Tales of the Guardians escrita por Sykes Potter


Capítulo 10
A Biblioteca


Notas iniciais do capítulo

OIOIOI MEU POVO LINDO!!!! Então mais um capítulo, esse ficou meio água com açucar, é só uma introdução pro próximo capítulo que é quando a ação vai começar :)



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Storybrooke, 2012

“Lá se vão as suas chances de saber o que aconteceu com o Filho de Eldor.” Era a única coisa que estava na cabeça de Elizabeth naquele momento.

Amelia Pond. A Guardiã sabia quem ela era... A primeira companheira de seu amigo, em sua 11ª versão. E se 11 a mandou a seu encontro, a Herondale sabia que havia algo errado, muito errado.

Elizabeth suspirou, estava sentada na poltrona ao lado da cama onde a ruiva dormia há pelo menos duas horas, tinha alugado um quarto no Granny´s até que a ruiva se recuperasse. Já eram difíceis as transições abruptas de dimensões para ela, que estava acostumada – e não era humana – imaginava o quanto de energia devia ter sido drenada daquela mulher a seu lado, ou o que havia levado o Doutor a manda-la para Storybrooke.

Elizabeth colocou a cabeça entre as mãos. Tinha enfrentado um inquérito de Emma, que não gostava de forasteiros em sua cidade, especialmente forasteiros que apareciam do nada, mas havia conseguido contornar a xerife da cidade com uma pequena ajuda de Henry, ela sorriu, aquele garoto era esperto...

Foi retirada de seus pensamentos quando ouviu um lamento: Amelia tinha acordado.

– Onde estou? – ela dizia com a mão na cabeça e os olhos confusos.

– Agora? Em outra dimensão, mais especificamente num quarto na estalagem da avó da Chapeuzinho Vermelho. – Elizabeth respondeu ainda com a cabeça entre as mãos, meio impaciente, e ainda sem encarar a ruiva.

– Ta bom... – Amy disse confusa, e hesitante.

Amelia sentou-se, alongando os músculos e encarando a mulher a sua frente, a postura de Elizabeth era tensa, e seus olhos encaravam o chão com intensidade - não aparentaria mais de 21 anos, não fosse seu olhar, seus olhos pareciam ter séculos de idade, talvez mais velhos do que os do próprio Doutor ou talvez não mais velhos só mais... Perturbados, ela parecia alguém que tinha visto muita coisa.

– Você é Elizabeth Herondale, certo? A Guardiã amiga do Doutor? – Amelia perguntou finalmetne.

– Sim – Elizabeth levantou os olhos para encarar a ruiva a sua frente, seu olhar agora mais leve com um leve sorriso, que não chegava aos olhos pretos que se mantinham preocupados, em seu rosto moreno emoldurado por cachos – No que aquele maluco se meteu agora?

Amelia imediatamente ficou séria, não tinha entendido muita coisa do que havia acontecido na TARDIS aquele dia mais cedo (havia sido naquele dia mesmo?), mas o Doutor havia deixado claro, ao manda-la para aquela dimensão, que ela precisava enviar uma mensagem:

–Tenho um recado para você – Amelia suspirou e Elizabeth fez sinal para que esta continuasse – O Doutor foi capturado por alguém que se auto intitulava Lockdown – Elizabeth franziu o cenho, confusa, mais essa agora.... Amelia tomou um minuto para beber a água que estava em sua cabeceira da cama antes de continuar:

– Antes de ser levado ele me pediu para avisa-la que o filho de Eldor está preparando sua vingança, ele disse que você precisaria de ajuda, algo sobre uma Guerra... Informação, disse que você já deveria saber quem era o Livro por agora – Amy sacudiu a cabeça para acertar as ideias - Foi confuso, eu estava em um dos cômodos da TARDIS quando o homem invadiu, eu me escondi. – Amy estava perdida em seus próprios devaneios, falando mecanicamente com um cenho franzido - Ele disse algo sobre uma estante... Números e letras...

Elizabeth ficou imediatamente em alerta, levantou-se alarmada dizendo:

– Amy, você precisa se lembrar exatamente o nome da estante para mim, ele te deu um código não foi? Eu preciso saber...

Amelia olhou-a por um segundo, em que Elizabeth ficou desesperadamente nervosa, antes de responder:

– KAZ 2Y5, o código era KAZ 2Y5.

Elizabeth sorriu, havia esperança para que ela conseguisse suas respostas a final.

– Amy, tome banho, tem uma muda de roupas na primeira gaveta do guarda roupa– disse ela indicando o móvel e pegando o casaco rapidamente saindo porta a fora – Volto em 10 minutos.

– Espera! – Amy falou impedindo Elizabeth de sair correndo porta a fora – O que estamos fazendo?

– Ora essa não é a sua dimensão, e não podendo ficar aqui, ou voltar para a sua própria... – Elizabeth respondeu, dando uma piscadinha – Gerônimo - e saiu do quarto.

“Ela realmente esta animada” Amy percebeu antes de seguir as instruções da Guardiã.

***

Elizabeth desceu as escadas com pressa, e chegou ao restaurante, sentou no balcão, com um enorme sorriso no rosto, como sentia falta daquela dimensão, lógico que ir para lá sempre significava sofrimento e problemas, mais do que nas dimensões normais, mas também significava ficar com alguns de seus amigos mais próximos, uma pequena parte de sua família.

Estava tão mergulhada em pensamentos que só percebeu que a Vovó tentava atende-la quando esta balançou a mão em sua frente.

– O que quer menina?- ela repetiu meio impaciente.

– Fechar a conta da estalagem – a Herondale disse e estendendo uma nota. A Vovó simplesmente assentiu pegando o dinheiro na mão de Elizabeth antes de se virar para ir atender outros clientes.

– Vovó! – Elizabeth chamou novamente dando um sorriso de orelha a orelha antes de dizer– Eu queria uma torta de Maça, para viagem.

E a idosa foi para a cozinha atender o pedido da Guardiã.

***

Amy e Elizabeth caminhavam pelas ruas de Strybrooke, passando pela loja do Senhor Gold, até finalmente chegarem a seu destino: a biblioteca.

Elizabeth suspirou, precisava se concentrar, entregou o pacote de torta para Amelia e girou seu anel da mão esquerda três vezes sentindo o puxão de energia familiar abrindo a porta para sua biblioteca.

– Pegue minha mão – ela disse estendendo a mão para Amy, que a pegou sem hesitar e em um segundo ambas desapareceram pela porta.

***

Lugar desconhecido, Ano não marcável

Quando Elizabeth abriu os olhos novamente estava em sua biblioteca, dessa vez usando um vestido preto longo e leve que tinha um rasgo na perna que ia até a coxa, bordado com estrelas e constelações, estava descalça, como sempre. Virou-se para Amy, que agora possuía um discreto vestido verde de verão, com sapatilhas marrons.

–Vamos, não temos tempo a perder – ela disse indicando com a cabeça para que a outra a seguisse, começando a andar imediatamente.

Tinham parado em outra área de sua biblioteca dessa vez, esta era mais antiga, o piso de mármore branco e as grandes estantes de madeira escura se estendendo até um teto não identificável. Os livros cheiravam a novos apesar de estarem com títulos há muito desbotados, a exceção de um. Aberto em um pedestal de vidro no meio do recinto havia um livro, era escrito em latim arcaico, lindo, com bordas douradas.

Amy estava em frente aquele volume e estava prestes a tocar sua redoma de vidro quando foi parada por Elizabeth que segurava sua mão:

– Não se afaste, e não toque em nada- ela olhou ao redor – Não sei se poderia acha-la se se perdesse.

Elizabeth soltou a mão da companheira com gentileza e continuou andando apressadamente.

Subiram e desceram escadas, viraram tantas esquinas, até que Amy parou de tentar se orientar, o local parecia não ter fim, e ela tinha certeza de que vira livros flutuando entre as estantes, prestava atenção aos arredores, mas sempre checava a distância que estava de Elizabeth, realmente não queria saber a sensação de ficar perdida naquele local.

– Cuidado – Elizabeth parou e segurou o braço de Amy, num momento em que ela estava particularmente distraída, antes que essa pudesse dar de cara com uma escada que passava rapidamente com livros flutuantes em seu encalço entre as estantes, com aquela velocidade ela teria sido esmagada.

– O que é esse lugar? – A ruiva perguntou de olhos arregalados.

– Estamos na Biblioteca das Dimensões – Elizabeth disse e voltou a caminhar, dessa vez mais lentamente para que Amy pudesse andar ao seu lado – Aqui ficam os portais para todas as dimensões do universo conhecido.

– Legal – ela disse ainda um pouco confusa e se esquivando de um livro que voava em direção a seu rosto – Se estamos procurando um livro, qual o título? Você não precisa de um índex ou algo assim?
– Não – Elizabeth respondeu, rindo discretamente da pergunta – Nenhum livro aqui tem título, eles são majoritariamente identificados por códigos, este especificamente está na minha coleção particular – ela levantou a mão onde havia o código dado pelo Doutor escrito em caneta preta sorrindo – É claro que você deve conhecer alguns títulos que tenho aqui: The Vampire Diaries, os quadrinhos famosos da MARVEL, Sherlock Holmes...

– Mas... Como isso é possível? Quero dizer, não é como se todo mundo pudesse vir aqui e dar uma espiada na história antes de escrevê-la – Amy rebateu curiosa.

–Verdade – Elizabeth respondeu virando uma esquina e começando a subir uma escada estreita bem à frente de Amy – Alguns humanos são... Especiais, suas mentes são como janelas, eles conseguem ter acesso a alguns fatos de outras dimensões, são raros esses casos, mas acontecem por todos os cantos do universo... J.K Rowling, J.R.R. Tolkien, todos especiais, todos Autores.

Elizabeth sorriu com a lembrança de alguns de seus amigos humanos, de fato os Autores legítimos eram difíceis de encontrar, mas eles eram algumas das pessoas mais fantásticas que ela já conhecera.

***

–Minha coleção particular – Elizabeth falou, finalmente parando diante de um portal que dava para um pequeno cômodo com piso de madeira, com as paredes repletas de livros, e algumas mesas de carvalho espalhadas pelos cantos.

Elizabeth logo se colocou ao trabalho, estendeu a mão, e uma das escadas que haviam passado pelos corredores da biblioteca apareceu quase que por mágica. Murmurava a os números que o Doutor a havia passado calmamente passando de estante em estante, se deslocando com destreza, sem parecer se incomodar com a altura que estava do chão, não realmente procurando, já que ela sabia exatamente de qual livro se tratava.

– Voilá – ela disse retirando um volume pesado e preto da estante, descendo se apoiando apenas com uma mão na escada escorregando até o chão.

– E agora...? – Amy falou hesitante observando o sorriso da Guardiã enquanto ela estendia o livro em uma das mesas e o abria aleatoriamente.

– Agora nós procuramos – ela disse folheando as páginas - O Doutor nos mandou ir para essa dimensão por uma razão, nada com aquele maluco é coincidência, e apesar de ele não poder entrar aqui sem mim, ouso dizer que talvez ele conheça essa biblioteca melhor do que eu.

E ali estava. Abaixo de um desenho uma pequena linha azul-TARDIS sublinhando uma palavra.

Havia apenas uma palavra marcada ali, e foi o suficiente para Elizabeth tirar o sorriso do rosto e lançar um olhar para Amy que a encarava preocupada. Elizabeth suspirou dizendo para si mesma:

– Estava bom demais para ser verdade.

Elizabeth abriu uma gaveta da mesa, tirando de lá o pacote de torta, que Amy não havia percebido que havia sumido.

E num floreio discreto com as mãos ela pegou a mão de Amy de um lado e tocou o livro com a outra:

–Feche os olhos, vai ser uma viagem turbulenta.

E ambas sumiram do recinto.


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Notas finais do capítulo

Pergutna do Capítulo:
"Para onde elas estão indo?"
Comentem por favor!!! Me deixa muito feliz e me da inspiração para escrever.
Ponto para Dani por acertar o que aconteceu com o Doutor :)



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