Vingadores Mercenários - Os Bacanas escrita por BaixinhaRavenclaw
Notas iniciais do capítulo
POV Narradora Principal
Assim que acordei dei de cara com grandes olhos esverdeados. Christopher estava basicamente em cima de mim, me encarando ansiosamente. Arregalei os olhos.
– ASSÉDIO, SOCORRO - Eu gritei, me debatendo, o garoto arregalou os olhos, notando que proximidade assim tão cedo não era algo normal pra mim e pulou da cama, caindo de costas no chão. - O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, CHRISTOPHER YOHAN?
– Eu... eu... eu só estava... ahn... - O garoto estava se enrolando todo, olhando para ele parecia uma criança assustada, comecei a rir, e ri muito, até que minha cabeça latejou e fiz uma careta de dor.- Do que está rindo? Vish... Ressaca
– Ressaca? Como assim ressaca? PARA TUDO, aonde eu tô? - Disse dramaticamente, olhando em volta sem reconhecer o quarto. Uma das paredes era azul, tinham várias estantes com livros, medalhas e artigos de basquete.
– Finalmente caiu a ficha né princesa! São 11h da manhã, você está no meu quarto, localizado em minha humilde residência. Ontem na festa acabou bebendo e ou fumando coisas que não devia, ficou mal e eu te resgatei... Meus pais não sabem que você está aqui.
Por um segundo fiquei um pouco apavorada, e por mais meia hora fiquei COMPLETAMENTE APAVORADA. Chris me ajudou, dizendo que tava tudo bem, que ele não diria a ninguém, que esse é um erro comum em festas e tudo mais ... Me senti sortuda por ter ele naquele momento pra me confortar, e então o ruivo me contou tudo sobre ontem a noite ( Deixando de fora a parte que eu disse que ele tinha um cabeção, fiquei sabendo disso depois),fiquei preocupada com Alexya e Dylan, mas tenho certeza de que estavam bem. O almoço foi estranho, descemos as escadas e acho que os pais dele não estavam preparados para encontrar uma garota vestindo short jeans e uma camisa de seu filho ( Sim, peguei emprestada depois do longo banho anti-ressaca). Me sentei a mesa, infelizmente ao lado de Chris e de frente para os pais dele, todos foram gentis, porém encaravam o garoto e a mim de maneira estranha, provavelmente mil coisas de pais passam na cabeça deles.
– Então... a quanto tempo estão juntos? - Indagou o pai, a mãe franziu a testa, como se aquilo fosse completamente inadequado e os dois travaram uma batalha silenciosa, eu arregalei os olhos e o ruivo engasgou com a comida.
– O que? Não somos um casal! - O garoto exclamou, ainda vermelho, dando um longo gole em sua bebida.
– É que nós achamos que como ela dormiu aqui vocês foss... -O pai continuou, eu negava com a cabeça, sentindo as bochechas quentes mas Chris se adiantou para interrompe-lo.
–NÃO, NÃO SOMOS UM CASAL, SÓ FUI GENTIL PORQUE ELA ESTAVA PASSANDO MAL, OKAY? - Ele disse bem alto e claro, seu tom dizia que o assunto estava encerrado. Um silêncio desconfortável se seguiu.
– Me... desculpem, não quis incomodar, eu estava... meio que inconsciente - Me expliquei, completamente corada, encarando meu prato.
– Não se preocupe Julietta, nós que pedimos desculpas, você me parece uma menina decente, diferente daquela outra que veio aqui a um tempo atrás, como era o nome dela mesmo? - A mãe dele disse em tom gentil, referindo a pergunta ao marido. Christopher tampou o rosto com as mãos e murmurou algo como um " eu quero morrer, senhor me leve agora", eu ri baixo.
– Bom... foi um prazer conhecer vocês mas acho que vão sentir minha falta no orfanato... - Eu menti, olhando para Chris, até porque não suportaria olhar a expressão de pena nos pais dele.- Acho que é melhor eu ir... Obrigado pela comida, estava ótima...
– E eu vou acompanhar ela até a porta! - Chris se levantou rapidamente.
Seus pais nem protestaram, apenas assentiram, sorrindo gentilmente, agradecendo o elogio á comida e pedindo para que eu os visitasse novamente ( Nem morta!). Ao passar pela porta e olhar pra mim mesma notei que ainda vestia uma camisa vermelho escuro de manga longa que ficava muito folgada em mim, corei.
– Ahh não se preocupe, pode ficar com você - Ele disse rindo, provavelmente notando minha vermelhidão.
–Não, não, é sua... fora que é um tanto estranho, não? - Ergui uma sobrancelha, olhando-o nos olhos, o garoto negou.
– Considere um pequeno presente.
– Vou retribuir toda sua gentileza, não se preocupe... A começar pela viagem, decidimos que você ta dentro - Eu sorri animada, batendo o pé ritmadamente contra o chão, balançando o corpo levemente.
– Isso vai ser ótimo! Vou falar com meus pais, mas já que gostaram de você não vai ter problemas...- Ele sorriu gentilmente, abrindo os braços e quando percebi já estava envolvida em um abraço.
– Ta bom, ta bom - Eu ri, abraçando-o também, assenti e nos despedimos, caminhei lentamente de volta a prisão que chamam de orfanato.
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O assunto do momento era a festa, a maioria nem se lembrava, muitos começaram a namorar, Dylan e Alexya reclamavam de dor de cabeça e me contaram o que aconteceu depois que fui embora com Christopher ( Tive que aguentar as piadinhas por causa da camisa): Os dois acabaram desmaiando no carro de Dylan e quando acordaram ele a levou pra casa. Hoje já é domingo, decidi ir a lanchonete para passar o tempo e comer algo diferente, chegando lá avistei no estacionamento James Carter e sua moto personalizada. O garoto não me viu na mesma hora, entrei apressada mas foi tarde demais, assim que me sentei ele entrou e se sentou de frente para mim, vestia uma camisa regata branca, jeans preto, all star e gorro.
– Ora ora, se não é a ilustre Julietta Owens, senhoras e senhores! - Ele disse, sorrindo implicante.
– Primeira coisa: sai da minha mesa. Segunda coisa: Nem te conheço! - Exclamei esticando os braços sobre a mesa, olhando-o.
– Quem disse que não? - Ele riu usando seu sarcasmo, passando a mão na nuca- Olha... sei que não começamos bem, mas eu só queria que soubesse que eu sou melhor do que isso... - Ele disse, perdendo o sorriso irritante, seu tom era completamente de sinceridade, ergui uma sobrancelha.
– Como assim? Não entendo James...
– Olha, eu não tenho uma família bem estruturada, pra falar a verdade eles nem ligam pra mim. Meu pai fugiu com outra mulher, deixando eu e minha mãe para trás, ela se revoltou, me tratando com frieza e descontando toda raiva em mim. Eu aprendi a agir assim como uma maneira de me proteger de mais gente como eles... entende? Não estou dizendo que isso é uma desculpa para meu comportamento, e não estou pedindo sua pena, só quero que saiba que eu sou melhor que isso... - Ele disse tudo calmamente, olhando em meus olhos. Aquele ar perverso foi tomado agora por um olhar suplicante.
– Porque está me dizendo isso? O que quer que eu faça?
– Acredite em mim e me dê uma chance. É tudo que eu peço.
– Eu.... okay. Vou te dar uma chance, e te ajudar a mostrar seu verdadeiro eu...
– Sério? - Ele arregalou os olhos, pareciam um cachorrinho fofinho com aqueles olhos verdes brilhantes.
– É... Mas só porque sou boazinha - Fiz uma careta convencida e ele riu, assentindo.- Ficou sabendo sobre a viagem que faremos nas férias?
– Claro, todos sabem... Só pra deixar claro, vocês não falam baixinho
– Que seja -dei de ombros rindo, ficando séria segundos depois.- você vem junto.
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