Irmãs Blood escrita por Raquel Barros


Capítulo 20
Discussão.


Notas iniciais do capítulo

Capitulo do Alef.



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Faltava alguém na mesa dos Bloods.

A Angel não estava. E apesar de toda a alegria por ver minha Bev acordada tinha um quê melancólico na mesa. Eu não compreendo o porque.

Sentei do lado da Bev, que acariciava a minha mão com as pontas do dedos.

Era bom saber que tínhamos algo concreto.

–Cadê a Angel?

Perguntou a Beverly, logo depois ela mordeu uma maça verde.

–Longa historia querida. Coma. Teve uma noite longa, pelo jeito.

Pediu Ítalo nos olhando com um misto de raiva com compreensão, preocupação e alivio. Algo estranho. Era como se ele estivesse decidindo se iria me matar ou não. Pela Bev, espero que não. Agora que começamos a viver, morrer não era uma idéia aceitável. E ele não tinha como me julga. Engravidou a Antonieta quando ela tinha dezoito e não tinha nem um pouco da minha ligação com a Bev.Afinal. O que dói em Beverly dói em mim. E eu definitivamente não sou masoquista. Nem sádico. O que é estranho. O nome da minha espécie veio da palavra sádico, por causa de Drakon e seus métodos de conseguir o que queria.

–É, bem animada.

Resmungou Caryn mal humorada. O que tinha acontecido com a garota bem humorada que apaixonou o Cam? Morreu e foi trocada por uma com mau humor eterno? Ou sou eu que estou um pouco feliz de mais? Talvez seja tudo isso. Ou outra coisa.

–Então ta.

Concordou Bev.

Senti um sentimento negativo vindo dela. Era uma mistura de raiva e indignação.

“O que foi?”

Perguntei mentalmente.

Bev me deu um olhar rápido. E voltou a comer.

“Você já mentiu para mim?”

Perguntou finalmente depois de algum tempo. Eu me senti ofendido, mas minha raiva foi sobrepujada pela raiva dela. Alguém tinha mentido para a Bev e agora ela estava com raiva.

“Porque eu faria isso?”

“Para me conquistar ou algo do tipo.”

“Não. Eu não faria isso.”

“Todos estão fazendo isso agora. Mentiram para mim a minha vida toda Alef. Mentiram sobre minha verdadeira origem. E eu estou me segurando para não explodir e começa a gritar com todos.”

“Sobre o que mentiram para você?”

–Antonieta não é minha mãe.

Respondeu ela em voz alta. Garfos caíram em cima da mesa. Ninguém esperava por isso. Nem eu.

A Bev não é filha da Antonieta?Então, de quem era?

–Como você sabe?

Perguntou Ítalo.

–Importa? Passaram minha vida inteira mentindo para mim e é isso que você me pergunta, pai? Como fiquei sabendo? Ah, meu Deus. É pior do que eu imaginava. Você não se importa comigo não é? Deve me odiar. Eu não sei o porque? Mas você me odeia.

–Não.

–Odeia sim. Olha a diferença de como você me olha para como você olha para as filhas de sua amada. Eu sou uma mera distração. Alguém que tem que suporta.

–Não é Beverly.

–Prove!

Gritou Beverly furiosa levantando da cadeira. Ela estava me deixando tonto. Sua fúria era forte de mais. Como uma tsunami.

–Já fiz isso. Eu tirei você de sua mãe para te dar um lar de amor. Para você não se tornar uma megera como ela. Ou você acha que teria o Alef, e seria a Beverly se tivesse com a Ivy. Não Bev. Não seria. Seria superficial, egocêntrica e má. Brincaria com os sentimentos dos outros e não se importaria com seu redor. Na verdade você não existiria se eu não tivesse tirado você dela. Te protegido esse tempo todo.

Rosnou Ítalo tentando se controlar enquanto levantava também.

–Sabia que é mais fácil proteger falando a verdade?

Rosnou Bev de volta.

–Você ficaria curiosa e a procuraria. E as pessoas são formadas pela criação Bev. Uma pessoa com seu grau de poder não poderia ter uma criação deturpada. Ou viraria uma destruidora. Sem noção nenhuma do bem, do amor ou da família.

–O que te garante? O que te garante que eu me tornaria esse tipo de pessoa? Ou que eu ficaria curiosa se me conta-se? Mas e se vocês tivessem a sensibilidade de contar a historia toda? A propósito. Qual é a historia? O que eu sou na realidade?

– E você precisa saber? Mesmo?

Perguntou Ítalo irritado.

Eu não consigo imaginar porque motivo eles não contaria a Bev sua verdadeira historia. Mas deveria ser algo bem serio.

–Estou em plena crise existencial. E se não quiser que eu comece a cutucar seus arquivos é melhor você mesmo me contar.

Respondeu Beverly com um toque de rebeldia que eu só tinha visto no Cam.

–Eu não te garanto que seja uma historia bonita.

–E eu não me importo.

Respondeu ela. Ítalo gargalhou. Segurei a mão de Bev tentando acalmá-la. Ela poderia começar a falar coisas que poderia se arrepender depois. A cólera faz isso com todo mundo. Independente de quem seja.

–Você que me pediu...

O telefone tocou impedindo Ítalo de terminar a frase.

Adrian foi levantou e foi atender.

O ar na sala de jantar estava bastante pesado. Todos não ousaram da um pio.

Beverly sentou carrancuda e Ítalo fez a mesma coisa.

A Caryn voltou a comer. Ela não tinha muita coisa para fazer e parecia faminta. A Caryn na verdade parecia cansada. Sobrecarregada até. Diferente da Bev. Mesmo furiosa, ela parecia com alguém que poderia enfrentar qualquer um e vencer. Estava determinada.

Eu estou particularmente um pouco mais encantado com ela. Apaixonado realmente. Que a Bev é linda, é inegável. O cabelo castanho adquiria um tom avermelhado na luz e os olhos azuis tinham um tom um pouco acinzentado. As bochechas pontilhadas de sardas e rosadas era a graça de toda situação. Um toque meio em uma imensidão não tão meiga assim. Mas com aquela determinação ela adquiria algo mais. Um ar de perigosa talvez.

–É o Drakon.

Informou Adrian com o telefone na mão.

Ítalo tomou o telefone na mão dele. A Beverly apertou minha mão e a Caryn largou o garfo e parou de mastigar. Mas o que tinha acontecido? Com a Angel e que estava deixando todos tão preocupados?


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