Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 18
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

GENTE EU VI OS EPISÓDIOS COM A HEATHER QUE PERFEIÇÃO AAAAAAHHHH
Ignorem meu chilique kk lembram que no ultimo capitulo eu falei que heather da fic não tem relação com a do corrida até o limite? bem, mudei de ideia kk agora a da fic é uma continuação da da série, achei que teria erro de continuidade mas não teve não então sim botei elementos da série na fic.
Espero que gostem :3



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– Onde vocês pensam que vão?! - uma voz desconhecida exclamou. Nos viramos para o lado onde ficava o início da floresta e nos deparamos com uma figura encapuzada, completamente involta em uma longa capa negra. Ninguém respondeu a pessoa, nem mesmo Soluço.
A figura ergueu a cabeça, os olhos verdes, inicialmente, queimavam de raiva, o nariz e a boca era cobertos por outro pedaço de pano, também negro. Seus olhos se arregalaram, surpresos e repentinos.
As mãos do desconhecido subiram até o capuz, baixando-o e revelando madeixas negras e soltas, logo depois foi baixado o tecido que escondia boa parte de seu rosto, corri em direção a ela e me joguei em seus braços.
– Que saudade! - Heather exclamou, me abraçando até minhas costelas doerem.
– Eu que o diga! - murmurei. Nos soltamos.
– Vocês não cansam de me perseguir, não é mesmo? - a morena brincou, dando um abraço rápido em Soluço.
– Como você tá? - meu namorado perguntou pra ela.
– Ahn... Bem... - Heaather respondeu com tom de quem estava escondendo alguma coisa (como sempre). - E vocês?
– Também. - respondi por nós dois.
– O que traz vocês à minha humilde ilha? - ela perguntou, fazendo um gesto abrangente.
– Bem, na verdade pretendemos exilar um prisioneiro aqui. - Soluço respondeu e indicou Erick com a cabeça. - Essa ilha foi revistada há três meses por nossos vikings! Não havia um sinal de vida aqui!
– Eu estou aqui há dois meses. - Heather esclareceu e deu uma risadinha.
– Ah, certo.
– Você cederia o lugar para um exilado criminoso e viria conosco para Berk? - propus, implorando para ela que aceitasse, a morena pensou por alguns segundos.
– Bem, não tenho muito a perder saindo daqui, na verdade, apesar de um probleminhas, seria até melhor ir para Berk com vocês, só vou avisando que não vou morar lá! Nem ficar muito tempo... - eu cortei seu discurso abraçando-a mais uma vez.
– Obrigada. - sussurrei. Quando recuei, Soluço me lançou um olhar estranho, que não compreendi, mas depois normalizou sua expressão.


***


Sim, eu topei a proposta da Astrid, pensei que aquilo me faria bem melhor do que ficar sozinha em uma ilha isolada por toda a eternidade e, além do mais, àquela altura não deveriam estar mais me perseguindo e mesmo que estivesse, Berk seria o último lugar em que me procurariam. Estava precisando de amigos.
– Vamos deixá-lo na floresta de uma vez! - Soluço exclamou, impotente, e automaticamente os quatro vikings amarram aquele prisioneiro a um tronco na entrada do bosque.
– Você precisa pegar alguma coisa? - Astrid me perguntou acariciando o focinho da Tesoura de Vento.
– Não, já estou com tudo aqui. - respondi indicando a bolsa atrelada à sela do meu dragão, sempre trazia meus poucos pertences comigo, já que viaja muito e às vezes costumava esquecê-los por aí.
– Já podemos ir. - Astrid disse para Soluço que afirmou com a cabeça. Subimos no navio, fazia muito tempo que não pisava em nenhum tipo de embarcação, meu dragão era transporte suficiente para mim, mas achei melhor viajar com Tesoura de Vento e com eles pelo mar, para não cansar ainda mais minha preciosa amiga.
– Desculpe não ter apresentado vocês antes. - disse Soluço. - Pessoal, essa é a Heather. Heather esses são Naldo... - ele indicou o garoto Moreno - ... A irmã gêmea dele, Brenna - apontou a ruiva que não se parecia nada com o irmão - ... E, por fim, Verena, MINHA irmã. - a menina de cabelos incrivelmente longos sorriu para mim, eu engasguei.
– COMO É QUE É?! - exclamei. Eles riram.
– Pois é também tivemos essa reação - falou Soluço, rindo. - É um loooooonga história. Também conheci minha mãe e agora ela mora comigo.
– Espera, sua mãe não estava morta? Gente, é só eu ficar alguns aninhos sem ver vocês e o mundo vira de ponta cabeça. - comentei, confusa e surpresa.
– Não se preocupa, depois te explico tudo direitinho. - Astrid falou e em seguida soltou uma piscadinha debochada. Novamente, noite um olhar estranho do Soluço, no momento em que Astrid me abraçou na praia, era uma expressão um tanto amarga, ameaçadora, não conseguia entender tal atitude.
– Eu nunca tinha visto um Chicote Cortante pessoalmente. - Verena acariciava meu dragão com os olhinhos brilhando - Ela é incrível! Como se chama?
– Essa é a Tesoura de Vento. - me aproximei e pus a mão sobre o meu dragão.
– Genial.


***


Quando atracamos em Berk já estava anoitecendo e Perna-de-Peixe, Cabeça Dura, Cabeça Quente e Melequento nos esperavam no trapiche. Foi uma grande surpresa para eles ver Heather descer do navio ao lado de Tesoura de Vento.
– Desculpa Heather, mas infelizmente não poderei ficar com você, sei que você me deseja ao extremo, mas existem muitas garotas me desejando também e não posso abandoná-las. - Melequento falou logo depois de cumprimentá-la. Eu e a morena caímos na gargalhada.
– Tudo bem, Melequento, aceito suas desculpas. - ela falou sarcástica entre risos.

– Então agora você e o Soluço são oficialmente namorados, né? - Heather perguntou, com um olhar sem vergonha. Haviamos sentado em um canto para por o papo em dia, concordei com a cabeça, hesitante.
– Ha ha, sabia! Odin é pai, meus deuses! Até que enfim! - ela exclamou e riu, empurrei seu ombro com força, ela gargalhou ainda mais.
– E o Perna-de-Peixe? - devolvi, erguendo uma das sombrancelhas, ela soltou um risadinha timida e encarou o chão.
– Veremos. - disse simplesmente.
– Uhum. - eu ri.
– Para! - ela reclamou rindo também. - Enfim, mudando de assunto, aqueles três me parecem ser bem legais.
– Quem? A Verena, o Naldo e a Brenna? - Heather fez que sim com a cabeça - Eles são. Admito que foi um choque quando Valka disse que Soluço e Verena eram irmãos, mas me acostumei rápido com a presença dela, é realmente uma pessoa muito boa.
– Falando nisso, me explica direito essa história. - Heather pediu, então contei pra ela, tudo, desde o encontro do meu namorado com a mãe dele até a chegada dos novos habitantes e a morte de Stoico.
– É, eu ouvi por aí que ele tinha falecido. - ela comento triste. - Mas não conseguia acreditar.
– Nem nós. - eu tinha lágrimas nos olhos. - Agora o Soluço é nosso líder, o povo gosta muito dele, mas é bastante peso para seus ombros.
– Bem, pelo menos ele tem você pra ajudá-lo. - ela sorriu e eu devolvi o sorriso. Nossos olhares foram atraidos para o lugar daonde vinham o som de passos se aproximando, Soluço apareceu em meio ao breu da noite sem lua ou estrelas.
– Bem, eu vou me retirando, to meio cansada sabe? Só por isso mesmo - Heather se levantou e deu uma piscada pra mim, eu ri. Ela deu boa noite para meu namorado e seu foi, ele sentou ao meu lado.
– Oi
– Olá
– Você tá feliz pela Heather ter voltado né? - Soluço perguntou.
– Claro, bastante, ela é uma ótima amiga sabe?
– Tem certeza que pra ela você é só uma amiga, Astrid? - meu namorado questionou, severo, entendi as expressões estranhas no mesmo segundo.
– Você tá brincando comigo, né Soluço?
– Não estou. Sei lá, ela age de um jeito estranho com você, carinhoso demais, não sei.
– Pelo amor dos deuses! - comecei a ficar furiosa com ele.
– Não fica brava comigo! Só estou comentando!
– Ah, por favor! É ÓBVIO que ela não gosta de mim desse jeito! Só por que você não costuma me ver tendo amigas não quer dizer que seja isso! - meus olhos começaram a ficar molhados novamente, uma lágrima chegou a escorrer, eu não devia ter falado nesse assunto.
– Não chora, não chora, por favor! Não sabia que isso ia te magoar, me desculpa, por favor. - ele me implorou, fiquei em silêncio, pensando na minha situação, na vida inteira que eu tive sem uma amiga, nunca havia me importado muito com isso, mas agora...
Meu namorado me puxou e me abraçou forte. Chorei, sei que aquela coisa pequena não era motivo pra choro, ainda mais pra mim, e fazia Soluço se sentir culpado, mas não consegui segurar. Era uma reunião de preocupações e estresses que estavam presos na minha garganta, não consegui segurar.
– Não é culpa sua... - murmurei. - É só... muita coisa... eu... eu...
– Eu sei, tudo bem, amor, tá tudo bem. - ele tomou meu rosto em suas mãos grandes e quentes, secou meu rosto molhado com os polegares. - Você só precisa descansar.
Eu o beijei, precisava dele tanto quanto ele precisava de mim, ou até mais do que isso, precisava de alguém ao meu lado, sempre precisei, só não percebia isso há alguns anos atrás, pensava que sozinha faria as coisas de uma forma melhor, que me viraria tranquilamente, achava que a solidão me faria mais forte. Não é verdade, todo mundo precisa de alguém, de estímulo, de apoio, até mesmo eu.


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Notas finais do capítulo

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