Tempo Perdido escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 8
Intimidada




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Jurei que não iria quebrar a promessa que fiz a Miguel, mas Maurizio me prometeu uma noite romântica e especial. E nada iria acontecer enquanto eu estivesse com ele, certo?

Coloquei um vestido floral e uma bota de salto alto e para fechar o look uma jaqueta de couro. Sai de casa assim que Maurizio chegou, fomos direto para o melhor restaurante de SantaRossa, um lugar somente para grã-finos.

Odiava lugares assim que eles sempre me faziam sentir deslocada e sufocada.

–Boa noite Senhores. O que gostariam de beber está noite? - o garçom questionou dando o cardápio para nós dois.

–Para beber champanhe e para comer um file mignon ao ponto. - Maurizio disse olhando o garçom antes de entregar seu cardápio e o meu. E eu nem havia feito meu pedido antes.

–Excelente escolha Sr. O file está extremamente macio e saboroso. - disse o garçom antes de sair.

Já chega, eu não ia mais tolerar as grosserias de Maurizio, se ele saia com garotas sem opinião própria eu não era uma delas.

–Águida, onde você vai? - ele questionou assim que joguei meu guardanapo na mesa e me levantei.

–Vou embora, por que não preciso de alguém que fale por mim, ou escolha o que eu tenho que comer. E a propósito, sou vegetariana. – disse furiosa enquanto saia do restaurante.

–Onde você pensa que vai? - Maurizio questionou segurando meu braço com força.

–Me solta você está me machucando. - disse seria e ele segurou meus dois braços para que pudesse olhar em meus olhos.

–Você é minha e não dele. Não vou perder você para Miguel como aconteceu com o meu antepassado, prefiro ver você morta e enterrada. - ele disse louco de raiva.

Esse era o verdadeiro Maurizio, alguém invejoso, cruel e egoísta por debaixo da fachada de bom moço.

–Você é louco, não chega mais perto de mim. - disse apavorada.

–Pensa que não vi você e ele tomando sorvete como dois namorados?!

–Você andou me seguindo?! Você é um louco. – disse nervosa e ele me empurrou de encontro a uma parede.

–Você é minha Águida, minha e demais ninguém, Se você não for minha não será de amis ninguém. - ele disse sorrindo e gelei.

–Por favor, me solta. - implorei chorando.

–Mas a noite nem começou querida, vamos voltar para o restaurante e continuar de onde paramos. - ele disse gentil de novo como se nada tivesse acontecido.

–Não vou a lugar algum com você seu lunático. - disse tentando me soltar e ele me deu um tapa.

–Você vai voltar comigo agora. - ele disse me segurando pelo braço enquanto eu ainda estava tonta pelo efeito do tapa.

–O que está havendo aqui? - Ouvi Marcello Valentini dizer aparecendo em nossa frente.

–Nada Sr. Valentini, apenas um casal de namorados aproveitando a noite. – Maurizio disse na maior cara de pau.

–Não é o que parece Maurizio. Solte a Águida agora.

–E se eu não quiser?

–Posso ligar para o delegado e contar a ele como você anda se comportando, se você não lembra tem muitos processos por agredir e ameaçar mulheres. E sei que Miguel ficaria feliz em colocá-lo novamente atrás das grades. – ele disse e Maurizio me soltou.

–Bom, acredito que nosso encontro acabou Águida, nos vemos depois.

–Não haverá depois, nunca mais chegue perto de mim. - disse com raiva de mim mesmo por ser tão cega.

–É o que veremos querida. - ele disse e saiu como se nada tivesse acontecido.

–Tudo bem Águida? - Marcello questionou e eu cai no choro.

–Oh meu Deus, eu não sabia que ele era um louco. - disse chorosa e ele me abraçou como um pai tentando me acalmar.

–Você não tem culpa Águida. Nem você e nem sua amiga conhecem as pessoas dessa cidade, é normal confiarem em alguém que finge ser algo que não é.- ele disse assim que me acalmei e o soltei. - Vou dizer a Daniel e a Nicola que vou acompanha-la até sua casa.

–Não precisa Sr. Valentin, o senhor já foi um anjo para mim hoje, vou ficar bem. O casarão é há 3 quadras daqui.

Marcello insistiu novamente que iria me acompanhar e eu disse que não precisava, ele pediu que eu fosse a delegacia para prestar queixa e eu disse que não iria. Já estava cansada demais para ainda ter que aturar o temperamento volúvel de Miguel.

Agradeci novamente a ele antes de nos despedimos e eu seguir o meu caminho.

Assim que me afastei do restaurante ouvi passos atrás de mim e percebi que estava sendo seguida de novo. Corri feito louca pela rua, mas meu salto não ajudava, logo meu perseguidor me alcançou e me empurrou de encontro a uma parede.

–Onde está o diário? - ele questionou com uma arma apontada para minha cabeça.

–Que diário?!- questionei apavorada.

–O diário de Águida Defilippo. - ele repetiu furioso.

–Eu não tenho diário alguém. - disse sem entender.

–Acho que vai precisar de um susto para lembrar. – ele disse furioso e quando ia puxar o gatinho da arma pisei com o salto da bota em seu pé, fazendo ele se afastar de mim com dor.

Aproveitei e corri feito louca até a outra esquina onde ficava um letreiro luminoso com o nome delegacia e entrei com tudo lá.

–Onde está o Delegado Valentini? - questionei para um policial que estava passando no corredor.

–Quem quer saber? - ele questionou desconfiado de que eu fosse uma louca.

–Onde ele está droga? - gritei furiosa e sem paciência enquanto agarrava o policial pela gola da camisa.

Sem dizer nada ele apenas apontou para a sala em frente. Eu o soltei e entrei feito um furacão na sala interrompendo um interrogatório.

–Mas que palhaçada é.... Águida?!- Miguel questionou confuso se levantando da cadeira e corri para seus braços abraçando-o com força enquanto caia no choro.

–Tudo bem Rosa, você está segura agora. - Miguel disse suave e confuso enquanto acariciava meu cabelo.


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Notas finais do capítulo

http://www.polyvore.com/tempo_perdido/set?id=123866602 (roupa de Águida)



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