Um Amor Quase Impossível escrita por Laryssa


Capítulo 14
Nunca pude dizer a ele o que eu sentia.


Notas iniciais do capítulo

Vou ser sincera com vocês. A parte do "quase beijo" - capítulo 11 - não fazia parte da história escrita no meu caderno, foi só um improviso, pois eu não sabia como terminar o capítulo. O final do capítulo 11, mexeu muito com a história, tipo as apresentações foram antes da conversa do León com a Violetta, o que no caderno estaria na ordem contrária. Então, vou mesclar o capítulo 14 com o 15, pois o 15 falava das apresentações e como elas já aconteceram vou mudar o conteúdo e deixar o final como está.

A maior parte desse capítulo acontece numa sorveteria e é narrado pela Violetta.
Espero que gostem do capítulo, e me perdoem.



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[...] Porque eu tinha perguntado isso a ele? As palavras simplesmente escaparam de minha boca! Oh Céus, e agora?

– Porque a pergunta? - Ele me olhou curioso

– Ah, por nada. Eu só queria saber! - Menti

– Não sei, depois de tudo o que aconteceu eu não sei. Não sei se a amo como amava antes. Independente disso, eu não conseguiria me afastar dela, não depois de três anos. - Ele disse confuso

– Conseguiria, só seria difícil superar! - Falei baixo, acho que ele escutou.

– Já teve um namorado? - Ele sorriu

– Nunca. Mas já gostei de um garoto quando tinha catorze anos. - Falei triste.

– Ah, porque não puderam estar juntos? Ele não sentia nada por você? - Ele não me olhou triste, mas sua voz já indicava tudo.

– Não sei, nunca pude dizer a ele o que eu sentia.- Pus minha mão direita em cima da mesa.

– E o que aconteceu depois? - Ele colocou sua mão em cima da minha.

– Ele tem uma namorada agora. - Sorri fraco

– É preciso enfrentar o medo e perder a vergonha para não perder quem ama.- Ele aconselhou

– Mas eu já perdi, exatamente por isso! - Concentrei-me em nossas mãos.

– Nunca é tarde! Vai chegar o dia em que você vai poder dizer isso, cara-a-cara com ele. - Ele disse

– É mais fácil uma galinha ter dentes e uma cobra ter braços do que esse dia chegar! - Revirei os olhos

– Então, tenho certeza de que vai achar alguém melhor pra você!- Ele disse alisando minha mão.

– Espero! - Sorri fraco

– Você merece um namorado, sabia? - Ele brincava com os meus dedos.

– Haha, não! Não quero um namorado tão cedo! - Neguei sorrindo. Mordi o lábio inferior.

– Porque não? - Ele olhou nos meus olhos, sorrindo. Ele ainda brincava com os meus dedos.

– Por medo de sofrer, de acabar me magoando. - Baixei a cabeça

– Sempre temos esse medo, mas ele passa. - Ele disse alisando minhas mãos. - Ou você tem "namorofobia"? - Ele brincou

– Não León! Não sou namorofóbica! - Risos

– Mas como seria o seu namorado perfeito? - Ele esqueceu um pouco do assunto da fobia de namoro e voltou ao seu "questionário".

– León, já está virando um questionário! - Brinquei

– Você quem começou, e agora vai ter que responder a minha pergunta. Prometo que será a última. - Ele prometeu. Espero que seja verdade. Promessa é dívida.

– Para mim, meu namorado perfeito, tem que me fazer feliz, não parar de pensar em mim ou nunca me esquecer, tem que me dá valor e acima de tudo me amar. - Por um momento me perdi nas minhas palavras, mas o León parecia ter gostado.

– Belo discurso, hein? - Ele disse dando palmas.

– Só falei a verdade! - Disse com um pouco de vergonha. Na mesma hora, percebo que a Ludmila estava passando em frente a sorveteria. Ela sabia de alguma coisa? - Ludmila! - Falei baixo, mas o bastante para o León escutar.

– Quê? - Ele perguntou sem entender nada.

– A Ludmila! Acho que ela ... - Arregalei os olhos quando ela aparece por trás do León.

– Escutei meu nome! Estavam falando de mim? - Ela disse intrometida.

– Não Ludmila! Fale seu nome quando te vi! - Falei a verdade.

– O que fazem aqui? - Ela perguntou sínica. O que uma pessoa normal faz em uma sorveteria?

– O que você faz aqui? – León rebateu

– Credo Láion! Você está tão... - Ela botou a mão no peito, fingindo indignação antes de ser interrompida pelo León.

– E você está tão insuportável esses dias! - Ele disse olhando sério para ela.

– Ai León, vou botar você para andar com aquela ruivinha rip, para ela te mostrar o quanto a paz, o amor e a união são importantes. - Ela disse fingindo que sabia de alguma coisa sobre paz e amor. Achei super irônico quando ela falou isso.

– Parece que você estava andando com ela. - León falou baixinho e soltou uma risada fraca.

– Ela tem nome! Não chama a Camila de ruivinha rip, esse não é o nome dela! - Defendi a Cami

– Ah, é! Ela é sua amiga! - Ela deu um sorriso falso, juntou suas palmas e assim as levou para o queixo. - Eu chamo ela do jeito que eu quiser, pois eu sou a super nova, a rainha daquele formigueiro. Vamos Láion! - Ela o chamou.

– Meu nome é León, e eu não vou! - Ele negou. Meu queixo caiu. Foi mesmo o que eu escutei? O León negou a Ludmila?

– Você não está me negando, não é Leóncio Vargas? - Ela arregalou os olhos de raiva.

– Sim, eu estou te negando! - Ele disse normalmente como se nada fosse acontecer depois. - E não me chama de Leóncio! - Ele avisou. O León nunca gostou de ser chamado de Leóncio. Até onde eu sabia, o nome dele não era mais esse.

– Se é assim, Ludmila vai sozinha! - Ela estalou os dedos como sempre e saiu.

– Foi mesmo o que eu escutei? Você negou a Ludmila? - Eu disse ainda espantada.

– Sim, porque?

– León, você deve ser a primeira pessoa do Planeta Terra a dar um "não" pra Ludmila! - Respondi. Ele riu.

– Vamos comprar o presente dela? - Ele propôs.

– Ah sim, vamos! - Disse pegando minha bolsa

(...)

– Ai León! Desisto! - Falei cansada de tanto olhar os sapatos.

– Não, você não vai desistir! Não é possível que aqui não tenha o presente ideal da Ludmila! - Ele persistiu. Já tínhamos rodado cinco lojas só naquela tarde.

– Está bem, vou olhar na seção das bolsas! - Falei enquanto ia na seção das bolsas. Meu queixo caiu quando eu vi a Pallas Chain da Louis Vuitton, era a bolsa que a Ludmila queria. - León! - gritei, ele veio rápido,

– O que foi? Tudo bem? - Ele perguntou preocupado.

– Achei o presente perfeito para a Ludmila! - Mostrei a bolsa.

"A Pallas Chain da Louis Vuitton, possui o design combinado com o flexível couro de vitelo e com um efeito plissado elegante que fazem desta uma bolsa versátil. Possui uma corrente dourada que permite que ela seja carregada no ombro tanto de maneira mais longa quanto mais curta, além de poder ser carregada na transversal."

O León comprou a bolsa, e fomos para casa. Bom, ele insistiu em me acompanhar até em casa, mesmo eu não querendo. Entrei em casa e vi a Ludmila sentada no sofá, ignorei e me aproximei da escada.

– Violetta! - Ela me chamou com um tom não-agradável.

– O que você quer Ludmila? - Perguntei com uma cara de tédio.

– Estava até agora com o León? - Ele foi direta.

– Sim Ludmila! - Dei de ombros

– Imaginava! Quer saber? Isso acaba hoje! - Ela disse com raiva.

– O que você está querendo dizer com isso? - Perguntei sem entender.

– Você aos poucos foi me afastando do León, e está conseguindo! Ele passa o tempo dele com você, sai com você, te leva para fazer compras... Eu nunca fui tão humilhada pela minha própria irmã! O melhor dia da sua vida, vai ser quando o León terminar comigo. Não é isso o que você quer? Não é o que você sempre quis? - Ela disse com os olhos se fuzilando de raiva.

– Ludmila, eu nunca quis isso! - Me defendi.

– Violetta, eu juro que se você se aproximar dele mais uma vez, eu conto para ele o seu segredinho! - Ela ameaçou com um sorriso malicioso. Fiquei perdida, o que eu faria agora?


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Notas finais do capítulo

Namorofobia: Receio de namorar.
Namorofóbica: Pessoa que não namora apesar de qualquer coisa.
Botei o nome Leóncio porque uma vez o Andrés chamou o León de Leóncio, no capítulo em que ele aceitou tocar com na banda com o Diego.
O que vocês imaginam que seja o segredo da Violetta? O que ela irá fazer para se defender?