Acordo ao sentir minha cama se afundar ao meu lado. Abro os olhos rapidamente e me levanto da cama em uma movimento brusco. Vejo May deitada na cama me olhando com uma cara divertida.

— Que susto. — falo olhando-a.

— Desculpa, não queria lhe assustar. — fala se ajeitando na cama e tentando não rir.

Concordo com a cabeça e vou para o banheiro, escovo meu dentes e tomo um banho. Vou para o quarto escolher minha roupa e decido colocar uma blusa beije e preta e uma calça jeans preta. Coloco minha bota preta e uma pulseira marrom. Faço um penteado em meu cabelo e me sento ao lado de May.

— Não vai para a escola hoje? — pergunto.

Ela concorda com a cabeça.

— Por que? — pergunto.

— Estava com febre de noite. Mamãe não me deixou ir a escola hoje. Aproposito, mamãe não está em casa, ela já foi trabalhar. — ele fala.

— Ok. Melhore, está bem? Se der podemos sair de tarde. — falo.

Ela sorri e concorda com a cabeça. Lhe dou um beijo em sua testa.

— Depois conversamos. — falo e ela concorda.

Pego minhas coisas, já que estou atrasada. Desço as escadas rapidamente. Vou na cozinha, pego uma maçã e saio pelas portas dos fungos, em direção a escola.

Caminho apresadamente, comendo minha maçã. Chego rapidamente na escola.

Vou em direção ao meu armário e encontro Aspen encostado em meu armário, mas sem sinal de Marlee.

— Bom dia. — falo me aproximando.

— Bom dia. — responde me olhando.

— Cade Marlee? — pergunto o empurrando.

— Não precisava me empurrar, sabia? — pergunta indignado. Rio e ele continua. — Marlee ainda não chegou. — afirma.

Concordo e abro meu armário. Pego meus materiais e quando estou fechando-o sinto mãos em meu ombro.

Pulo com o susto e me viro rapidamente vento uma Marlee rindo da minha cara.

— Chata. — falo empurrando-a.

Ela ri e depois me abraça.

— Bom dia. — fala.

— Bom dia. — respondo retribuindo seu abraço.

Marlee estava usando uma blusa meio verde meio branca, com uma calça jeans azul escuro e um tênis verde. Ela estava com uma mochila verde e uma pulseira, também verde. Seus cabelos estavam soltos e ela estava apenas com um batom.

Marlee se afasta de mim e olha para Aspen, indo abraçá-lo logo em seguida. Eles se separam e Marlee abre a boca para falar mas é interrompida por Celeste.

— Querida, você não tem outra roupa, não? Só sabe vir de calça jeans e uma blusa feia. — fala se referindo a mim.

— E você, meu bem? Não tem outra coisa não? Só vem com o vestido, tão curto, de sempre. — respondo no mesmo tom.

Marlee vem até mim e analisa Celeste, que está vestindo um vestido preto super apertado e um salto também preto.

— Não sente frio, não? — pergunta Marlee olhando para o vestido preto de Celeste.

— Olha minhas queridas, esse vestido é muito bom! É melhor que vocês que só tem essa roupa, se não me provem. — fala.

— O que quer dizer? — pergunta Marlee.

— Quero dizer que estou desafiando vocês, quero que as duas venham de vestido e eu venho de calça jeans. — esclarece.

Abro a boca para falar, mas sou interrompida por Marlee.

— Aceito. — ela fala.

Olho-a incrédula.

— Ótimo. — fala Celeste e sai andando.

— Como assim? — pergunto a Marlee.

— Vai ser legal, é apenas um dia Mari. Mas agora vem, estamos atrasadas. — fala Marlee me puxando.

Nós nos despedimos de Aspen e fomos para a aula de matemática.

A aula passa rápido e logo estamos indo embora. Combino com Marlee de irmos ao cinema e ela concorda.

Vou para casa, almoço e falo com May que iremos para o cinema. Ela se arruma e nós duas saímos em direção ao cinema.

Ao chegarmos, encontramos Marlee e Aspen conversando na fila do cinema. Nós nos juntamos a eles e fomos assistir o filme.

Não prestei muita atenção no filme, estava mais interdita com os barulhos que haviam no cinema. Reparei em tudo, mesmo não sendo a primeira vez que vou ao cinema.

Quando o filme acabou, nós fomos no Central Park e ficamos a maior parte do tarde nele.

Ao anoitecer fomos embora. Eu e May ficamos conversando que sentirmos sono, o que já era tarde da noite.

Por fim, May quis dormir comigo e eu deixei. Ficamos deitada conversando por um bom tempo, depois de May adormecer, fiquei acariciando seus cabelos e logo adormeci, como ela.

[…]

Acordo ao sentir um ser — mais conhecido como minha irmã, ou May — pulando em volta de meu corpo. Abro meus olhos e em um movimento brusco pego os pés de May fazendo a mesma cair no colchão, mais exatamente em cima de mim.

Minha intenção era apenas derrubar May, mas ao invés disto eu a fiz cair exatamente em cima de mim, o que causou uma crise de risada da nossa parte.

— Se arruma Mari — fala May depois de se recuperar da crise de riso.

— Eu vou, depois disso. — falo me levantando e começando a fazer cócegas em May, o que a faz rir ainda mais.

— Para, para. — grita rindo.

— Okay, mas só porque estou atrasada. — falo me levantando e indo em direção ao banheiro.

Tomo um banho rápido, escovo meus dentes e saio do banheiro. Vou em direção ao armário começando a pegar uma calça jeans quando me lembro que tenho que ir para a escola de vestido. Guardo a calça e me viro para May, que está sentada em minha cama me esperando.

— Preciso da sua ajuda. — falo.

— Por que? — pergunta sem entender.

Conto para ela tudo que aconteceu que tenho que ir para escola de vestido, mas é claro que de um jeito bem resumido, já que estou atrasada.

— Deixa comigo. — fala se levantando da cama com um sorriso presunçoso em seu rosto.

— Até parece que é estilista. — reclamo me sentando em minha cama, ainda de toalha, enquanto May procuro algum vestido em meu guarda-roupa.

— Você não tem vestido não, Mari? — resmunga May.

Ela continua procurando e bem no fundo do armário encontra um vestido — que eu nem lembrava que existia — branco com um cinto também branco com a fivela prata.

— Não! — exclamo.

— Sim! — também exclama jogando o vestido em mim.

Olho para May que continua procurando em meu guarda-roupa. Ela pega um salto branco. Ela sorri para mim me mostrando o salto e eu faço uma careta fazendo-a rir.

May se vira novamente e pega uma bolsa branca e um colar dourado com pingente de coração.

— Vem, vou te arrumar. — fala caminhando em minha direção.

Ela me entrega o vestido e eu me visto. Logo depois May me entrega o salto. Eu me sento e coloco o salto. May coloca o colar em mim e pega a maquiagem que estava em cima da minha cômoda.

May passa a maquiagem em mim e faz o meu cabelo. Depois, ela pega minha bolsa, coloca o meu celular dentro dela — com uma capinha cinza — e me entrega.

— Está pronta e maravilhosa! — fala me olhando.

Caminho até o espelho e me olho. Eu estava linda! O vestido branco era um pouco rodado e ficou perfeito em meu corpo. O salto branco, combinava com o vestido e ficou uma combinação perfeita. Já a maquiagem de May, era clara. As cores variavam com branco e marrom. Ela tinha passado um lápis em mim e rímel. O batom era apenas um brilho, o que valorizou muito minha boca. O cabelo estava liso com um pouco de ondas.

New York não estava tão frio, o que ajudava para usar aquele vestido sem nenhuma blusa de frio.

— Obrigada May! Você vai na escola hoje? — pergunto.

— De nada Mari! Ainda não. Mamãe não está em casa, mas Marlee ligou para avisar que vem te buscar. Eu acho que ela já está lá em baixo, Mari. Vai que já está atrasada! — fala me emburrando para porta.

— Okay! Tchau May, obrigada de novo e depois conversamos! — falo já descendo as escadas.

Vou em direção a porta e quando abro vejo o carro de Marlee — que é um Peugeot 208 Allure — enfrente a minha casa.

Caminho rapidamente até lá e entro dentro do carro, vendo uma Marlee maravilhosa. Seu vestido é mais simples que o meu, em um tom marrom claro e com um cinto da mesma cor, só que em um tom mais escuro. Ela estava usando uma bota marrom e com uma pulseira também marrom. Seus cabelos caiam como cascata por suas costas com apenas duas mechas presas em uma trança. Sua maquiagem era fraca, como a minha.

— Você está linda! — falo.

— Obrigado! Você também está! Agora vamos, estamos atrasadas. — fala Marlee ligando o carro.

Logo chegamos a escola e descemos do carro. Os corredores estavam vazios, anunciando que o sinal já havia tocado.

Eu e Marlee corremos pelos corredores até chegar a sala da professora de matemática. Batemos na porta e logo a professora abriu-a.

— Desculpe professora, perdemos o horário, mas juro que isso não vai mais acontecer.— falo.

A professora nos analisa e depois nos deixa entrar.

— Que isso não aconteça mais. — fala dando espaço para entrarmos.

Nós entramos e percebo vários olhares vindo em nossa direção. Trato de me sentar rapidamente e Marlee se senta ao meu lado.

A aula de matemática — que durou dois horários — passa rápida e tranqüila, ao não ser pelas cartas — que apareciam em minha mesa — perguntando o número do meu telefone.

Quando o sinal toca todos se apresam em sair da sala. Pego meus materiais e espero Marlee, que logo pega seus materiais e vem em minha direção.

Fomos em direção ao meu armário — e o de Marlee, já que o dela é ao lado do meu — e encontramos Aspen nos esperando.

— Que gatas! — falo nos olhando.

— Obrigada. — falamos juntas.

— Por que se atrasaram? — pergunta.

Eu conto o porque de eu ter me atrasado e Marlee diz que ficou me esperando, por isso se atrasou também.

Nós pegamos nossos materiais e o sinal tocou. Aspen e Marlee foram andando e eu fique para trás, já que minha aula a sala seria ao lado contrário a sala de Aspen e Marlee.

— Por que trocou o visual? — pergunta uma voz sussurrando em minha orelha.

Será que é ele? Mas… não pode ser! Essa voz é muito conhecida por mim, mas... Eu devo estar ficando louca, não pode ser ele!

Me viro rapidamente para trás confirmando minha suspeita! É ele! Mas o mais importante, o que ele está fazendo aqui?