Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 18
Capítulo 17 - Ele me Quer


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey Cupcakkkess!!

Como vão?? Viu, eu consegui postar para vocês!!! Podem contratar o Latino que "Vai rolar a festaaaa!!". Brincaeiraaaa!!
Ahmmm!! Valeeeu pelos comentários e pelos favoritamentos!! Lembrando que a gente está com 49 coments, ou seja, quase 50!!! Muuuito obrigada, sério.

Musica do CAP: The Vamps - Jack (Adooooooooro!!).
Beijoooocas!!!



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A porta se abre e uma senhora conhecida minha me olha com o rosto mais alegre do que o comum. Ela continua a mesma. Cabelos brancos bem arrumados, baixa, camiseta branca de mangas compridas (ela odeia o frio), calça de flanela e pantufas confortáveis.

– Não acredito no que estou vendo! – fala animada me puxando para um abraço apertado. – Meu Deus, Jane! Quanto tempo!

– É, eu sei... Mas a senhora... – ela me corta.

– Senhora nada! E não me dê desculpas! Uma neta tem que visitar a avó pelo menos uma vez por ano e, pelo o que eu me lembre, só a vi no Natal passado.

– O que faz menos de um ano Vovó... – falo sorrindo meigamente. Ela revira os olhos e me puxa para o pequeno apartamento que fica no centro de São Francisco.

– Pode ficar a vontade. – declara apontando para o sofá no meio da sala. – Vou fazer um café para a gente tomar enquanto conversamos.

– Na verdade Vovó... – ela me olha já sabendo o que vou dizer. – Tenho escola daqui a menos de uma hora. Só passei...

– Para me dar um beijo. – a senhora completa voltando-se até mim, que estou parada na porta. Ela me dá mais um abraço e sussurra em meu ouvido para que eu volte logo. Assinto e saio caminhando de volta para o Fusca.

Abro a porta do carona e dou mais um tchau a ela antes de sair com o carro pelas ruas de São Francisco. A casa da minha avó fica a uns 30 minutos da minha então tive que acordar mais cedo, o que não foi problema, diga-se de passagem.

Depois daquela cena ridícula com Andrew, digo ridícula porque eu me arrependo do que fiz ou do que desejei, não consegui raciocinar direito. Pensei em correr, mas meu pai disse que eu estava saindo demais de casa, então fiquei deitada na cama olhando para o teto. Acabei adormecendo sem jantar por volta das 20:00 horas.

Viro à direita e levo o Fusca lentamente até o lugar que agora eu costumo estacionar o carro. Travo o breque e pego a minha bolsa no banco de carona.

Assim que abro a porta sou surpreendida.

– Bom dia, lindinha! – Ash praticamente grita com um sorriso aberto no rosto. – E ai? Como foi o final de semana?

– Ótimo. – minto descaradamente devolvendo o seu abraço. – E o seu?

– Perfeito. – ela fala lentamente soltando um suspiro pelos lábios. Logo depois disso se cala, com o olhar perdido.

– O que?! – denuncio com a fala. – Vai me deixar curiosa pra saber o que aconteceu para te deixar tããão feliz assim?

– Lógico. – Ash me olha superior e depois vira o rosto. Quando vê que eu não vou falar mais nada bufa irritada. – Ok, se você insiste eu vou falar... Conheci um cara.

– Um cara? Que cara? – pergunto quando acabamos de passar pela porta que leva as escadas. Subimos até o primeiro andar e paramos no armário de Ash.

– Ele é da Faculdade. Fui a uma festa com Ian e acabou que a gente trombou. E ele ficou a festa inteirinha conversando comigo.

– Ele não tentou beijar você nem nada? – pergunto com sobrancelha levantada.

– Claro que tentou! Mas você sabe como eu sou. – ela joga os cabelos por trás dos ombros e eu rolo os olhos. – Dei uma de difícil. Resultado? Ele me convidou para sair hoje.

– Parabéns, estou torcendo por você.

– A Ash aqui não precisa de torcida querida! – declara sorrindo abertamente. – É só eu ser eu mesma, com esse poço de sensualidade e tudo que já está garantido.

– Ok, ok... – falo rindo. Dou-lhe um beijo estalado na bochecha. – Vou indo. Até depois.

Subo mais um andar e rumo para o meu armário. Quando chego lá vejo Ian parado, me esperando. Não sei por que tenho o desejo de dar meia volta e me esconder até a aula começar. Mas não dá tempo, se quer saber. Ele me vê antes.

– Jane! – Ian vem até mim e me beija na bochecha. – Como você está? Tentei te ligar no final de semana mais você nem se quer atendeu!

– Eu estava de castigo. Sabe, aquele showzinho no refeitório me deixou em encrenca. – ele ri, mesmo não tendo graça. Enquanto conversamos troco os cadernos que vou precisar nas primeiras aulas.

– Eu estava pensando... Quer sair hoje? Tipo, só eu e você. A gente pode ir até o parque de diversões, comer um hot dog, sei lá, fazer qualquer coisa. – ele coça a nuca, nervoso.

– Ahm, é que eu tenho um compromisso hoje. – falo meio sem jeito. Eu estava pensando em ir ao cemitério depois da aula. – Mas a gente pode combinar um outro dia, que tal?

– Ahm, tudo bem. – ele baixa a cabeça e o sinal toca. – Tchau, Jane.

– Tchau. – ele corta o corredor e sobe as escadas, para a sua próxima aula.

Saio andando no corredor após fechar a porta do meu armário. Há algumas pessoas na frente da sala de Convivência Social. Sinto uma respiração no meu ouvido.

– Gostei do toco que você deu nele. – Andrew declara com a voz divertida e seu comum sorriso de lado. – Ainda bem que eu nunca fui tão renegado.

– Andrew! Você estava ouvindo a nossa conversa? – pergunto chocada por tamanho do seu atrevimento.

– Claro. Eu tenho que cuidar do que é meu, não é mesmo? – pergunta olhando-me intensamente com suas irís azuis.

– Eu não sou sua!

– Por enquanto. – ele entra e se senta em seu lugar, do outro lado da sala. Eu me sento na frente. A Sra.Moore entra pouco tempo depois.

– Bom dia! – respondemos em uníssono. Ela coloca papeis na mesa e depois olha em volta. Paira o seu olhar em mim. – Ahm! Hoje temos alguns atrasadinhos que vão apresentar o trabalho para a classe inteira. Não quer começar Jane?

Sem escolha me levanto e fico em frente à classe, com o meu texto em mãos. No meio de tantos olhares só estou preocupada com um, que me analisa atentamente.

– Minha dupla é Andrew Taylor. – digo. Depois limpo a garganta e começo. – O que você pensa quando vê um cara cheio de marra com um Ford Maverick andando pela rua? Quer saber o que eu pensei? Nunca se meta com ele. – A classe ri, o que me faz relaxar um pouco. – Conhecer melhor Andrew Taylor não era o meu desejo, mas a Sra.Moore é bem insistente, sério, tente discutir com ela. Não dá!

Os risos se fazem outra vez.

– Bom, resumindo, ele não é nada do que eu pensava. Andrew tem uma irmãzinha que parece ser uma graça e sua cor favorita é amarelo, como qualquer outro torcedor do Lakers. Ele me fez ver que as pessoas podem ser mais diferentes do que pensamos e que precisamos conhecê-las melhor antes de julga-las.

A classe aplaude, mais por obrigação do que por outra coisa. A professora parece feliz com o resultado. Ela caminha até o meio da classe e chama Andrew, que se levanta sorridente. Não quero nem ver o que ele escreveu sobre mim...

– Algumas vezes na vida você encontra alguém especial. Alguém que muda sua vida simplesmente por estar nela. Alguém que te faz rir até você não poder mais parar. Alguém que faz você acreditar que realmente tem algo bom no mundo. Alguém que te convence que lá tem uma porta destrancada só esperando você abri-la. – ele olha para mim e dá uma pausa. – Bom, Jane Morgan não é nada disso.

– Ahm, qual é! – reclamo do meu lugar. As pessoas riem a minha volta.

– Acalme-se Jane, eu ainda não terminei. – declara Andrew olhando diretamente para o papel. – Ela parece doce de perto, mas espere só para ver quando a conhece! Nunca vi menina mais marrenta, grossa e linda do que essa! – Novamente isso provoca um coro de risos. – Mas, sério, Jane é muito mais do que isso. Queria poder chegar aqui na frente de todo mundo e dizer que não gostei dela, como imaginava que não iria gostar. Mas não dá! Jane consegue fazer as coisas mais complicadas ficarem simples e as mais feias ficarem lindas.

Andrew faz uma pausa, como se estivesse pensando no que falar. Depois faz uma coisa que me faz ficar boquiaberta. Ele amassa o papel.

– Querem saber? – ele pergunta olhando para todos. – Não preciso desse papel para falar de Jane. – Uma pausa e um suspiro. – Teve uma vez que ela me disse uma coisa a qual ficou na minha cabeça até hoje. Jane Morgan me pediu para crescer. – Ele bufa, negando com a cabeça e sorrindo com deboche. – Acredita? Essa menina com menos de 1,65 de altura me pediu para crescer. Mas eu entendi o que você quis dizer Jane. – Nessa hora ele me olha atentamente. – Só que há uma falha nisso tudo: homens crescidos não desistem do que querem. E você sabe o que eu quero.

Ele me quer.

Os aplausos são mais fortes e quando Sra.Moore volta para frente da classe parece ter lagrimas nos olhos. Olho para Andrew, que já está sentado em seu lugar, e só vejo uma coisa:

Azul.


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Notas finais do capítulo

E ai??? Gostarammm??

Deixem as suas opiniões!!

Beijooocas!!



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