Tempo Perdido escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 24
Casa da arte




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–Mais macarrão a primavera e vinho? - Mestre Brunelli questionou e bocejei.

–Não mestre já estou satisfeita. - disse e ele sorriu enquanto colocava minha cabeça no colo de Miguel que logo começou a acariciar meu cabelo.

–Cansada? - ele questionou suave.

–Hum. - murmurei fechando os olhos.

Estávamos no único sofá da sala do mestre que era bem doidinho, Karen iria gostar dele.

–Finalmente você achou sua Águida, estou feliz por você Alessandro. – ouvi o mestre dizer.

–Sim, só que tenho medo de perde-lo ia ser forte como ele foi para suportar isso ouvi Miguel dizer preocupado.

–O que importa é que ela está aqui, aproveite isso. - ele disse e ouvi alguém sair.

Senti algo ser colocado em cima de mim e logo adormeci pesadamente.

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Assim que acordei ainda estava no ateliê de Mestre Brunelli e Miguel não estava no sofá.

–Miguel? – chamei sonolenta e comecei a andar pela casa até que ouvi um barulho vindo da cozinha.

–Com fome? - Mestre Brunelli questionou sorrindo.

–Sim, onde está Miguel? - questionei confusa.

–Alessandro saiu, parece que era uma emergência, mas ele volta.

–Estamos falando da mesma pessoa?

–Miguel Alessandro Valentini, é dele que estou falando. Café pronto. - ele disse colocando uma frigideira cheia de ovos mexidos.

–Obrigada. - disse e me sentei.

–Quando vi vocês no meio da sala ontem quase tive um ataque, pensei que tivessem saído dos quadros para passear de mãos dadas. - ele disse e sorri.

Mestre Brunelli era doido de pedra, ou melhor, um maluco beleza.

–Gostei do seu ateliê ele é bem original. - disse e comecei a comer.

–O chamo de casa da arte. - ele disse orgulhoso e sorri.

–Como conseguiu os quadros? - questionei curiosa.

–Comprei a casa há muitos anos, diziam que nela morava um grande mestre da arte em 1738 e comprei. Quando comecei a restaura-la encontrei os quadros no porão e chamei o delegado para ver. Ele me pediu segredo e concordei, desde então ele vem vê-la.

–Ele ainda vem? - questionei curiosa.

–Não muito, desde que vocês se entenderam é a primeira vez que ele volta.

–E por que você o chama de fantasma? - questionei confusa.

–Por que para mim ele parece, já que é igual ao quadro. Dizem que Miguel vem para se vingar por terem tirado sua amada dele. Eu acho que não.

–E o que você acha? - questionei e tomei um pouco do meu café.

–Acho que ele só veio para continuar o que foi impedido de fazer. - ele disse dando de ombros.

–Que seria?

–Amar Águida da forma mais intensa e verdadeira que ele foi impedido de fazer. Um brinde minha cara? - Mestre Brunelli questionou erguendo sua xicara de café e brindamos.

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–O que achou dele? Miguel questionou assim que ele dirigia para algum lugar que eu não tinha ideia.

Era um sábado maravilhoso, o sol brilhava no alto sem nuvens, e o céu estava mais azul que nunca.

Talvez seja só eu aliviada por não haver segredos entre nós.

–Mestre Brunelli é doido. - disse e rimos.

–Isso é verdade, mas ele é uma ótima pessoa. - Miguel disse estacionando o carro.

–E então Alessandro, onde estamos? - questionei e ele piscou confuso.

–Como soube?!

– Mestre Brunelli.

–Um doido fofoqueiro como amigo, é demais. - ele disse e ri enquanto saímos do carro.

–Você não gosta desse nome? Eu acho lindo. - disse e ele sorriu enquanto pegava a cesta de piquenique.

–Gosto, na realidade quase ninguém me chama de Alessandro, acho que só minha mãe quando vai me dá alguma bronca e Mestre Brunelli. - ele disse enquanto caminhávamos para sombra de um pessegueiro.

–Se você quiser posso chama-lo só de Sandro, que tal? - questionei colocando a toalha na grama e ele sorriu.

–Se fizer você feliz, pode. - ele disse e colocou a cesta do piquenique na grama logo tudo começou a ser arrumado para fazermos nosso piquenique, as iguarias italianas eram maravilhosas.

–Estou exausta de tanto comer. - disse me deitando na toalha e sorrimos.

–Podemos fazer outra coisa. - Miguel sugeriu.

–Tipo o que? - questionei fingindo inocência.

–Tipo isso. - Miguel disse e me beijou.

Como eu não era boba nem nada aproveitei para empurrá-lo para o chão e ficar por cima dele sem deixar de beija-lo. A vida estava perfeita e eu adorava isso.


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