Deep Six escrita por Gothic Princess


Capítulo 17
Capítulo XVII - Indo mais fundo


Notas iniciais do capítulo

Hello, heroes!! Prometi que ia voltar logo e aqui estou eu :D

O capítulo de hoje vai se passar ao mesmo tempo que o 18, só avisando para não ficarem confusos no próximo.

Queria agradecer aos comentários do último capítulo e a todos que leram e começaram a acompanhar minha fic *-*

Aproveitem o Tony e a Yuki em ação nesse capítulo de hoje!!



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Ainda nem passavam das cinco da tarde, por isso Yuki estava preocupada com o barulho que eles faziam. Não podia acreditar na negligência das pessoas do lado de fora do bar por nem se quer pensarem em chamar a polícia ao ouvirem tantos gritos de dor e coisas sendo quebradas, mas ficou aliviada ao mesmo tempo, pois assim Tony e ela não seriam presos.

Ela estava encostada ao lado de um balcão de madeira, rodeada por homens caídos que tinham alguns membros do corpo quebrados. A oriental chegou a conclusão de que seu novo amigo tinha métodos de interrogatório nada convenientes. Já havia acalmado a balconista dizendo que não fariam mal a ela e que estavam lá apenas para recolher informações, então enquanto assistia Tony fazer seu trabalho, conversava com a jovem loira ao seu lado.

— Você é nova aqui? — Yuki a viu assentir nervosamente, sem tirar os olhos assustados do detetive sem face no outro lado do bar.

— É-é meu primeiro dia de trabalho...

— Sinto muito por isso, aposto que seus próximos dias serão melhores — a morena deu um sorriso sincero.

— Se seu colega não voltar mais aqui, certamente serão — ela sussurrou para ele não ouvir.

— Devia ver ele de mal humor — a heroína deu um passo para o lado quando viu o homem que Questão interrogava passar voando por cima do balcão e cair do outro lado do mesmo.

Tony passou pelas duas e o segurou pelos ombros, o empurrando contra uma parede de madeira próxima.

— Tudo bem, vamos tentar de novo. A sétima vez sempre dá mais sorte — ele olhou bem para o rosto do homem a sua frente, sangue escorria por seu nariz e seu olho direito já começava a ficar roxo. — Você também é um dos capangas da Duela, seu coleguinha ali já me contou sobre a reunião de hoje a noite, só preciso saber o local.

— Já tentou um circo? — o homem balbuciou, mal conseguindo falar por já ter mordido a língua várias vezes.

— Olha pra minha cara, parceiro, — Questão o segurou pela gola da camisa e o deixou bem perto, crescendo para cima dele de forma ameaçadora. — Tá me vendo rir?

— Por que ela me contaria o lugar dessa reunião?! Sou pago pelo pai dela para ajudar em roubos e assassinatos, não sei de nada!

— Droga, acho que estou sendo legal demais com você — o detetive o soltou com força no chão. — Pelo visto vou precisar chamar minha amiga Kodachi, ela está doida para arrancar alguns dedos hoje.

— Cortar as mãos também seria divertido — Yuki deu uma risada, pois sabia que nunca faria isso, mas Tony falara tal coisa para assustar ainda mais aquele bandido.

— Não gosto de deixá-la irritada, se ela quer se divertir cortando suas mãos, ela vai ter sua diversão — o moreno abriu caminho e fez sinal para Kodachi se aproximar. — Temos a noite toda.

— Minha lâmina está bem afiada, só vai levar dois minutos — ela retirou suas espadas do cinto vermelho e parou na frente do homem.

— Eu não sei de nada! Tira essa doida de perto de mim! — o bandido gritou.

— Já que ele não sabe de nada, pode cortar a língua também — Tony puxou uma cadeira do chão e sentou-se nela.

— Cara, ela só mandou o Tommy buscar ela às sete em um lugar aí, eu não sei onde é!

— Quem é esse Tommy? — Questão ainda usava seu tom de voz intimidador.

— O nome dele é Thomas Irwin! Ele mora há cinco quarteirões daqui no número 53! — ele gritou, se encolhendo no canto. — Ele deve saber o lugar, mas eu juro que não sei!

— Acredita nele, Questão? —Kodachi voltou a guardar suas espadas e colocou as mãos na cintura.

— Se estiver mentido, volto aqui para terminar o serviço, e vou ser bem menos gentil — Tony virou o rosto na direção da balconista. —Desculpe pela bagunça e obrigado por não chamar a polícia, teria dado uma confusão enorme e só atrasaria nosso trabalho.

Ela tentou falar um "de nada", mas apenas concordou com a cabeça e correu para os fundos.

— Temos o nosso curso — Yuki andou com Tony para fora do bar. — Se quer tanto encontrar a Duela, por que não usa aquele localizador que deu para a Batgirl achá-la há alguns dias?

— Ela deve ter descobrido sobre o localizador porque perdi completamente o sinal dele, agora estou dependendo dessas idiotas que trabalham para ela para poder encontrá-la — ele abriu a porta de seu carro e entrou primeiro, vendo a oriental fazer o mesmo do outro lado.

— Podíamos ter chamado a Mel, ela adoraria fazer parte daquele interrogatório com você.

— Ela tirou uma folga para passar mais tempo com o Apolo — o detetive começou a dirigir.

— Eles formam um casal muito fofo.

— Namoros sempre dão problemas, principalmente se tratando de namoros entre heróis. Acho isso perda de tempo.

— Então você não tem namorada por opção?

— Por que outra razão eu não teria? — ele olhava para os números nas casas por onde passavam para encontrar o certo.

— Não consigo nem imaginar —Yuki conteve uma risada e apontou para uma casa antiga bem a frente. — 53!

Tony estacionou na outra calçada, saindo do carro com a morena e atravessando a rua logo em seguida. Eles pararam na frente da porta e pareceram pensar se deveriam bater ou não, porém se lembraram de que o tempo era curto, então Yuki deu espaço para o moreno arrombar a mesma com um chute.

— Mas que merda foi essa?! — um homem alto com cabelos negros e pele alva correu da sala até a entrada, se espantando ao dar de cara com os dois heróis.

Kodachi rapidamente deu um chute em seu peito e o jogou no chão, usando uma de suas espadas para cortar a pistola que ele tentara pegar ao meio e manteve a lâmina apontada para seu rosto.

— Temos algumas perguntas, Thomas, espero que não se incomode em respondê-las — Questão se abaixou para ficar ao lado dele. — Você teve o azar de me pegar sem paciência, então vou direto para a parte em que deixo a Kodachi cortar você em pedaços a menos que me diga o que eu quero ouvir.

A visita dos dois à casa do capanga de Duela não durou nem cinco minutos, pois o bandido revelara tudo o que eles queriam saber. A palhaça estaria em Uptown, a parte nobre de Gotham onde teria uma reunião com sua chefe, e era exatamente essa a informação que Tony precisava. Thomas os contara que deveria pegá-la na frente do hotel Julius, então os heróis foram as pressas para lá, já que essa tal reunião poderia ter começado.

Chegaram em meia hora, Yuki quase colada no banco do carona por causa da velocidade com que Bertinelli correra, porém conseguiu se recompor e sair do automóvel.

— Vamos pelos fundos, temos que arrumar um jeito de entrar nessa reunião — Questão havia estacionado na rua de trás, facilitando a fuga deles caso precisassem de um escape rápido.

— Com certeza tem guardas lá dentro, não vou dar contra de todos se forem iguais aquele cara das katanas — Yuki referiu-se a Ibn, pois percebera, depois de lutar com ele no porto de Happy Harbor, que o vilão era muito habilidoso e não deveria ser subestimado.

— Fica tranquila, sempre tenho um plano — Tony puxou um aparelho de dentro de sua jaqueta, algo parecido com um celular, e o colocou na frente da porta. Ela percebeu ser um sensor de calor, mostrando não haver ninguém do outro lado da porta. — Área limpa.

Ele deu passagem para ela, que puxou uma espada e cortou a fechadura com um movimento. Ele apenas empurrou a porta e a mesma se abriu como se nunca tivesse sido trancada.

— Primeiro as damas com armas mortais — ele acenou para Yuki entrar, fazendo-a dar uma risada.

Eles caminharam cautelosamente pelo corredor do hotel, sempre atentos a passos e a vozes se aproximando. Tony puxou a oriental para o lado ao ver dois homens passando de uma sala de baile para o hall, ambos portando armas em seus coldres.

— Deve ser ali dentro. Vou dar uma olhada. Se algo der errado, volta para o carro — Questão tentou se afastar, mas ela o puxou pelo braço.

— Tá bom que vou deixar você ir lá sozinho! É uma reunião de vilões, vão te matar se verem sua cara... Ou sua não-cara.

— Relaxa, pequena, tenho tudo sob controle.

— Você diz isso o tempo todo — Yuki bufou e soltou o braço do amigo.

— E eu sempre digo a verdade — com essa última fala, ele se aproximou da sala e a deixou sozinha.

A heroína desceu o corredor novamente, ficando mais perto da porta para o caso de mais alguém aparecer e vê-la ali. Quando parou de andar, sentiu alguém segurar seu cabelo por trás e antes que pudesse reagir, viu uma lâmina grande ser colocada contra sua garganta.

— O que faz aqui? — alguém perguntou rispidamente, sua voz abafada por algo que pareceu uma máscara.

Yuki controlou sua respiração e olhou com o canto dos olhos para a figura que a mantinha imobilizada, ficando irritada ao perceber que se tratava de Ibn.

— Não é da sua conta! — devolveu, tentando puxar suas kodachis, porém falhando quando ele puxou ainda mais seu cabelo para trás.

— Realmente não é — ele a empurrou para longe, na direção da saída. — Saia daqui antes que eu me arrependa de não ter cortado sua garganta.

Yamashiro ficou atônita com a ação dele. Por que aquele maluco a deixaria ir? E sem nenhum arranhão! Devia querer que ela o levasse à base do Deep Six para poder atacar seus amigos, claro. Era uma armadilha, ela pensou. Ele ainda a encarava e esperava vê-la caminhar para fora do hotel, mas Yuki permaneceu parada.

Ela sacou suas duas espadas tão rápido quanto ele, Ibn puxou apenas uma katana e se defendeu dos golpes dados pela heroína, ficando com os pés firmes no chão e não se movendo como deveria acontecer em uma luta de espadas. Kodachi não queria matá-lo, só deixá-lo incapacitado para não poder mais segurar as armas, então mirava nos braços e nas pernas dele, tentando procurar por brechas em sua defesa, porém falhando.

O vilão conseguiu deixar as duas kodachis apontadas para o chão e usou sua mão livre para dar duas pancadas rápidas em cada uma das mãos dela. O golpe atingiu um ponto que obrigou Yuki a soltar suas espadas e conter um grito de dor para não chamar a atenção. Ibn, em seguida, a segurou pelo pescoço e lhe deu um golpe de judô, fazendo-a bater com as costas no chão.

Yamashiro arregalou os olhos ao perceber o que ele havia acabado de fazer. Aquele golpe fora criado por sua mãe! Ela só a ensinara esse golpe quando Yuki fez quinze anos, pois era usado em momentos de desespero para desarmar qualquer oponente que segurasse qualquer arma, de espadas há metralhadoras.

— Como conhece esse golpe? — perguntou a oriental, entredentes.

— Tive uma ótima professora —ele respondeu, deixando-a com muita raiva.

Acertou um chute no estômago dele, o empurrando para longe e pegou suas kodachis no chão, apesar de ainda sentir seus músculos das mãos parcialmente congelados.

— O que está insinuando, idiota? — ela apontou as lâminas na direção dele.

— Não insinuei nada, floco de neve — ao ouvi-lo dizer a última parte, Yuki congelou.

Neve. Esse era o significado do seu nome, seu apelido era floco de neve quando era criança e só duas pessoas o conheciam, sua mãe e...

— Só pode estar de brincadeira... — ela sussurrou, largando suas espadas no chão e andando na direção de Ibn.

Ele tentou apontar sua katana na direção dela para mantê-la afastada, porém a viu desviar com destreza e se colocar ao seu lado, segurando seu braço e lhe dando um chute no meio das pernas. Isso o obrigou a se curvar levemente, permitindo que ela retirasse a espada de suas mãos e o empurrasse para que ficasse de joelhos. A morena, então, viu um botão ao lado do capacete de vidro negro que ele usava e o apertou, fazendo a máscara se abrir e se unir a parte de trás da roupa dele e revelando seu rosto.

— Damian...? — ela reconheceu aqueles olhos azuis esverdeados em um instante. Sua cabeça a mil por hora, tentando processar o que acabara de acontecer. — Damian! O que você...? Como você pôde fazer isso?!

Ele se afastou dela, apoiando-se na parede para poder se levantar e permaneceu em silêncio.

— Damian! — ela gritou quando não obteve resposta.

Ele se virou na direção dela e a empurrou contra a parede do corredor, cobrindo sua boca com uma mão enquanto a mantinha presa com a outra.

— Não me chame assim, — vociferou, encarando-a diretamente nos olhos. — Ninguém me chama assim.

Yuki se preparou para se desvencilhar dele quando o moreno se afastou subitamente e caiu no chão. Ela viu Tony baixar sua besta e se aproximar dos dois.

— Tudo bem? — ele perguntou, vendo-a se ajoelhar ao lado de Damian, que estava desacordado.

— Matou ele?! — ela perguntou, ignorando a pergunta do amigo e já começando a se desesperar.

— Atirei uma flecha com uma forte anestesia, ele vai acordar em duas horas — o detetive guardou sua besta quando a viu suspirar, aliviada. — Amigo seu?

— Ele foi treinar com a minha mãe quando era criança. Passou cinco anos conosco antes de sumir... — ela fez uma pausa. — Ele era meu amigo.

— Olha, a reunião já começou, mas se eu consegui ouvir vocês, eles logo vão. Precisamos levar ele para algum lugar privado.

Tony guardou sua besta e se abaixou para pegar Damian, o colocando sobre seu ombro. Yuki se levantou com ele e correu pelo corredor até uma porta. A oriental a abriu e viu ser um cubículo onde eram guardados os equipamentos de limpeza.

— Entra! — Tony grunhiu, com certa dificuldade de falar pelo peso que carregava.

Yamashiro entrou apressadamente e viu o detetive jogar Damian no chão sem a menor delicadeza.

— Pode me fazer um favor? — ele perguntou depois de recuperar o fôlego. — Preciso que tire a roupa dele.

— O quê?! — Yuki exclamou e começou a murmurar algo em japonês que ele não conseguiu compreender.

— Kodachi, se acalma! Eu vou precisar da roupa dele para entrar naquela sala e participar da reunião.

— Você ficou maluco?! Se eles descobrirem que você não é o Ibn, vão te matar!

— Tem um plano melhor? — ele retirou sua jaqueta quando a viu negar com a cabeça. — Precisamos chegar ao fundo disso e essa é a nossa melhor chance.

Yuki detestou a ideia. Sabia que seu amigo tinha métodos nada convencionais para descobrir as coisas e de vez em quando era meio suicida, mas aquilo já era o limite. Se eles fossem descobertos não seriam feitos prisioneiros, seriam mortos. Apesar de pensar que aquilo tudo cheirava mal, a oriental fez o que ele pediu, deixando Ibn só com suas roupas de baixo.

Tony era um pouco mais alto que o vilão, mas ninguém notaria, principalmente enquanto a reunião estivesse acontecendo. Ele deixou Yuki na sala minúscula e seguiu pelo corredor até o salão de baile onde precisaria entrar.

Assim que passou pela porta, precisou se esforçar para não parar de andar de repente, pois não fazia ideia de que aquele lugar estaria tão cheio. Homens e mulheres com armas e trajando preto estavam de pé ao redor de uma mesa circular. Nela estavam Duela, Zeus, Titânia, uma jovem de cabelos longos e castanhos que ele reconheceu como sendo a prima de Scott, e um homem com uma máscara negra e alguns tubos conectados na parte de trás de sua cabeça. Aquele era, com toda certeza, o Bane, e ao lado dele, uma mulher de cabelos longos e escuros com olhos verdes falava com firmeza.

— Você era a responsável pelo caminhão, Duela, você me disse que tinha tudo sob controle! — a mulher gritou.

— Se me desse capangas decentes! A Titânia e o Ibnbay foram tão úteis quanto um bebê segurando uma bazuca! — a palhaça pôs os pés sobre a mesa.

— Não joga a culpa pra cima da gente, sua retardada — Titânia esbravejou. — Tá faltando pouco para eu te esmagar! — a meta-humana bateu na mesa com o punho fechado.

— Chefinha, o que eu tô querendo dizer, e que já disse mais de mil vezes, é que esse seu plano é ridículo — Duela deu uma risada. Tony começou a andar pelo canto da sala até ficar perto do centro e esperou que ela falasse o plano. — Só a parte do meio, o começo e o fim do plano são belíssimos.

— Ninguém está interessado em ouvir suas reclamações — a mulher falou. — Ibn al Xu'ffasch.

Quando a ouviu gritar seu nome, Tony virou a cabeça na direção dela, mantendo a calma para não estragar tudo.

— Ouvimos um barulho do lado de fora, está tudo em ordem? — A pergunta fez todos se virarem em sua direção.

O detetive assentiu com a cabeça e permaneceu calado.

— Esse cara precisa mesmo de bolo — Duela riu e rodou na cadeira giratória.

— Já temos tudo planejado, podemos encerrar? — Titânia perguntou.

— Nós encerramos quando a herdeira do demônio disser que encerramos — Bane vociferou.

— Estou me arriscando muito vindo para essas reuniões! Meu irmão está desenvolvendo o soro especial que pediu, mas não vai conseguir enrolar a filha do morcego por muito mais tempo. E ainda tem aquele projeto de detetive que adora se intrometer nos nossos assuntos...

— Projeto de detetive? — Tony sussurrou para si mesmo, sentindo-se ofendido.

— ...Se vamos mesmo fazer isso, que comecemos agora! — Titânia olhou para Bane. — Podemos distribuir o resto do soro amanhã e já vamos ter um exército perfeito.

— Não sei se estão cientes, mas é meu primeiro dia aqui, então me corrijam se eu estiver errada — Melody falou. — Quero dominar a superfície tanto quanto vocês e ainda acabar com o reino do meu tio, mas esse plano tem uma falha, e ela se chama Liga da Justiça.

— Acha que não pensamos nisso? — Zeus deu uma risada sarcástica.

— Temos um plano para lidar com a Liga, Melody — a mulher estendeu a mão na direção de uma caixa preta na mesa ao lado e olhou para Tony.

Questão percebeu que ela queria que ele pegasse a caixa, então andou até a mesma e a levou para a morena. Ela pegou o objeto e o herói ficou ao seu lado, esperando ver o que havia ali dentro.

— Há muitos anos a Liga da Justiça impediu que um ser, ou máquina, alienígena chamado Coração Negro destruísse a vida no planeta — ela começou a falar conforme abria a caixa. — O governo o confiscou e eu consegui recuperá-lo para usar quando precisasse.

— O Coração Negro transforma todo o tipo de matéria orgânica em tecnologia, — Titânia continua. — Quando a Liga o deteve, estava no meio de um deserto em Nevada, mesmo assim foi um sufoco e eles quase não conseguiram.

— Agora imagina o estrago que isso faria no meio de uma cidade — Duela deu um sorriso macabro para a sereia. — Enquanto a Liga e muitos outros heróis estiverem ocupados tentando salvar uma cidade qualquer do outro lado do mundo, nós colocaremos nosso plano em prática.

Tony viu a mulher tirar uma outra caixa de dentro da que ele dera a ela, essa transparente e contendo um enorme coração preto com detalhes vermelhos. Ele estava com uma vontade tremenda de sair correndo e contar tudo aquilo para a equipe e para a Liga, mas permaneceu parado.

— Com sorte eles morrerão tentando destruir o Coração Negro, então tudo ficará ainda mais fácil depois — Bane comentou.

— Obrigada pelo esclarecimento — Melody sorriu, satisfeita. — Mal posso esperar para contribuir com isso tudo.

— Ouvir isso me alegra — a mulher guardou o coração novamente e pôs a caixa sobre a mesa. — Vamos iniciar a próxima fase amanhã. Já cansei do Deep Six interferindo com nossos assuntos, eles precisam ser... Incapacitados.

— Ainda acho isso uma ideia idiota! — Duela gritou, fazendo uma careta.

— Ninguém liga! — Zeus retrucou, com raiva.

— Bane, distribua o resto do soro amanhã no Clube Iceberg. Informarei o Pinguim que vai para lá , e tem a minha permissão para quebrar ela só um pouquinho — a mulher se levantou e virou as costas para todos antes de andar na direção da porta.

Quem ele iria quebrar? Como ela havia conseguido o Coração Negro? Como eles enfrentariam um exército de meta-humanos violentos e psicóticos sem a Liga? Questão tinha muitas perguntas sem respostas, mas pelo menos havia descoberto algo.

Ele precisou admitir que não fazia ideia de como sair dali. Os vilões começaram a deixar a sala aos poucos e ele ficou parado, esperando pelo momento certo. Quando poucos haviam sobrado, o detetive deixou a sala e andou na direção da sala em que Yuki e Ibn estavam.

Deu alguns passos antes de sentir alguém pular em suas costas e congelar totalmente.

— Ibnbay! Como você tá, seu maluquete? — Duela gritou, feliz por estar usando ele de cavalinho.

Tony ficou calado e respirou fundo, endireitando as costas para tirá-la de cima de si.

— Cara, é assim que funciona: Eu pulo em cima de você, tu me joga de cabeça na parede! Nosso relacionamento não vai dar certo se os dois não colaborarem! — Ela bufou.

Ele mal acreditou que a maluca estava brava porque ele não havia batido nela, mas se lembrou que era a filha do Coringa.

— Está mais alto? — ela franziu o cenho. — Porque eu tô precisando muito ficar maior! Esse salto alto tá me matando!

Ele continuou encarando a jovem de cabelo azul em silêncio, ela pareceu nem ligar, porque ficou tagarelando por uns cinco minutos seguidos.

—...pra encurtar a história, eu arranquei os pés dele e disse: "Tenta usar um sapato 41 agora!" — ela deu uma gargalhada tão intensa e contagiosa que quase o fez querer rir. — Ok, amei nossa conversa, Ibnbayby. Agora vou tentar tirar meu pai da cadeia de novo, o Batman colocou ele em uma prisão especial de segurança mega-máxima e a coisa tá feia.

Ela se virou e o deixou sozinho no corredor. Tony agradeceu a todos os deuses do mundo e correu de volta para a sala com os equipamentos de limpeza.

— Kodachi, vamos sair daqui! — ele entrou rapidamente e a oriental deu um pulo, quase puxando suas espadas.

— Descobriu alguma coisa? — Yuki o viu se abaixar e colocar Damian novamente sobre seu ombro, o levantando.

— Muitas coisas, mas ainda quero saber mais, então vou levar seu amigo — o herói chutou a porta e saiu da sala com ela, que pegou as roupas e a besta do moreno antes de deixar o local.

— Ele é muito bom em fugir, se escapar vai nos entregar e os vilões vão mudar os planos — Kodachi abriu a porta da saída dos fundos e eles correram de volta para o carro, colocando Damian no porta malas.

— Vamos levar ele para a Melissa, ela conhece todos esses truques para escapar, vai saber como prendê-lo.

 


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Notas finais do capítulo

Oh, gosh, e agora?? Sequestraram o Damian!! Kkkkk sei que alguns já sabiam que era ele por causa da dica que dei lá atrás, mas para os que não sabiam: SURPRESA!!

O próximo vai ser sobre o dia da Melissa e do Apolo, que não vai sair como planejado hehehe

Obrigada por lerem!! Comentem e me digam o que estão achando, pessoas lindas do heart da tia Gothic!!

Un beso mis amores :*