistira nas madrugadas, chorando por não ter nada daquilo. Austin a ligou insistentemente até o ultimo minuto, antes da comissária pedir que desligassem os celulares e apertassem os cintos. Ally não tinha mais como voltar atrás.

[...]

— Austin, tenha calma. - Vanda tentava o acalmar.

Malu olhava preocupada para o primo. Sabia que ele e Ally haviam passado de duas crianças birrentas, para dois adolescentes que flertavam de vez em quando com olhares e sorrisos bobos. A garota nunca tinha visto o loiro agir daquela forma, nem mesmo lembrava se havia ouvido seu primo falar sobre o assunto em questão

Ally tinha conseguido se despedir da adolescente quando estava esperando o taxi. Malu não concordava e tentou impedir a sua ida, mas foi em vão. Ally estava decidida a tentar nova vida.

Vendo seu primo aflito em entrar em contato com a morena, percebeu que os dois não tinham conseguido colocar certas coisas na mesa, principalmente o loiro. Austin era uma pessoa romântica e apesar de terem começado com um jeito excêntrico a relação, ele ainda sim ao se encantar pela mulher, ele tentaria de todas as formas conquista-la, até a mesma dizer o não da forma mais direta possível.

— Eu não entendo porquê ela não disse adeus. Por que ela não atende o celular? - O loiro apertava a tela de seu celular freneticamente. Seus olhos molhados, pareciam perdidos.- Ótimo, agora está desligado. Malu não saberia para qual aeroporto ela poderia ter ido?

— Não faço ideia. Ela apenas me abraçou e disse que ia embora, não me deixou ter a menor chance de perguntar mais algo.

Austin desligou a tela do aparelho e assentiu com a cabeça. Sem dizer mais nada subiu as escadas e trancou-se em seu quarto.

— Acho que você deveria ir até lá. - Vanda aconselhou a mais nova enquanto se recolhia do cômodo.

Malu sem responder subiu calmamente os degraus enquanto pensava o que dizer ao seu primo. A garota não sabia confortar, era o seu traço mais complicado a ser lidado, não tinha experiências com coração partido ou desilusões amorosas. Era isso que o Austin tinha sofrido, certo? Ela não saberia. Da mesma forma que subiu, cautelosamente bateu na porta.

— Não estou afim de conversar, Malu. - Austin diz baixo, mas ainda audível. Era nítido na voz o quanto ele estava mal.

— Ótimo, eu também não. Eu só quero ficar ao seu lado. Por favor, me deixe entrar.

Quando obteve sua confirmação, a mais nova sentou ao seu lado e o abraçou. Austin não havia chorado, mas seus olhos ainda estavam marejados. Malu sabia que o loiro e a morena não tinham chegado a ter algo serio, mas o seu primo era alguém sensível e a menor faísca em seu coração era o suficiente para ele considerar aquilo como algo novo, mesmo que recente e quase inexistente.
Austin se sentia patético.

Tinha discutido com Math sobre Ally, sobre o quanto ele havido sido insensível com a amiga, sentindo no peito que poderia sim ajudar a mesma e conforta-la, mas ela foi embora. E o loiro tinha quase certeza que era por causa do novo relacionamento do melhor amigo. Patético. Ele estava sofrendo por causa de uma garota que estava sofrendo por outro. Acreditava que estavam criando algo juntos, que os sentimentos eram recíprocos ali. Idiota.

Malu olhou em volta e percebeu um pacote embrulhado em cima da cômoda do quarto. Ele não pôde entregar o presente para Ally, ele não pôde fazer expressar da sua forma, o que estava sentindo. Olhou mais uma vez para o primo e tentou pensar em muitas frases acolhedoras e só conseguiu um grande eco na cabeça. Até um tempo atrás pensava se tinha sido uma boa ideia trazer Ally para dentro de sua casa, mas quando notava o sorriso do Austin para a amiga, aquele pensamento se dissipava. Mas, e agora?


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Notas finais do capítulo

;)*



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