POV Sammy

Eu havia sido pego naquela noite no deposito da policia e mesmo sendo menor de idade fui levado para a delegacia, algemado e no porta-malas do carro. Ao chegar à delegacia eles perceberam que não podiam me prender formalmente e eles não tinham o contato dos meus pais, nem eu, se alguém tiver, me passe. Mas isso não os impediu de me castigarem, após alguns xingamentos envolvendo meu DNA, eles me prenderam em uma cela separada dos demais, mas a maioria que estava ali era para levar um castigo, bêbados, marginais e mutantes.

A cama era de tijolo com um fino colchão que fedia a xixi, mas como não tinha nada melhor eu me deitei e esperei adormecer. Passou algumas horas e senti uma batida em minha testa, abri os olhos e vi que um policial tocou uma lata de cerveja em mim. Ele estava bêbado, provável que era o guarda da noite, era um homem de idade passada e com o uniforme estourando devido à gordura. O policial abriu a cela e entrou e estava murmurando alguma coisa sobre mutantes.

– A vagabunda da minha mulher era mutante, e me deu filhos mutantes. – Ele deu uma pausa para terminar de tomar outra latinha. – Tudo filhos do demônio.

– Por isso que são seus filhos. – Falei baixinho, mas alto suficiente para ele ouvir. Após escutar o que eu disse ele me encarou feio e depois desferiu um tapa no meu rosto ao mesmo tempo em que me xingava.

– Você vai ver só, seu mutante de merda. – Ele tentou me bater de novo, mas eu o emburrei e ele caiu sentado no chão. Levantei-me da cama e corri em direção à porta da cela. Droga, estava trancada.

Fui até o policial que ainda lutava para se levantar do chão, e fui tentar pegar as chaves que estavam no bolso dele. Ele colocou a mão na minha cabeça e a puxou para baixo, de forma que meu rosto bateu nas partes de baixo dele.

– É isso o que você quer, seu mutante bixinha?

Imediatamente eu comecei a dar socos na pança daquele porco bêbado, mas ele segurava minha cabeça cada vez mais firme. – Bate vai, bate que nem vadiazinha. – Ele dizia entre gargalhadas com seu bafo podre de cerveja barata.

O bêbado em empurrou para o lado e eu bati na parede, ele conseguiu se erguer e então abriu a calça e a empurrou para baixo e exibiu seu membro peludo. Ele me puxou para perto e enfiou aquele coisa dentro da minha boca. Eu mordi aquela coisa nojenta e ele gritou e em seguida me deu um soco na cara, com as mãos deixou minha boca aberta e depois voltar a me abusar.

Bati minhas mãos na grade para dar barulho e ver se algum policial aparecesse, mas ninguém apareceu, apenas ouvi gargalhadas de outros presos. Depois de terminar com a minha boca ele me jogou na cama e tirou minha roupa e se deitou por cima de mim. O gosto ruim e podre ainda estava na minha boca e o seu cheiro azedo estava fixando em mim. Assim que ele terminou de me fazer de garotinha, ele saiu da cela soltando risadas, e eu me encolhi no canto e fiquei a chorar, como uma garotinha.

Algumas horas se passaram, mas eu não consegui adormecer novamente, mas algo chamou a minha atenção, ou melhor, de todos. Um estrondo invadiu a delegacia e fez com que todos os policiais se alarmassem. Estava esperançoso, deveria ser Alex e os outros. Vi uma rajada vermelha quebrando a porta das celas, uma por uma, é ele, é ele.

Grudei-me no canto da parede, para não ser atingido quando a porta caísse, mas ao mesmo tempo queria ver aquilo acontecer, e foi quando eu vi quem era. Um garoto de óculos escuro, retirava os óculos e uma rajada saia, uma porta se quebrava e um preso se libertava. Mais atrás uma garota cinza estava esfaqueando os policiais com os próprios braços que pareciam espadas. Aquele é o irmão do Alex, o Scott?

Ele abriu a minha cela e eu sai com receio, afinal, o que ele estava fazendo ali?

– Você é o Sammy, cara de peixe? – Perguntou ele com um sorriso, aquele sorriso que garotos populares fazem quando encontram nerds.

– Sou sim, vocês vieram me salvar?

A garota cinza se colocou na frente do Scott e veio desfilando em minha direção, as espadas voltaram a ter forma de braços, mas o sangue ainda escorria ali. – Agora que você irá precisar de resgate, queridinho.