Magnésio 12 escrita por Evelyn Waldrich


Capítulo 17
Entre Planos


Notas iniciais do capítulo

Olá, este capítulo era pra ser bem maior, mas não pude destruir um final tão lindo! Portanto, deixei o resto para o próximo capítulo!
Espero que gostem, boa leitura!



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          - Bem-vindo, Floyd! Podemos começar? – Celiny se dirigiu para a porta de sempre. Parecia mais alegre hoje do que o normal. Floyd se perguntou por que. Não se atreveu a entrar em uma mente tão complexa como a da “super-inteligente-Celiny”, mas se tivesse entrado, saberia que era porque estavam bem próximos de conseguir o que planejaram. E que hoje, neste treinamento, seria a prova final. Se tudo desse certo e Floyd se mostrasse apto, estariam prontos para atacar o governo e salvar os jovens mutantes!

          Floyd se sentia confiante nas aulas de treinamento de mutação, melhorava dia após dia e seu controle estava ótimo!

         - Faremos o seguinte – Falou Celiny pelo microfone – Floyd, quero que bloqueie a mutação de Emily. Mas não somente como um telepata. Quero que se defenda como se estivesse enfrentando qualquer mutante. Bloqueie a área do cérebro que controla as mutações. Emily, pode começar.

        Então, subitamente, Emily atacou. Um verdadeiro ataque, todos os medos, pesadelos, piores sensações, nocautearam Floyd de uma só vez. Ele caiu de joelhos. Era atordoante. Perturbador, pra dizer o mínimo. Lentamente, com força, disciplina e determinação, Floyd ergueu a cabeça e afastou as ondas cerebrais que o atacavam. Como se estivesse movendo uma enorme pedra, moveu as ondas cerebrais contra Emily, até ataca-la com um só golpe. Emily gemeu e cambaleou. Mas Floyd não tinha acabado. Sabia que esse era um ataque telepata e rápido, de uma só vez, enquanto ela estava tonta, inutilizou a mutação. Emily parou, surpresa. Ofegou uma, duas vezes.

      - Eu.... Não sinto... nada! Como se não tivesse nada a mais. Nada para controlar. Nada!

Floyd permaneceu imóvel. Requeria um dobro esforço essa técnica.

     - Ahhahaha! – Se ouviu o riso de Celiny pelo microfone. – Brilhante, Floyd! Brilhante! Pode parar agora, sei que é complicado. Mas foi muito bom! Muito bom, mesmo! Hahah! Agora, repitam! Floyd, repita a técnica até vir naturalmente.

       E assim fizeram. Celiny estava nas nuvens, Pandora estava satisfeita e Andrew estava maravilhado. O progresso do menino havia sido muito rápido e ele estava pronto! Logo poderiam atacar o governo!

      - Pois é, Celiny, parece que seu plano deu certo. – Disse Andrew.

     - Como se você duvidasse! Óbvio que deu certo! Era um plano perfeito!

     - E arriscado.

     - E perfeito!!! – Disse Celiny animada. Pandora riu, entrando na conversa:

     - Realmente. Parabéns a todos. Foi um bom trabalho. Tudo deu certo.

    - Agora, podemos conversar com Flair e combinar o melhor dia para atacar o Governo.

    Horas depois o Conselho da Resistência estava reunido. Falavam com Flair, que estava posicionada como espiã do governo, através de uma tela.

    - Os jovens mutantes estão sendo guardados numa antiga base militar, antes abandonada. Há uma enorme rede de túneis e salas abaixo do solo e é ultra secreto. Também mega protegido. Não será fácil entrar lá. Já tem o telepata? – Disse Flair.

    - Sim. Temos o telepata. Ele está pronto. – Disse Celiny.

    - Ótimo. Assim ele poderá enganar os guardas. Façam um ataque discreto. Se algo der errado os alarmes soarão e o governo inteiro será alertado. Vocês serão encurralados.

    - Não se preocupe. Seremos discretos. – Disse Rhuan.

    - Ah! Levem três Carros Aéreos. A quantidade de mutantes é enorme.  Também recomendo levar os trigêmeos, aqueles que fazem as coisas ficarem invisíveis. Não podem ser vistos nem detectados.

    - Os três? – Perguntou Celiny, com as sobrancelhas curvadas.

   - Os três. – Respondeu Flair.

   - Não. Não. A Resistência ficará sem proteção. Não. – Retrucou Andrew.

   - Será necessário. Está é uma missão como nunca fizemos antes. – Disse Flair.

   - Não é prudente. Não podemos deixar a Resistência exposta assim! – Disse Pandora.

   - É o único jeito. Não podemos parar agora. Fomos muito longe! – Disse Rhuan.

   - Levaremos os trigêmeos. – Disse Celiny. E assim ficou decidido.

   - Levem os mutantes mais treinados e mais pacíficos. Precisamos de uma boa defesa e alguém que controle as defesas tecnológicas. – Disse Flair. – Daqui a um mês o Presidente fará um anúncio, as 18hrs. Os guardas e os mutantes serão obrigados a ver e ficarão focados nisso. Será o momento de atacar. Lembrem-se: Inutilizem os guardas, eliminem as defesas tecnológicas e impeçam a resistências dos jovens mutantes. Lembrem-se: Eles não sabem o que fazem.

    - Então daqui a um mês, dia 20, as 18hrs. Perfeito. Estaremos prontos até lá. – Disse Celiny.

    - Preciso ir. Boa sorte. – E a ligação desligou.

    Após uma breve discussão sobre os detalhes da invasão, os membros do Conselho sairam da sala um a um, até sobrar a Celiny. Ela organizou mais umas coisas até sair da sala. Celiny pegou umas pastas e saiu. Estava trancando a porta quando ouviu uma vozinha atrás de si.

    - Olá, Celiny. – Ela pulou de susto, virando para ver quem era.

    - Ah, Luke! Oi! Não esperava vê-lo aqui!

Ele colocou a mão no ombro dela.

     - Pois é. Sinto muito, mas você não gostaria de fazer o favor de abrir a porta pra mim?

     - Eu... Claro! Era isso que eu ia fazer. Claro. – Celiny se virou e abriu a porta para Luke. Atrás dele, das sombras, saiu Keane:

     - Muito bom, Luke! Sabia que ia conseguir! – E o garoto entrou na sala. Na parede, quase invisível, estava um pequeno mecanismo branco, com o tamanho de um chip. Keane tirou da parede e o apertou. Dele apareceu um holograma, uma gravação completa da conversa do Conselho sobre invadir o Governo. Keane riu. Ele saiu da sala com passos largos:

     - Sabe o que fazer, Luke!

     O menininho, ainda com a mão no ombro da Celiny, se virou pra ela e disse:

    - Agora, tranque a porta e volte a seus afazeres. Esqueça disso. Continue sua vida como se isso nunca tivesse acontecido.

    - Sim, senhor. – Celiny se dirigiu para a porta e voltou a trancá-la, exatamente como da primeira vez. Ele tirou a mão do ombro dela. Na hora que Celiny se virou, ela viu Luke e tomou um susto:

   - Ah, Luke! Oi! Não esperava vê-lo aqui!

   - Pois é. Só estava examinando a arquitetura e os painéis. Muito modernos.

   - É tecnologia de ponta. A segurança da Resistência é muito boa.

   - Sim. É impecável.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Comentem!



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