Tempo Perdido escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 16
Sentindo




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–Nem acredito que você veio me ajudar. - Nicola disse sorrindo com uma prancheta na mão assim que me aproximei dela.

–Bom, Karen está curtindo o “começo de uma vida a dois” e eu não tenho nada para fazer. Então, no que posso ajudar? - questionei animada e ela sorriu.

A cidade estava uma loucura com a proximidade dos dias dos fundadores e para marcar o começo das festividades Nicola estava organizando o cinema anual na praça.

Nicola foi a Miss SantaRossa quando estudava e agora ela era a presidente do comitê dos fundadores. Tudo relacionado as festividades do dia dos fundadores era com ela.

Fui designada a supervisionar o telão em que passariam os filmes antigos, e sorri quando vi o que o vento levou seria exibido essa noite.

–Quer dizer que Nicola escravizou você no mundo dela de Miss? - Miguel questionou atrás de mim e sorri.

–O que você tem contra as Misses? - questionei olhando para a prancheta.

–Nada contra, só não vejo você sendo uma Miss.

–E por que não?!- questionei virando para vê-lo.

–Você é baixinha. - ele brincou e bati com a prancheta nele. - Au Águida.

–Não sou baixinha, as outras pessoas é que são altas demais. - disse e voltei a fazer meus afazeres.

–Não se preocupe, gosto de mulheres baixas. - ele sussurrou sedutor no meu ouvido e me arrepiei toda.

–Miguel. - ouvi Nicola gritar e nos separamos assustados.

–Pronto. - ele disse se recuperando do choque.

–O que você ainda faz aqui?! Pensei que tivesse lhe dado uma tarefa simples.

–Ow, eu sou o irmão mais velho.

–Mas eu casei primeiro e ainda dei uma neta a mamãe. E além do mais, você está sobre minha jurisdição delegado, então pare de flertar com a minha ajudante e vá buscar os artefatos nas casas dos descendentes dos fundadores. - Nicola disse irritada.

–Certo, motorista de “Tranqueiras velhas” ativado. - ele disse com sarcasmo e sorri. - Só vou me despedir da Águida.

–10 minutos. - ela disse e nos deixou a sós.

–Águida, eu queria saber...- ele começou a dizer e virei sorrindo para vê-lo.

–Te espero as 17:00 e não se atrase. - disse e voltei para meus afazeres enquanto Miguel saia com um sorriso bobo no rosto.

Frankie tinha razão, eu sentia algo forte por Miguel e ele por mim e estava mais do que na hora de descobrir que sentimento era esse.

Depois que terminei meus afazeres fui para casa preparar uma cesta com algumas guloseimas para nossa tarde.

Coloquei uma roupa confortável e as 17 em ponto Miguel venho me buscar para o evento. A praça estava cheia, mas logo encontramos um lugar para ficarmos.

Me diverti muito com Miguel, ele era muito engraçado e carinhoso o que me encantava mais. Assim que terminou os filmes fomos em direção ao carro, Miguel abriu o porta malas para colocar a cesta de piquenique e a caixa com os artefatos das famílias fundadoras.

–Você se importa se fizermos algumas paradas para entregar os artefatos antes de eu deixar você em casa? - Miguel questionou abrindo a porta do carro para mim.

–Claro que não. - disse e ele sorriu enquanto eu entrava no carro.

Já estávamos na última parada quando ouvi um barulho do lado de fora do carro. Preocupada sai do veículo para ver o que era.

–Miguel é você? - questionei olhando para os lados e nada.

Quando ia entrar no carro senti alguém me puxar pelos cabelos me fazendo gritar.

–Cala essa boca vadia. - meu perseguidor disse enquanto me empurrava de encontro ao carro me apontando sua arma. - Cansei da palhaçada, quero saber onde está o diário.

–Já disse que não sei. - disse nervosa enquanto olhava atentamente para meu agressor.

Se eu saísse dessa esse bandido estaria ferrado.

–Acho que você quer morrer garota. - ele disse apertando meu braço com força a ponto de machucar.

–Não tenho medo de morrer.

–Quero ver você ser corajosa quando eu atirar no delegado. - ele disse olhando por cima da minha cabeça.

Naquele momento soube que ele iria atirar em Miguel e eu não podia permitir isso. Desesperada travei uma luta desigual para desarmar o bandido, mas ele era mais forte.

Pode sentir o impacto da minha cabeça batendo na lataria do carro me deixando desorientada e depois ouvi um tiro e uma dor fascinante me atingir.

Meu agressor fugiu assim que atirou em mim, não demorou muito até que ouvi Miguel gritar chorando enquanto me segurava em seus braços.

–Oh, Rosa não me deixe. - ele sussurrava desesperado. - Eu te amo Rosa. Te amo. Não me deixe.

Eu podia responder nada pois meu corpo estava exausto e eu logo cai na inconsciência.


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Notas finais do capítulo

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