Stay With Me escrita por Lady Liv


Capítulo 3
Capítulo 3 - Vizinha sexy.


Notas iniciais do capítulo

Shailene Woodley como Mary Jane Watson.
A atriz teve as cenas deletadas em TASM2, mas provavelmente vai tá no próximo!



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Peter Parker

 

Eu fiz o que qualquer pessoa normal faria numa situação daquelas: Troquei de roupa.

Claro, eu estava imundo.

Liguei para um dos irmãos de Gwen, o mais velho, e contei que ela sofreu um pequeno acidente. Liguei também para a polícia, primeiro para Harry, que ainda estava desacordado na Torre, e depois para Gwen, a levando para uma parte mais afastada da rede elétrica para não aumentar suspeitas do envolvimento dos fatos.

Respondi as perguntas que eles fizeram enquanto aguardava por notícias no hospital, dando a versão mais leve e inocente do que havia acontecido.

Ela estava bem. Com amnésia, mas viva. Nenhum dano cerebral ou sequela. Ufa.

Quando a família dela chegou, fui embora. Não podia ficar ali. Ela não podia me ver.  Não assim. Eu... eu estava em choque.

Harry foi levado para a prisão de Ravencroft, e apesar de estar aliviado por ele não machucar mais ninguém, não podia deixar de estar preocupado por ele, e Gwen... Gwen ia ficar bem agora.

"— Escute...— Ele havia tossido um pouco.— P-pessoas vão se machucar.. E até as m-mais pró-próximas de você. Então, quero que você me prometa uma coisa sim?

 Deixe... Gwen... fora disso."

Assim como o pai dela queria... Deus, ele tinha total razão! O que eu estava pensando? Não podia ser fraco, Gwen quase morreu por minha culpa! Sim, ela estava bem agora, mas quem diria isso depois... O que aconteceria depois?

Ela é minha vida. Eu não posso perdê-la.

O torpor em meu corpo me deixou, substituído por uma certa adrenalina. Havia tomado uma decisão... Deixaria ela tomar as rédeas de sua vida, como sempre quis. Mas sem mim. Comigo, ela só iria se machucar e eu não queria isso. Ela não se lembraria de nada e iria para a Inglaterra, teria uma vida nova... Sem mim. Me doía pensar daquela forma, mas é o melhor para nos dois. Ela ficaria viva assim.

Quando cheguei em casa, vi tia May sentada no sofá me esperando.

— Peter, meu Deus... Onde estava?! - Ela perguntou preocupada, olhei para o relógio ao meu lado e vi que já passava das três manhã. Droga! Esqueci de avisa-la.

— Ah tia, me desculpe, mas você não sabe o que aconteceu...

— E nem vou saber se não me contar. Vamos, diga! Por que chegou há essa hora da madrugada?

— Tia, Gwen sofreu um acidente, ela... Perdeu a memória.

— O que?! — ela arregalou os olhos, assustada. Oh caramba, e eu nem tinha terminado ainda.

— E o Harry... — continuei, olhando pra baixo.— Harry enlouqueceu, tia. Ele foi preso.

O que?! Como isso aconteceu?

— Eu não sei. - Menti. — Vi uma notícia na TV no hospital.

— Mas e a Gwen? Ela está bem?

Tia May não falava muito com Gwen, uma vez ou outra talvez...mesmo assim a tratava como se fosse da família.

— Sim.

— Oh querido, venha cá. — ela abriu os braços e eu a abracei, amolecendo como uma criança. — Vai ficar tudo bem.

— Eu te amo, tia.

— Eu também, querido, eu também... vai ficar tudo bem...

Lutei contra as lágrimas e assenti, esperando que ela estivesse certa.

 

2 dias depois.

 

Acordei cedo, tomei um banho, fiz minha higiene matinal e coloquei uma roupa. Desci as escadas e encontrei tia May fazendo café da manhã. Mais um dia, então. Mais um dia para lutar. Mais um dia longe... dela.

— Tia, eu 'tô atrasado... Te vejo depois. — Dei um beijo em sua bochecha, peguei uma maça e dei um gole no seu suco de laranja. — Hum, isso tá bom hein.

Ela riu, fingindo me mandar embora e desejando sorte com o sr. Jameson, o chefe do Clarim Diário. Aquele cara é uma fera. Estava saindo de casa quado uma movimentação ao lado me chamou atenção.

Andei pra esquerda e vi uma garota ruiva saindo de dentro da casa. Alguém estava gritando, mandando ela voltar, mas ela nem ao menos ligou. Virou-se pra mim e eu pude observa-la melhor... longos cabelos vermelhos e lisos, olhos verdes e uma expressão séria mas muito bonita. Muito bonita.

Meu Deus, eu tinha uma vizinha sexy? O que era a minha vida?

— Você ouviu né? - Ela perguntou se aproximando. Fiz o mesmo e me encostei na cerca.— Foi mal mesmo, não queria incomodar mas não controlo o meu pai.

— Tudo bem, também não controlo minha tia. - Dei de ombros e ela rolou os olhos.

— É, mas May é um anjo. Eu já a conheci.

— É, isso ela é mesmo. — concordei sem graça. — Qual o seu nome?

— Hey, sou eu quem tenho que saber seu nome primeiro! - Ela falou do nada com os olhos levemente arregalados.

— Por que?

— Você pode ser um criminoso... - Comecei a rir com a comparação, na verdade, eu prendia os criminosos.— Não te conheço. Quem é você?!

— Eu sou o Peter. — disse, e ela sorriu  de leve murmurando meu nome. — Peter Parker e você é minha nova vizinha, senhorita...?

— Mary Jane Watson.

— Ótimo, já tenho o seu nome, agora só preciso da lua cheia e de um machado. — Eu brinquei.

— Eu sabia! — nós rimos.

— Sabe, todo mundo tem problemas. - eu falei, sem controlar o herói em mim. — Até mesmo eu.

E como tenho!

— Alguns maiores que os outros né?

— Oh menina! Não 'tava ouvindo eu te chamar não?! Entra logo e faz o que eu mandei! — um cara gordo e baixinho apareceu na porta da casa dela. Ele era meio careca e segurava uma garrafa de cerveja na mão, vestindo uma bermuda suja.

— Já estou indo! Que saco! - Mary Jane gritou irritada. Olhou pra mim e sorriu levemente.— E esse aí é o meu pai. Eu tenho que ir.

— Eu também 'tô atrasado. - Eu disse sem graça olhando para meu relógio de pulso. - Tchau!

— Tchau.

Puxei meu skate e comecei a andar com ele em direção a esquina, mas ainda podia sentir ela olhando pra mim.

 

[X]-------------------- 

Resolvi me vestir de Homem Aranha antes de ir até o Clarim Diário. Nunca se sabia quando a vizinhança iria precisar de ajuda, e também me ajudava a pensar.

Sei que preciso me afastar de Gwen, a noite na torre ainda me assombra, mas não consigo, é mais forte do que eu, preciso vê-la nem que seja de longe, só para ter certeza que ela está bem. Quer dizer, ela deve estar, certo?

Parei em cima de um prédio ao lado de seu apartamento em minha melhor pose de aranha observando sua janela um tempo. Para meu alívio, a cidade também estava calma aquele dia.

Pisquei, sentindo meu coração acelerar ao ver a janela se abrindo. Gwen surgiu como um anjo, vestindo um vestido branco de alça, os cabelos soltos e esvoaçando, ela parecia bem, muito bem, muito linda e- Espere, o que ela está fazendo? Passando pela janela, permaneceu na escada de incêndio, olhando para o chão por tempo demasiado preocupante. Me ajeitei tentando a me aproximar quando ela ergueu a cabeça e mesmo de máscara, senti nossos olhos se encontrando.

Houve um momento.

Dois momentos.

Suspirei, o sentimento em meu coração ainda grande, quase sufocante. Minha consciência me acusava e implorava que eu fosse até ela.

— Gwen. — murmurei, desviando o olhar. Eu não podia. Pela segurança dela, eu não podia. — Sinto muito.

Me joguei dali, acionando uma teia e me afastando da avenida o mais rápido possível. Parei no beco que eu já conhecia e troquei de roupa, enfiando a máscara do Homem Aranha no meu bolso.

Cheguei no Clarim Diário rapidamente, entrei e cumprimentei as pessoas, peguei o elevador e logo cheguei até a secretária.

— Bom dia Betty!

— Ah, bom dia Pete! — Ela sorriu pra mim. A secretária de Jameson era inacreditável, por 1: ela trabalhava com Jameson dia a dia, e por 2: ainda assim, ela conseguia por um sorriso sincero no rosto. — Veio falar com o sr. Jameson?

— Err, eu consegui umas fotos.

O sorriso dela vacilou um pouco, sem graça.

— Ele tá de mal humor de novo, vê se consegue sair vivo de lá.

Assenti e bati na porta antes de entrar. Pela gritaria, não acho que me ouviram, e eu me aquietei num canto.

— Eu não quero saber de culinária! Seu artigo é horrível, que tipo de dieta inclui caviar?! Quer matar as pessoas de tanto trabalhar?! Olha o preço desse negócio! — Jameson gritava impaciente com um funcionário. O telefone tocou. — Sim? Parker? Onde? PARKER!

— Oi sr. Jameson, estou aqu-

— Garoto, onde estão as fotos que você prometeu?— Perguntou, mas então se virou para outro funcionário.— Coloque seu artigo na página 7, um artigo pequeno ouviu bem?!

Como não ouvir se ele gritava? pensei, com pena do pobre rapaz que passava por mim.

— Bom, aqui estão. — apresentei as fotos a ele, que perguntou carrancudo:

— Quando foi isso?

— A dois dias na-

— Dois dias?! Que incompetência Parker! Você já foi melhor! — Ele disse passando as fotos. — Lixo, lixo, ridículo! Garoto! Você precisa de uma câmera nova!

Eu me apressei para pegar as fotos de volta, mas ele as pegou de volta mais rápido que eu.

— Eu fico com elas! Oliver! Onde está aquele moleque?! OLIVER!!! - Ele gritou de novo, e dessa vez, eu fiz careta. Ai meus tímpanos! — Hoffman! Coloque essas fotos na primeira página: "O QUE FAZER QUANDO SEU HERÓI COMETE UM ASSASSINATO: HOMEM ARANHA"

— O que? Ele claramente salvou as pessoas! — defendi, chocado.

— Ele matou o carinha da eletricidade não foi? — Abri a boca pra falar, mas ele continuou: — 300 pelas fotos e nada mais!

— 500!

— 350 é minha ultima oferta, é isso ou as fotos do cara musculoso, como é mesmo o nome dele?— JJ estalou os dedos para Hoffman, mas o dispensou. — Ah, não importa! Vai aceitar, certo? Aqui está.

Não pude fazer nada além de aceitar o cheque que ele me escreveu. E o posto número 1 para o pior chefe do mundo vai para...

Suspirei, indo embora. Eu já esperava que a vida adulta fosse difícil, mas não tão difícil, e ter um chefe que me odiava, quer dizer, odiava o Homem Aranha era um terrível teste de paciência. Pelo menos eu podia contar com o bom senso das pessoas de Nova York que pensavam duas vezes antes de acreditar nas palavras do Clarim Diário.

Estava tão distraído com meus pensamentos que ao dobrar a esquina trombei com alguém.

— Ai! — a voz feminina exclamou, e meus instintos foram rápidos ao segurá-la pelo braço, a impedindo de cair.

— Desculpa, eu-

Meu mundo parou.

— Gwen?!


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