Tempo Perdido escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 22
Frente a Frente com o passado




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Hoje era o grande dia da festa dos fundadores, em comemoração a esse dia haveria um baile com roupas de época. Foi um sacrifício entrar num vestido do século XVIII, mas valeu a pena eu estava parecendo uma princesa.

–E então como eu estou? - questionei enquanto descia as escadas e via Miguel me olhando feito bobo.

–Você está linda Rosa. - ele disse maravilhado e sorri.

–Verdade? Não estou parecendo uma caricatura? - questionei incerta e ele sorriu antes de acariciar meu rosto com carinho.

–Não meu amor, você está linda. - ele disse e sorri.

–Vamos ou chegaremos atrasados. - Karen disse e concordamos.

Assim que chegamos a prefeitura e vimos todos cm roupas antigas parecia que havíamos sido transportados no tempo.

–O que houve Rosa? Você parece triste. - Miguel questionou preocupado.

–Não suporto mais mentir para você. - sussurrei envergonhada e ele me olhou confuso.

–Sobre o que você mentiu Águida?

–Eu encontrei o diário de Águida, Miguel.

–E você o leu?

–Sim, ainda falta algumas páginas para terminar. Mas Miguel, me desculpe não ter contado antes. - me desculpei e ele me deu as costas.

–Por que você não me contou?

–Por que eu queria descobrir o que houve com ela. Poxa Miguel, nós dois temos o mesmo nome, usamos o mesmo colocar e ambas somos apaixonadas por um Miguel. Parece que somos a mesma pessoa. - disse confusa e ele virou para me ver.

–Você quer vê-los?

–Vê-los?! Quem?

–Miguel e Águida. - ele disse e balancei a cabeça concordando.

Rapidamente saímos da prefeitura e fomos para a rua, andamos durante meia hora até que chegamos a uma casa simples, mas muito bonita. Miguel empurrou a porta e entramos.

A casa parecia um ateliê de um artista bem louco ou criativo demais. Era tudo espalhado para todos os lugares, tive que tomar cuidado para não sujar meu vestido.

–Mestre Brunelli? - Miguel começou a chamar e ouvi uma movimentação no meio de um monte de jornais velhos.

–Olá Fantasma. - Mestre Brunelli disse assim que se levantou do monte de jornais velhos, assustada soltei um grito e me escondi atrás de Miguel.

–Tudo bem Rosa, ele só é meio excêntrico. - Miguel me assegurou.

– Meio excêntrico?! É piada não é?!- questionei nervosa.

–Podemos vê-los mestre?

–Claro fantasma, você já conhece a casa. - mestre Brunelli disse e Miguel me levou para dentro.

–Por que ele chama você de fantasma? - questionei enquanto parávamos diante de uma grande cortina vermelha.

–Acho que melhor você ver do que eu explicar. Só me deixe explicar antes de sair correndo, por favor. - Miguel implorou e eu assenti antes dele respirar fundo e tirar a cortina me fazendo arfar incrédula.

Não era uma cortina, era um pano de seda que cobria um quadro muito antigo. Um quadro de uma pessoa igual a Miguel.

Atordoada me afastei dos dois me encostando em uma parede.

–Oh Meu Deus, isso é um pesadelo. - sussurrei apavorada enquanto olhava para os dois. - O que você é?!

–Águida, amor eu sou humano como você. Nasci no dia 13 de maio de 1983, tenho 31 anos, sou 10 anos mais velho que o Miguel de 1738. Por favor, olhe pra mim. - ele pediu se aproximando de mim e eu me encolhi.

–Não chega perto de mim. Por que me trouxe aqui? - sussurrei chorando.

Miguel se afastou de mim e em silencio tirou o outro pano de seda que revelou outro quadro que me fez parar de respirar e a sala rodar rapidamente.

–Venho aqui desde que soube que você tinha morrido, não podia suportar saber que tinha perdido minha Águida assim como ele. Todas as noites venho a casa de Mestre Brunelli só para vê-la, para me sentir completo por que mesmo antes de conhecer você já sentia que faltava algo. Sei que parece estranho, mas eu precisava desse momento e quando você apareceu tudo mudou. Você havia voltado pra mim e prometi que não te deixaria partir nunca mais. Só acredite em mim Rosa. - Miguel pediu acariciando meu rosto e me afastei dele.

Sai correndo de lá cega pelas lagrimas, nós éramos idênticos, quase irmãos gêmeos. Essa constatação me fez chorar ainda mais enquanto eu sentava no banco de uma praça.

–Águida? - Miguel chamou assim que me encontrou.

–Não quero morrer como ela, não quero perder você de um jeito horrível eu morreria se isso acontecesse. - solucei angustiada e ele se sentou ao meu lado para me envolver em seus braços. Num abraço quente e aconchegante.

–Você não vai me perder. Nada vai acontecer a nenhum de nós, prometo. - ele sussurrou no meu cabelo.

–Eu te amo. - sussurrei no seu pescoço enquanto o abraçava mais forte.

–Eu também te amo minha Rosa. - ele sussurrei me abraçando mais forte.


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