Stay With Me escrita por Lady Liv


Capítulo 24
Capítulo 24 - Primeiros sintomas


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Antes que me matem, eu posso explicar!
O ENEM acabou comigo -.-‘
Não eu não fiz ele, minha tia fez! Eu tive que ajuda-la durante os estudos e nesse meio tempo eu peguei uma crise de criatividade ao contrário! Eu tinha muitas ideias, mas não sabia por onde começar a escrever. Só agora eu comecei a voltar a escrever. Tanto que, eu nem sei que iram gostar desse capítulo... *suspiro cansado* .-.
Eu agradeço as leitoras que se preocuparam comigo e com a fic, sério gente, muito obrigada pelo carinho *-*
EU GOSTARIA DE AGRADECER A MINHA DIVA! Que me ajudou muito na “recuperação” de minha animação e criatividade!! Por ter recomendado a fanfic *---* BlackSweetHeart, I love you !!
Não abandonarei esta fic!
Beijos e até os comentários!!



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Peter Parker

 

Dois dias haviam se passado desde que eu havia adotado aquele organismo como meu novo uniforme, e devo dizer, as coisas nunca estiveram tão melhores! É verdade que Gata Negra não havia sido presa ainda, mas isso não era uma perca total! Pois o organismo que ela pretendia roubar era espetacular.

Ele se adaptava a mim em tudo. Em uniforme ou em roupa civil, útil e diferente. Uma camada protetora imitando o tecido, tornando-se visualmente sintético porém resistente. Muito resistente. E estava afetando o meu corpo também, sentia que minha energia não se esgotava, meu curto período de sono era o suficiente para me manter desperto e forte pelo resto do dia.

 Mal podia esperar para jogar na cara de Gata Negra o que ela havia perdido. Se bem que... talvez demorasse um pouco. A polícia disse ter acertado pelo menos um tiro nela em sua fuga. Humpth! Bem feito.

Não achei motivos para contar a Gwen imediatamente, mas ela logo notou as mudanças. Minha garota esperta, eu pensei, sorrindo ao explicar o que tinha acontecido na noite da festa.

— É inacreditável! Ele pegou a melhor parte de mim e, e, e, WOW!

Gwen riu, ficando pensativa. — Ou você pegou a melhor parte dele...

— É, é, mas não importa, – dei de ombros, desinteressado. — O que importa é que eu me sinto bem de verdade! Quer dizer, foi assustador quando aconteceu. Você teria gritado bastante. — brinquei, lembrando-me dos meus próprios gritos.

Ela assentiu, seu sorriso vacilando.

— Só tem uma coisa me preocupando.

— O que é?

— Peter, isso estava numa sala de segurança e pronto para ser estudado.

— Eeee?

Eeee?! E quando vai devolver?

— Eu... eu vou devolver, relaxa.

— Quando?

Franzi o cenho.

— Não sei, depois.

— Tem que ser um depois bem rápido porque esse organismo pode trazer a cura pra muitas doenças. Ele te deixou desse jeito, você, um super humano. Não posso imaginar o que faria com um humano normal... aliás, você poderia me dar um pedaço dele, não acha? Talvez se analisarmos o-

— Gwen, 'tá enrolando de novo. – a cortei tedioso, ela me desviou o olhar séria. — Relaxa tá, eu vou devolver. É que não são muitas coisas boas acontecendo na minha vida, eu só quero aproveitar um pouco.

— Você poderia aproveitar o que tem. – ela retrucou, enciumada talvez? Rolei os olhos, como ela era boba.

— Aí.. – chamei, mas ela não me fitou. — Ei.

— Não.

— Gwen.

— É melhor você ir, eu tenho tanta-

— Olha pra mim. – ordenei, a segurando pelos ombros.

Seus enormes olhos brilharam em minha direção, me acertando como um soco, me encarando tão intensamente que meu coração acelerou algumas batidas. Os lábios rosados fazendo um biquinho chateado que-

Céus, como ela era linda!

E ela era minha.

Segurei seu rosto com as minhas mãos e a beijei ferozmente. Gwen arfou entre o beijo surpreendida. E não sei direito como aconteceu, mas em um momento estávamos no meio do quarto e no outro eu já estava a prensando contra a parede. As mãos dela encontraram meu peito e-

— Gwen! Querida, você vai se atrasar!

—e ela me empurra, conseguindo desgrudar nossos lábios.

— Gwen? É quinta feira, lembra? Dia da sua prova! – a mãe de minha namorada continuava a falar no corredor, sua voz irritante insistente.

— Sim, sim! Já estou indo! – Gwen gritou de volta, tropeçando pelo quarto. — Err... eu tenho que... err...

— Sua mãe não tem o que fazer?

— Peter!

Bufei, passando a mão na cabeça. Minha vontade era de agarra-la e fugir dali.

— Achei que com o trabalho nas Indústrias Stark, ela ficaria mais ocupada.

— E fica, mas-

— Quer saber, por falar em trabalho, eu tenho que ir.

Gwen não me parou quando eu caminhei até a janela e por alguma razão isso nos deixou ainda mais irritados.

— Peter, espere, nós precisamos conversar sobre-

— Gwen, eu tenho uma cidade inteira pra salvar e você, aparentemente, uma prova, então... humilhe aqueles nerds.

Pulei da escada de incêndio sem dar chance dela falar. Só de lembrar de sua face aliviada quando fomos interrompidos...

Boba.

Depois de salvar 3 crianças de quase serem atropeladas e impedir um roubo pela manhã, decidi me dar um dia de folga.

Que se dane tudo isso, essa cidade tem crime o dia todo!

Fui para casa, saltando entre os telhados e entrando pela janela de meu quarto. O novo uniforme se desfez, parecendo até me deixar menos largo, e voltou a ser uma camisa de manga longa preta e calça jeans da mesma tonalidade.

Sorri, me admirando no espelho. Como eu poderia devolver aquele organismo tão rápido? Eu ia aproveitar o que ele tinha a oferecer o quanto pudesse!

Deitei na cama, colocando fones de ouvido e mexendo na internet quando subitamente, o celular vibra e a tela muda em um nome.

HARRY.

— Harry? – Atendi franzindo o cenho.

— Oi Peter. Eu preciso falar com você.

Rolei os olhos.

— Já está falando.

— Pessoalmente.

— Tá... – Bufei. — Onde? Na sua casa?

— Pode vir aqui na Oscorp hoje? – ele perguntou, e eu pensei por um momento. Hmmm... estava mesmo precisando me encontrar com Gwen!

— Claro, eu passo aí hoje à tarde.

— Eu espero.

Assim que deu a hora, eu desci as escadas rapidamente, parando na cozinha para comer alguma coisa. O alimento saudável me fez revirar os olhos, eu precisava pedir alguma massa hoje... 

Ao passar pela sala, vi tia May assistindo a um programa na TV.

— Peter, vai sair?

— É óbvio. – dei de ombros, mordendo uma maçã a contragosto.

Estávamos prestes a passar pela porta, quando ela gritou:

— Volte cedo!

Argh...

— Eu volto quando der.

 

Felícia Hardy

 

— Felícia?! Felícia!

— Harry, me desculpe. — eu havia dito, minha visão embaçada quando ele correu até mim. — Me segura...

Fechei os olhos suspirando. Aquela noite havia sido um borrão de falhas e se não fosse pelo acolhimento de Harry, eu teria me dado muito mal. A cicatriz em meu ombro, do tiro que havia recebido, estava quase sumindo graças ao soro da Gata Negra. Ainda assim... Falhei com ele. Harry.

Por mais que não devesse, isso estava me deixava péssima.

Droga.

Entrei no escritório, ignorando os preparativos de um teste militar que estava acontecendo.

Harry tirou a atenção do protótipo também, caminhando até mim.

— Teve um bom almoço?

— É, eu consegui usar o meu braço ruim sem problemas.

Ele sorriu, e eu falei:

— Mas você parece que ainda não comeu nada.

— Estou sem fome.

— Hum, eu acho que-

— Peter vem aqui hoje.

Oh.

— Por que?

— Eu o chamei. — ele falou e murmurou: — Se ele está mesmo com o simbionte como você contou, isso deve está o afetando de alguma forma.

— Ele agiu violento quando entrou em contato com ele.

Harry assentiu, checando seu relógio de pulso.

— Vamos descobrir se isso vai ser uma vantagem pra mim. — ele disse. — Quando ele chegar, traga-o pra mim.

Assenti, saindo da sala.

Depois de meia hora agendando algumas reuniões, fui avisada da chegada de Peter. Rapidamente, com o cartão de visita na mão, peguei o elevador e desci pela escada volante, o avistando no saguão.

Peter Parker.

Eu já havia trocado algumas palavras com ele, mas agora era diferente.

— Sr. Parker? O sr. Osborn o aguarda, este é o seu cartão.

— Oh, certo.

— Me acompanhe.

Dei-lhe as costas sem esperar. O caminho até o elevador foi silencioso, e distraída, eu quase não percebi o modo que ele me encarava.

— Tem alguma coisa errada? – indaguei.

Ele semicerrou os olhos.

— Não, nada, desculpe.

Assenti, engolindo em seco. Da mesma forma que eu sabia o segredo dele, ele poderia muito bem saber do meu se eu não fosse cuidadosa.

— Não deve se lembrar de mim, eu... Eu sou Felícia.

— Não, eu lembro de você. — ele disse, mantendo os olhos nos meus. — Me lembro muito bem de você.

Okay... Isso era muito contato visual.

Se fosse qualquer outro cara, eu teria dado um fora na hora. Com Peter no entanto, era diferente. Mesmo tentando estragar os planos de Harry (e consequentemente, os meus), eu não o odiava. Seu trabalho como Homem Aranha me irritava é claro, mas ele fazia isso pelo bem das pessoas. De uma forma estranha, pelo meu bem também.

E eu não podia negar, saber que ele era o Homem Aranha me deixava um pouco... curiosa... em sua relação.

Mordi os lábios, sentindo o clima pesar. Por que ele estava tão perto?

O elevador apitou.

— Vamos? — chamei, o que quer que estivesse entre nós se quebrando.

— Peter! Quase pensei que não viria! – Harry tinha um sorriso simpático no rosto, segurando uma bolinha anti stress.

— Eu disse que vinha.

— E eu devia ter acreditado em você. — Harry respondeu, uma pitada de veneno em seu tom que eu conhecia muito bem.

— Sr. Osborn, e os testes?

— Foram para a manutenção.

— Problemas no trabalho? — Peter perguntou.

— E teve algum dia sem problemas?

Peter riu, dando de ombros.

— Achei que fosse ficar mais competente com o tempo, amigo. — Peter sorriu em deboche e eu olhei Harry preocupada. 

— Fazer o que. — Harry resmungou, voltando a jogar a bolinha no chão de modo insistente. Pra quem estava buscando calmaria, ele já estava muito estressado. — Mas não se preocupe, eu aprendo com o tempo.

— Aham.

— Precisamos aprender com nossos erros não é mesmo?

O que aconteceu a seguir foi bastante rápido. Harry se virou, jogando a bolinha contra a parede com tanta força que ricochetou, acertando o vaso na mesa, e voltando exatamente na minha direção. Direto em meu rosto.

Nada.

Peter havia sido mais rápido, estendendo o braço e segurando a bola em frente a minha face. Soltei o fôlego, impressionada.

— Boa pegada!

Ele recolheu o braço, um tanto constrangido.

— É, foi reflexo.

Assenti, fingindo acreditar no que ele dizia. Harry nos fitava respirando pesadamente. Aaaah não, o mal humor havia chegado!

— Felícia, pode esperar lá fora um instante?

— Sim, eu, — me afastei hesitante. — É claro.

 

Harry Osborn

 

— Secretária bonita. — Peter disse, olhando pra trás.

— Ela é... competente.

— Imagino.

Me sentei sobre a mesa, apertando os olhos. Inacreditável.

— Você... quer beber alguma coisa? — perguntei, louco para tira-lo do foco de Felícia.

— Não, dá pra ir direto ao assunto?

— Soube que estava no Planetário no dia do roubo, me preocupei. — eu o observei atentamente. — Alguns acionistas da Oscorp estavam lá... eles se assustaram tanto que pediram até férias, acredita? Admito que foi até bom pra mim.

Peter assentiu, seu olhar entediado me dando nos nervos.

— Quer dizer, eles tem ações e ficam em cima de mim o tempo todo. É difícil me provar assim. Com eles longe, me sinto dono de verdade Oscorp.

— E você já foi um dono de mentira?

— Pete.

— Ah ok, ok. Okay. Foi mal, é que, — ele passou as mãos pelo rosto. — Essa conversa é tão cansativa. E o que você espera que eu faça? Sinto muito mas... de problemas, eu já estou cheio.

Pisquei intrigado com a mudança em sua personalidade. Seria o efeito do simbionte?

— Peter, eu só-

— Entendo. Queria conversar.

— É. — assenti. — Você 'tá bem?

— Por que todo mundo insiste em perguntar isso? Eu estou ótimo! Harry, sinceramente, continue a se preocupar com a sua empresa, nós também estamos ocupados.

— Nós quem?

Um som baixo de sirenes ecoou, me deixando ainda mais confuso. Peter se levantou andando até a janela, eu o acompanhei cauteloso. Um helicóptero de um canal de TV sobrevoava perto do prédio.

— Mais essa agora... – Peter murmurou, rolando os olhos.

— Mais um dia comum em Nova York.

— Quer saber? Não tô nem aí, vamos passar por aquela porta e relaxar. Já que ninguém faz isso, eu vou fazer. Você vem?

Mordi a bochecha, pensativo.

— Não, eu... tenho trabalho. Depois nos falamos.

— Certo. — ele se virou sem pensar duas vezes. — Se cuida hein, Harry. Tá com uma cara péssima.

Franzi o cenho, o sentimento quente em meu peito esfriando. Peter podia ser um falso e só se importar consigo mesmo, mas ele não atuava como um. A fachada que ele havia criado estava se desmoronando bem na sua frente e ele não fazia nada para impedir... por que?

Aparentemente, o simbionte estava trazendo à tona quem ele realmente era. 

— 'Tá uma confusão lá fora, — ouvi Felícia entrando. — Acho que assaltaram o banco. Harry?

— Você viu como ele saiu?

— Quem, o Parker?

— Sem correria, bem devagar... sempre soube que ele fazia o que fazia porque gostava da atenção. Homem Aranha. Só que ele é uma farsa, e agora não se importa mais em mostrar quem realmente é. Distante. Egocêntrico. Eu tenho certeza que são os primeiros sintomas do simbionte. Lembra da teoria do sr. Drake?

— Sim, claro. — Felícia concluiu, pensativa. — Ele não deve ter alcançado a simbiose ainda.

Suspirei.

Isso não estava nos meus planos.

— Isso é ruim. — Felícia falou e eu ri.

— Oh não, — a contrariei. — Isso... pode... deixar as coisas mais interessantes.

— No que está pensando?

Sorri.

Se o simbionte fazia Peter mostrar o ele tinha de ruim, o que faria com alguém ainda pior?


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