Deep Six escrita por Gothic Princess


Capítulo 33
Capítulo XXXIII - Bônus: Sereias de Gotham


Notas iniciais do capítulo

Hello heroes!! Aqui de novo postando essa beleza de capítulo que demorou tanto a sair, mas que valeu a pena. Veremos mais da Janessa nesse aqui e teremos a participação especial da Duela, apesar de que ela vai passar mais tempo na fic da Task Force-X durante a segunda temporada.

Nomes de herói/vilão:

Cassandra Wayne - Cat
Janessa Crane - Aura
Duela Dent - Filha do Coringa ou FdC

Espero que gostem!! Teremos mais easter eggs sobre tretas da próxima temporada nesse aqui, hein!! Ah, e agora estarei postando a fic no wattpad também, para aqueles que gostam de ler pelo celular quando estão sem internet :D

Link do wattpad: https://www.wattpad.com/myworks/72928975-deep-six



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Não era raro ela ficar feliz daquela forma, geralmente tudo o que acontecia de bom em sua vida era motivo para ela surtar em uma explosão de alegria, mas naquele dia, Cassandra finalmente tinha um excelente motivo para ficar animada. O trio das novas Sereias de Gotham, nome da antiga equipe que sua mãe fazia parte, iria finalmente estar junto de novo após mais de dois anos. Antigamente elas mal podiam passar uma semana sem se verem de tão amigas que eram, mas um problema sério fez Janessa sumir e o time ficou incompleto. Porém, agora, a Crane estava de volta e Cassy estava disposta a uni-las novamente.

— Por que está tão animada? — Damian perguntou quando viu a irmã descendo as escadas correndo e com um sorriso de orelha a orelha no rosto.

— Sempre estou animada, Dami — ela não queria contar a ele que iria se encontrar com suas duas amigas criminosas, então disfarçou.

— Ok... A Mel e eu vamos treinar, quer vir junto?

— Não, tenho coisas para fazer — ela deu um beijo na bochecha dele e correu para a porta. — Te amo, até mais!

O jovem não entendeu muito bem, só que resolveu deixá-la em paz.

Cassandra pegou sua moto e foi o mais rápido que pôde para um local na cidade que ela conhecia muito bem e que já não ia há muito tempo. Chegou até uma loja abandonada de brinquedos e estacionou na frente da mesma, entrando com seu capacete ainda em mãos e olhando em volta a procura de sua amiga.

— O que aconteceu com esse lugar? Juro que ele era mais limpo da última vez em que estive aqui — ela se virou para onde ouviu a voz de Janessa e viu a amiga sentada em um monte de caixas antigas.

Cassy não pôde deixar de sorrir e correu até ela, dando um pulo e a abraçando com força.

— Jane, que saudade!

— Também senti a sua, Cassy — a maior sorriu e apertou a amiga no abraço. — Me desculpa por sumir.

— Tá tudo bem, eu sei que foi por causa do que houve com o Jeff e o Tony... — as duas se separaram e a menor pareceu triste por um momento. — Como ele está?

— Sabe que meu irmão sempre está bem. Estamos nos mudando para o...

— Não me fala! — Cassandra a interrompeu rapidamente. — Se eu não souber aonde estão, não vou precisar mentir se perguntarem, e esconder algo do Bertinelli é quase impossível.

— Ok, já vi que as coisas não mudaram por aqui, você continua em cima do muro — as palavras da Crane fizeram Cassy suspirar tristemente. — Precisa escolher um lado logo, sabe que essa bomba vai explodir e que vamos ficar uns contra os outros.

— Eu sei, mas não quero virar as costas para nenhum dos meus melhores amigos... — a Wayne sacudiu levemente a cabeça. — Quer saber, não vamos falar sobre isso! Temos algo mais importante para fazer hoje.

— Sei o quanto você é otimista, Cassy, mas a Duela tá presa, não vamos poder simplesmente chamar ela para sair — Jane a viu sorrir e arqueou uma sobrancelha. — O que você tem em mente?

— Você vai ver! — Cassandra puxou a amiga para o lado de fora e as duas logo subiram na moto dela para irem direto até Belle Reve.

Aquela prisão era onde os piores criminosos eram colocados, já o Arkham era o hospício onde os piores malucos eram mantidos presos. Raramente vilões sem problemas mentais eram colocados lá, porém esse não era o caso de Duela. Cassandra havia providenciado com todos os contatos de seu pai para que a palhaça fosse mandada para lá depois de descobrir que ela havia sofrido diversos tipos de experiências no Arkham. Apesar de Duela sempre dizer que achava engraçado, sentia que aquelas experiências estavam piorando a condição psicológica de sua amiga, então resolveu deixá-la em Belle Reve, onde, pelo menos, estaria segura contra isso.

— Quantas vezes ela foi presa desde que fui embora? — Jane perguntou, ela e seu irmão eram os únicos vilões que Cassy conhecia que nunca haviam sido presos.

— Umas seis, não me lembro bem, também acabei ficando presa por uns dois meses porque me confundiram com uma assaltante — a Wayne deu uma risada e estacionou sua moto na entrada.

Pegou seu cartão especial, que havia sido dado a ela pela própria Amanda Waller quando havia se alistado para fazer missões do Esquadrão Suicida, e o mostrou para alguns guardas, que deixaram as duas passarem. Elas andaram até o lado de dentro, mas foram paradas por um homem.

— Não pode entrar aqui, senhorita — ele disse para Jane e Cassy estava prestes a dizer que estavam juntas quando Greg apareceu.

— Pode deixar, eu cuido delas — o moreno observou enquanto o guarda se afastava e encarou as duas. — Não que eu não esteja feliz por ver vocês, mas o que querem aqui?

— Amor, sabe que dia é hoje? — Cassy sorriu e Greg assentiu.

— Primeiro de Maio, aniversário da Duela... E daí?

— Viemos aqui levar ela para comemorar! — respondeu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Ela está presa, Cassy, não podem levá-la — ele as encarou como se perguntasse se estavam malucas por terem uma ideia tão absurda.

— Sempre acabando com nossa diversão, Dent — Jane resmungou.

— Greg, por favor! É aniversário dela, deixa a gente sair só por três horinhas! — Cassy fez sua melhor carinha de filhote de gato e juntou as mãos para implorar. — Prometo ficar de olho, e ela tem uma bomba na cabeça, por que acha que vai conseguir escapar?

— Porque ela já escapou quatro vezes. Não complica as coisas, a Waller me mata se eu deixar ela fugir — ele desviou o olhar quando a namorada começou a fazer seu beiço ficar trêmulo, mostrando que ela estava prestes a chorar. — Cassy, não.

— Você vai ser tão mau a ponto de fazer sua namorada chorar e ainda estragar o aniversário da sua amiga? — Jane começou com a chantagem emocional, psicologia era mesmo o forte dela. — Me lembro da vez em que você ia levar um tiro no meio da testa e a Duela te salvou, é assim que quer retribuir esse favor?

Ele odiava quando ela fazia isso, jogava na sua cara que devia uma para a palhaça e que uma hora precisaria pagar.

— Posso deixar ela com vocês por três horas e vou monitorá-las daqui. Se a maluca tentar alguma gracinha, vou deixar a Waller explodir a cabeça dela — o agente falou, recebendo um grande abraço de sua namorada e vários beijinhos. — Fica de olho nela.

— Vou ficar! — Cassandra sorriu e seguiu o moreno junto com Janessa.

— Depois disso quero que esqueçam que a Duela salvou minha vida, isso foi há anos atrás, então esqueçam! — ele apontou na direção da cela e as duas andaram até lá.

Jane abriu uma pequena janela na parte superior da porta e as duas puderam ver que a jovem de cabelo azul estava de costas para elas, batendo a testa na parede. Isso as deixou preocupadas.

— Greg, estão mesmo a tratando bem aqui? — Cassy perguntou, séria. — Eu a tirei do Arkham exatamente porque ela estava ficando ainda mais insana, vou quebrar os ossos de todos aqui se estiverem maltratando ela!

— Ela faz isso sempre que está entediada. Fica calma, não deixo nenhum guarda ou detento perto dela — ele respondeu, destrancando a cela e chamando a atenção da palhaça.

Duela se virou rapidamente e seus olhos se arregalaram e ela saltou tão alto que sua cabeça quase atingiu o teto.

— Cassy-baby-cue! — a força do abraço que a palhaça dera na morena a fez cair no chão com o tamanho da força da psicopata. — Senti tanto sua falta, não sabe o que eu passo aqui, eles nunca me deixam brincar de “quebrar o martelo na cabeça do guarda” nem nada!

— Adoro essa brincadeira — Duela olhou para cima ao ouvir a voz familiar e seu queixo quase caiu no chão quando ela viu Janessa.

— Janieee! — ela pulou novamente, mas, por ser maior e até mais forte que Cassy, a Crane permaneceu no lugar quando Duela a abraçou. — Que dia perfeito! Só faltam aqueles dois retardados para esse ser o melhor aniversário desde que empurrei o Greg em uma piscina com tubarões!

— Esse dia foi muito tenso na verdade — Cassandra se levantou e viu o namorado revirar os olhos. — Mas hoje vai ser a noite das garotas, sem meninos.

— Até porque eles não podem ficar em um mesmo lugar sem tentarem matar um ao outro — Janessa completou.

Duela arregalou ainda mais os olhos e soltou um grito estridente, seu sorriso se tornando ainda mais aberto, se é que era possível.

— Sereias de Gotham! Vamos chutar o traseiro de otários que se meterem com a gente! Bye, bye, irmãozinho, vamos voltar tarde hoje — ela puxou Cassandra e Janessa pelo braço.

— Se tentar alguma gracinha, te dou um choque — ele disse, e ela lhe deu língua.

— E como pretende fazer isso, maninho?

— Você vai ver… Logo — ele piscou para a palhaça e andou para longe das jovens.

— Greg, espera! Como vamos sair com uma detenta sem sermos vistas? — Cassandra gritou, mas ele virou no corredor e não respondeu.

Alguns segundos se passaram e um alarme soou, fazendo vários guardas correrem para a ala leste e deixarem a entrada completamente livre para elas. Seja lá o que Dent havia feito, devia ter sido muito sério para precisar de todos os guardas, porém elas não quiseram ficar lá para descobrirem, correram para fora da prisão e foram para a moto de Cassy.

— O que vamos fazer para comemorar o aniversário da Duelinha? — Jane perguntou, segurando a palhaça em seu colo enquanto as três tentavam se equilibrar na moto em alta velocidade.

— Olha, sei que não gostam de agir como heroínas, mas… — Cassy foi interrompida pela filha do Coringa.

— Cassy-baby-cue, nãooo! Não quero salvar pessoas, isso é chato! — ela choramingou, abraçando a morena a sua frente.

— Me deixa terminar de falar. Se lembram do Michael Yale? — ela estacionou na frente da loja abandonada de brinquedos e as três entraram.

— Claro, foi o primeiro cara que o nosso “time” colocou na cadeia — Jane viu que Cassy, antes de entrar, havia pego duas sacolas de dentro de um compartimento debaixo do banco de sua moto, e agora as colocava sobre uma mesa no centro da loja.

— Demos uma boa surra nele naquele dia, e eu explodi três prédios! — Duela riu, pulando de alegria.

— Bom, ele saiu da cadeia e voltou a fazer coisas erradas — a Wayne explicou, percebendo que havia conseguido a atenção das amigas. — Não estou falando para irmos salvar pessoas, só vamos dar uma surra nele e em seus capangas e depois vamos embora.

— É só isso? — Jane arqueou uma sobrancelha.

— Claro, o que mais seria? — Cassy sorriu, pensando consigo mesma que havia mesmo algo mais, e que se elas soubessem não iriam querer ir com ela.

— Tô dentro! Quero matar algumas pessoas hoje, espero não estar muito enferrujada — Duela correu até um armário do outro lado do salão e o abriu, revelando uma alavanca escondida atrás de alguns bichos de pelúcia.

Assim que a jovem de cabelo azul puxou a alavanca, uma porta se abriu e várias armas apareceram em um painel, deslizando para fora do armário.

— Trouxe seus uniformes que ficaram lá em casa! Não sei se o seu mudou, Jane — Cassandra jogou o conteúdo das sacolas sobre a mesa e pegou seu próprio uniforme, semelhante ao de sua mãe.

— Não mudou. Ainda bem que não saio de casa sem meus braceletes — Janessa pegou a malha preta com linhas brancas nas laterais. Depois de vesti-la e conectá-la com seus braceletes, ativou os mesmos e duas lâminas cercadas por uma aura laranja saíram deles. Com isso, as partes brancas de sua roupa também se iluminaram com a cor alaranjada. A jovem, então, pôs sua máscara que cobria a parte inferior de seu rosto, deixando apenas seus olhos a amostra.

Duela tirou as roupas da prisão, ficando apenas com seu sutiã preto e colocando sua jaqueta de couro e sua calça preta com suas botas de salto.

— Cassy-baby-cue pensou em tudo! a palhaça riu e começou a se abastecer com armas.

— Ok, meninas — Cassandra sorriu e colocou sua máscara e seu arco com óculos especial. — Vamos chutar o traseiro daquele desgraçado.

— Isso! Vamos chutar o traseiro dele com uma bota de espinhos de metal! — Duela gritou e saiu correndo para fora da loja.

§

O clima no local estava tenso, ninguém dizia nada enquanto o chefe não entrava na sala, pois conheciam o temperamento dele. Estavam sentados ao redor de uma mesa no último andar de um prédio comercial gigantesco, esperando por Michael Yale.

— Por que não começamos logo essa reunião? — Jonas Thorne, um dos grandes comerciantes de drogas de Gotham perguntou, já impaciente com a espera.

— Yale acabou de sair da prisão, não queremos deixá-lo irritado — dessa vez quem falou foi Reina Sionis, filha do Máscara Negra, que havia assumido os negócios do pai. — Odeio esperar tanto quanto você, mas esse negócio vai nos dar muito dinheiro.

— Grande coisa, transportamos drogas para outros países e pela cidade há anos, nada vai mudar — Jonas bufou.

— O senhor Yale transporta muito mais do que apenas drogas, tenha isso em mente — Reina retrucou.

Outro homem ia entrar na discussão dos dois quando todos se viraram na direção da porta ao ouvirem o som de algo pesado caindo no chão. Reina gesticulou para um de seus guarda-costas ir checar e o homem alto trajando um terno preto andou até a entrada da sala. No momento em que abriu a porta, já com sua arma em mãos, viu uma garota baixa sorrindo para ele. Suas mãos estavam atrás de suas costas e ela tinha uma característica incomum; Seu cabelo era azul da raiz até as pontas.

— Isso é uma reunião particular — ele disse, seu tom nada amigável.

— Os outros caras já me disseram isso… Adivinha só o que aconteceu com eles — Duela deu uma risada e se abaixou rapidamente.

Quando a psicopata se abaixou, o homem pôde ver outra jovem pular por cima dela.

Aura usou as duas lâminas laranjas para cortar a cabeça dele e caiu de pé dentro da sala. Não demorou para todos puxarem suas armas e começarem a atirar em sua direção, fazendo-a ativar o “modo seguro”, que transformava as lâminas em um escudo com a coloração azul.

Cat correu para ficar atrás da vilã e pegou uma pequena pistola em seu cinto, atirando em todos que sabia que acertaria com dardos soníferos. Cinco deles caíram, derrubados por ela, enquanto o resto foi caindo no chão aos poucos com buracos de bala em suas cabeças.

— Isso é tão legal! — Duela gritou enquanto usava sua metralhadora até não sobrar mais ninguém de pé além delas. — Agora, cortamos as cabeças e levamos para nossa base como troféus!

— Menos, FdC, eles não eram nossos alvos — Aura disse, desligando suas lâminas por hora. — Isso foi apenas o aperitivo, quero logo o prato principal.

— Bom, eu não vou desperdiçar tantos corpos assim — Duela se abaixou e pegou sua faca.

Cassandra já estava de costas para a palhaça. Não liga aquando suas amigas matavam pessoas que realmente mereciam, mas não gostava de ver Duela desmembrando corpos ou fazendo outras coisas macabras. Janessa se posicionou ao lado da Wayne e ficou encarando a porta, apenas esperando assim como ela.

Alguns minutos se passaram, até que elas ouviram passos e a maçaneta girou. Dois homens entraram, obviamente seguranças de Yale, e ficaram parados lado a lado. Não conseguiram nem ficar surpresos ou apavorados com a cena diante deles, pois Duela havia disparado uma bala que atravessara o crânio de um e depois do outro, fazendo-os cair no chão na mesma hora.

Cat trincou o maxilar ao ver um homem alto e extremamente musculoso entrar na sala, tomando cuidado para ficar fora da mira da palhaça do outro lado da sala. Ele usava um terno azul escuro e ainda tinha a mesma expressão de rocha de quando elas o viram pela primeira vez há sete anos atrás.

— Vocês são as últimas pessoas que eu esperava encontrar depois de passar sete anos na prisão — Michael deu uma risada seca.

— Então se lembra de nós, idiota? — Aura abriu um meio sorriso sob a máscara.

— Eu nunca poderia me esquecer da garota com orelhas de gato e da menina de cabelo azul... Vejo que as pirralhas cresceram.

— Não sabemos como saiu, mas você é perigoso demais para ficar solto. Vamos te mandar de volta — Cat se colocou em posição de defesa, caso ele atacasse.

— Eu duvido muito — Yale deu uma rápida olhada para Duela e correu na direção de Janessa e Cassandra, conseguindo desviar de dois tiros que a Filha do Coringa havia disparado em sua direção.

Michael Yale tinha um porte atlético incrível, aparentava ser mais jovem do que realmente era, tinha músculos semelhantes aos de um halterofilista e era rápido. Cat e Aura precisaram desviar de vários socos do maior e tentavam lhe dar golpes cada vez mais fortes, já que seus chutes e socos pareciam estar sendo desferidos em uma pedra. Duela não conseguia um tiro limpo, os três brigavam de forma que ela não conseguiria atirar sem acertar Jane ou Cassy.

— Saiam da frente, bobonas! — a palhaça gritou.

Aura ativou suas duas lâminas e se preparou para cortá-lo em pedaços, porém Yale a segurou pelo pescoço e a jogou em cima da Filha do Coringa, fazendo as duas caírem.

Cat deu um salto para trás e ele a seguiu, dando-lhe um chute no estômago tão forte que a fez bater com as costas na parede e ficar encurralada. A jovem sentiu uma das enormes mãos do bandido se fecharem em sua garganta e a erguê-la do chão sem a mínima dificuldade. Qualquer um diria que ele era um meta-humano, mas ele era apenas muito forte.

— Vocês vão pagar por terem me colocado na prisão e acabado com meus planos da última vez! — ele vociferou, apertando ainda mais a garganta dela e fazendo-a ficar sem ar. Tentava chutá-lo e dar-lhe golpes, porém o tronco do maior era duro demais. — Depois que acabar aqui, vou cuidar dos outros três.

Ele se virou rapidamente com ela ainda em seu aperto, bem no momento em que Duela e Janessa ia atacá-lo pelas costas. Ambas pararam bruscamente ao verem que ele usava a heroína de escudo.

— Larguem suas armas ou quebro o pescoço dela — elas sabiam que ele já poderia ter feito isso com apenas uma mão, mas queria se divertir um pouco mais e saborear sua vingança.

A Filha do Coringa deu um rosnado de raiva e soltou suas armas no chão, Aura desligou suas lâminas, e quando ele as viu baixarem levemente a guarda, jogou Cat com força contra a janela, quase quebrando-a e correu na direção de Duela. Deu um tapa com as costas da mão no rosto de Janessa, que caiu para trás e sentiu o gosto metálico de sangue em sua boca.

A psicopata puxou sua faca de seu cinto e a cravou no braço dele bem no momento em que Yale segurou sua cabeça e a ergueu muito acima do chão. O golpe pareceu só ter tirado um grunhido de dor do maior, pois ele bateu a cabeça da jovem com força contra a parede mais próxima. Duela, em resposta, retirou sua faca e a afundou novamente nele, dessa vez em seu ombro. Michael continuou a bater com força a cabeça da Filha do Coringa na parede, repetidas vezes enquanto ela continuava a esfaqueá-lo.

Janessa viu Yale bater uma última vez com a cabeça de Duela na parede antes que a faca caísse das mãos dela para o chão. As pernas da jovem de cabelo azul não se moviam e ela havia parado de tentar sair daquela posição.

Yale jogou Duela no chão como se fosse lixo descartável e voltou sua atenção para Janessa, sorrindo de forma sombria. A vilã se colocou de pé e ativou suas lâminas, que assumiram uma coloração vermelho sangue e refletiam a raiva nos olhos dela.

Ao invés de atacá-la diretamente, Michael segurou a mesa no centro da sala e a jogou em cima da menor, porém o efeito esperado não aconteceu quando ela, ao invés de recuar, usou suas lâminas vermelhas para cortar a mesa de mármore negro ao meio. Após fazer isso, Janessa avançou contra ele e começou a tentar acertar seu abdômen, com sérias intenções de parti-lo ao meio. Yale desviava de todos os ataques sem revidar, pois não encontrava uma brecha, e acabou batendo com as costas em uma das quatro paredes.

A lâmina da vilã atravessou um ponto em que a cabeça dele estava, mal percebendo que Yale havia se abaixado e recebendo um soco no estômago tão forte que a fez tossir sangue. O maior segurou um dos braços da morena e o apertou de forma que o bracelete de uma das lâminas foi completamente esmagado e a mesma desapareceu.

Janessa tentou acertá-lo com a outra, errando miseravelmente e ainda recebendo um soco no rosto que a fez cair de joelhos. Yale a empurrou para que ficasse com as costas no chão e segurou o braço dela que ainda possuía um bracelete funcionando, usando sua outra mão para asfixiá-la. A Crane o ouviu dar uma risada macabra e apertar seu pescoço com mais força, deixando-a completamente incapaz de puxar o ar para seus pulmões.

— Agora você morre, vadia! — Yale gritou, mas antes que pudesse fazer algo, a viu dar uma risada.

Jane viu Cassy se aproximar por trás dele e acertar uma cadeira em suas costas com tanta força que a fizera se espatifar em centenas de pedaços. Michael se virou rapidamente e deu de cara com a pistola de Duela, que alegremente apertou o gatilho e estourou os miolos do maior. Muito sangue caiu no rosto de Janessa, e a jovem não ficou nem um pouco incomodada.

— Te vejo no inferno, Douglas! — Duela gritou, rindo sem parar.

— O nome dele era Michael — Jane corrigiu.

— Sou péssima com nomes! Já me esforço para lembrar o de vocês, então não me pressiona — a palhaça olhou para Cassandra, que não parecia nada contente. — Se anima, Cassy-baby-cue, nós vencemos!

— Eu precisava dele vivo! — Cat massageou as têmporas e respirou fundo.

— Podia ter avisado antes, assim eu só estourava as bolas dele — a jovem de cabelo azul se aproximou de Jane para ajudá-la a se levantar.

Cassy ainda estava frustrada por seu plano ter dado errado quando ouviu o som de alguém respirando pesadamente do lado de fora da sala. Ela correu até lá e viu uma mulher loira debaixo de uma mesa de secretária, usava roupas formais e óculos de grau.

— Não vou machucá-la — a heroína disse, aproximando-se mais. — Trabalha para o Yale?

A mulher parecia em pânico e apenas assentiu com a cabeça.

— Vim aqui para impedir os planos dele. Se me disser onde estão as armas contrabandeadas e drogas que ele ia mandar para o exterior hoje, prometo não dizer a polícia que estava envolvida — Cassy a viu olhar na direção da sala e deu um leve sorriso. — Ele está morto, não pode machucá-la se me contar o que sabe.

— E-ele mantém seu estoque no porto de Gotham, em uma fábrica protegida 24 horas por dia e guardada por centenas de seguranças... — a mulher respondeu, ainda com a voz trêmula.

— Ótimo, não vai ser problema entrar lá — a morena sorriu mais abertamente e depois de pensar um pouco, ficou séria. — Ele ainda contrabandeia crianças?

— Sim. Muitas...

— O desgraçado mereceu mesmo morrer — Cassy bufou, sua raiva só sendo amenizada por saber que ele havia recebido o que merecia, apesar de preferir vê-lo apodrecer na prisão. — Me diga aonde elas estão, as crianças.

Depois de pegar todas as informações que precisava e mandar a mulher sair pelo fundos, Cassandra voltou-se para a entrada da sala e viu Jane e Duela a encarando de braços cruzados.

— Sabia que tinha algo mais! — Duela gritou, apontando na direção da heroína. — Nos enganou para te ajudarmos a salvar pessoas, isso é uma vergonha!

— Tá ficando parecida com um certo alguém que fez isso há oito anos atrás... — Jane comentou e Cassy deu uma risada nervosa, coçando a parte de trás de sua cabeça.

— Se eu contasse vocês não viriam.

— Pode apostar que não — a Filha do Coringa deu um gemido de dor. — Tem algo de errado com minha cabeça? Estou meio tonta.

Jane e Cassy se espantaram ao verem uma grande quantidade de sangue saindo da nuca da palhaça.

— Está sangrando muito — a Crane respondeu, simplesmente.

— Ah, tá... Pelo menos não estou morta! — a psicopata soltou uma risada contagiante.

Duela logo sentiu um choque percorrer todo o seu corpo, desde sua nuca até suas pernas, o que só provocou uma risada ainda maior da maluca.

— Levei um choque! — ela berrou, animada.

— Sinal do Greg de que precisa voltar — Cassy lembrou-se. — Posso falar com ele para deixar você aqui mais duas horinhas, então podemos ir salvar as crianças que o Yale sequestrou! — a animação da heroína não foi compartilhada pelas duas vilãs.

— Foi mal, já deu minha hora e eu preciso ir. Se meu maninho ficar muito tempo sem minha chatice, ele se entedia — Duela deu um beijo na bochecha da Wayne e correu para o elevador.

— E você, Jane? — Cassy viu a morena andar atrás de Duela.

— Preciso ir salvar um peixe de uma árvore ali embaixo — ela respondeu e Cat arqueou uma sobrancelha.

— Um peixe em uma árvore?!

— Pois é, é uma espécie rara, não posso deixar ele preso lá — a Crane deu uma risada, olhando para a amiga por cima do ombro.

— Que desculpa mais merda, Jane!

— Sou amante de peixes, você sabe! — a vilã gritou de volta.

Cassandra revirou os olhos e seguiu na direção da escada, porém parou ao ouvir a voz de Duela.

— Ah, Cassy-baby-cue, precisamos de dinheiro para o táxi ou vamos ter que roubar um carro!

A heroína deu uma risada e olhou para as duas melhores amigas, que estavam com as mãos estendidas em sua direção.

— Vocês não mudam nunca, não é?

— Não — ambas responderam em uníssono.


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Notas finais do capítulo

Amei essa luta e as meninas deixando a Cassy no final com desculpas esfarrapadas também kkkk Espero que tenham gostado!! O próximo será "Os Novos Stormwatch", onde mostrarei um pouco mais da equipe da Natasha, do Joe, do Rusty e do Dorian :D

Muito obrigada pelos comentários, estou muito feliz por estarem acompanhando e me apoiando tanto assim!!

Un beso mis amores :*