Deep Six escrita por Gothic Princess


Capítulo 19
Capítulo XIX - Amigo ou inimigo?


Notas iniciais do capítulo

Hello heroes!! Final de ano me afetando porque tô atolada com trabalhos, então só postarei o próximo daqui há duas semanas :(

Enfim, disse que nesse capítulo algo sério afetaria a equipe... Mas mudei de ideia e será apenas no próximo :P Nesse vamos ter mais do Damian mesmo!!

Obrigada a todos que começaram a acompanhar a fic, espero que gostem do capítulo!!



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Depois de passar dois dias em Atlantis ajudando seu pai a procurar Melody, Scott recebeu um chamado de Kevin, o mandando voltar para a base o mais rápido possível. Ele esperava notícias ruins, já que seu amigo não ficava nervoso facilmente, e quando chegou na base percebeu que era algo sério mesmo.

— Quem morreu? — o atlante brincou, olhando para todos ali presentes.

Kate, Kevin e Grace estavam perto de uma porta de metal do outro lado da base, um que ele nunca reparara que havia ali, enquanto Mel, Tony, Cassy, Yuki e Apolo conversavam perto dos computadores. No sofá haviam duas crianças amarradas, parecendo estarem cansadas de tanto tentarem fugir.

“Coisa da Melissa”, ele pensou.

— Eu quase morri, mas o Greg me salvou — Cassandra sorriu, recebendo um olhar repreensor de sua irmã.

— Sem piadas, Curry, temos uma coisa séria para discutir — Batgirl disse, cruzando os braços.

— Espero que seja séria mesmo, eu estava no meio de uma busca e pela primeira vez pude liderar uma tropa, — Scott puxou a cadeira giratória na frente da mesa do computador e se sentou na mesma. — Se a Melody fugir é culpa de vocês.

— Sua prima está aqui na terra firme — Tony falou, fazendo o loiro arquear uma sobrancelha, desconfiado. — Eu a vi junto com outros vilões.

— Só me faltava essa — ele deu uma risada seca. — É só esperarmos então, ela vai vir correndo atrás da minha cabeça!

— Temos problemas maiores, — Grace apareceu ao lado do amigo. — Trouxeram aquele espadachim maluco e homicida aqui para a base, e ele tá só de cueca!

— O que me lembra que temos que interrogar ele, já devem ter dado falta do ninja e vão vir buscá-lo — Kate lembrou.

— Vocês podem tentar fazer isso, eu vou descobrir mais sobre o Coração Negro e como impedi-lo de destruir um país ou a humanidade — Tony andou na direção do elevador enquanto Melissa foi até o local em que guardava seu uniforme para pegar sua máscara. — Ele conhece seu rosto.

Ela se virou para o detetive ao ouvir as palavras dele. Tony, então, fez um sinal com a cabeça na direção da porta que Kate e Kevin guardavam, como se mandasse ela entrar logo, e sumiu quando o elevador se fechou.

— Espero que esse “Coração Negro” não seja o mesmo que ouvi em histórias do meu pai quando eu era criança — Scott rodou a cadeira conforme Melissa andava até a porta, seguindo-a. — Como ele conhece seu rosto, marrenta?

— Pretendo descobrir isso agora — ela abriu a porta e desapareceu dentro da parede.

Kate se aproximou do lado oposto e apertou um botão escondido ali, isso fez a pedra ao lado da porta ir ficando cada vez mais clara até se tornar um vidro e dar aos heróis uma visão do que acontecia do lado de dentro.

Os dois estavam em uma sala de interrogatório com um vidro espelhado em um dos lados, no meio havia uma mesa e duas cadeiras, Damian, já acordado, estava sentado em uma delas e tinha as mãos presas por algemas especiais.

— Não sabia que tínhamos essa sala maneira — Grace pôs uma mão no vidro grosso.

— Só soubemos hoje — Kevin estava tenso por Mel e o assassino estarem na mesma sala.

Do lado de dentro, Melissa puxou a outra cadeira e encarou o moreno a sua frente. Em sua mente ainda tinha certeza de que as feições dele eram familiares para ela, mas não pensaria nisso agora.

— Meu amigo me contou que você conhece meu rosto, se importa em me dizer como? — a morena entrelaçou os dedos sobre a mesa e o viu desviar o olhar para o lado.

— Quero falar com a Yamashiro — essa foi a primeira coisa que ele falou desde que acordou.

Os cinco heróis do lado de fora olharam para a oriental, tão surpresos quanto Melissa. Yuki entrou na sala antes de qualquer pergunta e bateu a porta atrás de si. Damian chegou a abrir a boca para dizer algo, porém foi interrompido por ela.

— É muita coragem sua dizer que quer falar comigo! Porque nós passamos anos treinando juntos, minha mãe te ensinou tudo o que ela sabia e pra quê? Pra você aparecer seis anos depois atacando meus amigos, matando pessoas…!

— Eu não sabia que você estaria aqui! — ele falou mais alto do que o esperado, fazendo-a ficar em silêncio por alguns segundos.

— Isso não o torna menos culpado. Ainda não te perdoei por ter me feito achar que você tinha morrido, não adianta querer se desculpar agora que ficou mais velho, mais sanguinário, forte e bonito… — A última palavra fez Melissa se virar na direção dela com uma expressão surpresa e confusa.

Yuki se virou na direção do vidro espelhado para ele não ver suas bochechas levemente coradas e falou com seus companheiros de equipe.

— Será que alguém pode arrumar uma roupa para ele, por favor?

— O Superboy vai cuidar disso — Kate falou pelo microfone.

Mel pigarreou para chamar a atenção da oriental, fazendo-a se voltar novamente para Damian.

— As coisas vão funcionar assim: Você vai responder a todas as perguntas que a Batgirl fizer ou eu vou te dar uma surra que você tá merecendo, entendeu? — Yuki tinha uma expressão séria no rosto, que apesar de ser muito fofa, era também intimidadora. Até seus amigos ficaram surpresos com a atitude da heroína.

A reação de Damian não fora diferente, ele assentiu devagar com a cabeça, esperando não receber um tapa ou um soco dela.

Kodachi virou as costas para ele e deixou a pequena sala.

— Como conhece o meu rosto? — Melissa repetiu a pergunta.

— Já nos encontramos antes.

— Eu estava de máscara.

— Posso ler mentes, então — ele não falava sério, mas o semblante neutro em seu rosto não a deixava ter certeza se era um blefe.

— Ok, não precisa me falar isso. Vamos ver o que você sabe sobre os planos com o soro.

— Sinceramente, estou com mais medo da Yamashiro do que de você.

— Estou sendo gentil porque meus amigos não aprovam métodos agressivos, por isso você ainda pode mexer os dois braços, mas experimenta me irritar — ela mordeu a parte interna da bochecha quando o viu dar uma risada nasal, desviando o olhar. — Acham mesmo que dando poderes para pessoas normais vão conseguir derrotar os heróis? Meta-humanos que nascem com poderes já tem dificuldade de controlá-los, adolescentes e adultos humanos irão acabar matando a vocês ou a si mesmos.

— Você não sabe nem da metade — Damian voltou a encará-la com seus olhos frios.

— Então me explique — Melissa se inclinou mais sobre a mesa.

Damian ficou em silêncio por dois minutos antes de jogar as algemas, agora soltas, sobre a mesa de metal. A morena não esboçou nenhuma reação, porém sentiu muita vontade de aprender como ele havia feito aquilo. Grace fora menos discreta, pegando o microfone e gritando:

— Bat, corre! Ele tá solto! — a morena revirou os olhos, permanecendo no lugar, assim como Damian.

— Nós fizemos o soro, ele faz o que nós queremos, — ele começou. — Não precisa se preocupar com os usuários perdendo o controle, o soro tem um período de cinco dias para fazer total efeito. Nos primeiros dois é quando a pessoa sente descontrole, no terceiro e quarto os poderes começam a se acomodarem, no quinto… — faz uma pausa para dar um ar de suspense. — A pessoa fica completamente submissa à Leviathan.

— Quem é Leviathan?

— Vai conhecê-la logo.

— Mal posso esperar — ela lhe lançou um rápido sorriso irônico e voltou a ficar tão séria quanto ele, como se estivessem fazendo uma competição. — Já sabemos sobre o plano no Iceberg. Sabemos que Bane irá nos levar a quem produz o soro, essa tal de Leviathan, então quando voltarmos com o caso resolvido, você vai para a cadeia.

— Vai se arrepender se me colocar naquele buraco chamado Arkham. Seria mais esperta se me matasse — Damian cruzou os braços sobre o peito, de uma forma semelhante a dela.

— Eu não mato, por mais que você mereça.

— Nunca sentiu vontade de matar? — ninguém havia perguntado isso para ela até hoje, disso a morena tinha certeza.

Tentou não pensar para responder, mas foi inevitável. A verdade era que ela sentiu vontade de matá-lo quando lutou contra ele no Cadmus, havia sentindo muita vontade de atropelar Duela com seu carro e esmagá-la por todas as merdas que já havia feito… A lista era grande.

— Vou dar um palpite, me interrompa se eu estiver errado, — Damian a tirou de seus pensamentos e deu uma rápida olhada para o vidro, como se pudesse ver os heróis atrás do mesmo. — Você sempre teve um instinto assassino, mas o Batman a fez voltar esse desejo de matar para a agressividade, machuca os outros porque gosta, só que o povo não liga pois você só faz isso com os vilões.

— Essa conversa acabou — Melissa se levantou, cerrando os punhos com força.

— Sei de tudo isso porque tenho esse instinto também, e me sinto na obrigação de dizer que você vai sentir-se bem melhor depois que matar, — ele continuou a falar, dando um leve sorriso de canto e apontando na direção do vidro. — Mas o que seus amigos iriam pensar?

— Cala a boca! — ela gritou, esmurrando a mesa com toda a sua força.

O som da porta se abrindo fez ambos olharem na direção da mesma.

— Batgirl — Kevin disse, seu tom de voz repreensor, como se a mandasse se afastar e sair da sala.

Melissa bufou com raiva e saiu a passos pesados. Superboy continuou parado na porta e Yuki entrou, ficando ao lado do herói.

— Tem certeza? — ele perguntou, preocupado com a oriental, que havia se oferecido para vigiá-lo e impedi-lo de fugir.

— Confia em mim, ele vai se comportar muito bem, não é? — Yuki olhou de forma ameaçadora para Damian, que apenas revirou os olhos e se recostou mais na cadeira.

Ela pegou a calça jeans e a blusa preta que Kevin havia trazido para o vilão e andou até perto do moreno, jogando as peças de roupa em cima dele.

Superboy percebeu que Ibn não pensaria em levantar a mão para Yuki por algum motivo e ficou mais tranquilo.

Apolo se aproximou de Melissa, que estava de costas para os outros e pôs a mão em seu ombro.

— Ele só quis provocar, esquece o que ele falou — o moreno esperou pela resposta dela, mas Batgirl permaneceu calada. — Mel?

Ouvi-lo chamar seu nome a fez se virar.

— Desculpa — se virou parecendo mais calma e deu um sorriso forçado para o namorado, numa tentativa falha de deixá-lo mais tranquilo. — Precisamos resolver como entraremos no clube Iceberg, será nossa melhor chance de pegar os responsáveis por isso tudo.

— Podemos usar a Rocket! — Kate sugere.

— Vai ser perfeito — Melissa concorda.

— Quem é essa? — Scott pergunta, ainda girando na cadeira.

— Sou eu — Kate surpreende os outros ao dizer.

— Você tem dupla personalidade também? — Cassandra expressa entusiasmo na voz.

— Não... Mas por que esse "também"?

— Ah, nada não, esquece — a morena dá um sorriso nervoso.

— Rocket é meu alter ego no mundo do crime, todo bom detetive tem um — a loira explica.

— Quando conheci a Kate, nós duas estávamos disfarçadas no mesmo caso em Gotham, ela se apresentou como Rocket e eu como Elusion — Melissa continuou. — Só muito depois descobrimos a real identidade uma da outra.

— Essas duas personalidades são conhecidas no mundo do crime, pois as usamos frequentemente em casos da máfia e coisas do tipo, será fácil conseguir ser convidada para entrar no clube — Kate finalizou o raciocínio e olhou para seus colegas, percebendo o espanto dos cinco por elas terem falado tão rápido.

— Por isso é bom ter duas detetives no time! — Grace corta o silêncio e solta uma risada cativante. — Nós ganhamos nomes legais também?

— Não podemos levantar suspeitas. Kate e eu entraremos sozinhas — Mel se preparou para os protestos de todos que logo viriam.

— Ah, tá bom! — Scott disse, sarcasmo claro em sua voz.

— Sem chance! — Cassandra gesticulou sinais avulsos com as mãos.

— Vocês não podem entrar sozinhas, é muito perigoso — Kevin esclareceu. — Nós podemos nos disfarçar também, entraremos juntos.

— Rocket e Elusion já fazem parte do submundo de Gotham há mais de três anos, não podem simplesmente aparecer lá e esperarem por um cartaz de boas-vindas — Kate tenta acalmá-los. — Vocês ficam pelas redondezas, se algo sair errado, os chamaremos na hora.

Kevin trocou olhares com Apolo, vendo o amigo dar um leve aceno com a cabeça como se aprovasse o plano. Todos sabiam que elas podiam cuidar de tudo o que acontecesse lá, não eram donzelas em perigo, e foi só por isso que pararam de protestar.

— Tudo bem, mas vou avisar a Liga — Kevin se preparou para ir na direção dos computadores quando Melissa se colocou na sua frente. — Mel, prometemos não fazer nada sem a supervisão deles.

— Não precisamos da supervisão dos nossos pais, isso é o cúmulo do ridículo! — a morena pôs as mãos na cintura de forma autoritária. — Eles não precisam saber sempre que espirrarmos, deixa de ser tão certinho, Kent.

— E se as coisas saírem do controle?

— Daremos um jeito, como sempre fazemos. Eu vou devolver os pestinhas do Grayson para ele e encontro vocês aqui na base amanhã de manhã — Melissa andou até o sofá, onde viu James e Mary cochilando. Desamarrou os dois e colocou o menino sobre seu ombro direito e a outra sobre o esquerdo, andando na direção do elevador.

— Vem cá, só eu acho que esse cara me lembra alguém? — todos se viraram para Cassandra, que tinha o rosto colado no vidro da sala de interrogatório.

— Ele parece familiar, eu acho — Apolo se colocou ao lado dela.

— Não tô querendo acreditar, mas se não fosse por esses olhos verdes-azulados eu diria que ele é o meu pai, só que mais novo! — Cassy se afastou do material transparente. — E como ele sabia aquilo da minha maninha?

— Como assim? — em menos de um segundo, Grace estava ao lado da jovem. — Ela tem um instinto assassino?!

— Isso eu não sei, mas que ela gosta de machucar os outros meu pai e eu já sabíamos. Desde criança ela fica mais calma quando quebra o braço ou a perna de alguém, sempre mandamos ela não exagerar. O papai nunca comentou muito porque ele mesmo era agressivo quando começou como Batman, mas depois de um tempo achamos que ela iria começar a ser mais compreensiva.

— Está dizendo que se ele está certo sobre isso, também está certo sobre a vontade dela de matar? — Kate questionou, vendo-a dar de ombros.

— Ela ainda tem um pouco de consciência para saber que heróis não matam. Agora eu deixaria ela longe desse tal de Damian, porque eles tem um jeito parecido, não quero minha irmã virando uma maluca assassina como ele — Cassandra se aproximou de Kevin. — Eu encontro vocês depois, estou de castigo por causa do trem em Tóquio e meus pais acham que estou no quarto, pensando no que fiz.

Ela deu um beijo na bochecha do amigo e acenou para todos antes de correr para pegar o elevador e deixar a base.

— Precisamos mesmo ficar de olho nele — Scott pôs-se de pé. — Mas a Yuki pode fazer isso?

— Não duvide das habilidades dela, é uma verdadeira guerreira — Apolo disse.

— Não estou duvidando, é só que esse cara conseguiu afetar a Mel em cinco minutos de conversa, ele sabe como achar o ponto fraco de alguém.

— Se ele tentar achar meu ponto fraco... — eles se viraram para Yuki, que estava parada ao lado da porta de metal. — Eu darei um chute bem no ponto fraco dele. Fiquem tranquilos quanto a isso.

— Eu confio que ela vai cuidar muito bem do nosso convidado. Tiramos todas as armas dele e não havia nenhum localizador, acho que a Kodachi ficará bem — Kate sorriu. — Mas se houver algum problema é só nos avisar, ok?

— Claro — a oriental acenou com a cabeça e entrou novamente na sala.

Damian já havia se vestido e estava sentado, seus braços cruzados sobre seu peito enquanto encarava Yuki. Ela esperou alguns minutos antes de falar, para ter certeza de que seus amigos haviam saído, então se aproximou dele e parou ao seu lado.

— Me diz o que aconteceu com você — ela exigiu, séria. — Foi ela quem fez isso? Sua mãe?

— Não sei do que você está falando — ele respondeu, friamente, e virou o rosto na direção oposta a dela.

Yuki respirou fundo para não socá-lo e sentou-se sobre a mesa, na frente do moreno, cruzando suas pernas e segurando o queixo dele para fazê-lo encará-la nos olhos.

— Quando olho para você, me lembro do meu melhor amigo que cresceu e treinou comigo, que me ajudou sempre que precisei... Você se parece com ele, mas não é ele. Quero entender como aquela maluca psicopata pegou alguém que eu gostava tanto e o transformou nisso! — assim que disse isso, Yamashiro o viu se levantar rapidamente e ficar maior que ela, encarando-a com raiva e algo que lhe pareceu ser tristeza.

— Se continuar falando sobre isso, serei obrigado a te matar — ele rosnou, entredentes.

— Podia ter me matado no navio e hoje no hotel, mas não fez nada. Me reconheceu e nem se deu ao trabalho de me dizer quem você era! — Yuki saiu de cima da mesa e o empurrou para longe. — Não vai me matar. Nem me contar nada. Então... Não fala comigo.

Ela se virou e deu um passo antes de Damian segurar seu ombro e puxá-la para mais perto.

— O motivo de eu não ter falado com você antes foi porque eu sabia que essa seria sua reação. Não pude fugir disso e sinto muito por te desapontar, floco de neve — ele falou de forma mais calma.

Yuki suspirou e se desvencilhou dele, andando para fora da sala e batendo a porta atrás de si.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!

O próximo vai ser fogooo!! Já escrevi o começo e fiquei orgulhosa de mim :3

Un beso mis amores :*