Vingadores Mercenários - Os Bacanas escrita por BaixinhaRavenclaw


Capítulo 7
I don't believe...


Notas iniciais do capítulo

POV Narradora Principal



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Assim que acordei dei de cara com grandes olhos esverdeados. Christopher estava basicamente em cima de mim, me encarando ansiosamente. Arregalei os olhos.

– ASSÉDIO, SOCORRO - Eu gritei, me debatendo, o garoto arregalou os olhos, notando que proximidade assim tão cedo não era algo normal pra mim e pulou da cama, caindo de costas no chão. - O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, CHRISTOPHER YOHAN?

– Eu... eu... eu só estava... ahn... - O garoto estava se enrolando todo, olhando para ele parecia uma criança assustada, comecei a rir, e ri muito, até que minha cabeça latejou e fiz uma careta de dor.- Do que está rindo? Vish... Ressaca

– Ressaca? Como assim ressaca? PARA TUDO, aonde eu tô? - Disse dramaticamente, olhando em volta sem reconhecer o quarto. Uma das paredes era azul, tinham várias estantes com livros, medalhas e artigos de basquete.

– Finalmente caiu a ficha né princesa! São 11h da manhã, você está no meu quarto, localizado em minha humilde residência. Ontem na festa acabou bebendo e ou fumando coisas que não devia, ficou mal e eu te resgatei... Meus pais não sabem que você está aqui.

Por um segundo fiquei um pouco apavorada, e por mais meia hora fiquei COMPLETAMENTE APAVORADA. Chris me ajudou, dizendo que tava tudo bem, que ele não diria a ninguém, que esse é um erro comum em festas e tudo mais ... Me senti sortuda por ter ele naquele momento pra me confortar, e então o ruivo me contou tudo sobre ontem a noite ( Deixando de fora a parte que eu disse que ele tinha um cabeção, fiquei sabendo disso depois),fiquei preocupada com Alexya e Dylan, mas tenho certeza de que estavam bem. O almoço foi estranho, descemos as escadas e acho que os pais dele não estavam preparados para encontrar uma garota vestindo short jeans e uma camisa de seu filho ( Sim, peguei emprestada depois do longo banho anti-ressaca). Me sentei a mesa, infelizmente ao lado de Chris e de frente para os pais dele, todos foram gentis, porém encaravam o garoto e a mim de maneira estranha, provavelmente mil coisas de pais passam na cabeça deles.

– Então... a quanto tempo estão juntos? - Indagou o pai, a mãe franziu a testa, como se aquilo fosse completamente inadequado e os dois travaram uma batalha silenciosa, eu arregalei os olhos e o ruivo engasgou com a comida.

– O que? Não somos um casal! - O garoto exclamou, ainda vermelho, dando um longo gole em sua bebida.

– É que nós achamos que como ela dormiu aqui vocês foss... -O pai continuou, eu negava com a cabeça, sentindo as bochechas quentes mas Chris se adiantou para interrompe-lo.

–NÃO, NÃO SOMOS UM CASAL, SÓ FUI GENTIL PORQUE ELA ESTAVA PASSANDO MAL, OKAY? - Ele disse bem alto e claro, seu tom dizia que o assunto estava encerrado. Um silêncio desconfortável se seguiu.

– Me... desculpem, não quis incomodar, eu estava... meio que inconsciente - Me expliquei, completamente corada, encarando meu prato.

– Não se preocupe Julietta, nós que pedimos desculpas, você me parece uma menina decente, diferente daquela outra que veio aqui a um tempo atrás, como era o nome dela mesmo? - A mãe dele disse em tom gentil, referindo a pergunta ao marido. Christopher tampou o rosto com as mãos e murmurou algo como um " eu quero morrer, senhor me leve agora", eu ri baixo.

– Bom... foi um prazer conhecer vocês mas acho que vão sentir minha falta no orfanato... - Eu menti, olhando para Chris, até porque não suportaria olhar a expressão de pena nos pais dele.- Acho que é melhor eu ir... Obrigado pela comida, estava ótima...

– E eu vou acompanhar ela até a porta! - Chris se levantou rapidamente.

Seus pais nem protestaram, apenas assentiram, sorrindo gentilmente, agradecendo o elogio á comida e pedindo para que eu os visitasse novamente ( Nem morta!). Ao passar pela porta e olhar pra mim mesma notei que ainda vestia uma camisa vermelho escuro de manga longa que ficava muito folgada em mim, corei.

– Ahh não se preocupe, pode ficar com você - Ele disse rindo, provavelmente notando minha vermelhidão.

–Não, não, é sua... fora que é um tanto estranho, não? - Ergui uma sobrancelha, olhando-o nos olhos, o garoto negou.

– Considere um pequeno presente.

– Vou retribuir toda sua gentileza, não se preocupe... A começar pela viagem, decidimos que você ta dentro - Eu sorri animada, batendo o pé ritmadamente contra o chão, balançando o corpo levemente.

– Isso vai ser ótimo! Vou falar com meus pais, mas já que gostaram de você não vai ter problemas...- Ele sorriu gentilmente, abrindo os braços e quando percebi já estava envolvida em um abraço.

– Ta bom, ta bom - Eu ri, abraçando-o também, assenti e nos despedimos, caminhei lentamente de volta a prisão que chamam de orfanato.

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O assunto do momento era a festa, a maioria nem se lembrava, muitos começaram a namorar, Dylan e Alexya reclamavam de dor de cabeça e me contaram o que aconteceu depois que fui embora com Christopher ( Tive que aguentar as piadinhas por causa da camisa): Os dois acabaram desmaiando no carro de Dylan e quando acordaram ele a levou pra casa. Hoje já é domingo, decidi ir a lanchonete para passar o tempo e comer algo diferente, chegando lá avistei no estacionamento James Carter e sua moto personalizada. O garoto não me viu na mesma hora, entrei apressada mas foi tarde demais, assim que me sentei ele entrou e se sentou de frente para mim, vestia uma camisa regata branca, jeans preto, all star e gorro.

– Ora ora, se não é a ilustre Julietta Owens, senhoras e senhores! - Ele disse, sorrindo implicante.

– Primeira coisa: sai da minha mesa. Segunda coisa: Nem te conheço! - Exclamei esticando os braços sobre a mesa, olhando-o.

– Quem disse que não? - Ele riu usando seu sarcasmo, passando a mão na nuca- Olha... sei que não começamos bem, mas eu só queria que soubesse que eu sou melhor do que isso... - Ele disse, perdendo o sorriso irritante, seu tom era completamente de sinceridade, ergui uma sobrancelha.

– Como assim? Não entendo James...

– Olha, eu não tenho uma família bem estruturada, pra falar a verdade eles nem ligam pra mim. Meu pai fugiu com outra mulher, deixando eu e minha mãe para trás, ela se revoltou, me tratando com frieza e descontando toda raiva em mim. Eu aprendi a agir assim como uma maneira de me proteger de mais gente como eles... entende? Não estou dizendo que isso é uma desculpa para meu comportamento, e não estou pedindo sua pena, só quero que saiba que eu sou melhor que isso... - Ele disse tudo calmamente, olhando em meus olhos. Aquele ar perverso foi tomado agora por um olhar suplicante.

– Porque está me dizendo isso? O que quer que eu faça?

– Acredite em mim e me dê uma chance. É tudo que eu peço.

– Eu.... okay. Vou te dar uma chance, e te ajudar a mostrar seu verdadeiro eu...

– Sério? - Ele arregalou os olhos, pareciam um cachorrinho fofinho com aqueles olhos verdes brilhantes.

– É... Mas só porque sou boazinha - Fiz uma careta convencida e ele riu, assentindo.- Ficou sabendo sobre a viagem que faremos nas férias?

– Claro, todos sabem... Só pra deixar claro, vocês não falam baixinho

– Que seja -dei de ombros rindo, ficando séria segundos depois.- você vem junto.


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