Sólo Una De Ellas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Heeey! Como estão? Demorei um semana para postar, fui mais rápida dessa vez kkk Minhas férias estão cada vez mais próximas e finalmente poderei postar com mais frequência. Ainda estou respondendo os reviews, mas juro que irei responder todos eles, também quero agradecer a vocês que estão comentando.


Esse capítulo aborda um pouco sobre o Leon, e eu espero que gostem :D



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Era uma linda madrugada para se acordar com a sirene do castelo tocando alertando que os rebeldes estavam atacando. Quem não adora acordar assim? As sirenes vieram do nada, mais rápido do que um piscar de olhos, em seguidas socos frenéticos nas portas dos quartos das selecionadas.

Violetta levantou em um pulo da cama, assustada e meio perdida, até perceber o que estava acontecendo. Era o segundo ataque, em pouco menos de duas semanas.

–Senhorita Castillo, vamos! –Um guarda a puxou assim que Violetta abriu a porta do quarto.

–Me solta seu inútil, me solta! –Lara se debatia contra um guarda. –Estou toda desarrumada, como acha que o príncipe vai reagir ao me ver assim?

–Me desculpe senhorita Baroni, só estou cumprindo ordens. –Disse o guarda meio nervoso. Lara bufou e decidiu acompanha-lo de má vontade. Pelo menos ela preferiu ir toda desarrumada do que perder a vida.

Foi tudo bem rápido, o treinamento dos guardas havia sido eficaz para essas situações. Fecharam as portas do abrigo assim que a última selecionada passou pela porta. Violetta se sentou ao lado de Ludmila e contou para ver se estavam todos ali. Ele não estava lá.

Alguns minutos antes.

Leon andava lentamente pelos corredores quase vazios, era madrugada, mas ele estava longe de dormir. As dores nas costas estavam insuportáveis, mal conseguia andar.

–Doutor, por favor, doutor! –Leon chamou, caiu de frente contra a porta do quarto do médico do castelo. –Doutor. –Choramingou.

A porta se abriu, e o Dr. Ramallo abriu a porta do quarto, assustado e de pijamas. Viu o príncipe ali, agachado, com os olhos marejados e já soube o que havia acontecido.

–Doutor. –Leon murmurou, a dor mal o permitia falar.

–Outra vez? –Ramallo murmurou. –Pensei que ele havia parado de fazer essas coisas com você.

–Ele havia parado, já fazia alguns meses que isso não acontecia. –Leon fechou os olhos, respirou fundo e tentou ignorar a péssima sensação que vinha de suas costas. –Mas, fui ao seu escritório esses dias, e ele me ameaçou, não acreditei que ele faria isso de novo. Ele não gostou do meu desempenho no Jornal Oficial e...

–Já sei. –Ramallo sussurrou, tentando confortar o príncipe a sua frente. Ramallo era médico do castelo há muitos anos, viu Leon nascer. Lembra-se de cuidar dos ferimentos do príncipe quando ele era criança, por ser um menino muito travesso Leon vivia cheio de machucados, todo ralado, mas era feliz. –Vou cuidar das suas costas, fique aqui, vou pegar as coisas que preciso na enfermaria.

Após uns dois minutos da partida de Ramallo o alarme soou, Leon estava sozinho naquele corredor, Olga a mulher de Ramallo, não estava no quarto para ajuda-lo.

O príncipe se arrastou até um banco que estava ali perto, apoiou os cotovelos no banco, e fez força para conseguir se levantar. Bom, ele estava de pé, agora bastava conseguir andar.

As sirenes faziam um barulho ensurdecedor, que entreva por seus tímpanos, e causava uma dor interna, a dor nas costas só piorava, e agora ele sabia que Ramallo provavelmente havia sido arrastado para um abrigo.

Então Leon se lembrou. Havia abrigos escondidos nas paredes, pequenos, feitos para os funcionários do castelo, alguns ficavam livres e Leon tentou achar algum.

O primeiro que ele achou estava trancado, o que significava que já tinha gente lá dentro e ele não conseguiria entrar sem uma chave especial. O segundo também não abriu. Ouviu o barulho dos guardas lutando contra os rebeldes, provavelmente nortistas.

Achou um terceiro abrigo, usou os códigos para abrigos, e finalmente ele se abriu. Um abrigo livre, ele estava seguro, morrendo de dor, mas seguro. Do outro lado do castelo, o abrigo real entrava sem desespero, ninguém sabia onde estava o príncipe.

–Meu filho! –A rainha Angie gritava, os guardas tentavam contê-la, preocupados com o barulho. –Meu Leon! Meu filho!

–Foram ao quarto dele, majestade. Mas..mas ele não estava lá. –Um dos guardas falou, extremamente nervoso.

Era visível a preocupação no rosto de todos ali. O rei estava com uma expressão indecifrável, como se soubesse o que havia acontecido, como se soubesse o motivo de Leon não estar no quarto.

–Eu vou atrás dele. –A rainha gritou, estava descontrolada, mas ela era mãe, estava com medo de perder seu único filho.

–Meu amor. –Rei Pablo a segurou, estava calmo. –Sair daqui não irá resolver, acha que eu não estou preocupado com o meu herdeiro...

–Seu filho! –A rainha o interrompeu, ela chorava. “Acho que os rebeldes são piores do que eu imaginei” Violetta pensou, mas apenas observou a cena. –Ele é seu filho! Nosso filho!

–Eu sei, só quero que saiba que ele pode estar bem. –Pablo sussurrou, pelo menos ele era um bom marido, bem melhor do que pai. –Você conhece o Leon, Angie. Ele conhece cada canto desse castelo, é esperto, sagaz...Pode muito bem estar escondido.

Chorando no ombro do marido, a rainha começou a se acalmar, as palavras do rei haviam conseguido acalmá-la. Ao contrário de Violetta, ela não ficou calma, estava preocupada, pela reação da rainha, os rebeldes deviam ser piores do que ela imaginava.

E se Leon realmente estivesse lá fora e não tivesse conseguido se esconder? Ele era o príncipe, os rebeldes poderiam sequestra-lo ou algo assim. Poderiam pedir dinheiro em troca do resgate, poderiam machucá-lo ou...

–Violetta, se acalma, você está pálida. –Ludmila sussurrou, preocupada com a amiga. –Sei que está preocupada, mas você ouviu o rei...

–Não sei se acredito no que o rei diz. –Violetta interrompeu, e Ludmila se calou. Por mais que Ludmila estivesse tentando ajuda-la, Vilu percebeu que a mesma também estava tensa, mas não parecia ser por Leon...

O barulho lá fora era um tanto estranho, se assemelhava a pratos, copos, e vidros se quebrando, não espadas. Esse ataque foi mais duradouro do que o outro, eles ficaram ali por horas...E por horas Leon gemeu no pequeno abrigo, sozinho, tentou achar um kit de primeiro socorros ali, mas aparentemente não tinha nada que pudesse ajudar em sua dor.

Ele sequer havia sentado no banco, estava deitado no chão gelado, se contorcendo, sentindo as costas latejarem. Só queria que aquilo acabasse, precisava ir à enfermaria, qualquer coisa para se livrar daquela dor.

Foram quase cinco horas no abrigo, o tempo dos guardas se livrarem dos rebeldes e revistarem o castelo. Ninguém achou o príncipe, então presumiu-se que ele estava em algum abrigo, pelo bem de todos ali, ele teria que estar em um abrigo. O abrigo real foi o primeiro a ser aberto. A rainha saiu dali correndo e agarrou o primeiro guarda que viu pelo colarinho.

–Meu filho? Onde ele está? –Ela gritou.

–Não sei majestade, estão abrindo os abrigos a procura dele, prometemos acha-lo. –O guarda, cujo nome no crachá era Andres.

A rainha ficou desolada, temia por Leon, Violetta temia por Leon, o rei estava preocupado, com seu herdeiro, com o garoto que assumiria o trono e manteria o sobrenome dele, não com seu filho.

Leon viu a luz invadir o pequeno recinto, um suspiro de alivio em seguida, os guardas, felizes por terem encontrado umas das pessoas mais importantes do país. Leon, todo suado e com dor pediu ajuda para se levantar, o que causou estranhamento nos que estavam ali.

–O achamos! O achamos! –Um dos guardas gritou, não demorou muito para que a rainha, o rei, e as selecionadas aparecessem por ali.

–Está ferido, vossa alteza? –Alex, um dos guardas, perguntou.

–Estou bem...Estou bem, obrigado. –Leon murmurou, mas não convenceu. Ele já caminhava em direção a enfermaria, mais alguns minutos daquele jeito e ele não aguentaria, cairia no chão por não conseguir andar mais, e todos descobririam seu segredo, um grande desastre estaria armado.

–Filho! Meu amor. –Leon viu sua mãe correr em sua direção, ela segurava o vestido para não tropeçar, e estava desesperada, mas feliz por ver o filho bem, pelo menos quase bem. Mas Leon não parou, até acelerou os passos, não queria que sua mãe o visse naquele estado.

–Filho. –Ela gritou, desesperada para ter seu pequeno em seus braços, Leon não era mais pequeno, mas para Angie ele sempre iria ser. E apesar de tudo, o príncipe não pode ignorá-la, ele ficaria mais um tempo com dor, mas não causaria dor a sua mãe.

Por um momento os olhos dele se cruzaram com os de Violetta, estava visivelmente preocupada com Leon, mas ele logo tratou de desviar o olhar.

–Oi mãe. –Ele sussurrou assim que ela o abraçou. –Estou bem, estou bem. –Sussurrava tentando acalmar a mãe desesperada em seus braços. –Não precisa se preocupar.

–Você sabe que eu fico preocupada. –Ela murmurou, finalmente parando de chorar. –Onde você estava?

–Em meu quarto. –Ele mentiu.

–Vou perguntar, outra vez: Onde você estava? –Ela perguntou novamente.

–Em meu quarto. –Mentiu novamente.

–Já pode me falar a verdade. –A rainha murmurou. –E antes que você responda “Em meu quarto”, fique sabendo que eu já sei que não era lá que você estava.

–Mãe eu...-Leon parou de falar assim que sentiu uma pontada nas costas. –Preciso ir. –E saiu correndo.

–Ir? Ir aonde? –Angie berrou, mas o filho não parou. –Leon Vargas! –E ele não parou.

Leon chegou aos tropeços, por sorte a enfermaria estava vazia, e Ramallo já o esperava com todos os instrumentos necessários. Um alivio percorreu a espinha ferida do príncipe só de pensar que sua dor passaria.

–Finalmente. Por que demorou tanto?

–Amor materno. –Leon respondeu e soltou um riso. –Por favor, doutor, faça isso parar. –Se referiu à dor.

–Espero que seja a última vez que eu precise cuidar das suas costas, Leon. –Ramallo falou.

Leon suspirou, sentiu uma ardência e cerrou as pálpebras, estava acostumado com tudo isso, não que estar acostumado aliviasse a dor, bem pelo contrário, só piorava. Ele acordava toda manhã com medo de ter que voltar a enfermaria por conta das costas.

Queria chorar. Oh como queria chorar, lembra-se de que seu pai dizia que reis não choram, apenas sofrem em silêncio, e Leon sofria.

–Sinceramente, Ramallo. –Suspirou. –Não acho que essa será a última vez...


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Notas finais do capítulo

Entonces? Gostaram? Sei que não teve Leonetta, mas irei recompensá-los depois haha E o que será que aconteceu com o Leon? Kk De verdade eu espero que vocês tenham gostado, e peço que comentem hehe :D Até logo!