Stay With Me escrita por Lady Liv


Capítulo 19
Capítulo 19 - Parte da Equipe, oficialmente.




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Mary Jane Watson

 

Mesmo após uma noite inteira e uma longa manhã deitada na cama, eu ainda estava eufórica.

O mero pensamento do que havia acontecido e de repente eu era transportada para uma queda, meu coração acelerava e eu podia jurar que ainda sentia os músculos do Homem Aranha me segurando firme e me salvando...

Homem Aranha.

Suspirei enquanto almoçava.

— O que você tem, 'tá mais avoada que o normal. — meu pai reclama me fazendo revirar os olhos. Apesar de me tratar estranhamente melhor ultimamente, não era como se os olhares desgostosos houvessem parado.

Não o respondo, ele não merecia saber.

Tia Ana no entanto... ou quem sabe, Peter...

Saindo de casa com a mesma roupa de ontem porque... ah, eu podia jurar que o cheiro dele tinha ficado em mim!

— Tigrão! — gritei assim que o vi. — Eu tenho uma nova novidade!

— Ah, o que é?

— Quase morri ontem.

Ele sorri, mas vendo minha expressão séria, o sorriso some instantaneamente. 

— Espera, o que?

— Relaxa! — eu sorri dessa vez. — Eu fui salva por ele!!! Homem Aranha, dá pra acreditar?!

— Mas você está bem? - perguntou com o cenho tão franzido que quase não parecia preocupação real. — Explica essa história direito, MJ!

— Sim! Wow, eu vou te contar tudo. Lá estava eu, tinha acabado de sair de uma balada. 'Tava na avenida 2 com uns carinhas, quando aquele mascarado... o tal do... ai, eu me esqueci o nome dele! Aquele velho!

— O Abutre?

— Isso! - confirmei. — Parece que ele voltou! Eu até vi no noticiário que ele havia conseguido fugir da prisão e- enfim! Esse não é o ponto! Ele me pegou do nada pelo pescoço, quase morri sem ar! E aí meu herói apareceu!

— O Homem Aranha?

— Isso!

— Divando naquele uniforme lindo vermelho e azul?

— Isso!

— Com as teias e a melhor presença de todas?

— Isso!

— Fazendo todo mundo gritar em euforia?

— ISSO! — gritei gargalhando alto. Peter sorria de um jeito convencido. — Aí ele me salvou... eu pensei que fosse desmaiar, — fiz um gesto de desmaio, indo ao chão. Peter me segurou na hora, e eu voltei pra cima num pulo. — Foi tão incrível, Pete! A sensação de voar... é inexplicável.

— Que bom que gostou.

Franzi o cenho, sem tirar o sorriso do rosto.

— Como... como assim?

— Ah, nada. Esquece. — ergui as sobrancelhas, mas o celular dele tocou na hora e pra minha surpresa, era o toque do Homem Aranha!

— Ta nanam ta nanam... — cantarolei. Ele riu, mas eu não parei.

— Alô? Sim, claro... mas eu não- ah. Certo. Chego ai daqui à pouco... e eu preciso ir agora.

Parei de cantar e perguntei: 

— O que houve?

— É a Betty, a secretária do Sr. Jameson. — Peter suspirou. — Parece que ele quer me ver ainda hoje.

— Ah, claro. Vai lá. Mas hey! — ele para e dá meia volta. — Depois eu quero que você me passe esse toque, hein.

Ele ri, balançando a cabeça. Vendo ele se afastar cada vez mais, algo em meu peito me faz exclamar: — E boa sorte com seu chefe! — falo, e é com surpresa que eu vejo que estou sendo sincera. Era tão fácil agir sincera perto de Peter.

Oh, não.

Não, não ia cair naquele clichê! Peter era apenas um amigo e apenas isso.

Mas não pude deixar de olhar para trás, na esperança de ainda poder vê-lo.

 

Peter Parker

 

O Clarim estava muito movimentado quando cheguei, até mais que o normal. Atravessei a confusão e finalmente consegui chegar até a mesa de Betty, aonde Robbie conversava com- ugh, Eddie Brock! Só de avistá-lo, já sinto estresse.

— Caramba, o que 'tá acontecendo aqui hoje?

— J.J está uma fera, isso que está acontecendo. — Robbie respondeu, e Eddie adicionou com um olhar de desdém:

— Então é melhor nem pensar em entrar naquela sala, Parker.

— Eu não ia, seu idiota. A Betty me chamou, cadê ela?

No mesmo instante, a porta da sala de Jameson se abre e a mulher de corte channel se aproxima.

— Parker! Por favor, me diz que tem fotos do que aconteceu ontem.

Sorri, erguendo o pacote em minhas mãos. Os olhos dela quase marejaram em alívio. 

— AH, maravilha! Eu estava a um passo de ir pro hospício!

— Uau, Jameson está te enlouquecendo assim?

— Você ainda não viu a Fera. — ela pegou minha mão e me arrastou. — Vamos lá.

— Viu só Eddie? Se ao menos você se esforçasse como o Peter... — pude ouvir Robbie comentar enquanto me afastava e- Ah, quer saber? Vou fingir que a estranha culpa que me consumiu na verdade foi a maça podre que eu parti hoje de manhã fazendo efeito.

— Sr. Jameson, trouxe o Parker.

— ERA TUDO QUE EU QUERIA AGORA! PARKER! NEM VEM, NADA DE AUMENTO HOJE.

— E que tal amanhã? — não consigo não perguntar.

— NÃO ME TESTA, GAROTO! EU NÃ-

— Peter trouxe as fotos, sr. Jameson.

O homem parou, encostando-se na cadeira e a encarando sério.

— Se o sr. quiser eu posso-

— O QUE ESTÁ ESPERANDO, SRTA. BRANT? LEVE AS FOTOS PRO ROBBIE! — a mulher se virou. — NÃO, ESPERE! Me deixe dar uma olhadinha.

Apenas observei o cara revirar as fotos de um lado pro outro com um olhar de desgosto e em seguida entregar de volta.

— Muito bem, Parker. Pago 500 por elas.

O que?! As fotos nem tinham ficado tão boas!

Vendo minha expressão alegre, Jameson se levanta e dá a volta na mesa, pondo as mãos em meus ombros de modo quase... fraterno. — É isso aí, meu jovem. Com sua ajuda, vamos colocar esse Aracnídeo na cadeia.

— Nós vamos? — questionei incrédulo.

— Sr., Robbie está perguntando se quer algum título especial. — Betty surgiu novamente.

— "Homem Aranha e Abutre fazem refém em Nova York".

— Ele a salvou!

— E quem não garante que ele estava com o Abutre? Humpht!

— O povo garante! Viram a briga!

— Parker, você ainda é tão jovem. Por que não busca um bom exemplo no Capitão América, filho?

— Mas-

— Com certeza o Abutre e o Aranha estão trabalhando juntos. É óbvio. Já vem da espécie.

— Espera aí, abutres não são-

— ATÉ MAIS, PARKER! — antes que eu terminasse, meu chefe me empurrou pra fora da sala. — Pegue o pagamento com a srta. Brant.

Prendi um resmungo na garganta, fechando os punhos. Eu não iria aguentar dois dias convivendo com esse cara.

Uh.

Sem comentários.

Após pegar meu pagamento, sai do prédio e praticamente corri quando vi que estava atrasado.

Atrasado para aonde? Torre dos Vingadores, baby. É isso aí. Dizer sim para Nick Fury havia sido uma tarefa difícil, mas com o apoio de Gwen eu sei que vou conseguir segurar mais essa responsabilidade. E hoje finalmente eu ia conhecer o resto da equipe.

 

Logo na entrada da Torre, um homem de terno e crachá devidamente colocado veio na minha direção.

— Não seria o sr. Parker, seria?

— ...err, sim. Eu tenho uma reunião com os-

— Ah, é, é. — ele assente, parecendo surpreso ao me olhar de cima à baixo. — Sou Happy Hogan, vou te mostrar o caminho.

Ele nos levou até o elevador, e eu tentei não me impressionar com o número de botões que tinham ali. Era com certeza um dos prédios mais altos de Nova York.

— Você não era o segurança dele? Acho que já te vi na TV. — comentei, detestando o silêncio.

— Tive que desistir. Ele é o Homem de Ferro, por que precisaria de um segurança?

Assenti, entendendo.

— Tony insistiu muito. Nem mesmo a proposta de ter uma própria armadura me fez mudar de ideia. — ele adicionou após um tempo, o tom pomposo demais para ser verdade. — Ele não vive sem mim, sabe.

— Hm.

— Agora trabalho como segurança da srta. Potts.

— A namorada dele? — lembrei do sobrenome de algum lugar.

— Agora noiva.

— Ah, claro.

Ele me olhou de cima à baixo novamente, dessa vez de maneira mais sincera e curiosa.

— Você não é jovem demais pra ficar envolvido nisso tudo? O que eles querem com você?

— Algumas pessoas não tem muita escolha. Quando percebi, já era o herói de Nova York.

— Espera... você não seria o Ho-

Nesse momento, o elevador apitou e se abriu.

Bom dia, sr. Parker.

— Esse é o JARVIS. — explicou Happy. — O mordomo eletrônico, podemos dizer.

— Eletrônico?

— Tony mesmo o criou.

— E onde ele fica?

— Em todo o canto. Entre os tubos da casa, filmando tudo, nos mantendo em segurança, em silêncio. Mas é só chama-lo que ele irá lhe atender.

— Parker!

Virei, avistando Tony Stark e sua camisa preta de mangas longas da AC/DC e um copo de bebida na mão. Whiskey, eu suponho.

— Pensei que não viria.

— Eu disse ao Fury que vinha.

— Por isso mesmo. Achei que ele tinha te assustado.

Eu sorri e Tony acenou para Happy, o dispensando.

Caminhamos pela sala de estar que wow, devia ter o tamanho da minha casa!

— Não deixa eles te intimidarem, garoto. Todos aqui temos bom coração.

Assenti, vendo os olhares se voltarem para nós. Nick Fury estava de pé junto de um homem forte com expressão séria, mas com uma postura desleixada demais para não ser um cara legal. Uma mulher de cabelos tão vermelhos como os de Mary Jane e-

Oh. Meu. Deus.

Era o Capitão América.

Atrás de mim, Tony comentou apontando para a mulher.

— Menos é claro, a ruiva assassina de olhos verdes e gélidos.

— Muito engraçado, Tony. Vou adicionar seu nome na minha lista negra. — ela retrucou com um sorriso falso, fazendo o cara perto de Fury rir.

— Eu não tenho culpa se você tem fama.

— Gostaria de saber o que a sua fama diz sobre você?

— Não preciso, todos os dias tem um artigo sobre mim nos jornais. Mas se eu precisar eu te chamo pra ler pra mim.

A ruiva rolou os olhos e Nick Fury se aproximou junto do-

— Vocês já pararam? Ótimo. Senhores, este é Peter Parker. Peter, este é-

— O Capitão América. — eu sorri largamente, apertando a mão do loiro. — Sr., é um prazer imenso, senhor! Eu sou um grande fã, desde criança senhor, é sério, vai ser uma honra trabalhar com o senhor, eu nem sei como-

— Parker. — Tony rangeu, apertando meu ombro.

— Ah é. — sem graça, soltei a mão do loiro. — Desculpe, senhor Rogers, Capitão, quer dizer, Capitão América...

Ele sorriu educadamente e eu quis um buraco pra enfiar minha cara.

Ah, qual é! É o Capitão América, não podem me culpar por isso.

— Você é tão jovem, filho. — Steve Rogers me olhou de cima à baixo. Uma honra, devo acrescentar. — Mas eu li sua ficha. É incrível as coisas que você faz, seja bem vindo.

Eu sorri feito criança, assentindo. Deus, eu mal podia esperar para contar pra Gwen!

— Okay, garoto. Para se não vai começar a chorar, ainda tem dois aqui que você não conhece. Oficialmente, quer dizer. — Tony me arrastou pelos ombros e eu tive que me esforçar para não virar a cabeça feito louco e encarar o Capitão América por mais alguns segundos. — A ruiva cujo coração fora arrancado, Natasha Romanoff. Não se engane, ela fala latim.

— Latim ainda existe?

— Foi a mesma coisa que eu pensei! — Tony arregalou os olhos, surpreso.

— Já terminaram? Dá licença. — a tal Natasha parou na minha frente. — Não escuta ele, Peter. Tony é inteligente, mas pessoas loucas também são. 

— Hey!

— Eu sou a Viúva Negra, é um prazer.

— Prazer. — apertamos as mãos com sorrisos contidos.

— É, e aquele ali! — Stark apontou para o outro cara. — É o coração dela que foi arrancado a.k.a Clint Barton, o Gavião Arqueiro. Eles se amam mas não admitem. Coisa de assassinos.

— Isso não é engraçado, Stark.

— E cadê os outros? — olhei ao redor.

— O Dr. Banner está fora do país, trabalhando em uma pesquisa com Jane Foster. Thor não está na Terra no momento mas é questão de alguns meses até ele aparecer. — Fury explicou.

— Entendi.

— Então... estamos aqui pra nos conhecer. — Clint Barton se debruçou sobre o sofá. — Quer whiskey?

 — Ah não, eu não bebo. Obrigado. — sentei no sofá e eles me acompanharam.

— Ainda não tem 21 anos, né.

— Isso nunca me impediu. — Tony estufou o peito e Steve rolou os olhos.

— Não escuta ele, Peter. É um péssimo exemplo.


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Notas finais do capítulo

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