Um Amor Quase Impossível escrita por Laryssa


Capítulo 36
"O que está acontecendo conosco?"


Notas iniciais do capítulo

Heeey amores!
Penúltimo capítulo :3

Boa leitura! :)



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Violetta:

Deve ser por isso que sou namorofóbica. Tenho um leve pressentimento. Eu sabia que uma hora ou outra isso aconteceria, mas não sabia que seria tão rápido. Quando o vi soltar suas mãos das minhas, perdi a esperança e senti o chão desabar. Quando o vi se afastar, senti as lágrimas pesadas descerem e o ar acabar.

Ludmila:

Vi tudo. Vi o meu plano dar certo. Ninguém pode definir o que eu sinto agora, porque nem eu mesma sei. Não sei se é alegria, porque no fundo me sinto um pouco incomodada, mas não é tristeza. Não vou comemorar antes da vitória, ainda falta à última etapa.

– Hey! – Me chamou o topetudo a me ver.

– O que foi? – Perguntei sorrindo.

– Nada não, só queria te ver! – Falou se aproximando e sentando no mesmo banco que eu.

Fiquei calada por instantes. Acho incrível como ele consegue me vencer nesse ponto. Ninguém nunca me calou, até ele aparecer.

– E o plano? Digo, ainda vai precisar de mim? – Falou para quebrar o silêncio que eu havia começado.

– Não, eu acho que consigo sozinha daqui para frente! – Dei de ombros.

– Então vai ter que me dar o que prometeu! – Lembrou com um sorriso de orelha a orelha.

– Quê?!

Queria ouvi-lo dizer aquelas palavras ou que ele tivesse atitude para que ele fizesse acontecer e não eu. Sempre achei que ele havia desistido, mas parece que me enganei.

– Que... Que... Bem... Fica... Ficaria comigo. – Gaguejou.

Sim, ele ainda queria.

– Achou mesmo que eu cumpriria isso? – Palpitei como se fosse supérfluo.

– Você prometeu!

– Não sou de cumprir promessas! Sorry! – Respondi com cinismo.

– Fiz isso para nada então? – Reclamou.

– Claro que conseguiu algo com esse plano! Ninguém nunca sai com nada.

– O quê? Ser enganado pela princesinha? – Comentou.

Soou como uma ironia. Como um desprezo. Como uma humilhação. Não como um elogio.

Pensa Rápido, Ludmila! Uma resposta, por favor! Pensei.

– Não! O coração dela! Porque não vai atrás de quem realmente quer algo com você ao invés de perder o tempo comigo? Sabe que eu quero e quem te quer. – Afirmei.

Ele permaneceu calado, por segundos, minutos, mas não horas. Talvez pensando na minha sugestão que não era nada mal. Não sei se o que eu fiz foi bom. Porque me sinto mal magoando ele? Era esse o meu propósito desde o inicio: Magoar ele. Eu nunca o beijaria, sequer ficaria. Mas não sei. Algo dentro de mim anseia por um beijo dele.

A ansiedade se tornou maior quando ele simplesmente me beijou. Beijou-me com vontade. Não pude negar isso. Afastamo-nos rapidamente e nos encaramos por segundos para entender o que aconteceu. O que acabou de acontecer.

– Desculpa, mas depois disso eu não posso me afastar de você. – Falou com os olhos cravados em mim.

– Porque não?

– Porque você é a minha estrela binária. – Afirmou.

Lembro-me de quando ele explicou sobre as estrelas binárias.

São duas estrelas que orbitam o mesmo baricentro. A mais brilhante é chamada de estrela primária e a menos brilhante é a sua companheira. Mas agora não importava se eu era a sua estrela primária ou companheira. Eu sou a sua estrela binária.

Sorri para ele.

Ele pegou em minha mão e me guiou até um lugar mais reservado do parque. Eu só sorria. Então ele foi aproximando de mim, e eu ficando sem reação. Sua mão acariciava minha bochecha e a outra envolvia minha cintura. Estava paralisada, não tinha reação. Então, nesse momento, ele me beija outra vez.

Um beijo doce. Um beijo sereno. Sua língua pediu passagem e eu não pude negar. Assim, dançavam em perfeita sintonia.

Um beijo demorado. Algo bom como isso não pode ter fim né?

Mas teve.

Encaramo-nos por minutos. Pude ver dúvidas em seu olhar.

– O que está acontecendo conosco? – Perguntei.

– Está sendo tão ruim assim?

– Não, pelo contrário, está maravilhoso! – Assegurei.

Talvez essas não fossem as palavras que eu quisesse soltar. Não importa. Elas já saíram e fizeram bem a ele.

Ele me puxou mais para perto dele, me abraçando forte.

– Ludmila? – Chamou ele.

– Oi?

– Vou ter que voltar para a Itália. – Anunciou.

– Voltar? Como assim? Pensei que fosse ficar!

– Desculpa, mas quando vi que o plano não ia dar certo eu decidi ir embora. Achei que era melhor. – Proferiu.

– Você volta? – Choraminguei.

– Claro que volto minha estrela. - Falou enquanto eu ainda me encontrava em seus braços.

Nada mais importava. Eu já era a estrela dele. Antes e apesar de tudo eu era e sou a sua estrela. Mal sabe ele que também é a minha estrela.

“(...) Eu vi bandeiras abertas sobre o mar largo e escutei cantar as sereias. Longe num barco deixei os meus olhos alegres, trouxe meu sorriso amargo.”
– Cecília Meireles


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Notas finais do capítulo

Amanhã é o último capítulo! Eita :/
O que acharam deste? Haverá retorno para ambos os casais?
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Inté amanhã :3