Além da Eternidade - 1° temporada escrita por Savinon


Capítulo 70
Quando o silêncio vira resposta - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Post de hoje o/ Obrigada pelos comentários e por estarem acompanhando a fic sz'



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Fernanda: Tempo mesmo. – Sorriu. – A policia está por aí? – Beta sorriu.

Roberta: Não, não. A Thay não veio hoje.

Fernanda: Não vai me dizer que ela deixou você vir a boate sozinha?

Roberta: Na verdade, eu toquei um pouco mais cedo, então a trabalho não tem problema.

Fernanda: Era de se esperar. – Sorriu. – Que pena que não te vi tocar, cheguei agora. Você já vai embora?

Roberta: Já, eu já estava me ajeitando pra ir.

Fernanda: Ah, me faça companhia, por favor.

Roberta: Tudo bem, eu fico mais um pouco. – Elas se sentaram e pediram uma bebida. – Mas e você, andou sumida por que?

Fernanda: Não andei sumida, sempre estive por aqui. Diversas vezes eu via seus amigos, a namorada e você por aqui, mas ficava de longe, sabe como é? E você, afogando as mágoas?

Roberta: É, o namoro não anda lá muito bem não.

Fernanda: Eu sei.

Roberta: Sabe? Como?

Fernanda: Eu tenho umas amigas em comum com a Thayane e elas comentaram os últimos acontecimentos.

Roberta: Por exemplo?

Fernanda: Por exemplo a vinda de Vitor pra cidade.

Roberta: É por isso que o namoro não anda muito bem.

Fernanda: Quando eu soube disso até imaginei que você iria terminar com ela, ou talvez, ela terminaria com o Vitor. Você se mudou de onde morava? Estive lá algumas vezes e nunca mais te vi por lá.

Roberta: Não, o prédio estava em reforma, passei uma temporada no apartamento da Thay.

Fernanda: Hum, casaram praticamente. – Sorriu.

Roberta: É, quase isso. – Sorriu.

Fernanda: Mas então, como vocês duas vão ficar?

Roberta: Eu não sei. Cada vez mais estamos nos distanciando uma da outra, as coisas já não são como antes. Quando Vitor veio pra cá, ela me deixou de lado e ficou no hotel com ele.

Fernanda: Eu imagino a situação chata em que você se encontra. Eu não sei porque a Thayane não termina logo com ele e fica com você! Pelo menos no lugar dela, eu faria isso.

Roberta: Ah é que tem os pais dela, a empresa.

Fernanda: A Thayane já é maior de idade, pode muito bem escolher como viver a vida dela.

Roberta: É, acho que só eu não quero ver a realidade mesmo.

Fernanda: Desculpe, eu não queria ter falado isso.

Roberta: Não, beleza. – Tomou um gole de sua bebida. – E você casou?

Fernanda: Eu não. – Sorriu. – Namoro há alguns meses uma garota, mas não esta dando muito certo também. Ela é perfeita, me ama, faz tudo pra me agradar e ainda assim eu não consigo correspondê-la. Parece que a gente tem a mania filha da mãe de gostar de quem nos pisa e não nos quer como queremos. Já percebeu? – Tomou um gole.

Roberta: Já, já percebi.

Em meio a conversas e risos, elas foram bebendo. Já era quase dia quando elas resolveram ir embora.

Fernanda: Você está de carro?

Roberta: Não, de moto.

Fernanda: Eu te levo em casa, então.

Roberta: Não precisa, não estou muito bêbada.

Fernanda: O bêbado sempre acha que não está bêbado.

Roberta: Ah, não briga comigo não. – Sem querer ela fez um biquinho, aquele mesmo biquinho que algum tempo atrás fazia Fernanda se derreter e dessa vez não foi diferente.

Fernanda: Deixa eu te levar pra casa, Beta, por favor.

Roberta: Ai, ta bom!

Roberta realmente estava bêbada. Fernanda falou com o pessoal da boate e eles guardaram sua moto. Assim que resolveu isso, ela levou Beta para o apartamento de Thay. Durante o trajeto elas foram rindo e brincando.

Fernanda: Se você me deu o endereço certo, nós chegamos. – Ela estacionou o carro e Beta olhou o prédio.

Roberta: É esse mesmo.

Fernanda: Beta...- Segurou suas mãos e Beta a olhou. -...obrigada por ter me feito companhia.

Roberta: Eu que agradeço você por ter me animado. – Ela beijou as mãos de Fernanda.

Fernanda: O que eu mais quero é ver sempre esse sorriso em seus lábios. – Nanda levou sua mão até a bochecha de Beta e a acariciou. Elas ficaram se olhando por um tempo sem trocar uma palavra.

Apesar de o tempo ter passado, de mil coisas terem acontecido, Fernanda sentia a mesma coisa que sentia por Beta há algum tempo atrás. Naquele instante em que o silêncio falou por elas, Fernanda sentiu seu coração acelerar mais uma vez.

Ser fiel está muito além de beijar ou não outra pessoa.

Ser fiel é querer estar ali, mesmo quando se pode

estar em qualquer outro lugar

Roberta: Acho melhor eu subir. Obrigada pela carona. – Nanda sorriu.

Fernanda: Não tem o que agradecer. – Roberta despediu-se com um beijo e saiu do carro.

Roberta: Se cuida guria.

Fernanda: Boa noite. – Deu a partida no carro e seguiu.

Roberta pegou seu equipamento, o ajeitou e entrou no prédio. Alguns poucos minutos e ela já estava dentro do apartamento. Assim que chegou, ela tomou um banho, colocou uma roupa confortável e

quando saiu do banheiro, deu de cara com Thay.

Roberta: Já acordada? – Thay seguia se arrumando.

Thayane: Já são seis e quinze da manhã. Faz tempo que você chegou?

Roberta: Não, cheguei e fui tomar meu banho. Vim de carona.

Thayane: Com quem?

Roberta: Com a Fernanda, encontrei ela na boate, bebi um pouco a mais e ela me trouxe. – Thay sentiu uma pontinha de ciúme e resolveu ignorar o que acabara de ouvir.

Thayane: Quer algo pra comer?

Roberta: Não, vou dormir.

Thayane: Eu vou tomar café, antes de sair venho aqui.

Roberta: Ta bom. – Deitou-se e se ajeitou. Thay pegou sua bolsa e foi para a sala. – O trabalho? Foi bom, obrigada por perguntar! – Falou baixinho em tom de ironia e virou para o lado.

Thayane engoliu seco seu café da manhã, ela lembrava muito bem de quem era Fernanda e não havia gostado nada de saber que Roberta e ela se encontraram na boate. Rapidamente ela terminou o café e foi até o quarto, despedir-se de Beta, mas ela já estava dormindo. Thay ficou observando Beta dormir durante alguns segundos, logo deu um beijo nela e saiu.

O dia passou se arrastando tanto para uma quanto para outra. Mais uma vez o trabalho de Thay foi estressante. Roberta acordou quase meio dia, pediu algo pra comer e na parte da tarde foi buscar sua moto na boate. De volta ao apartamento das meninas, ela ficou baixando algumas músicas enquanto esperava Thay chegar. Em seguida May e Angel chegaram, por último chegou Thay. Elas pediram o jantar, jantaram e logo foram se deitar.

O clima ainda estava tenso entre Thayane e Roberta, as coisas não eram como antes, era como se as duas fossem estranhas uma para a outra. Deitadas na cama, elas iam conversando sobre o dia de cada uma. Vez em outra uma fazia carinho na outra e quando finalmente rolou um beijo, o celular de Thay tocou. Era Vitor. Thayane esperava essa ligação desde o final da tarde, era importante, era sobre negócios e não tinha como ela não atender.

Thayane: Me perdoe, mas eu preciso atender.

Roberta: Tudo bem. – Thay se levantou e foi para a sala atender ao telefone.

Thay ficou uma hora no telefone, dessa uma hora, apenas cinco minutos foram usados para falar de Vitor e dela, o restante foi apenas negócios. Assim que desligou o telefone ela voltou para o quarto, mas Beta já havia pegado no sono. Ela ajeitou-se e acabou adormecendo logo em seguida.

Venho desde o início aceitando os teus defeitos,

eu não sou perfeito, mas eu te conheço bem

e me preocupo em não te magoar.

Na manhã seguinte, por Beta ter dormido cedo, ela acordou cedo com Thay. Enquanto Thay tomava seu banho, Beta fez o seu café e a esperou na cozinha. Assim que terminou de se arrumar, ela foi até a cozinha e a encontrou lá.

Thayane: Bom dia.

Roberta: Bom dia. Acabei acordando cedo e fiz seu café.

Thayane: Obrigada. – Ela sentou-se e se serviu. – Desculpe ter demorado no telefone ontem.

Roberta: Não tem problema. Imagino que era Vitor.

Thayane: É, era ele mesmo.

Assim que confirmou, Thay percebeu o semblante de Beta ficar triste e aquilo doeu por dentro, mais uma vez ela falou demais, machucando Beta.

Thayane: Eu acho que a gente precisa conversar, Beta.

Thay tocou no assunto sem pensar, quando viu já tinha falado e agora teria de ir até o fim. Roberta ao ouvir essa frase sentiu seu coração acelerar, ela sabia muito bem o que poderia estar por vir.

Roberta: Sobre?

Thayane: Nós duas. – Beta balançou a cabeça em sinal positivo.

Roberta: Eu também acho que a gente precisa conversar. Não prefere que essa conversa seja a noite, após você chegar do trabalho?

Thayane: Já que tocamos no assunto, vamos continuar.

Roberta: Como você preferir. E então?

Thayane: Eu não sei como começar.

Roberta: Então deixe que eu começo. Desde que Vitor chegou, a gente se afastou uma da outra, concorda?

Thayane: Concordo. Você sempre soube da existência de Vitor. Claro que a gente não podia imaginar que ele apareceria de surpresa, mas sabíamos que um dia isso iria acontecer.

Roberta: Realmente, eu não estava preparada pra esse encontro.

Thayane: E você acha que agora está?

Roberta: Como assim?

Thayane: O Vitor vem morar na cidade, você acha que agora vai conseguir lidar com essa situação? – Roberta se deu conta de que Thay não tinha intenção de terminar com ele.

Roberta: Então ele vem mesmo?

Thayane: Sim.

Roberta: E como nós duas vamos ficar, Thay? Eu vou ser sua amante pro resto da vida? A gente vai ter que se encontrar sempre as escondidas? Cada vez que estivermos juntas e ele querer te ver, você vai me deixar de lado e vai correr pra ele?

Thayane: Ele é meu noivo, Beta, e eu...- Beta a interrompeu.

Roberta: Ele é teu noivo e eu sou tua namorada, Thay. – Nesse momento os olhos de Beta encheram-se de lágrimas. - Eu não tenho todo o dinheiro que ele tem, mas eu te amo muito mais que ele!

Thayane: Eu não posso terminar com ele, não agora.

Roberta: Se o que você quer é dinheiro, não tem problema. – Uma lágrima rolou dos olhos de Beta. – Eu arranjo outro emprego durante o dia, outro nos finais de semana e dou tudo o que você quer.

Thayane: Não é dinheiro que eu quero, Roberta! Esse casamento está nos planos da minha família há anos, eu sempre tive tudo planejado, não dá pra desfazer tudo de repente.

Roberta: Você acha que consegue planejar uma vida e que ela será exatamente como você planejou?

Thayane: Eu consegui isso até você aparecer.

Roberta: Eu sou prova de que isso é impossível.

Thayane: Eu acho melhor a gente terminar, Beta.

Roberta: Terminar? Eu to chorando, falando que te amo, te implorando pra você deixar o Vitor e ficar comigo e você quer terminar?

Thayane: Tente entender Beta, eu não posso desfazer tudo, não agora!

Roberta: Você pode sim, se você quiser, você pode! Você quer o que, dois meses, quem sabe três? Eu espero você se separar dele, Thay.

Thayane: As coisas não são tão simples assim.

Roberta: Você não as faz serem!

Thayane: Você ta sendo infantil Roberta, as coisas nem sempre são como a gente quer. – Nesse momento, Beta teve a certeza de que tudo terminaria ali.

Roberta: Eu posso ser infantil, mas pelo menos não sou fria e obcecada por dinheiro. – Isso acabou sendo um tapa na cara de Thay.

Thayane: Ta vendo em que ponto chegamos? A gente nem se respeita mais. Eu não quero terminar com você e ficarmos nos odiando. Essa situação ta sendo difícil pra mim também. Eu preciso de um tempo, mas eu não sei quanto tempo. Pode ser dois meses, quatro, um ano ou dois. Entenda!

Nesse momento, Roberta levou suas mãos em sua cabeça e a apertou. Ela não acreditava que tudo estava acabando ali, que Thay realmente não pretendia terminar com Vitor mesmo vendo ela se humilhar e implorar em sua frente. Beta olhou para o teto tentando fazer com que as lágrimas parassem de rolar, mas foi inútil. Em uma última tentativa, ela segurou as mãos de Thay, as encostou em seu peito, olhou dentro dos seus olhos e arriscou, em meio as lágrimas.

Roberta: Eu não quero terminar, eu não quero ter que te esquecer Thay, eu não quero e não vou conseguir. Será que nesses meses todos eu não fui capaz de fazer você sentir nada por mim? - Thay respirou fundo.

Thayane: Me perdoe. – Foi tudo que ela conseguiu dizer, se dissesse mais uma palavra, acabaria chorando também.

Roberta: Tem certeza que é isso o que você quer?

Thayane não conseguiu dizer nada, absolutamente nada. Ela sabia que se dissesse sim, perderia Beta para sempre, então ela apenas calou-se. Mas seu silêncio foi o bastante para Roberta que o entendeu como um sim. Por vezes Beta já havia terminado relacionamentos e sabia o quanto era chato terminar e ter a pessoa sempre em seu pé, chorando e insistindo. Com base nisso ela resolveu entender de vez.

Roberta: Tudo bem. – Ela largou as mãos de Thay. – Desculpa ter falado aquilo sobre dinheiro, foi de momento. – Ela limpou suas lágrimas.

Ver Roberta naquele estado partia o coração de Thay, ela queria envolvê-la em seus braços, mas se mantinha firme, pelo menos por enquanto em sua frente.

Thayane: Você é a pessoa certa, no momento errado. – Novamente Beta começou a chorar.

Roberta: Você vai se atrasar pro trabalho. – Falou com dificuldade. Thay percebeu que ela não queria mais falar sobre isso, então pegou sua bolsa e se aproximou dela novamente.

Thayane: Você foi, é e sempre será muito especial pra mim, Roberta. Não esqueça. – Ela aproximou seus lábios da testa de Beta e deu um beijo demorado. – Eu te amo muito, você é a mulher da minha vida, foi o que Thay pensou enquanto mantinha seus lábios grudados em sua testa e seus olhos fechados. Em seguida ela retirou-se e foi para seu carro.

Roberta ficou paralizada naquela cozinha durante alguns minutos, ela não conseguia acreditar e aceitar que tudo havia terminado. Ela tentava parar de chorar, mas seus olhos a traiam insistentemente.

Algumas vezes ela sentia raiva pelo fato de Thay não querer terminar com Vitor para ficar com ela, outras vezes se arrependia por ter dito várias vezes que a amava e por ter se humilhado tanto, mas na maioria das vezes ela se odiava por não conseguir deixar de amar Thay.

Meia hora depois, um pouco mais calma, ela lavou seu rosto, pegou sua moto e foi até seu apartamento. Lá, ela deixou a moto e pegou seu carro, voltando em seguida para o apartamento das meninas. Chegando, ela começou a pegar tudo o que era seu, precisava sair o mais rápido possível daquele apartamento, onde tudo lembrava Thay e seus momentos com ela.

No meio da tarde, quando Roberta dava uma última olhada no apartamento para ver se não havia esquecido nada, May chegou.

Mayane: Boa tarde, Betinha. – Jogou suas coisas no sofá e virou-se para Roberta, percebendo uma pequena mala ao seu lado e seus olhos inchados. – Beta, o que aconteceu?

Roberta: É só minha bagunça. – Sorriu sem vontade alguma. May se aproximou dela.

Mayane: Você andou chorando? O que aconteceu?

Roberta: Eu to indo embora, May.

Mayane: Embora? Como assim, Beta? Não vai me dizer que...- May nem quis terminar a frase.

Roberta: Thay e eu terminamos. – Nem bem ela terminou a frase e desabou no choro mais uma vez.

Mayane não falou nada, apenas abraçou fortemente sua amiga e ali elas ficaram durante alguns minutos. Um tempinho depois, May foi até a cozinha, pegou um copo de água com açúcar e deu a Beta, tentando acalmá-la. Ela queria saber como tudo terminou, mas não perguntou nada ao ver o quão frágil estava Roberta. Minutos depois e ela já estava mais calma.

Roberta: Obrigada May, mas eu preciso ir agora.

Mayane: Eu te levo em casa.

Roberta: Não, tudo bem.

Mayane: Você não ta em condições de dirigir. Depois eu volto de táxi e não se discute mais.

Roberta: Ta bom, eu vou no quarto ver se peguei tudo. Já volto. – Retirou-se.

Essa foi apenas uma desculpa que ela deu para dar uma última olhada no lugar onde muitas vezes foi palco do amor delas. O perfume de Thay estava ali, as lembranças do passado vieram e em seguida, as do presente.

Se o teu amor for frágil e não resistir,

e essa mágoa então ficar eternamente aqui,

to de volta a imensidão de um mar que é feito de silêncio.

Se os teus olhos não refletem mais o nosso amor

e a saudade me seguir pra sempre aonde eu for,

fica claro que tentei lutar por esse sentimento.

Roberta passou uma última vez sua mão pela cama, olhou tudo em volta, deu as costas e saiu sem olhar para trás. May a esperava na sala.

Roberta: Podemos ir agora.

Elas desceram e foram em direção ao carro de Beta. Chegando no prédio, May subiu um pouco com Roberta.

Mayane: Você não deve ter comido nada hoje. Vou fazer ou pedir algo pra você.

Roberta: Não May, eu não to com fome.

Mayane: Você precisa se alimentar, Beta.

Roberta: Outra hora eu como, prometo.

Mayane: Acho melhor eu passar a noite com você.

Roberta: Não precisa May, amanhã eu já vou estar bem melhor. Na verdade, eu já estou.

Mayane: Tem certeza que não quer que eu fique?

Roberta: Tenho sim, obrigada por tudo. – May e ela foram até a porta.

Mayane: Eu vou sentir tanto a sua falta, amiga! – Mais uma vez elas se abraçaram.

Roberta: Também vou sentir muito a sua falta. – May a olhou.

Mayane: Posso vir te visitar todos os dias? – Beta sorriu.

Roberta: Se deixar de vir um dia o pau vai comer. – May sorriu.

Mayane: Se cuida então e não se esquece de comer mais tarde.

Roberta: Pode deixar, boa noite.

Mayane: Me liga se precisar. Boa noite. – Retirou-se e Beta fechou a porta.

Enquanto isso no prédio das meninas

Thayane subiu até o andar de seu apartamento e antes de abrir a porta ela respirou fundo. Não sabia como iria agir quando encontrasse com Roberta, nem o que falaria. Com certeza o assunto seria o mínimo do mínimo. O nervosismo tomava conta dela cada vez mais, até que ela tomou coragem e abriu a porta, entrando em seguida.

Ela deu alguns passos pela sala, tudo estava quieto, no primeiro momento ela estranhou.

Thayane: Tem alguém em casa?

Como ninguém respondeu, ela foi ao quarto das meninas, mas ninguém estava lá. Ela seguiu para seu quarto, e mais uma vez antes de abrir a porta, ela respirou fundo e tomou coragem. Para sua surpresa, o quarto também estava sem ninguém. Ao olhar em volta, ela viu um casaco seu caído no chão próximo ao guarda-roupa, ela o pegou e quando foi guardá-lo teve uma surpresa: As roupas de Roberta não estavam mais lá.

Elas não haviam falado nada a respeito de Roberta ir embora, no calor do momento, Thay acabou esquecendo que o apartamento dela já havia ficado pronto da reforma. Elas tinham terminado o namoro, mas Thay achava que Beta ficaria no apartamento dos meninos, pelo menos. Rapidamente ela seguiu até o banheiro e também viu que não havia nada de Beta ali, foi ai que sua ficha caiu e ela começou a chorar. Não, não foi a primeira vez no dia que Thay havia chorado, durante o trajeto de casa para o trabalho, ela chorou no carro. Após chegar a empresa, ela se trancou no banheiro e chorou mais uma vez. Ela também chorou na hora do almoço e antes de chegar em casa.

Thay foi até a sala, pegou o telefone e ligou para Angel.

Angel: Alô.

Thayane: Aonde você ta? – Angel percebeu que sua amiga estava chorando.

Angel: Thay, o que aconteceu? Por que você está chorando?

Thayane: A Beta, amiga.

Angel: O que a Roberta fez agora?

Thayane: Ela foi embora!

Angel: O que? Não, espere aí, já estou quase perto de casa. Rapidinho eu chego.


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Notas finais do capítulo

Bom final de semana sz'



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