My new crazy life! - Vancouver Baby! escrita por Mitsue, Uchiha Elric


Capítulo 19
Um bebê por minuto


Notas iniciais do capítulo

Celeste: Olha só quem apareceu! A Senhorita Sumida!
Mitsue: Desculpa por demorar tanto para postar, mas estou com uma crise em escrever. Minhas outras fics também estão há um bom tempo sem uma atualização! Fiz esse cap enorme para compensar o tempo peoples!



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O.V Lisa

Está tudo se ajeitando, depois daquela briga minha amizade com Cat ficou mais forte, descobrimos que mesmo com grandes discussões, nossos laços são mais poderosos. Alguns dias depois disso Jake me ligou (Isso mesmo, gastou seus preciosos créditos comigo!) pedindo desculpas pelo jeito que me tratou, admitiu que foi um idiota e queria saber se eu estava bem, claro que o desculpei. Assim como não consigo ficar brava com Cat, não consigo ficar assim com Jake.

– Há quanto tempo que a gente não faz as unhas? – Cat perguntou escolhendo o esmalte.

– Sei lá, eu não faço há mais de três meses. – Falei terminando de passar o esmalte claro no pé.

– Bando de noobs. – Ouvimos Michele cantarolando enquanto passava pela porta.

Olhamos-nos e depois rimos da mais velha. Deixe-me explicar: Estávamos sem nada para fazer, então fomos assistir a um filme e nele as meninas faziam as unhas, então resolvemos pintar nossas unhas.

– Qual cor vai colocar na mão? – Questionou.

– Sei lá, pode ser esse azul aí. – Apontei para um azul celeste a sua esquerda. – Ele é bonito.

Claro que ele é bonito, se tem o nome “CELESTE” à coisa automaticamente se transforma em perfeita / Obrigada por ser tão modesta, Leste / Quando se é diva, não é necessário ser modesta! / Acho que você está andando muito comigo / Não diga! Eu sou sua consciência, claro que estou sempre com você. Idiota / Tava demorando!

– Não acredito que já é setembro! Nosso primeiro ano está no fim. – Sorriu enquanto me ajudava a passar o esmalte. – Terei minhas merecidas férias.

– Já arrumei um lugar para trabalhar, semana que vem irei para minha entrevista. – Disse. – Achei um curso legal de bartender na internet e comprei alguns livros para aprender a fazer bebidas.

– Eu coloquei meu número e nome em um anúncio do jornal. – Riu. – “Catherine Houli, se precisar, é só ligar”.

– Não acredito que aceitei usar o slogan que você inventou.

– Admita, melhor que isso você não consegue. – Mandei um beijo enquanto piscava. – Terei que gravar como criar cada tipo de bebida e nesse curso que estou fazendo, aprendo como tratar os clientes.

– Quero só ver onde isso vai dar. – Murmurou.

– Disse algo? – A olhei ameaçadoramente.

– Nop! Nadinha de nada!

Ficamos apenas falando coisas sem nexo, assuntos paralelos e esse tipo de coisa enquanto minha unha secava. Assim que ficou pronta e eu ia começar a fazer a unha de minha amiga ouvi meu celular tocando, e era uma chamada de Skype.

– Deixa eu só atender e depois te ajudo. – Falei pegando o telefone e desbloqueando a tela. – Alô?

A cara de minha mãe apareceu na tela de meu celular, ela estava desesperada e alguns gritos apareciam atrás.

– Elizabeth, aconteceu. – Sua voz estava nervosa. – Quer dizer, está acontecendo!

– Hã?! Mãe, quem está gritando?! – Franzi o cenho.

Mamãe virou a tela de seu telefone para outro ponto, e lá estava minha tia deitada no banco de trás se contorcendo de dor.

– Lisa, ela está vindo. – Falou enquanto grunhia. Soltou um grito. – Porra Nicole, acelera esse carro logo!

Olhei para Cat apavorada. Minha tia estava dando a luz nesse momento e pelo visto eu iria ver tudo pelo telefone. O telefone ficou apoiado em alguma parte do carro, dando visão para as duas.

– Nosso plano era que você participasse do parto, então vamos fazer uma vídeo-conferência enquanto Isabelle se esforça lá atrás. – Explicou olhando para o trânsito.

– Se esforça?! Eu vou te mostrar o que é se esforçar Nicole Marie! – Gritou irritada.

As irmãs começaram a discutir uma com a outra, me ignorando totalmente.

– EI! – Gritei para as duas. – Calem a boca! Mãe, se concentre no trânsito e tia, respire fundo.

– Respirar fundo?!

– Isso mesmo, respire o mais fundo que puder. – A moreno começou a fazer o que eu mandei. – Assim... Agora imagine coisas boas, tudo que possa lhe acalmar.

– Como assim? – Estava gritando menos.

– Feche seus olhos e imagine que está em um campo florido, o céu está azul, tem uma cachoeira a sua esquerda e um cara super gato massageia seus ombros com ternura. – Sorri enquanto falava. – Ele é parecido com o Brad Pitty quando era jovem, imagine o Brad na fase “Tróia” massageando seus ombros.

O celular tombou quando minha mãe estacionou com tudo, provavelmente chegaram no hospital.

– Como faremos isso? – Mamãe perguntou.

– Coloque o telefone em uma mão. – Falei. – E ajude a tia Belle a sair do carro! Rápido!

Assim como sugeri, minha mãe fez. Via tudo, a grávida estava com dificuldade para andar e parecia que poderia desmaiar a qualquer momento. Adentramos no hospital rapidamente e assim que pisamos lá alguns enfermeiros vieram com uma cadeira de rodas para minha tia se sentar.

– Ela está em trabalho de parto, chame o doutor Kyle! – Pediu minha mãe aos nervos para a recepcionista. Esse é o cara que fez todas as consultas de minha tia.

– Espere um minuto. – Sorriu e se retirou, em questão de segundos vários enfermeiros vieram e foram nos guiando para uma sala.

Isso estava bem estranho, assistir um parto pelo celular é uma coisa que nunca imaginaria que algum dia faria. É a experiência mais cômica e ao mesmo tempo mais assustadora que eu já fiz, e olha que já fiz muita coisa.

– Lisa! – Tia Belle gritou, mas a tela do telefone não estava virada para ela. – Nicole, seja útil e vire a maldita tela para cá!

– E eu nem posso xingá-la. – Mamãe reclamou virando a tela.

– Tia, faça como fez no carro e...

A morena soltou um grito agudo e agarrou a grade da maca que era arrastada. Não sei se todo parto é assim, mas se for eu nunca quero ter filhos.

– Se acalme Belle, vai ficar tudo bem! – Tentei tranquilizá-la.

– Não tente me acalmar, Elizabeth. – Estava com os dentes cerrados, olho para os enfermeiros. – Se essa coisa não sair daqui em cinco minutos, eu coloco fogo nessa porra!

– Isabelle! – Minha mãe a repreendeu. – Desculpe, mas ela está um pouco assustada.

– Tudo bem, estamos acostumados. – Disse um dos enfermeiros abrindo uma porta e levando a maca. – Você é a responsável ou o pai da criança está vindo?

Olhei irritada para o enfermeiro maldito.

– Não, nós duas iremos acompanhá-la. – Eu mesma respondi e o cara me olhou confuso. – Meu filho, eu posso estar longe, mas não perderei o parto da minha tia!

Colocaram minha tia em uma cama e a arrumaram.

– Talvez demore mais um tempo para a dilatação e o bebê sair finalmente. – Explicou. – Esperem aí e avisem caso as contrações aumentem.

Antes que pudéssemos falar qualquer coisa os infermeiros saíram.

– Não... Argh! Acredito que terei que esperar. – Falou e depois respirou fundo. – Odeio contrações, parece que levo sete socos de uma vez.

– Quanto tempo isso demora? – Perguntei. – Quero dizer, para o bebê nascer.

– O seu parto foi bem demorado Elizabeth, fiquei quinze horas no hospital. – Explicou.

– Puta que pariu! – Exclamei. – Adeus créditos!

– Obrigada pelo apoio. – A morena disse depois de mais um grunhido.

Para acalmar minha tia ficamos falando assuntos variados, mas sempre éramos cortados pelo mal-humor dela. Sério, não entendo essas pessoas que dizem que mulheres grávidas são um doce, talvez minha tia seja a única exceção.

Cat me chamou e eu abaixei a tela.

– Oi? – Perguntei.

– Sabia que eu saí do quarto, caminhei pelo condomínio e ainda fiquei conversando com Michele, – Tinha um sorvete de baunilha nas mãos. – enquanto você ficava aí no Skype?

– Sério?! – Arqueei a sobrancelha.

– Até saímos para comprar sorvete. – Lambeu uma das bolas.

– Há quanto tempo estou aqui?

– Mais de três horas, talvez já tenha passado a quarta e...

A loira foi cortada por um grito histérico, olhei assustada para o telefone. Não estávamos mais no quarto que foi reservado para minha tia, estávamos correndo enquanto minha mão ajeitava uma touca estranha em seu cabelo.

– Está chegando... AH! – Exclamou tia Belle com algumas lágrimas teimando para sair. – Vaza daí Esmeralda! Eu não quero você escondida!

Assim que chegamos arrumaram minha tia em outra cama e a ajeitaram para que o médico fizesse seu trabalho. Devo dizer, não gostei nem um pouco do modo que a colocaram nessa caminha encapetada.

– Ér, mãe. – Chamei e ela virou o celular. – Podemos mudar de posição? Por favor.

Mamãe riu e encostou o telefone em uma bancada. Os enfermeiros deram uma touca e tipo um avental para minha mãe, provavelmente o pai que deveria usar isso, mas fazer o que? Olhei novamente para a futura mãe e ela estava arfando, seu cabelo fora preso e trocaram sua roupa por um daqueles vestidos constrangedores.

– Nossa tia, você está muito gata. – Ri.

– O seu rabo! – Ergueu seu dedo mediano e depois grunhiu. – CADÊ O VIADO DAQUELE MÉDICO?!

– Isabelle, se acalme. – Mamãe deu sua mão para que a morena segurasse, essa apertou com força. – Ca... Caramba!

O médico chegou e foi se preparando para fazer o parto, esperava um homem gato, mas veio um velho estranho e com uma cara de poucos amigos, parecia ser do tipo calculista. Os enfermeiros assistentes foram checando algo em tia Belle.

– Agora iremos dar alguns analgésicos para que ela não sinta tanta dor. – Informou com algumas seringas.

Senti uma tremenda vontade de vomitar. Odeio agulhas, me sinto enjoada sempre que as vejo, mesmo que esteja a quilômetros de distância de uma. Injetaram sei lá o que no corpo de tia Belle, durante um tempo ela ainda grunhia de dor, mas depois foi abaixando o nível e apenas arfava.

– Como anda a dilatação, Doutor? – Minha mãe perguntou.

– Está avançando e... – Novamente fomos cortados por um grito de minha tia. – Senhoras, me ajudem aqui!

Vários enfermeiros foram para perto do médico e ele foi dizendo coisas que eu não faço ideia do que significam, isso que dá não cursar medicina, para mim ele está falando Arcaico.

– Força Isabelle! – O senhor pediu/mandou. – Faça força.

– Eu estou fazendo a maldita força! – Gritou, suava pela força.

Ficamos longos minutos esperando, talvez tenha passado mais de meia hora, mas isso não importa. A melhor coisa foi quando depois de todo o esforço, vimos o médico segurando uma pequena bolinha ensanguentada.

– A-acho que v-vou... – Falei ao ver quanto sangue estava naquela criança.

Ouvi Cat me chamando, mas caí no chão dura.

...

– Lisa? Lisaaaaa! – Ao abrir os olhos me deparo com Cat abanando uma revista em minha cara.

A loira me ajuda a levantar e eu coloca a mão na testa.

– Era tanto sangue, parecia que ele tinha sido atropelado. – Falei sem pensar, estava muito atordoada.

– Sério que você nunca viu um parto? – Questionou ainda abanando a revista. – Eles passam isso na escola.

– Eu sei, mas quando ouvi os gritos pedi para o professor para sair da sala. – Suspirei e recebi um olhar indignado da loira.

– É uma ameba mesmo. – Revirou os olhos.

– Pare de falar como a Abbie! – Reclamei emburrada, então arregalei os olhos me lembrando. – Fiquei quanto tempo apagada?

– Tenho cara de relógio? – Cruzou os braços.

– A tia Belle! – Procurei meu celular e depois o peguei. – Preciso ver como ela e a Esmeralda estão.

– Vou dar um tempo para vocês. – Sorriu e foi até a porta. – Cozinha, aí vou eu!

Ri de minha amiga e liguei o Skype, fiz uma chamada para minha mãe e orei para que atendesse. Demorou pouco tempo até que o rosto de minha mãe aparecesse.

– Filha, você está melhor? – Perguntou com seu tom preocupado.

– Estou, o que eu perdi? – Sorri forçado, tenho vergonha de seu tom maternal.

– Veja só aquela coisinha. – Virou o celular para tia Belle, que segurava a bebê, já limpa em seu colo. – Esmeralda Marie!

Meus olhos encheram d’água ao ver o rosto sereno da pequenina.

– Irei pegar algo para comer. – Mamãe disse deixando o telefone encostado perto das duas.

– Que gracinha. – Aproximou o telefone. – Oi Esmeralda, como vai você?

Os olhinhos curiosos pelo som me procuraram e ficaram me encarando, a cor ainda não estava definida, mas eram brilhantes e suas bochechas levemente contratavam com a pele parda. As pequenas mãozinhas agarravam o braço da mãe.

– Ela não é linda? – Tia Belle tinha a voz chorosa. – É a coisa mais perfeita que eu já fiz.

– Parabéns tia, a partir de agora é uma mulher de respeito.

– Haha, grande piada, Elizabeth. – Mostrou a língua.

– Não me chame assim perto dela. – Reclamei. – É “Tia Lisa”, “Lisa” ou “prima perfeita que eu amo mais do que tudo”.

A morena aconchegou a bebê, a fazendo olhar em seus olhos.

– Esmeralda, eu já apresentei sua tia para você, mas agora vou te falar quem é essa estranha aqui. – Fez um beijo de esquimó com a pequena. – Essa garota é o pior exemplo que você pode escolher seguir, mas ela é tão carismática que não terá jeito. Mesmo com dezoito anos de diferença, as duas irão aprontar muito, me dando dor de cabeça dobrada. – Rimos. – Mas ela é sua madrinha e prima, quero que a respeite. Lisa é uma pessoa muito especial para a mamãe, então espero que seja para você também.

Uma lágrima caiu de meu rosto. Queria tanto poder estar ao lado delas nesse momento.

– E-eu sinto tanta a falta de v-vocês. – Comecei a chorar. – Uma das coisas que mais quero é você de volta t-t-tia.

– Também sinto Lisa, mas a vida é feita de escolhas. – Deu um sorriso triste enquanto ninava a filha. – Não entende como será difícil para eu criar Esmeralda sem você ao meu lado. Sei que tenho sua mãe e ela é minha irmã, mas você faz muita falta em meu coração Lis. Você é a irmã mais velha de Esmeralda.

Fiquei chorando durante um tempo. Só parei quando mamãe voltou e me tirou de perto, para que as duas descansassem.


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Notas finais do capítulo

Celeste: Vê se não demora para postar ¬¬
Mitsue: SORRY T.T É difícil escrever, sabe?!
Celeste: Revoltou ¬¬



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