Lucky Ones escrita por Hamish


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Preciso avisar vocês que estamos quase no fim, mas se há algo que eu posso dizer para lhes deixar feliz é que eu estou trabalhando no Desafio de 30 Dias do meu otp, que é Johnlock, claro... Ainda não terminei e gostaria de saber se vocês gostariam de ler. Deixem a resposta no feedback, por favor.

Enfim, obrigada pelo interesse... Espero que eu esteja divertindo vocês fazendo o que mais amo: escrever. Sempre deixem seu feedback, isso me ajuda muito



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Por mais que Sherlock fosse um cara completamente maluco, sua ideia do que era um encontro não era muito diferente da minha. Fomos até um restaurante, almoçamos juntos, eu contei detalhes da minha família e ele fez o mesmo a respeito da sua. Andamos de mãos dadas por dentro dos bolsos do seu casaco, nos escondemos dentro de uma casinha da árvore abandonada para nos beijarmos sem chocar ninguém... Não era muito diferente dos encontros convencionais que eu já havia tido... A única diferença é que Sherlock tinha uma pecinha a mais do que as poucas meninas com as quais eu havia saído, se é que você me entende.

Voltamos a falar das respectivas famílias ao sairmos de uma sorveteria. Eu estava pensando demais sobre a minha sexualidade, então me lembrei de Harry e de todo o problema que ela tinha em casa por ter uma namorada e tudo mais. Eu não conseguia entender porque aquilo deixava meus pais tão estressados... Acho que eles tem que relaxar um pouco com a garota, francamente.

Ou será que tudo aquilo era insegurança porque eu não saberia como agir com eles a respeito desse assunto quando voltasse?

– Não que a minha irmã seja lésbica de verdade – lambi o sorvete de morango com geleia que havia comprado para mim – Só acho que ela está se descobrindo, mas sabe como os pais não... Eles levam tudo tão a sério... Harry não pode ter um segundo sequer de paz que eles já começam a implicar com suas escolhas. Pelo amor de Deus, ela é uma adulta!

– Meus pais nunca implicam com nada que eu ou Mycroft fazemos – o sorvete de Sherlock era de café, uma coisa meio gourmet que ele havia detestado por completo, mas se recusava a jogar fora . Disse que ia dar para alguma criança de rua... Coitadinha dessa criança – Na verdade eles mal se importam... Desde que não metamos o nome deles no meio. Eles se importam, eu sei, mas talvez eles pudessem se esforçar em se importar um tanto mais.

Acabei conhecendo alguns locais bem diferentes daqueles que eu planejara, mas que não deixavam de ser interessantíssimos; fomos à uma livraria, onde Sherlock era conhecido como “o menino que me livrou da cadeia mais de cinco vezes” pelo dono da mesma. Ele só sorria amarelo e saia de perto do homem. Ele pegou alguns livros e mandou o vendedor que o atendera entregar em seu apartamento, na Baker Street.

– O que aquele cara fazia para ter sido quase preso cinco vezes, Sherlock? – perguntei assim que deixamos a livraria, falando bem baixinho com medo de que o homem pudesse escurar e pegar um pouco mal comigo perguntando a respeito de sua ficha criminal.

Sherlock apenas soltou uma risada divertida e deu de ombros.

– Eu não me lembro, foi um caso tão idiota que nem me prendeu a atenção... Deve ter alguma coisa a ver com mulheres, mas não me peça para me lembrar de algo além disso.

A última coisa que fizemos, depois de passamos horas agindo como um casalzinho de namorados foi ir a uma daquelas máquinas que tiravam um monte de fotos em uma tirinha. Eu só havia visto aquilo em filmes antes então foi muito emocionante. Agi como um caipira? Bem, devo dizer que isso rolou, mas as fotos que tiramos vão ser do tipo que vou esconder de todo mundo, na minha carteira; Na primeira ele me abraçava bem apertado, na segunda ele me dava um beijo no rosto enquanto eu mostrava a língua para a câmera, na terceira ele colocava as mãos no meu rosto e me fazia olhar para ele, na quarta estávamos nos beijando e na quinta nós ríamos com cara de idiotas para a câmera. Imprimimos duas cópias e eu não consegui parar de olhar para a minha até chegarmos ao apartamento dele.

Ao chegamos lá, Sherlock segurou minha mão carinhosamente e sorriu. Eu sabia que aquilo queria dizer que ele havia amado tudo o que havia rolado entre a gente e todo aquele lance romântico do encontro. Sorri de volta e o puxei para dentro do prédio, onde já começamos a colocar a minha parte do acordo em prática.

Sherlock me prensou na parede e beijou meu rosto inteiro, meu pescoço, meus ombros e depois subiu, lambendo meu pomo-de-adão.

– Você deve ser o assexuado mais safado que existe.

– Vou levar isso como um elogio. – ele falou, beijando meu pescoço até chegar ao meu rosto.

Eu já estava começando a ficar maluco, começando a querer arrancar aquelas roupas todas engomadinhas que ele vestia, mas ainda estávamos na escada que nos levaria ao seu apartamento. Ele continuou beijando meu pescoço, fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem e só beijou minha boca quando terminamos de subir o pequeno lance de escadas. Ele estava ajoelhado no chão e me olhando com cara de safado enquanto abria o zíper da minha calça quando um pigarro nos chamou a atenção.

– Sherlock, queridinho, é você? – uma senhora surgiu atrás de nós, com uma expressão confusa no rosto. Sherlock se virou, tentando me esconder.

– Mrs. Hudson – ele falou, afinando a voz. Parecia bastante sem graça, completamente diferente de como ficara com Mycroft nos pegando no ato. Pelo jeito ele se importava mais com a opinião dessa mulher do que com a opinião do irmão mais velho – Boa noite. Este aqui é meu... John Watson.

Ele me empurrou em direção à senhora enquanto limpava o canto da boca, sem olhar diretamente para ela.

– Hm... Boa noite – por sorte eu já havia fechado o zíper da calça e já podia encarar a senhora com mais decência – Eu sou o John dele... É... Hm... Então... Prazer em te conhecer.

– Oh, o prazer é todo meu, querido – Ela sorria bastante – Sherlock nunca havia trazido um namoradinho para casa. Acho que ele tem vergonha de mim ou algo do gênero.

– Não sei porque o teria, a senhora parece ser bem gentil...

– Oh, bondade sua, meu querido... Que tal ir tomar um chazinho lá no meu apartamento amanhã cedo? Ou hoje cedo... Nem sei que horas são...

– Mrs. Hudson – Sherlock revirou os olhos e me puxou para o outro lance de escadas, dando um beijo no rosto da mulher – Estamos muito cansados, então se pode nos dar licença... Boa noite.

Após dizer isso, ele correu pelo outro lance de escadas e abriu rapidamente a porta do seu apartamento, me deixando passar primeiro. Não tive muito tempo para reparar na bagunça do lugar, pois em seguida Sherlock me empurrou para uma poltrona preta que ficava na frente da lareira e desabotoou devagarzinho sua camisa.

– Você só pode estar fazendo isso de maldade – Ele começou a desabotoar mais devagar ainda e eu ri, esticando o braço para ele – Vem cá que eu te ajudo nisso ai.

Sherlock riu e deitou entre minhas pernas vestidas. Ele me beijou enquanto abria minha calça e se sentava em cima do volume da minha cueca, me olhando de um jeito que eu jamais conseguiria descrever em palavras. Ele fazia movimentos de vai-e-vem com os quadris, me fazendo sentir que o volume nas calças dele também crescia. Puxei-o para baixo e lhe dei um beijo nos lábios.

– O que eu tenho que fazer pra você tirar essa calça? – gemi entre os beijos.

Sherlock se inclinou para cima de mim e beijou meu queixo, enquanto colocava as mãos geladas dentro do meu suéter.

– Promete que volta pra mim depois que terminar de fazer aquelas bobagens do exército que você tanto quer?

Ele me encarou com uma expressão triste nos olhos azuis. O empurrei até que caímos no chão, no tapete marrom felpudo, passei os dedos pelas linhas do rosto dele e Sherlock sorriu, me fazendo sorrir também. Nos beijamos, pude sentir sua língua explorando cada pedaço da minha boca. O desespero da separação era tão palpável, mas tão palpável, que nós dois podíamos sentir, aquela senhora que se apresentara para mim podia sentir, Mycroft podia sentir, até mesmo aqueles camaradas mortos podiam sentir. Ao terminarmos, agarrados e jogados no tapete, Sherlock apoiou a cabeça no meu peito e me olhou, esperando a resposta que eu não havia dado anteriormente.

– Eu prometo... – beijei o topo de sua cabeça cacheada – Só não dê um jeitinho para que eu volte mais cedo do que o planejado, seu cretino.

Sherlock riu e me deu um beijo rápido nos lábios.

– Vou tentar resistir à tentação.

Assim que ele dormiu no sofá, calmamente, agarrado com uma almofada gigante com a bandeira do Reino Unido e vestindo apenas o suéter que eu tinha vestido o dia inteiro, eu fiquei pensando na promessa que havia acabado de fazer. Eu não sabia o quanto mudaria no exército, não sabia o que faria, quem seriam as pessoas que eu conheceria, mas de uma coisa eu sabia; Aquele final de semana havia sido maravilhoso e eu honraria a promessa que havia acabado de fazer para aquele cara adormecido ao meu lado.

E pela primeira vez desde que havíamos nos beijado no carro de seu irmão eu finalmente estava admitindo para mim mesmo; Eu realmente estava apaixonado por Sherlock Holmes.

Dormi agarrado nele, fazendo-o largar a almofada e me abraçar.

...


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