Decifra-me escrita por clarissa
Notas iniciais do capítulo
M. M.
É amplo, mas nem tanto assim. Em dias de inverno, como essa manhã de fevereiro, o céu é nublado; o ambiente ventilado, frio. Pássaros voam em bandos, e seus sons são ouvidos por toda a extensão.
Uma dúzia de árvores levanta-se, pesarosa, do chão; são de espécies diferentes. O piso é composto de terra, areia, grama e o mais chamativo: grandes rochas que se amontoam em certas partes, lembrando a base de um paredão rochoso da era medieval.
Nas laterais, salas de aula com paredes azuis e portas de madeira; à frente, um corredor em que as paredes levam a mesma cor da das salas; ao fundo, um teatro de base alta e retangular, com todo tipo de pinturas que alunos de dois anos atrás puderam pensar.
É notável que não há grandes cuidados com o espaço: tocos de árvores apodrecem, esquecidos, em alguns lugares. A chuva fez todas as pedras terem uma camada de lodo em sua superfície. Há algum tempo, havia duas mesas redondas, com quatro bancos cada; hoje há apenas uma mesa e seis bancos (tudo enegrecido, resultado do uso e também da chuva).
Para quem passa com mais do que um olhar rápido, não é difícil perceber que cadeiras em desuso foram abandonadas pelos cantos, sendo as únicas a escaparem da chuva, protegidas pelo fim do telhado das salas de aula laterais.
A sensação é de tranquilidade. Não há outra coisa que brisa, frio, pássaros e quietude possam trazer. É possível que o sentimento seja diferente em outro dia do ano, mas não nessa manhã de fevereiro.
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