Gwen Stacy

Sexta feira chegou em um piscar de olhos, e com ela, meu encontro marcado por Jennie e Ally com alguns amigos. Apesar de estar bem contra no começo, agora me sinto confortável por ter aceitado. Seria bom me diverti um pouco mesmo com a dor de cabeça que ia e vinha... estava mais forte que o normal essa semana, mas eu poderia aguentar por hoje.

Vesti uma calça jeans, minhas botas pretas de cadarço, e uma camisa de gola alta. Peguei a chapinha e deixei meus cabelos lisos, arrumando a franja. 

 Colocando a alça da bolsa através do meu corpo, me despedi de minha família e fui ao encontro de minhas amigas em um restaurante.

— Hey! Você demorou. — Jennie acenou, me surpreendendo.

— Sério? — perguntei. — Eu nem vi a hora passar! Não perdi muito, né?

Nós rimos, entrando dentro do local e eu olhei ao redor.

— Parece familiar.

— É por que é! A gente veio aqui algumas vezes antes do seu acidente, aqui vende-

— -almondega coreana. — nós completamos juntas e eu sorri. — Reconheci o cheiro.

O pessoal estava reunido em uma mesa. Allison, o namorado dela que eu não conhecia, Liz Allan (que eu tinha chamado no dia anterior), Eddie, Mary Jane- espera, Mary Jane?!

— Gwen! Gatinha! — a ruiva se levantou, me puxando para um abraço.

— Oii! Que bom te ver! — respondi e estava sendo sincera, apesar de meu... bem, como posso dizer... ciúmes quando a vi com Peter... não podia negar que a energia dela levantava qualquer um. — Eddie que te trouxe?

— Não sei como ele conseguiu meu número, mas... — ela deu de ombros.

Me sentei, cumprimentando a todos.

— Vocês já pediram?

— Ah, Gwen! Sim, mas não se preocupe, sempre vem muita quantidade. — Allison explicou. — Quero te apresentar meu novo gato, John.

— Prazer. — John e eu rimos do jeito de minha amiga e apertamos as mãos.

— Ele é astronauta! Chegou de uma viagem espacial há alguns dias.

— Uma semana pra ser exato. — John completou.

— Nossa, meus parabéns! — Parabenizei impressionada. — Deve ser incrível trabalhar na NASA!

— Oh, é sim. É uma experiência maravilhosa! Algo para se pensar no futuro, Gwen. Allison me contou sobre o seu trabalho na Oscorp.

— Ela falou?!

— Só que você é a melhor jovem cientista que temos lá.

— Ally! — Exclamei. — Não é bem assim John, ela tá exagerando.

— Ela não tá exagerando nada. — Jennie reforçou. — Vocês sabiam que foi a Gwen quem conseguiu o antídoto para o Lagarto?

— O que?!

— Jennie!

— Ué, é verdade.

— O Lagarto? — Mary Jane saiu de sua conversa com Eddie, me olhando curiosa.

— O Dr. Connors, — corrigi. — E eu não fiz tudo sozinha, eu tive a ajuda do-

— Homem Aranha! — Mary Jane sorriu, completando.

— ...do meu pai. — corrigi mais uma vez, cabisbaixa.

A mesa ficou em silêncio por um momento, e Allison estapeou a cabeça de Jennie.

— Viu o que você fez?!

— Eu só queria provar meu ponto! Gwen, me desculpa. Você sabe que é inteligente, por que se diminui tanto?!

— Não me diminuo, apenas sou humilde.

— Humildade é bom! Foi uma das primeiras coisas que eu aprendi quando eu entrei na NASA. — de repente, John continuou, contando uma de suas aventuras no trabalho.

O clima melhorou bastante depois disso, o garçom veio com nosso pedido e nós comemos, fazendo graça com os palitos que nos entregaram. 

— Liz, o Flash já foi para o exército? — uma hora depois eu perguntei.

— Sim! Estava tão animado! E eu estou fazendo uns trabalhos de modelo.

— Que ótimo!

— A propósito, Mary Jane! Você é tão bonita, não quer conhecer a agência que eu trabalho? — Liz perguntou para a ruiva, que arregalou os olhos.

— Você me levaria?

— Se você quiser...

— Claro que eu quero! Puxa, muito obrigada!

Sorri vendo as duas conversarem e me voltei para Eddie e John que falavam sobre o Clarim Diário. Pensei ter ouvido algo errado, mas não.

— Espera, você é filho do editor?! — exclamei surpresa.

— JJ Jameson, sim.

— Uau.

A reputação de Jameson não era das melhores, e eu sabia disso... espera, como eu sabia disso? Franzi o cenho, massageando as têmporas.

— Sim, sim, todos dizem isso. — John respondia para algo que Mary Jane falava. Respirei fundo, voltando para a conversa.

— Deve ser porque você é tão calmo, enquanto o sr. Jameson é um pouco... – Mary Jane se calou, gesticulando.

— Histérico?

— Bom, sim. Pelo menos, foi o que o Peter me contou. Ele também trabalha com o seu pai.

— Quando não é o Aranha, é o Parker! O que tem com eles, hein? — Eddie perguntou com uma risada falsa.

— Iiihhh, acho que ele não está tão na sua. — ao meu lado, Jennie sussurrou.

— Ainda bem. — respondi, ao mesmo tempo que Mary Jane dizia:

— E o que você tem contra eles? Hein?

— Ui, essa doeu até em mim. — eu sussurrei para Jennie que riu.

— Enfim. — John suspirou alto, antes que eles começassem a brigar. — Não achei que fosse conseguir vir, Eddie. Estava lá quando ouvi meu pai te mandar tirar fotos que não eram do Aranha? Ou eu ouvi errado?

— Ah, que droga! É mesmo! — Eddie pareceu lembrar. — É sobre os novos recursos que a Oscorp está usando para obter energia elétrica.

— A Gwen pode te ajudar. — Allison apontou, me fazendo arregalar os olhos. — Ela estudou toda a usina que eles- Ai! — ela exclamou assim que eu lhe chutei por baixo da mesa. Todos a encaram, sem entender. — Ai que cólica horrível! Elas sempre aparecem nos momentos mais inesperados né?

— Sim, mais inesperados. — sorri entre dentes.

— Então, você acha que me pode ir comigo na usina, Gwen? — infelizmente, não foi o suficiente para distrair Eddie, que me olhava esperançoso. — É muito melhor tirar fotos quando se sabe o que está fotografando.

Sentindo a pressão dos olhares de todos, me forcei a sorrir. Minha dor de cabeça a um passo de voltar.

— É claro.

Narrador.

Ela abriu a porta da sala, e tentou não parecer surpresa ao vê-lo ali.

Seu coração, no entanto, palpitou em seu peito. — Harry?

— Felícia. — ele pareceu respirar seu nome. — Procura isto?

Ele segurava a bolsa prateada que ela havia esquecido. Felícia Hardy se aproximou, aceitando o objeto de um Harry Osborn trajado do modo mais elegante que ela já tinha visto.

— Achei que você só vinha vir semana que vem. — contou, lembrando-se das notícias da volta dele a empresa. — O que te trás aqui tão cedo?

— Você está linda. — Harry desconversou, a elogiando. Ela quase riu. Em nenhum momento ele tinha tirado os olhos dos olhos dela. — Mas o preto fica bem melhor...

— Você se lembra, então.

— Eu me lembro de todos, em todos os momentos.

— Não tive a oportunidade de conversar com você. — a mulher sentou-se na cadeira, se desculpando. — Os médicos não me deixaram entrar em Ravencroft.

— Eu entendo, não precisa explicar. — falou, seu tom quase tedioso. — Eu sei que você não mentiria pra mim... os outros, no entanto...

— Não está arrependido, então? Por ter tomado a fórmula?

— Não me arrependo de nada.

Ela apertou os olhos em sua direção.

— Isso te assusta? — ele perguntou. — Eu não me arrepender de nada, te assusta?

— Ainda não decidi. Você tentou matar todo mundo que viu aquela noite.

— Todos não. — ele a encarou sério. — Eu deixei você viva.

— Eu passei várias semanas me perguntando o porquê. — ela esticou a mão pela mesa e tocou na dele. — Quando a resposta sempre esteve na minha frente.

Delicadamente, ele puxou a mão dela e depositou um singelo beijo em sua pele, sorrindo.

— Eu irei adorar trabalhar com você novamente. — Felícia sorriu de volta, cuidadosa. Que jogo ele estava jogando dessa vez? — Mas eu não sou tola o bastante para achar que você só veio aqui para ver como eu estava.

Harry riu, se levantando e indo até o balcão que tinha ali ao lado.

— É a minha garota.

— O que quer Harry? Tenho advogados me esperando lá embaixo, então se apresse.

— Acho que isso pode esperar.

Lhe entregando uma taça de vinho, ele sorriu. — Que tal um trato?