As Histórias de Bella Swan - ShortFic escrita por Paola_B_B


Capítulo 2
Bella a professora


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, mais um capítulo para vocês :D Desta vez uma pequena história dos tempos de professora ^^



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Bella a professora

Caminhava alegremente pelos corredores de Hogwarts ao lado do simpático fantasma Nickolas. Nossas vozes ecoavam pelo ambiente vazio assim como os meus saltos finos. Estava animada para a aula que eu daria hoje para os alunos do terceiro ano. Finalmente havia convencido Dumbledore a deixar que eu iniciasse um pequeno campeonato de duelos após o Natal. Para que todos os alunos pudessem ter uma chance eu teria que ensina-los inicialmente a como duelar.

– Não pegue pesado com os garotos Bella.

– Não se preocupe Nick. – ri inocentemente mandando-lhe uma piscadela antes de adentrar a grande sala. – Bom dia!

A resposta não foi muito animada. Bem, eu não esperaria muita coisa às cindo da manhã. Olhei-os divertida. Todos sentados em suas mesas usando os uniformes de ginástica. As feições sonolentas e desanimadas. Quase gargalhei quando uma sequência de bocejos iniciou.

– Ora! Onde está animação de vocês?! Parecem cérberos encantados por uma harpa!

Recebi alguns olhares enviesados, acho que eles não gostaram da comparação com um animal gigantesco de três cabeças, principalmente pelo mau hálito deste animal. Porém eles realmente estavam sonolentos como este monstro ao escutar uma boa música.

– Muito bem, se não querem participar do campeonato de duelos podem voltar para as suas camas quentinhas. – dei de ombros seguindo até minha mesa.

Os burburinhos animados sequenciaram as minhas palavras. Sorri orgulhosa. Eu era uma ótima professora! Tão boa que quando me virei todos me olhavam despertos e animados.

– Agora sim! – sorri. – O professor Dumbledore permitiu que eu organizasse um campeonato de duelos entre os alunos da escola. Poderão participar os alunos a partir do terceiro ano. Os duelos ocorrerão primeiramente de acordo com a faixa etária de cada estudante, nas finais a idade não importará. Portanto eu tenho que prepará-los suficiente bem para que possam duelar de igual com os alunos dos últimos anos.

Eles assentiram ansiosos.

– Professora Swan, quando será o campeonato? – Arthur balançava a mão para chamar a minha atenção, seus cabelos ruivos balançavam também.

– Será logo após o Natal senhor Weasley.

– Mais alguma pergunta?

– Quando começaremos? – a empolgação de Lilian era contagiante.

– Agora mesmo senhorita Evans! Levantem-se todos! Venham! Sem timidez! Quero que formem uma linha... Isso mesmo, um ao lado do outro... Todos voltados para mim. Agora começaremos com um feitiço básico, porém eficaz de proteção. Creio que muitos de vocês já o conhecem e inclusive o executam com perfeição.

Caminhava sob o atento o olhar de cada um de meus alunos. Estalei meus dedos fazendo com que um balaço aparecesse em minha mão direito. Sem nenhum aviso lancei a bola em cima de Thiago Potter, o único com a varinha em mãos, que sorrindo malicioso defendeu-se com o feitiço que eu queria.

Protego! – o balaço bateu no escudo e caiu ao chão.

– Muito bem senhor Potter. – elogiei e então fiz a bola voltar para a minha mão. – Accio! Agora quero que todos repitam comigo... Pro-te-go.

Os fiz repetir algumas vezes antes de mandá-los pegar suas varinhas e então foi uma festa com o balaço sendo lançado de um lado para o outro pelos escudos dos alunos.

– Lembrando que este feitiço não pode ser usado no jogo de Quadribol!

Os risos e exclamações encheram a sala enquanto eles se divertiam com o simples feitiço.

– Muito bem! Vamos para os próximos feitiços.

Ensinei-lhes mais de 15 feitiços nesta manhã, mais da metade eram feitiços de defesa, porém se eles fossem espertos suficientes conseguiriam transformar a defesa em um eficiente ataque.

– Muito bem, agora que já conhecem os principais feitiços quero que prestem bem atenção no que lhes direi sobre duelos.

Fiz uma pequena pausa de suspense.

– Duelos são lutas respeitosas. Por isso cada um deve saber o momento certo de pedir a finalização da luta por não aguentar mais ou de parar de atacar. O duelista que ferir seu adversário mais do que o estritamente necessário será automaticamente desclassificado e dependendo da gravidade do ferimento do adversário o agressor será punido severamente. Os participantes devem se tratar com cortesia. Entretanto todos devem ter ciência de que o oponente sempre atacará com tudo o que tem, ele não medirá esforços para colocá-los no chão. Quero que compitam com sabedoria e acima de tudo respeito.

Caminhei até minha mesa e chamei Lilian Evans para frente para uma pequena demonstração.

– Muito bem senhorita Evans, primeiramente fique em minha frente... Isso, alguns passos para trás... Aí está bom. Agora imite meus movimentos. – olhei para meus alunos para ter certeza que me observavam. – Primeiramente vocês irão apresentar suas varinhas, em seguida uma reverência respeitosa ao adversário. Abaixem as varinhas e se preparem para o duelo. Ao sinal do juiz é da escolha de vocês atacarem primeiro ou esperar que o adversário ataque. Eu...

Expelliarmus!

Olhei admirada para a garota que acabara de mandar a minha varinha para longe. Ela me olhou com um pouco de medo.

– Desculpe, pensei que era para atacar. – sorriu amarelo.

– Muito bem senhorita Evans... Como eu ia dizendo vocês podem escolher a melhor maneira que lhes convier para atacar o adversário. Eu, assim como a senhorita Evans, prefiro os ataques surpresas.

Sorri para Lilian e continuei minha aula.

– Então quando a luta acaba os adversários se aproximam e novamente fazem a reverência respeitosa. O campeão terá seu braço erguido pelo juiz.

Ergui o braço de minha aluna que sorria ainda mais largamente. Soltei um leve riso e fui buscar minha varinha. Quando me voltei para os alunos enfatizei a minha principal lição.

– Então quero que sempre tenham em mente o respeito pelo adversário, principalmente por vocês serem os mais jovens duelistas do campeonato. Os mais velhos não pegarão leve, mas com as táticas sertãs vocês podem colocá-los no chão ou desarmá-los, assim como a senhorita Evans fez comigo. Agora formem duplas!

Os fiz duelar por todo o final da aula ficando atenta a qualquer ferimento acidental. Ajudei aqueles que possuíam maiores dificuldades em conjurar feitiços e ensinei-lhes táticas para detectar o ponto fraco do adversário.

Fiquei satisfeita com a minha aula.

No mesmo dia após o almoço avistei a pequena gangue de pirralhos bruxos perseguindo o pobre Snape. Potter, Lupin, Black e Pettigrew não tinham vocação para as forças das trevas, entretanto não eram fáceis. Escolheram o pobre Severo para as maldades infantis.

Os observei ao longe emboscarem Snape de encontro a uma árvore, varinhas em mãos e apesar de não escutar o que diziam eu tinha certeza que as piadinhas magoavam o garoto.

Caminhei lentamente na direção dos cinco. Veja bem, sou da opinião que cada um tem que resolver seus problemas por si mesmo, entretanto eram crianças, eu era professora, eu tinha que interferir.

– Professora Swan! – era Lilian que corria em minha direção. – Os meninos vão acabar machucando Severo.

Os olhos bondosos daquela menina me diziam a incrível mulher que ela se tornaria.

– Snape precisa aprender a se defender, caso contrário será sempre um saco de pancadas dos mais espertos. – tagarelei torcendo meus lábios em desgosto.

Eu acabara de dar uma aula sobre feitiços para duelos! Desapontava-me que ele não tentasse nenhum contra a gangue de pirralhos.

– Vai deixá-los machucá-lo? – perguntou espantada.

– Não senhorita Evans. Não deixarei que nenhum aluno se machuque.

Estávamos próximas o suficiente para escutar a risada dos quatro e observar o rosto vermelho de vergonha de Severo.

– Está apaixonadinho pela professora Swan é Ranhoso?! Cheio de risinhos e olhares sonhadores para ela. – gargalhava Sirius Black.

Observei Lilian me olhar curiosamente, talvez esperando captar alguma reação àquela noticia. Não deixei que minha expressão mostrasse qualquer sentimento, mas confesso que estava me divertindo. Quem diria...

Severo foi o primeiro a me avistar e seu rosto ficou ainda mais vermelho. Seus olhos imediatamente abaixaram e seus pés tornaram-se algo extremamente interessante.

– Hey! Não fique envergonhado, não é desse jeito que vai conquistá-la. Podemos te dar algumas dicas. – Potter era sínico quando queria.

– Estou extremamente curiosa para escutar essas dicas, principalmente vindas de um rapazinho tão experiente. – os quatro se viraram em um pulo.

Contive a gargalhada, mas Lilian não. Thiago a olhou ofendido e recebeu um dar de ombros em troca.

– Todos ficaram mudos de repente... Ninguém aqui tem nada para fazer? Acho que a professora de História da Magia não está pedindo relatórios suficientes, falarei com ela.

– Não será necessário professora. – sorriu amarelo Lupin. – Já estávamos de saída.

Ergui uma de minhas sobrancelhas ao ver os quatro saírem correndo com os rabinhos entre as pernas. Revirei meus olhos e olhei com firmeza para Snape.

– Na próxima vez que eu ver alguém fazer alguma maldade com você e você simplesmente abaixar a cabeça e aceitar quem passará a fazer maldades com você serei eu. Defenda-se, pois a vida adulta é muito mais cruel que a vida escolar.

– A senhora deveria brigar com os garotos e não com ele. – resmungou a pequena bruxinha.

– Não se preocupe senhorita Evans, eles receberão a devida punição.

Sorri dando as costas aos dois e segui meu caminho com a ideia formando-se perversamente em minha mente. Eles queriam ser maldosos, bem, eu poderia ser muito mais ao ensiná-los uma lição.

Propositalmente deixei que os dias passassem sem nada fazer ou falar. Mas foi um pouco antes do Natal que eu tive que rir com os acontecimentos. Estava ajoelhada perto de Franco Longbottom que havia se ferido durante a aula. Era apenas um corte superficial no sobrecilho que curei rapidamente com um feitiço. Foi quando comecei a escutar uma discussão acalorada. Alguns alunos me olharam ansiosos esperando alguma atitude.

Lentamente levantei-me e olhei com orgulho Snape bater de frente com Black não admitindo qualquer piadinha. Os dois estavam exaltados e pareciam dois galinho de briga. Soltei um riso baixo.

– Meninos? Por favor. – pedi monotonamente.

Ora! Quem estou tentando enganar? Eu queria mais é que o circo pegasse fogo!

Eles não me escutaram e continuaram a discutir.

– Vá brincar com suas poções Ranhoso!

– Cuida da sua vida Black! Saia da minha frente antes que eu conjure algum feitiço!

– Oh! Vejam só! Criou um pouquinho de coragem? Vai me lançar um feitiço que aprendeu com a mamãe é?

– Pelo menos eu tenho uma mãe!

Pegou pesado. Sírius puxou sua varinha e atacou Severo que se defendeu como pode. Eu deveria interferir, impedir que os dois se machucassem. Era o certo a se fazer. Era o que eu deveria fazer, mas eu deixaria que eles resolvessem seus problemas, pelo menos por mais alguns minutos.

Os outros três garotos não demoraram a se juntar a Sirius para covardemente atacar Snape.

Flagello! – observei estreitando meus olhos o ataque maldoso de Pedro Pettigrew que transformou sua varinha em um chicote que acertou em cheio o rosto de Severo.

Dos quatro membros da pequena gangue, Pettigrew era o garoto em quem eu apostava em tornar-se algum seguidor de bruxos das trevas, pois ele não tinha e nunca teria taco para arrecadar os seus próprios seguidores. O que não o tornava menos traiçoeiro.

Estava na hora de eu interferir, até mesmo Thiago, Lupin e Sirius olharam espantados para o amigo. Apressei meus passos principalmente por causa do sangramento assustador no rosto de Snape. Porém antes que eu pudesse dar um fim naquela briga, para o meu imenso orgulho, Severo ergueu a varinha e proferiu.

Tarantallegra!

O riso imediatamente encheu a sala enquanto os quatro dançavam desengonçavelmente. Estalei meus dedos fazendo uma bela tarantela tocar. Sorri caminhando até o ferido. Segurei seu queixo em minha mão observando com cautela o corte. Notei que não era profundo então logo lancei-lhe um feitiço de cura.

Episkey! – o corte fechou não deixando qualquer cicatriz em seu rosto.

Mandei-lhe um olhar de concordância com o que tinha feito. Ele mal conseguia conter o sorriso em seu rosto pela humilhação dos colegas que ainda dançavam sem parar.

– Não sorria deste jeito quando estiver na frente do professor Dumbledore. – sussurrei-lhe.

Severo assentiu e então eu me virei para os quatro dançarinos.

– Eu espero que tenham aprendido uma lição hoje. Mas os levarei mesmo assim para o diretor.

Eles choramingaram e foram dançando em direção a porta. Severo caminhava ao meu lado, logo atrás dos garotos.

– O resto da turma está liberada por hoje.

Fomos diretamente para a sala do diretor. Hilário é uma palavra muito pequena para descrever todo o caminho até lá, principalmente a subida na escada em espiral. Acho que os garotos nunca passaram tanta vergonha. Mas o rosto chocado de Dumbledore observando os quatro dançando em sua frente foi simplesmente impagável.

Finite Incantatem! – proferiu ele fazendo-os cair ao chão exaustos pela dança descontrolada.

Ainda respiravam de maneira ofegante quando Dumbledore exigiu uma explicação. O silêncio foi sepulcral. O diretor me olhou me fazendo revirar os olhos.

– Senhor Snape, você primeiro. Os quatro calados. – ordenei.

Como era bom ser respeitada. Sorri internamente.

– Eu apenas me defendi.

– Senhores, algo para argumentar? – perguntei aos membros da gangue.

Novamente silêncio. Assenti e fitei Dumbledore. Seus olhos estavam fixos em mim tentando compreender o que significava aquilo.

– Bem... Como a professora Swan estava presente na hora do ocorrido creio que seja melhor ela mesma aplicar uma punição caso seja necessário.

– Os cinco estão fora do campeonato de duelos. – declarei seriamente.

– O que?!

– Não professora Swan!

– Isso é injusto!

Estreitei meus olhos.

– Calados! – exigi secamente. – Qual foi a primeira lição que lhes ensinei quando iniciei as aulas sobre duelos?

Silêncio.

– Respeito! Essa foi a primeira lição. Enquanto vocês não se respeitarem como pessoas decentes eu não permitirei que duelem.

Severo foi o único que não ligou, sua pequena vingança fora concluída com sucesso. Já os outros me olharam com indignação, mas não abriram o bico.

– Agora podem ir. – abanei minhas mãos os dispensando.

Quando estava apenas eu e o diretor na sala o escutei me cutucar.

– Talvez eles aprendessem melhor com exemplos.

O olhei divertida.

– Eles também precisam aprender aquela outra pequena lição.

– Qual delas?

– Manda quem pode e obedece quem tem juízo.

Dubledore não conseguiu evitar a gargalhada.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram?