Lost And Found escrita por Insomniac Killjoy


Capítulo 11
Have Some Fun


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK! BOOOM! Espero q gostem, e prometo q posto em breve XD
Desculpem qualquer erro, não revisei totalmente



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Ninguém falava comigo ou ao menos olhava nos meus olhos. Qualquer pergunta que fazia, sobre qualquer assunto, não tinha resposta alguma. Elas fingiam que eu não existia. E não adianta eu dizer que aquilo não foi obra minha ou pedir desculpas por um ato puramente contra mim.

Tudo isso por causa da idiotice de Camille e Aline. Elas querem ver eu me dando mal. Que tipo de pessoa rouba algo da outra e planeja vingança só por algo bobo? No caso, por eu não ter pedido desculpa quando esbarrei nela.

–Terra chamando Clary- diz Izzy. Balanço a cabeça e olho para ela.

–Desculpe. Estou meio distraída ultimamente.

–Percebi- ela se levanta e senta-se ao meu lado. - Por que está assim? Faz quatro dias que está mal desse jeito.

Eu não olho em seus olhos, apenas fico em silencio encarando meus dedos tamborilarem em minha perna.

–Camille e Aline são terríveis. Eu sei que elas fizeram aquilo para você. As garotas são tão manipuladas por elas que acreditaram. A falsa simpatia pode ser uma arma e tanto. Foi um plano bem feito, mas também o mais baixo que poderiam ter feito. E não quero ver você chateada por causa dos outros. Que se dane que as garotas fingem que você não existe. Que se dane todo mundo.

Isabelle foi a única a manter as coisas como antes, me tratando como se nada tivesse acontecido. Mas sei que ela também recebeu uma foto.

–O que elas colocaram em seu armário?- pergunto, ainda com a cabeça baixa.

–Uma foto tão estúpida que dei risada - ela procura e encontra a foto. Ela está beijando um garoto de cabelos verdes, alto e forte, com uma tatuagem enorme no braço esquerdo. Ela dá de ombros- Quando vim para cá, estava tão brava com a minha mãe que chamei Melliorn para vir também. E o beijei antes de entrar. Não é o tipo de cara que meus pais... Aprovam.

Entrego a foto para ela novamente e ajeito-me na cama.

–Sabe Clary- olho para ela e ela sorri. - Vou dar uma festa amanhã e quero que você vá.

–Izzy, eu sou a esquisita– digo tirando meus sapatos- Você é uma garota incrível e não quero que sua reputação fique marcada ou...

–Ah, Clarissa Fray- diz ela em tom de advertência- Pare com isso agora mesmo. Vai ficar de drama para meu lado? Ah, você que pensa querida. Vai ligar pra sua mãe agora mesmo e avisá-la, escute bem, avisá-la que vai
à minha casa amanhã e só voltará domingo. Não é pra pedir permissão, é avisar.

Dou uma risadinha e pego meu telefone. Não demora a que minha mãe atenda e eu lhe avise sobre os planos do fim de semana. Ela estava dormindo quando liguei, isso faz com que fique mais boazinha. Ela apenas disse: tudo bem, se divirta.

–Melhor dormir então- diz Isabelle, que ouviu tudo- Porque vamos deixar de descansar por um tempo, querida.

Xx

Entramos em um carro preto reluzente e o motorista fecha a porta. Depois que ele guarda nossas malas, o carro começa a andar.

Hoje mesmo, antes de sairmos do quarto consegui convencer Izzy a me deixar em casa, e depois eu vou para a sua, na hora da festa. Ela não estava aceitando no inicio, mas eu consegui convencê-la.

–Tchau Izzy- digo dando-lhe um abraço rápido no momento que o carro para na frente da minha casa. –Te vejo depois.

–Quer que eu mande o motorista te buscar?

–Não precisa. Só me mande uma mensagem com o seu endereço.

–Tudo bem. Até mais.

Desci do carro logo após a porta se abrir pelo motorista. Ele se ofereceu para carregar minha mala para dentro da minha casa, mas eu recusei educadamente e eu mesma carreguei-a.

Toco a campainha e logo uma mulher com os cabelos ruivos bagunçados aparece. Seu sorriso ao ver-me é enorme. Ela me abraça com força. Quando seus braços me soltam, ela me guia para dentro.

–Como vão as coisas?- pergunto largando minha mala ao lado da porta e tirando meus sapatos. Podem me enviar pra qualquer canto da galáxia, mas acho que em quesito de modos, eu não vou mudar.

–Ah, está tudo bem. Ando trabalhando em excesso, mas consigo controlar tudo.

–Sempre quis saber se você não fica cansada de só ouvir os problemas alheios e nunca dizer para ninguém os seus. Não é muito peso sobre seus ombros não?- solto meus cabelos e sento no sofá de maneira um tanto desleixada e minha mãe senta ao meu lado.

–Não acho. Estou extremamente bem no momento. E eu sei separar as coisas, trabalho e vida pessoal.

–Isso é bom.

–Mas e você? Como vai?- ela pega minha mão e sorri amarelo.

–Tudo bem- eu me lembro da Dupla do Diabo, Camille e Aline. –Ah, mais ou menos para ser franca. Tem duas meninas na escola que me odeiam e sempre querem me fazer encrenca.

–Como assim?- Sabia que ela iria ficar preocupada, mas continuo.

–Elas apenas fazem coisas bobas. A última coisa que fizeram foi roubar meu álbum e arrancar as folhas. Espalharam fotos constrangedoras de todas as garotas e disseram que eu que fiz isso. Ninguém está falando comigo, exceto Izzy.

–Isso não pode ficar desse jeito Clarissa. Vou ligar para escola e... –ela já começa a se levantar, mas seguro seu pulso.

–Não mãe. Não precisa. Já acabou. Eu falei com elas e combinamos que se cada um ficar na sua, nada de guerrinhas infantis- minto.

–Tem certeza?

–Claro. Elas pareceram concordar. Sério mesmo.

–Qualquer problema, me avise.

–Eu sei dona Jocelyn - abraço seu pescoço e dou risada de sua cara de preocupação excessiva. –Relaxe. Estou muito bem.

Xx

Deixo a musica em meu quarto tocando bem alto e vou tomar banho. Tento esquecer um pouco de toda a semana enquanto estou debaixo da água morna.

Saio e começo a me arrumar. Visto-me e começo a ajeitar o cabelo. Seco os fios alaranjados com certa pressa e depois prendo todo meu cabelo em um coque bem firme. Coloco a alça de uma mochila com meus pertences para passar uma noite na casa de Izzy.

Pego minha câmera, uma bolsa para guardá-la e vou para a sala, onde minha mãe está deitada no sofá vendo Piratas do Caribe.

–Mãe, estou indo para a casa e Izzy, tudo bem? Você vai me levar ou...

–Eu te levo- ela dá um pulo do sofá. Coloca suas pantufas e vai para a garagem. Eu apenas a sigo- Onde é mesmo?

Pego meu celular no bolso e vejo o nome da rua. Entrego a ela e ela lê o endereço enquanto vai entrando no carro.

–Vai voltar que horas amanhã?- pergunta minha mãe apertando o botão em um pequeno controle, fazendo o portão da garagem começar a se fechar lentamente.

–Não sei bem. Depende do que faremos. Mas eu posso vir sozinha.

–Tudo bem.

Eu me encosto ao couro do banco e vou observando as ruas e as luzes, resistindo não tirar fotos. Terei tempo de sobra na festa para fotografar. Só espero que não tenha muitas garotas da escola. Mas isso é improvável. Elas não vão a festas comuns, apenas em chás com pessoas da mesma laia que elas. Izzy, apesar de seus modos e ter a mesma origem que muitas garotas ali, ela é diferente delas. Não se importa se fizer alguma coisa que não vai agradar as outras e não finge gostar de todos que vê, apenas é educada com todos. Há uma linha tênue entre a educação e falsidade, e as garotas de lá não sabem disso.

Minha mãe para o carro no meio da rua vazia e olho para minha direita, vendo uma mansão enorme, com luzes e muitas pessoas por ali, entrando e saindo.

–Divirta-se- diz ela abrindo minha porta. Dá um beijo em minha testa e eu saio do carro.

Ando pelo caminho de pedras entre a grama verde. As luzes batem na superfície das pedras e elas brilham. Distraio-me e quase caio, mas me mantenho em pé.

Um empregado está parado na soleira da porta, com ambas as mãos para trás. Acho que o mordomo.

–A senhorita poderia me informar o nome, por gentileza?- a voz do homem é bem calma e isso não combina com as batidas animadas vindas de dentro da residência.

–Ahn... É Clary- ajeito a alça da mochila- Ou talvez esteja como Clarissa,

Ele checa em uma prancheta que estava em suas mãos e bate o indicador sobre o papel uma vez. Um sorriso surge e ele estende o braço, convidando-me para entrar.

–Boa diversão, senhorita... Clary. Não quer que eu cuide de sua bolsa?

–Obrigada- digo entregando-lhe a mala. Encolhendo meus ombros entro no ambiente enorme e cheio de corpos dançantes.

Não demora mais que cinco minutos para que eu veja Isabelle. E ela está radiante, mais do que o comum. Seu sorriso faz com que ela pareça algum tipo de super modelo caminhando em minha direção.

–Clary!- ela me abraça. Quando me solta, analisa minhas roupas. –Fique a vontade ouviu? Finja que está em casa.

–Ok.

Ela dá um sorriso e eu retribuo, para assegurá-la de que não vai precisar dar uma de babá e ficar cuidando de mim. Pego minha câmera e começo a andar entre as pessoas assim que Izzy sai.

Subo nos degraus e tiro algumas fotos de pessoas dançando, ou apenas de copos deixados no carpete que cobre a escada. Como e bebo de quase tudo que os empregados servem. Decido tirar foto de alguns copos reunidos, com garrafas e coisas do tipo, Nenhum lugar melhor que a cozinha para isso.

Desço e enquanto vou andando, vou procurando a cozinha com o olhar. Quando a encontro, vou para lá. E encontro o que quero. Sobre um balcão vários copos vermelhos e algumas garrafas estão por ali. Tiro minha câmera da bolsa e ajeito-me para tirar uma foto boa.

Uma tigela cheia de ponche está disposta a uns palmos das garrafas. Eu pego um copo limpo e sirvo apenas um pouco. Quando uma pequena porção do liquido colorido entra em minha boca, percebo que ele foi batizado. Mas dou de ombros e pego um pouco mais. Então decido ir dançar com Izzy, no meio das inúmeras pessoas, já que consegui encontrá-la ali no meio.

Caminho em direção a massa de seres dançando e cantando sobre as luzes multicoloridas e a música alta. Meus olhos vagam pela sala e eu vejo alguém encostado à parede, com um copo na mão, sorrindo ao lado de um garoto de rosto um tanto familiar. O louro dá uma gargalhada e fala alguma coisa para o moreno, irmão de Izzy. Meu coração parece ter parado por uns instantes quando vejo o causador de algumas encrencas minhas.

Jace Wayland


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Notas finais do capítulo

E ae?