Coração por Coração escrita por Vicky


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI!!
sim minha gente. Demorei e bastante
peço desculpas aos meus leitores é toda minha culpa esse tempo sem postar...mas quero avisar que agora que estou de férias vou postar em toda semana um capítulo ok?
Então também quero agradecer as pessoas que comentaram. Especialmente para mandy mellark ( Obrigada linda)
Sem mais demora: Aqui está o capítulo 12!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/516625/chapter/13

Pov peeta

A luz batia diretamente no rosto de katniss, refletindo os curiosos olhos acinzentados. Ela mordeu o lábio, suspirou e com uma expressão de desconfiança, perguntou me outra vez o que tinha acontecido. Com uma tranquilidade que me surpreendeu, contei novamente a história destacando os detalhes importantes. Ela não me encarava quando terminei de narrar a pequena aventura, apenas ficou com uma expressão perdida, como se olhasse além da porta. Perguntei-me se ela havia prestado atenção no que eu havia dito, mas depois de alguns lentos minutos, katniss virou-se para mim e simplesmente sorriu. Os labios estavam rosados e as maçãs da sua face se mostraram exuberante em seu rosto, e não consegui evitar. Acabei retribuindo o sorriso.

– Muito obrigado peeta...pela sua ajuda- disse educada e então levantou-se e percebi que ela não sabia bem o que fazer. Podia me abraçar ou apertar minha mão como forma de agradecimento. Ela escolheu a segunda opção. E assim que nossos dedos se tocaram um choque suave passou pelo meu corpo. Como um magnetismo que ainda ligava minha mão na de katniss.Era como se algo flutuasse em torno de mim e depois caisse em queda livre. Quando sua mão separou- se da minha, katniss estava constrangida. Talvez também tenha sentido a mesma ligação. Ela parecia procura algo na sala que a tirasse daquela situação. Eu a compreendia muito bem. Sabia como se sentia. Quem diria que eu Peeta Mellark algum dia a ajudaria. Era algo milagroso e impressionante.

Ela olhou em volta da sala mais uma vez até que em um momento nossos olhos se encontraram. Ela logo desviou o olhar e se eu tivesse prestado mais atenção, podia jurar que suas bochechas estavam vermelhas. Mas naquele instante minha mente pousava diretamente na sua boca. Não dava para disfarçar..

A garota estava linda!

Os cabelos negros tão encantadores e sedosos que resistir à tentação de toca los. O que tá acontecendo com você peeta? Me repreendi mentalmente

–Acho....Acho que eu devo ir agora- falei distraído enquanto observava katniss pegar sua jaqueta e a colocar sobre os ombros. Avistei um pouco ao longe um relógio em cima da bancada de remédios e....entre outras coisas que uma sala de enfermagem deve ter e me desesperei ao constar que havia perdido duas aulas. Eu não estaria desse jeito se não soubesse que isso prejudicaria mais uma vez o meu histórico.

–Eu vou com você-katniss tocou o meu braço

–Mas voce tem ainda que conversar com seus pais e a enfer..

–Então você pode me espera?acho que eles devem está aqui fora- katniss me cortou e se dirigiu para sala ao lado . Ela nem ao menos me deixou concordar.

Do lado de fora pude ouvir os murmúrios de katniss provavelmente consolando a sua mãe. Naquele instante me veio algo na cabeça. A senhora e o senhor everdeen não parece em nada com katniss. A cor dos cabelos, dos olhos os traços eram totalmente diferentes dos pais. Talvez as feições devam ser do DNA de sua avó ou quem sabe... Mas não tive tempo para pensar.

Uma katniss pensativa entrou pela sala.

–E então?...-ela levantou o rosto e me encarou

– Acho que podemos ir

– Não dá mais- apontei pro relógio- Só tem mais uma aula até irmos para casa. Seus pais já foram?- ela assentiu tocando o pescoço

–Preciso ir para algum lugar calmo. Para pensar sabe?-falou com uma voz embargada. Katniss parecia que a qualquer momento fosse desmoronar. Seus olhos já estavam cheios de água. A morena dava uns soluços tímidos. Meu coração se apertou dolorosamente. Não entendi bem o porquê, mas eu queria pegar e sentir a sua aflição. É sério peeta você está muito estranho– pensei

– Sim. Você tem em mente algum lugar?- perguntei. Não fazia idéia para onde poderemos ir.

– Acho que a biblioteca está vazia agora

–Biblioteca?- a quanto tempo eu não ia para essa caverna cheia de livros. Eu tinha medo daquela bibliotecária nariguda.

– Sim. Biblioteca, o lugar mais maravilhoso e mágico de todo esse mundo!- ela abriu um sorriso magnífico e

Eu compreendi a sua paixão pela caverna. Quer dizer...Biblioteca.

Katniss andou em direção a porta e eu a segui. Acho que não tinha a exata certeza de onde era.

Ela passou direto pelo corredor da escola, quase correndo e eu apenas apressei o passo tentando acompanha-la. Katniss parou em frente à uma porta enorme de madeira vermelha.

– É aqui?- eu perguntei e ela puxou a maçaneta. A primeira coisa que eu senti foi o cheiro de livros velhos.

A biblioteca tinha um clima medieval. As estantes alinhadas uma atrás da outra. E mesas de leitura enchendo o lugar. Mas apesar de tudo... Não havia nenhuma alma avista.

–" E quem é feliz, faz feliz os outros"

–O quê?- perguntei acompanhando seus passos pela sala.

katniss levantou a sobrancelha para mim e então deu de ombros. Olhava as prateleiras de livros, recitando ou murmurando algo sem nexo. Como isso que acabou de dizer.

–Anne Frank- katniss parou e me entregou um livro

–Sei... A escritora né..É bom...- o que eu poderia falar nem sabia quem era a mulher. E eu também não queria parecer burro. Não na frente dela. - Ela se mudou pra onde mesmo? Acho que é ..- entretanto antes que pudesse terminar, katniss me interrompeu

–Ela morreu peeta.- falou séria. Mas percebi que estava segurando um sorriso. Os cantos de sua boca teimavam em subir. Concordei triste- A muito, muito tempo.

– Ah sim claro. Eu já sabia.- resmunguei. Como eu poderia saber?

–Você já leu algum livro?- continuou katniss. Neguei com a cabeça- leia esse. Você vai gostar...- concordei observando melhor o livro. Tinha várias páginas. Para ser sincero tinha muitas páginas.

Katniss deu uma volta na biblioteca até finalmente se sentar com um livro em mãos. Parecia uma história infantil, porém não consegui ler o título. Ela abriu em uma página. E enquanto lia fazia suaves movimentos com os ombros. Me aproximei mais um pouco e percebi entretanto que a garota tremia. Katniss estava chorando.

–Quer conversar?- perguntei, mas ela negou. Virei de costas pois já podia ver suas lágrimas descendo pelo seu rosto. Sei que nessas horas a melhor companhia é a sua própria. Sentei em outra mesa e abri a primeira página do diário de Anne Frank, mas logo depois fechei.

Não estava com muita vontade de ler nesse momento. Enquanto o tempo passava lentamente fiquei observando o dia entardecer nas janelas da biblioteca. A mistura entre o amarelo e o laranja brilhava em meus olhos. Antes de meu cérebro armazenar a imagem maravilhosa da mistura entre as cores do sol. Ouvi o sinal da escola tocar e então o som de um monte de pessoas falando ao mesmo tempo preencheu os meus ouvidos . As aulas já haviam acabado.

Me virei para anunciar esse fato para katniss, mas acho que ela já tinha percebido, pois nem na biblioteca estava mais.

***

Até que a noite tomasse conta do céu, dirigi pelas ruas, encarando sem emoção as mansões de estilo Georgiana colonial. Em um cruzamento consegui avista a casa em que eu estava morando a pouco tempo. O bairro cheio de árvores centenárias que se estendiam pelas calçadas eram constantemente admiradas pelas pessoas. Quando cheguei perto o bastante para parar o meu carro. Uma parte de mim entrou em pânico . A mesma parte que também sabia o que aconteceria depois que eu saísse pela porta. Meus olhos pousaram em uma limusine estacionado na frente da casa de meus tios. Uma dor profunda me socou o estômago.

Podia ver meus pés andarem no piso em direção a mansão, mas não conseguia senti-los. Quando minha mão virou a maçaneta e minha visão focou na sala cheia de móveis de tons branco. Um vulto loiro atravessou a sala me abraçando exageradamente. Tudo aconteceu tão rápido, que meu cérebro pareceu não captar a cena.

–Querido estávamos loucos para te ver- eu a empurrei sem consegui pensar em mais nada. Ainda não podia ser a hora...Não agora.

– O que VOCÊS estão fazendo aqui?- falei segurando a raiva. A mulher em minha frente me lançou um olhar reprovador.

–Não está feliz por ver seus pais peeta?- eu a encarei sem consegui responder a pergunta.

Não podia ser a hora....Ainda não. ..


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem galera, quero muito ouvi suas opiniões. ..bjs da autora aqui ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Coração por Coração" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.