All I Want (EM REENCONSTRUÇÃO) 04/2020 escrita por Caroles


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Caraca, já disse que AMO seus comentários? Já? Repito de novo ainda u.ú Agradecimentos especiais a Annie, Margo, Bibs, Anna e Lyn ♥ ♥ ♥ O LINK do vídeo está aqui para quem quer ver a dança >> http://www.youtube.com/watch?v=4pfloxVMJGw



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/518382/chapter/30

Como?

Alexia

Essa semana foi muito complicada e cheia. Além de estarmos no final do ano e no último bimestre, tínhamos muitas coisas para fazer. A professora de português passou um novo trabalho, pois na sala tinha muitas pessoas com notas baixas. Foi colher de chá na certa.

Comigo era só ensaio e trabalho. Cada um tirou os problemas frequentes que se tem no dia a dia. Éramos grupo de 5 pessoas. Eu, Aaron, Lauren, Coxinha e Liz. Sim, a Liz estava participando. As pessoas merecem segunda chance. Mas enfim, o nosso tema foi anorexia e bulimia.

Fizemos uma apresentação usando PowerPoint, um recurso muito fácil e com ele você ganha pontos com os professores, desde que seja feito com carinho e seriedade.

Apresentamos na quinta. E foi super legal, mesmo que na hora eu estava nervosa.

–Nosso tema é sobre Anorexia e bulimia. –Comecei olhando para todos. – Anorexia e Bulimia são os problemas que atualmente, muitos jovens estão passando. Para entendermos isso, temos que saber que anorexia e Bulimia são doenças, é um problema sério que podem levar a morte. E as duas coisas são completamente diferentes, mas tem uma ligação.

–Anorexia é a necessidade de uma pessoa querer emagrecer diminuindo refeições. -Lauren retomou a frente e todos prestaram atenção no que ela dizia.- Ela se recusa a comer, porque aquela refeição tem caloria e com isso, ela acha que vai engordar. Quando a situação agrava, pode causar desnutrição. E a desnutrição pode levar a sérios problemas como diarreia, malaria, pneumonia.

Mostramos fotos de pessoas com anorexia, e não eram fotos agradáveis. Eu queria mostrar para aquelas pessoas, que o nosso tema é muito importante. Porque tenho certeza que existem muitas pessoas nessa escola que está passando por isso. Aaron coçou a cabeça, nervoso e começou a falar. Sorri fraco e ele me encarou de soslaio.

–Bulimia é causada por compulsão alimentar, ou seja, vômitos. Tem pessoas que compram remédios para emagrecer, e é uma coisa séria, porque remédios matam. Um sinal que pode demonstrar que a pessoa pode ter bulimia é quando você come tudo, e de alguma forma se sente culpada e força o vômito. E a pessoa se sente aliviada quando isso acontece. Com o passar do tempo, os vômitos forçados crescem. Tem aqueles que vomitam de 15 a 20 vezes por dia, e com isso o corpo vai se desnutrindo o que levam a morte.

E dessa vez mostramos um vídeo de uma garota praticando bulimia.

–O que pode causar essas doenças são os problemas cotidianos. Separação dos pais, morte de ente querido, bullying, falta de atenção ou carinho. –Coxinha falou fazendo gracinhas para descontrair o clima tenso. -O ideal seria procurar alguém para conversar ou psicólogo. Sempre tem alguém para ouvir seus problemas. Procurar um tratamento também está valendo.

Estávamos prontos para terminar o trabalho quando a Liz começa a chorar. Ninguém entendeu. Aproximei para abraça-la, mas ela recuou alguns passos.

–Para quem está tentando emagrecer dessa forma, parem. –Ela apenas falou isso e saiu. A sala estava toda em silencio. Fui atrás dela.

–Terminem o trabalho. –Deu tempo de vê-la indo em direção do banheiro. –Liz? Conte-me.

–Não!

–Quando começou isso? Liz?

–Há 5 meses, depois do meu irmão ser preso.

–Abre essa porta, e vamos conversar.

[...]

Liz me contou que depois que seu irmão foi preso, as pessoas começaram a ignora-la. E depois de alguns meses, ela foi assaltada e deu tempo de ela fugir, porque achou que seria estuprada. E ela chorou por muitas horas. Ela disse que procuraria um psicólogo.

A Diretora a liberou e fui até o meu armário pegar o material do último horário.

–Como você pôde fazer isso? –Me assustei e recuei alguns passos quando vi Zac furioso. –Como você pode namorar com ele e me deixar?

–Te deixar? Foi você que terminou comigo dizendo que não queria namorar. Agora vai dizer que eu te deixei? Tenha vergonha na cara e assume o que você fez.

–Eu errei porra! Eu já estou consciente disso.

–Então?! Siga o seu rumo que eu sigo o meu. –Já estávamos gritando, algumas pessoas pararam para prestar atenção em nossa discussão.

–Eu gosto de você e você gosta de mim. –Ele falou e eu neguei na hora.

–Não existe mais ’nós’’. Acabou aceite. Você que quis isso, agora aceite. O que importa agora, é o presente e futuro. Foi bom o nosso namoro? Foi, mas não existe mais química, mais amor, não temos nada agora, só temos o nosso passado e a amizade. Agora, eu gosto do Aaron, ele me faz feliz.

–Qual é Alexia. Não consigo parar em você, e eu faço tudo para te ter de volta.

–Estou interrompendo algo? –Aaron cruza os braços e encara o Zac.

–Não. –respondi.

–Está sim, vaza daqui. –Droga, briga não.

(Gif) Clique! Vai te ajudar na história!

–Quem está sobrando aqui é você. –Zac estufou o peito e tentou avançar, mas interrompi.

–Por favor, não façam isso. –Mas eles não me ouviram, e me apertaram no meio dos dois. Olhei para um grupo de meninos e fiz sinal. Eles vieram correndo. –PAREM! –Gritei, mas não deu certo, cai no chão e começaram a trocar os socos. Os garotos vieram correndo e tentaram separar. Falharam miseravelmente. Eles entraram na briga e depois outros caras os empurraram, sendo que um caiu em cima de mim e ainda ralei um pouco meu cotovelo. E conseguiram separar.

–Você está bem Alexia? –Um menino do primeiro ano me ajudou a levantar. Assenti com raiva e fui para enfermaria. Suspirei cansada e a moça me deixou pegar o algodão e o álcool. Quando sai, estavam comentando sobre a briga. Voltei para o local. Aaron estava sentado no chão e alguns caras estavam com eles, inclusive o Coxinha.

Andei sorrindo até lá. Parei na sua frente.

–Desculpa Alexia. –Ele disse. Ele sorriu fraco e olhou para minhas mãos. –Vai cuidar de mim é?

–Claro. –Peguei o vidro de álcool e coloquei no chão a sua frente e coloquei o algodão no seu colo. –Que não.

***

Aaron

–Ih, Rapaz... Você tá fodido. –Coxinha comentou e fiquei mais zangado que já estava. O cara apelou, poxa. Quando cheguei, os dois estavam gritando. Todo mundo estava ouvindo. Cacete!

Peguei o algodão e coloquei um pouco de álcool e passei no joelho. Dói demais. Fui chamado para diretoria e o Zac estava lá. Chamaram os nossos pais e começou aquele bla, bla e bla. Fui suspenso para semana que vem, porque no dia seguinte seria o campeonato de dança e futebol, porém em horários diferentes.

Bateu sinal e fui pra casa com meu pai.

–Quem bateu mais?

–Juntou um bocado de pessoas para brigarem. –Ri. –Eu bati mais, eu acho.

–Esse é o meu garoto. Tem que bater mesmo. Vou pro trampo.

[...]

Toquei a campainha e a mãe de Alexia atendeu.

–Boa tarde senhora, a Alexia está?

–Boa tarde Aaron, ela foi buscar o Seth na casa do amigo dele, vai demorar um pouco. Entra querido. –Agradeci e fiquei visivelmente sem graça. –Vou ter que ir ao hospital visitar o meu marido, você ficará bem sozinho?

–Claro, pode ir, ele está melhorando?-Assentiu e levou aos braços aos céus agradecendo, eu acho. Ela pegou a bolsa que estava no sofá e saiu de casa. Subi indo para o quarto da minha namorada. O quarto dela é bem organizado e delicado. O quarto também era do Seth, de um lado tinha as coisas dele e do outro as coisas da morena. As paredes eram brancas, e os móveis também. Acima da cama de Alexia, tinha um mural de fotos. Caminhei até elas observando-as. Sorri quando vi nossa foto, quando tiramos depois do show. Estávamos na cafeteria e tomamos cappuccino, só que como tinha espuma na bebida, a Alexia tinha bigodinho. Eu ri e ela estranhou e virou para o vidro e viu como sua boca estava. Tentou tirar, mas segurei seus braços, ela tentou novamente, e segurei mais forte, dizendo que faria também. Ela aceitou e tiramos foto com dois bigodinhos.

Tinha fotos dela com a Lauren, Liz, sua mãe, seu pai e Seth. Tinha quando ela era pequena. Quando ela foi a rainha da pipoca, amendoim, do baile. Ouvi uma tosse e virei rapidamente encontrando Seth e Alexia me encarando. Seth correu até mim e pulou.

–E ai campeão? –Ele desceu e começou a conversar comigo sobre o novo jogo que ele comprou.

–Seth, vai tomar banho, depois você conversa. –Ela sorriu para o pequeno e pegou a toalha e entrou no banheiro. Alexia me encarou friamente e já vi que estava encrencado. –Você não devia ter brigado.

–Ele provocou.

–E você caiu nas provocações. Você podia ter ignorado ou me puxado.

–Alexia, ele nem deu tempo. Ele avançou.

–Eu tentei separar vocês dois. E o que acontece? Fui jogada no chão. –Olhei para ela irritado. Que exagero. –E para piorar um garoto cai em cima de mim com uma força que machuquei o meu cotovelo. –Olhei para ela alarmado e levantei pegando levemente seu braço. –Ai, está doendo.

Caramba, seu cotovelo está roxo e avermelhado com pelinhas soltando. Abaixei um pouco e dei um beijo em cima da ferida. Senti ela se arrepiar. Dei outro beijo um pouco acima e eu estremeci. Olhei para os seus olhos.

–Seus olhos são magníficos. Você tem belos par de olhos e um brilho tão diferente e intenso que eu poderia ficar horas e horas encarando apenas seus orbes.

–Eu gosto da sua barba, você fica mais sexy. –Sorri e passei meu rosto no seu. Podia sentir que estava se deliciando com o novo carinho. Parei e ela fez biquinho. Ri balançando a cabeça e a beijei. Algo acendeu a mim. Desejo. Excitação. Desci os beijos até seu queixo e mordi. Abracei sua cintura e dei um beijo no seu pescoço, e a senti se arrepiar. Fiz uma pequena trilha até seu ombro e com nariz, empurrei a alça de sua blusa.

–Cheirosa. –Resmunguei e dei uma mordida no seu ombro. Recebi um tapa na testa. Olhei para ela e estava rindo. A porta do banheiro se abriu.

***

Alexia

O clima entre eu e Aaron está quente. Sabia que tinha desejo ali, mas eu estava curiosa, ele não me falou de suas namoradas. Ri baixo olhando para o chão relembrando a cena do quarto.

–ALÔ! Terra chamando Alexia? –Arregalei os olhos para Liz, ela sorria maliciosa. –Eu conheço esse sorriso. Pelo jeito, fizeram.

–O que? -Olhei para ela sem entender. –Han? Não! Está louca, não rolou nada. Mas, enfim... Por que me chamou?

–É a nossa vez de apresentar. –Olhei para ela fazendo biquinho. Não curti a roupa. –Você e suas saias. Nunca vou te entender. –Resmungou e revirou os olhos me puxando pelo braço. Do palco, podia ver a Lauren, Seth, minha mãe e Aaron sentados na arquibancada. Aaron estava suado, e com uniforme do time dele. Ele jogou muito bem, porém o time dele perdeu. Ficou em segundo lugar.

A plateia começou a gritar. Foi uma loucura. A nossa música começou a tocar e tinha um estilo antigo o que animava mais o público.

Because you know I'm all about that bass

Começamos a mexer as pernas e as mãos freneticamente. Quando o ritmo da musica acelerou, foi aí começamos a dançar e rápido.

Dança do grupo! All About That Bass -Matt Steffanina

Terminamos com muitos aplausos e gritos. As pessoas estavam em pé, batendo palmas. Todos estavam orgulhosos de nós. Os outros grupos também dançaram e o resultado foi muito tenso. Odiava quando eles faziam suspense. Sempre era assim.

–E o grupo que conseguiu o Primeiro lugar foi... –A plateia começou a mexer com as mãos e eu revirei os olhos. Pude ver Aaron rir. Mostrei a língua pra ele o que o fez rir mais ainda. –Grupo da Alexia.

Começamos a gritar igual doidas, uns pulando nos outros. Bagunça total. Aaron desceu e me levantou.

–Sabia que você ia ganhar. Desculpa a palavra, mas você estava muito gostosa. Quando você começou a andar para trás, meu Deus foi uma cena que vai ser impossível esquecer. –Gargalhei e dei um beijo nele.

–Quando vencemos, nós comemoramos na sala. Vamos? Cadê o Seth?

–Estou aqui, Ale. –Virei e Aaron pulou em cima de mim. –Parabéns mana. Sempre arrasando. –Eu sorri e beijei sua testa. –Vamos comemorar? -Assenti. –A nossa mãe está vindo ai.

Minha mãe me abraçou forte.

–Minha menina, sempre bela, sempre ganhando.

[...]

Nickelback -Never Gonna Be Alone

–Nós somos invencíveis Porra!

–Sempre dizendo palavrões. –Comentei. Aaron estava abraçado comigo por trás. Ele estava conversando com o Coxinha. –Que bom que está tud –Meu copo espatifou pelo chão. Respirei fundo sentindo meu coração doer. E a cada segundo doía mais. Afastei de Aaron e ele me olhava assustado, na verdade, todos me olhavam assustados. Passei a mão pelo corpo tentando tirar a dor. Comecei a chorar.

–Alexia, o que você está sentindo? Diz-me. –Todo mundo perguntava. Eu precisava de ar. Tentei empurrar eles. –Afastam-se, ela precisa de ar.

Imediatamente todos afastaram menos Aaron e minha mãe. Eu soluçava, e a dor diminuía. De alguma forma, eu sabia o que significava essa dor. Só esperava estar errada.

–Preciso ver meu pai.

[...]

Não conseguia parar de chorar, andava por todos os lados. Aaron tentava me acalmar, Seth estava com a cabeça abaixada. Joguei o copo descartável no chão com força e fui até o balcão.

–Preciso saber as notícias do meu pai!

–Senhorita, acalme-se, ele ainda está em cirurgia. –Bufei e comecei a puxar meus cabelos. Vi o médico indo na direção da minha mãe. Corri até lá.

–Como ele está? Ele está bem? Posso vê-lo? Eu tenho que ver ele. Ele precisa de mim. Fala alguma coisa! –Soltei tudo. Aaron colocou as mãos nos meus ombros.

–Desculpe-me, tentamos de tudo. Ele não resistiu.

''Combater e morrer, é pela morte derrotar a morte, mas temer e morrer é fazer-lhe homenagem com um sopro servil''.

–Willian Shakespeare-


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Choreeei ;-;



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All I Want (EM REENCONSTRUÇÃO) 04/2020" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.