Mudando de Vida escrita por lauraBea


Capítulo 2
O cãozinho.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora mas a criatividade decidiu tirar umas férias na China.



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Fazia exatamente 1 semana desde a visita de Zeus. Nesse semana minha vida que eu achava que estava quase "perfeita" foi por água abaixo. Acho que o mais difícil foi me despedir das minhas amigas, eu e meus pais inventamos uma desculpa de que eu estava indo para um internato para garotas em South Hampton, onde eu não poderia usar celular ou redes sociais. Cancelei minha matricula da escola, (acho que até da escola eu ia sentir falta) da academia de bale (eu já até sinto falta, eu faço aulas de balé desde criança).

Terminei de fazer minhas malas. Ia levar apenas uma mala grande, priorizei roupas de verão pois pelo que eu li em Percy Jackson e os Olimpianos e em Heróis do Olimpo (eu reli todos os livros em menos de 2 dias) no acampamento sempre faz sol. A maioria das minhas roupas na mala são pretas porque boa parte das minhas roupas são pretas. Acho que talvez isso tenha relação com o fato de a minha avó ser Nyx, Deusa da noite.

Eu iria embarcar hoje de noite, daqui duas horas. Já to meio atrasada. Meus pais me ajudaram a por as malas dentro do carro. Eles não vão junto para os Estados Unidos comigo. Zeus disse que somente eu deveria ir. Voltei ao meu quarto e me olhei no espelho, estava vestindo uma calça jeans preta rasgada, uma blusa básica preta de manga comprida e decote V, meu Vans branco e segurando minha Louis Vuitton Speedy. Meu quarto estava meio vazio, porque estava levando alguns itens de decoração dele. Sai e fechei a porta dizendo silenciosamente adeus. Entrei no carro sem falar nada. Ao chegar no aeroporto coloquei um crachá que indicava que eu era menor desacompanhada. Disse adeus aos meus pais, tentei não chorar o que foi difícil. Olhei para trás antes de embarcar e senti meu estomago afundar, essa talvez seja a ultima vez que eu vejo a minha família.

Entrei na sala de embarque com todos me olhando, eles devem achar que algum parente meu morreu pois estou toda de preto. Mas hoje alguém realmente morreu, a antiga Rebecca de 14 anos, imaginei minha mãe rindo e falando como eu era dramática. Decidi que eu ainda veria minha mãe, eu vou lutar, vou ser forte e vou voltar a ver minha família. Com esse pensamento determinado embarquei no vôo.

Após 6 horas de vôo cheguei em Nova York, ao desembarcar no aeroporto procurei alguém segurando uma placa com o meu nome. E lá estavam Percy Jackson (deu para reconhecer pela descrição feita no livro), Annabeth Chase e Quíron em uma cadeira de rodas. Todos estavam usando a camiseta laranja neon do acampamento, aquela camiseta era mais feia do que na descrição, eu com certeza não usaria aquilo.

– Rebecca - exclamou Annabeth ao me ver, ela era mais bonita pessoalmente.

– Oi - disse com um sorriso tímido.

Percy e Quiron me cumprimentaram rápido.

– Temos que sair rápido - disse Quíron com uma voz preocupada - só o cheiro de Annabeth e Percy deve ser suficiente para atrair alguns monstros para cá.

Entramos em um carro. O motorista colocou minha mala no porta malas, quando fui agradecer percebi que ele tinha vários olhos. Acho que em algum livro comentam sobre ele mas eu não lembrava seu nome.

No carro uma pergunta me veio a cabeça e eu pouco curiosa (nota-se ironia nessa frase) precisei perguntar:

– Como me reconheceram no Aeroporto? Eu nunca vi nenhum de vocês - Eu disse me virando para Annabeth que estava do meu lado. Ela abriu a boca para falar mas Percy foi mais rápido.

– Nós pesquisamos seu nome no Google - ele disse com uma voz do tipo "você é realmente tão burra?" - falando nisso, como conseguiu 10 mil seguidores no Instagram?

– Mas pensei que vocês não usassem internet, pelo menos é isso que está escrito nos livros - fuzilei ele com o olhar.

Dessa vez Annabeth foi mais rápida.

– E não usávamos - disse ela virando e encarando Percy por alguns segundos - Mas desde nosso encontro com os Romanos percebemos que não teria problema usar. Pelo menos dentro do acampamento.

– Ah entendo - eu disse.

Por um bom tempo ninguém falou nada.

– Então - disse Annabeth querendo puxar conversa - seu aniversário é hoje né? - ela sorriu de forma simpática.

– É - eu olhei para o relógio e ainda era cinco horas - Tecnicamente é só daqui duas horas.

Quiron, que estava no banco da frente, olhou nervoso para o motorista.

– Será que chegamos lá a tempo? - ele tentou falar baixo mas todo mundo escutou.

– Não sei, tem muito trânsito essa hora na cidade - o motorista tentava manter a calma.

– Porque tanta preocupação? - eu disse, eu tinha uma hipótese mas não queria pensar que era essa.

– O problema - disse Quiron com a voz calma e gentil - Zeus já deve ter te explicado que seus poderes se ativam no seu aniversário, certo?

– Sim, sim - eu disse

– O problema é que assim como seus poderes se ativam o cheiro de meio-sangue também se ativa em você. Mas por ser parente de 4 deuses poderosos, muitos monstros podem vim atrás de você.

Engoli seco. A minha hipótese se concretizou. Como se já não fosse bom o bastante Percy decidiu que era ora para um dos seus comentários irônicos.

– Nossa, se eu já cheiro como sobremesa para os monstros por ser filho de Poseidon imagina você, tendo sangue dos 3 grandes e de Nyx!

– Nossa, sério? Obrigado sr. Óbvio por dizer o óbvio. - eu estava começando a achar que ele me achava burra. Eu odeio quando as pessoas me subestimam.

Percy se virou e encarou a janela, enquanto Annabeth que estava no meio tentava não rir.

Depois de uma hora e meia conseguimos chegar a uma estrada, tipo as rodovias que tem no Brasil.

Estava começando a ficar nervosa pois faltavam quinze minutos para eu fazer aniversário. Finalmente chegamos ao pé da colina meio sangue.

– Vocês três vão para o acampamento agora! - gritou Quiron.

Eu escancarei a porta do carro e sai correndo junto com Annabeth e Percy. O problema é que a colina é muito maior e mais ingreme que parece. Já estavamos quase no meio quando ouvi um barulho alto. Parei e olhei para a direção de onde tinha vindo, uma floresta, de repente um cão GIGANTE, tipo do tamanho de um caminhão saltou de dentro da floresta, ele poderia ser considerado fofinho se não tivesse um olhar diabólico. Eu fiquei parada, por mais que eu tentasse correr era como se as minhas pernas não se movessem.

– Corra! - gritou Annabeth, me tirando do meu transe.

Enquanto corria me virei e percebi que o cachorro não notava a minha presença ( por enquanto). Ele estava atacando Percy e Annabeth que agora empunhavam espadas. Quiron, que agora mostrava seus cascos (eu acho que é assim que chamam) estava correndo para perto dos dois com uma espada na mão. Agora eu estava perto do pinheiro de Thalia. Faltava uns 5 metros para eu chegar no acampamento quando algo aconteceu. Eu parei. Estava sentindo algo estranho, era como se o meu sangue estivesse... DROGA. Feliz aniversário para mim. Voltei a correr rápido mas eu não fui a unica a sentir a mudança. O "cãozinho" logo me alcançou passou na minha frente. Comecei a andar para trás mas ele simplesmente bateu com seu "pequeno fucinho" em mim. Eu voei longe para o lado e bati a cabeça em uma das arvores que cercava a entrada do acampamento. A minha visão ficou meio escura, lutei para ficar de olho aberto e de pé. Infelizmente quando vi o cão vinha em minha direção, e dessa vez ele ia me matar. Não tinha nada que eu pudesse fazer, ou ninguém. Então o mundo ao meu redor ficou em camera lenta. Vi uma espada do meu lado, ela era de ouro celestial, bonita e não muito grande. No seu cabo havia um detalhe em forma de raio. Peguei a espada e a empunhei para o céu e depois para o cão. O mundo voltou ao normal bem a tempo de ver que um raio havia passado pela espada e atingido o cão, fazendo ele virar pó. Me senti aliviada. Corri até o pinheiro onde Percy, Quíron e Annabeth junto com alguns outros campistas me encaravam.

– Wow - disse um garoto loiro de olhos azuis, Jason filho de Júpiter, tinha lido sobre ele - Aquele foi um raio e tanto.

– Você está bem? - Annabeth perguntou chegando perto de mim.

Quando ela falou isso eu percebi que estava sentindo uma sensação de molhado no meu cabelo. Passei a mão pela parte de trás da minha cabeça. Ela estava molhada. Quando olhei para a minha mão percebi que era sangue. Engoli seco.

– Você tem que ir para a enfermaria agora - disse ela passando a mão por trás do meu ombro e me levando na direção da casa grande. Eu apenas assenti, estava com sono por causa da pancada.

A ultima coisa que me lembro é de sentar em uma cadeira na varanda. Depois disso acho que desmaiei.


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Notas finais do capítulo

Se achou algum erro de digitação comente para eu corrigir. Desculpa pela demora mas eu tava meio sem inspiração. Por favor votem e comentem, isso me incentiva muuuuuuuuuuuuito.

XOXO, L.



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