Summers Brothers (Hiatus) escrita por Vine Azalea


Capítulo 22
Magnus being Magnus


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo nessa ditadura maluca. Como será o dia de hoje na White City? Acompanhe conosco na White City TV!



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POV Wanda

A sopa de caldo de galinha trazia recordações da minha infância, não sei bem o porquê. Aquela não era a melhor sopa que já tomei em minha vida, mas também não estava ruim. Talvez fosse a companhia.

– Eu te disse que sabia fazer uma bela sopa. – Ele dizia todo orgulhoso de si mesmo, não seria eu quem diria que ela não era tão maravilhosa assim.

– Sua sopa acaba de virar a minha preferida, Julian.

Satânico sorria feito menino quando estávamos a sós. Mas eu não era boba o suficiente para cair em tentação com apenas alguns sorrisos e sopas ruins. Eu precisava de mais, de esperança.

– Julian, eu preciso sair daqui. Emma ainda irá me matar.

– Não irá não, acredite. Você é mais útil viva para ela.

– Chegara uma hora em que ela não irá mais precisar de mim. Já terei criado tudo o que ela precisa.

O rapaz tomou um gole do seu refrigerante e ficou sério, deixando o seu sorriso se esvair.

– Esse dia nunca chegará, princesa. Nossa rainha não tem limite de necessidades. Quando ela acabar com São Francisco, será a vez de outra cidade.

– O que? Quem ela pensa que é? Ela não conseguira comandar mais de uma White City.

– É por isso que ela precisa do Rei das Sombras. – Satânico ficou encarando seus dedos brincando com os talheres, com um olhar cabisbaixo.

– Você tem medo dele, não tem?

Ele ergueu o olhar lentamente até voltar a me encarar. – Você não tem? É para ter.

– Não se preocupe. – Coloquei minhas mãos por cima das dele, por mais que eu estivesse provocando-o, eu me senti completamente arrepiada. – Não sei como que você foi se meter com essa gente, mas irei te ajudar a sair daqui, juntamente comigo.

– Anjo, como você quer tirar o Satã do Inferno?

Levantei da minha cadeira e dei a volta na pequena mesa e sentei no colo dele. Me arrependi na hora. Meu coração estava batendo mais acelerado do que eu imaginei que bateria. Estava com as pernas tremendo. Seu perfume era vagabundo, qualquer um notaria, mas aquele cheiro me agradava. Suas roupas pretas desbotadas e largas, tudo de mal gostoso, o deixavam tão sexy. Eu me perdi em meus planos. Agora não estava apenas o seduzindo, estava me deixando ser seduzida.

– Daremos um jeito, diabinho. – Puxei-o pelos cabelos negros e deixei nossos lábios se colidirem. Para alguém com um codinome desses, ele possuía a pele macia e aconchegante.

Senti suas mãos grandes e quentes percorrem minhas pernas, fazendo calafrios crescerem dentro de mim. Sons e sussurros saiam de dentro de nossas gargantas enquanto nossas línguas namoravam uma com a outra. Será que eu estou com aquela síndrome onde a vitima se apaixona pelo seu sequestrador?

~x~

POV Alex

Pietro. Jubileu. Sammy. A garota ruiva e o seu amigo grandão. Estavam todos parados na minha frente esperando algum discurso inspirador ou alguma frase de efeito. – Espero que nenhum de nós morra.

– Ah, vá se fuder. – Jubileu passou por mim sem deixar de me dar um soco em meu ombro.

Estávamos em um beco por onde víamos os fundos do Clube do Inferno. Prontos para entrar em batalha. Eu estava com medo, não sei porque de tanto medo. Já estive em uma grande batalha, contra alguém que poderia dizer que é mais poderoso que Emma. Mas a Rainha Branca me irrita, me deixa com raiva. E principalmente me intimida.

– Negrada, vamos deixar todo mundo arrombado! – A garota dos fogos gritou o mais alto que pode, sem se importar em chamar atenção. Afinal essa é a sua especialidade.

~ sugestão de música: Infinity Guitars dos Sleigh Bells, link: https://www.youtube.com/watch?v=WfGtB6K8q8k ~

~x~

POV Jubileu

Se esconder é coisa de maricas! Sai do beco e desfilei exalando todo o meu charme em direção à porta dos fundos daquela pocilga.

– E aí delícia, o que tem pra hoje? – Um dos dois guardas que ficavam na frente da porta tirou seu óculos escuro para me olhar de cima aos pés.

– Hoje eu to é com muito fogo na perseguida. – Coloquei minhas mãos para dentro da minha saia, como se estivesse acariciando a Jubzinha.

O guarda caminhou em minha direção todo marrento, aí que gostoso. Não esperava que ele fosse bonitinho e todo machão, se Pietro não estivesse tão perto poderia me aproveitar um pouquinho.

– Mostra aqui pro pai, mostra vai.

– Vem com tudo, papai! – Ergui a barra da saia o deixando ver melhor. Qualé, deixa ele aproveitar um pouquinho né? Uma mão ainda segurava a saia e a outra foi até a calça militar dele. Meu Deus, me segura se não, não irei conseguir! Puxei a calça dele e com a outra mão soltei um fogo de artifício bem em cima do garotão dele.

Ele gritou, provavelmente o seu maior grito de dor. Ver aquilo pegando fogo e ele rolando no chão de dor mexeu comigo, realmente um desperdício. O segundo guarda já via correndo em minha direção.

– Também quer a pepeca em brasa, é? – Usei dois fogos para jogá-lo longe e ainda ele serviu para derrubar a porta que serviria para nossa passagem. Virei-me de costas em direção aos meus coleguinhas e os chamei.

– Precisava daquilo tudo?

– Pietro, calma amor. Você ta cinza de ciúmes.

~x~

POV Jean

Já dentro do clube, nosso líder me pediu para procurar a sua namorada. Fechei meus olhos e me concentrei nas mentes que estava no local, torcendo para outro telepata não sentir minha presença. Avistei a garota de cabelos verdes amarrada em uma cama ao lado de um homem, igualmente amarrado. Continuei procurando e encontrei outra prisioneira, sua mente estava bem confusa, mas consegui ler seu nome. Wanda.

~x~

POV Alex

Depois de Jean me contar o que encontrou com a sua mente, decidir ir primeiro atrás de Lorna. Precisava revê-la, ter em meus braços novamente e assegurar seu bem estar.

Corremos pelo clube, utilizando os caminhos que a nossa telepata dizia. Onde não tinha nenhum guarda ou quando deveríamos esperar os guardas ou algum mutante passar. Em poucos cautelosos minutos já estávamos diante a porta que trancava ela. O grandalhão transformou o seu corpo em metal e derrubou a porta sem muito esforço.

– Socorro, nos salve. – Era a voz de Lorna, mas sem força alguma. Passei pelo Piotr e entrei na sala.

– Alex? Alex!

– Calma, eu vim tirar você daqui. – Corri até ela e quebrei arrebentei as cordas que a prendiam na cama. Ela me abraçou, usando todo o restinho de força que lhe restava. Beijei sua testa enquanto tentava lhe acalmar. – Esta tudo bem, vamos para casa.

– A gente liberta esse daí também? – Jubileu apontava para o cara mais velho também preso. Olhei bem para ele e não podia ser verdade.

– Eric? O que você está fazendo aqui, Magneto?

Ele me encarou confuso. Acho que não conseguia se recordar do meu rosto.

– Destrutor? Você cresceu criança.

Jubileu já tratou de soltá-lo, acho que ela ficou interessada nele. – Como que vocês puderam ficar presos simplesmente com cordinhas vagabundas?

– Emma está usando algum tipo de droga em nós. – Depois que Lorna contou, a telepata ruiva se aproximou dela e tocou sua testa.

– Ela estava usando o Diamante Branco neles, parece que tem efeito contrário em humanos e mutantes. Em humanos fornece temporariamente poderes e em mutantes tira os poderes. – Impressionante o que Jean consegue ver apenas com um toque.

– Agora já podemos sair daqui, estou louco para tomar uma cerveja. – Eric já ia em direção à saída quando o segurei pelo braço.

– Magneto, precisamos conversar.

– Fala garoto.

– Eu lhe conheço bem, sei como você é traiçoeiro. Se você quer ficar com nós, é melhor não aprontar nada. E nós temos mais uma garota para salvar.

– Tudo bem. – Ele suspirou de forma entediada, salvar vidas não era a sua tarefa preferida, nunca foi.

Novamente estávamos sendo guiados pela Jean, mas dessa vez o caminho foi mais longo. Tivemos que atravessar todo o clube.

– A gente não chega nunca, tem certeza que o seu GPS ta certo? – Jubileu perguntava já irritada para a telepata.

– Eu só estou lhe dizendo o que eu estou vendo.

– E o que você está vendo está errado, ruivinha. – Surgiu na nossa frente dois mutantes. Um possuía um par de asas vermelhas e o cabelo da mesma cor e o outro estava coberto das cabeça aos pés, já o tinha o visto antes. Ah sim, ele estava naquele depósito, onde eu vi Scott pela primeira vez aqui em São Francisco. Acho que o chamavam de Decompositor.

– Você de novo? – Piotr retomou ao seu corpo de aço e parecia que já conhecia o anjo. – Dessa vez irei acabar de vez com você!

– Pode vir, RoboCop.

– Não deixei o moreno encostar em vocês, ele pode matar com apenas um toque. – Jean gritou desesperadamente após dar uma checada na mente deles.

– Deixem comigo. – Jubileu como sempre se mete na nossa frente, ela possui algum desejo encubado de ser líder, só pode. Ela começou a criar fogos de artifício em direção aos dois mutantes e em questões de segundos não víamos mais nada.

Por um tempo só ouvíamos as explosões, mas depois escutamos um grito e vimos Jubileu ser levada pelo anjo enquanto apanhava.

– Bosta, não enxergamos nada. – Sammy dizia revoltado enquanto procurava algum lugar para se esconder.

– Eu pego a Jubs. – Pietro sumiu de onde estava.

– O que fazemos agora? – Eric perguntava já tomado por tédio.

– Lutamos. – Concentrei meu poder em meu punho, usando o plasma como lanterna para enxergar naquele ambiente cheio de poeira. Avistei uma silhueta, mas era tarde de mais. O mutante já estava bem a minha frente e se preparando para me dar um soco e iria acertar em cheio.

Piotr se colocou na frente e segurou o braço do Decompositor e depois deu um soco no ombro dele, quebrando o membro do rapaz.

– Como ele não decompôs o seu braço quando você o tocou?

– Ele só decompõe matéria orgânica! Metal não. – Jean buscou explicação rapidamente na mente dele.

O Decompositor parecia já ser acostumado com a dor, teve o braço quebrado e mal gritou e já estava vindo em nossa direção novamente. Acertei-o com uma rajada na perna esquerda que o fez cambalear para frente. Atirei novamente nele, acertando no braço quebrado que acabou sendo arrancado pelo meu ataque. Mesmo sendo atacado ele se jogou para frente, em mim. Ele ia cair em meus braços e iria me decompor vivo, bela jogada. Mas novamente Piotr se interveio, o segurou pelo pescoço e o jogou no chão. O grandalhão socou o rapaz até sua cabeça não ter mais forma definida, era apenas um emaranhado de tecido, osso e sangue.

– Obrigado, russo. Devo minha vida a você, duas vezes. – Apertei a mão cheia de sangue dele.

– Não por isso, chefia. É para isso que serve os companheiros de equipe, não é mesmo? – O que ele me disse me fez me lembrar do Professor Xavier, Mística, Fera e todo o pessoal que eu conheci no passado.

– Alguém aqui quer um par de asas? – Jubileu e Pietro chegaram, cada um segurando uma asa vermelha do mutante que eles enfrentaram.

– Agora podemos ir embora?

– Por que você não vai sem a gente, Magneto? Você é o mais poderoso de nós aqui e não fez nada para ajudar. Vai embora, seu merda. – Eu gritei com tanta raiva dele que acho que assustei meus amigos. Lorna segurava meu braço, mesmo eu não tendo tentado fazer nada contra Erick. E ele simplesmente deu as costas e foi embora.

– Vamos resgatar a garota. – Por sorte a gente estava mais perto do que imaginava. Ela estava em depósito, criando coisas e se surpreendeu quando nos viu.

– Quem são vocês? Nunca os vi antes. – Ela perguntava assustada.

– Não somos os Power Rangers, mas viemos aqui te salvar. – Jubileu como sempre mais assusta do que ajuda.

– Por que vocês viriam até aqui me salvar? Vocês nem me conhecem!

– Calma Wanda, está tudo bem. – Lorna se aproximou dela e delicadamente pegou a sua mão. – Eu também era uma prisioneira da Emma, talvez você tenha me visto ou falar de mim.

– Você é a garota que contra metais? – Polaris acenou com a cabeça, respondendo a ela. – Eu já ouvi falar de você. Obrigada por vir me salvar. – Ela abraçou-a aliviada.

– O que vocês estão fazendo aqui? – Satânico apareceu na porta e veio correndo até nós.

– Power Rangers, formação! – Jubileu já estava se preparando para atacar, criando fogos em sua mão.

– Não, não o ataquem. – Wanda interveio. Ela foi até ele e o abraçou. – Julian, eles vieram nos salvar.

– Nós não podemos ser salvos princesa. O Rei das Sombras saberá onde estaremos, ele está dentro de nós.

– Rei das Sombras? É o que eu vi dentro das pessoas que usaram o Diamante Branco? – Jean perguntou, mas ninguém sabia do que ela estava falando.

– Era o poder dele. Seu poder está junto na receita da droga. Faz com que Emma e ele tenham controle sobre as pessoas que usaram a droga. – Ele explicou.

– Alex, eu usei a droga para perder os poderes. – Lorna ficou desesperada ao saber.

– Não se preocupe, o efeito da ultima dose que você tomou já deve estar passando e assim ele não terá mais controle sobre você. Mas o nosso caso é diferente, ele está dentro da mente de Wanda, para impedir que ela fuja.

– Eles estão no depósito, vamos! – Ouvimos gritos vindos do lado do clube, os guardas já sabiam onde estávamos.

– Precisamos ir, vocês vão vir com a gente ou não?

Satânico abraçou Wanda e balançou a cabeça negativamente. Demos as costas para eles e fugimos daquele inferno.

~x~

Do último andar do prédio do Clube do Inferno, Emma Frost olhava pela janela o grupo de mutantes fugirem com uma de suas prisioneiras. Um de seus peões se aproximou e lhe entrega uma taça de bebida.

– Minha rainha, você irá os deixar fugirem assim?

– Não se preocupe, Ciclope. Está tudo sobre total controle meu. Seu irmão e os amiguinhos irão voltar e se ajoelhar diante de mim. – A ditador tomou sua bebida e retirou seu roupão branco, revelando seu corpo nu, belo como um diamante. Ela se deitou sobre sua cama e seu servo se deitou por cima, copulando com sua rainha.


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Notas finais do capítulo

E esse foi mais um White City Reality Show, até o próximo programa.



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