Rivais escrita por Strife


Capítulo 17
Cap.16- Meu salvador


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: desculpem a demora.
Segundamente: viram que eu mudei a capa? O que acharam? Confesso que tentei achar imagens mais representativas para o Leo e Matheus, mas o mais próximo que encontrei foram esses. Mas amei as imagens da Vale e o Beto. Me digam o que acharam.
Acho que quem acompanha minhas fics já percebeu que eu mudei todas as capas. Até as sinopses eu acho que ficaram mais legais agora.
Bom, até as notas finais!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/516307/chapter/17

(...)

— O que tanto olha? -perguntei sem encará-lo.

— Você.

Levantei o olhar e vi aquele brilho peculiar nos seus olhos, imensidões negras e brilhantes.

— E... Por que me olha?

— Você é diferente, Catarine. -apoiou um cotovelo na mesa e descansou sua cabeça no punho fechado.

— Diferente como? Isso é bom ou ruim?

— Só diferente, e isso é bom. -sorriu de lado.

(...)

— Venho pegar minhas coisas mais tarde.

— Como assim "Pegar suas coisas"-franziu o cenho.

— Isso aí. Não chegue muito atrasado, ok? -sai batendo a porta.

— Catarine! -pude ouvi-lo gritar.

(...)

— Oi. É... Gustavo? -sorri timidamente.

— Isso. Que bom que lembrou meu nome -sorriu- Venha, sente-se aqui! -levantou do seu lugar e praticamente me empurrou para que eu me sentasse.

— Obrigada.

— Vejo que ainda prefere usar esses seus óculos estranhos. -apoiou um dedo no queixo, pensativo- Ah! Já sei!

Ele falou alto, fechando uma mão em punho, e esticando a outra, em seguida bateu a fechada na outra, o que assustou alguns desavisados. E até a mim mesma, que estava o observando.

— O que?

— Quando estiver comigo... -se inclinou em minha direção, e quando estava com o rosto próximo ao meu, retirou meus óculos habilmente, e eu quase gritei com aquilo- Não precisa usa -los!

— Me devolva! -fechei os olhos com força.

— O que há? Está com medo de olhar para mim?

 

(...)

— Abra os olhos, Catarine.

Fiz o que pareceu ser o maior esforço da minha vida, e semicerrei os olhos, de modo que desse para vê -lo.

Ele estava com meu óculos na gola de sua camiseta. Abri os olhos, finalmente, e o encarei de repente, vendo-o sorrir enquanto um tom rosado apoderava-se de suas bochechas.

— Droga... -virou a cabeça para o lado- Eu acho que... você está realmente linda agora, sabia?

(...)

— Eu já pedi desculpas. -resmunguei.

— E eu não disse se aceito ou não.

Isso só pode ser brincadeira, né? Olhei para o ser humano idiota parado à minha frente, incrédula.

— Sério isso? -cruzei os braços.

— Claro. -fez o mesmo que eu.

— Ah me poupe. -revirei os olhos, passando por ele, com a intenção de continuar meu caminho.

— Ei! Aonde pensa que vai!?

— Estou ignorando você, Leo. Tenha um bom dia.

— Sua... IDIOTA!!!

(...)

— Ei! Ei! Ei! Beto, você não vai acreditar no que estão falando pelo colégio!! -a criatura mais discreta -ironia- do mundo entrou gritando, atirando sua mochila de qualquer jeito na carteira à minha direita.

— O que? -ele perguntou.

— Andam dizendo que a Cat está entrando no time do colégio só para ficar com os jogadores. -cerrou os punhos e socou minha mesa com força.

— Não acredito! -o loiro franziu o cenho.

— Vou matar esses cretinos! - continuou, enraivecida.

— Gente. Calma. Sabem que eu não me importo com essas coisas. -tentei amenizar a situação.

— Mas nós sim! Como ousam... falar isso da nossa menininha!?

— Valentina, não exagere. -sorri com o "nossa menininha".

(...)

— Não é normal me elogiarem muito por aí -dei de ombros- só isso.

— Opa opa opa. Espera... quem foi?

— Mais importante: o que disseram? -a rosada histérica perguntou.

Minhas maçãs do rosto aqueceram novamente. Droga, eu poderia não ter tocado nesse assunto.

— Ai. Meu. Deus. Alberto! Ela tá vermelha! Caralho, diz o que foi!

— Valentina, pelo amor de Deus. -ele revirou os olhos.

— Foi o... -abaixei a cabeça, fechando os olhos- ... Gustavo.

— Gustavo? Quem é esse? -ela arqueou uma sobrancelha.

— Meio campista dos Titãs.

Levantei o olhar. O garoto passou por nós e se jogou na carteira atrás da minha.

— Ei! Quero conversar com esse cara. -Vale me encarava.

— No me gusta. -Beto falou, e nós acabamos rindo daquilo.

(...)

— Ora ora... o que temos aqui... -uma garota loira vinha em minha direção, jogando os cabelos para o lado.

— O que quer comigo?

— Viemos só dar um pequeno aviso para você, querida. –uma outra garota falou, também vindo em minha direção.

— Ninguém mexe com os nossos garotos do time.

(...)

— O-O que querem...?

— Ora, já dissemos, fofa. –a mesma loira se abaixou, cara a cara comigo, puxou meus cabelos para cima e me encarou- Que belo par de olhos você tem... –sorriu, debochada- Me deem a tesoura.

Nesse momento eu já tremia, só queria que alguém me tirasse daqui. Outros dois...  não, três tapas me atingiram com força, e eu sentia que meu rosto logo iria inchar. Eu estava sem forças, e seria quase impossível eu correr dali.

A garota aproximava a tesoura dos meus cabelos, quando a porta do banheiro foi arrombada.

— O que está acontecendo aqui?

— Graças aos céus... –sussurrei.

(...)

Meu salvador

— Veio nos ajudar? -a garota riu, rodando a tesoura entre os dedos.

— Sabemos que você também não gosta dela. -uma outra menina, com cabelos escuros dessa vez, completou.

— Mas tem gente que gosta. -o novo indivíduo falou.

— Aqueles amigos idiotas dela? Haha! Não me faça rir! -a mesma garota de antes gargalhava.

— Mel, coitadinha dela... Não fale assim. Ela não tem culpa se nem o próprio pai dela a suporta...

Loira maldita!

Falem de mim, eu suporto. Mas jamais. Jamais. Falem mal dos meus amigos e do meu pai na minha frente.

Temos sim nossas desavenças, mas não vou falar mal de um dos responsáveis por minha existência.

— Não fale mal deles. -trinquei os dentes, sentindo o aperto em meus cabelos aumentar.

— Ora ora, a princesinha acha que tem alguma chance? -colocou a tesoura rente ao meu pescoço.

OK.

Agora a situação estava séria.

— Larissa, não acha que está pegando muito pesado? -ouvi passos se aproximarem de nós.

— Nem vem, garoto! Temos que dar uma lição nessa vadia!

— É melhor não.

Os dois continuavam discutindo, enquanto as outras garotas ficavam de braços cruzados, observando tudo.

— Por quê não?!

— Você sabe que o Lucas nunca vai querer nada contigo... -riu.

— Seu... Eu vou matar você e essa garota! -gritou a loira, Larissa.

— Não faça isso! -esbravejou, empurrando a garota para longe de mim.

— Não me diga que você também... Gosta dela...?

— Não diga besteiras. Ela é protegida do nosso capitão, então é nossa protegida também, e por isso não quero que você encoste em um fio de cabelo de Catarine. Nunca mais!

Veio até mim, me puxando por baixo das axilas e me pondo de pé.

— Vamos embora.

Se abaixou, agarrando meus joelhos e me jogando por cima do ombro. Que belo salvamento...

— Me põe no chão! -gritei.

— Ei! Isso não é jeito de falar com alguém que acabou de te salvar, sua garota idiota. -deu um pulinho, me fazendo subir e descer em seu ombro.

— Isso dói, seu idiota! -choraminguei.

— Essa foi a intenção.

— Mas obrigada mesmo assim. Como sabia que eu estava lá?

— Não sabia. Só... Fique quietinha aí, OK? Vou te levar pra casa.

— Temos que pegar meu material que ficou no banheiro...

Ele parou no lugar, me tirou do seu ombro, e me colocou sentada no chão.

— Não se mexa! É uma ordem! -saiu correndo de volta para o banheiro.

— OK. -respondi, mas ele  já estava longe.

— Aqui, princesa. -jogou em cima de mim.

Me pegou no colo novamente. Estilo noiva dessa vez.

— Se nos virem assim, vão inventar mais coisas sobre nós. -encostei a cabeça em seu peito, encarando seu rosto.

— Mas ninguém va... -olhou para mim, a fala morrendo aos poucos- i... nos ver... -voltou a olhar para a frente, o rosto ficando vermelho.

Nossa. Ele ficava muito fofo assim.

— Obrigada, Leo. -sorri.

— Cale a boca. Eu ainda não gosto de você! -me apertou em seus braços.

— Certo, certo. -concordei, ainda sorrindo- Mas obrigada novamente.

— Fica quieta, garota!

— Você é muito estressado, sabia?

— Eu vou te deixar aqui. -ameaçou.

— Desculpa.

Saímos do colégio, e ele não se incomodou de me por no chão.

— Leo, já pode me colocar no chão. -pedi.

E ele fingiu que não me ouviu.

— Leo...

— Já mandei ficar quieta. -resmungou.

Caminhou até um táxi próximo, abriu a porta traseira, e me jogou dentro, fechando-a em seguida. Pouco depois ele estava sentado ao meu lado.

— Vou te levar pra casa. -informou o endereço ao motorista.

— Por quê está fazendo isso? -perguntei.

— Não quero falar com você.

— Vocês dois são namorados? -o senhor perguntou.

Imediatamente olhamos um para o outro, e coramos. O motorista apenas ria das nossas reações, acompanhando tudo.

— Não mesmo! -o loiro praticamente gritou.

Graças aos céus, o carro rapidamente parou em frente a minha casa.

— Vai indo. -apontou para minha casa, e eu apenas obedeci.

Leo ficou acertando as contas com o senhor, enquanto eu praticamente me arrastava para dentro de casa. Pouco depois, ele entrou de supetão porta a dentro, fechando a mesma com um baque alto, trancando em seguida.

— Acho que você já pode ir pra casa. -falei.

— Onde é o seu quarto?

— Porquê?

— Apenas diga onde é.

— Lá em cima...

Com um gritinho de susto, eu novamente já estava sobre seu ombro.

— Estou começando a odiar essa sua mania. -bufei.

Ele riu.

— Qual porta?

— Essa. -apontei para uma a minha esquerda.

Ele entrou, me colocando sentada na cama.

— Fique aí.

— Aonde vai? -perguntei.

— Pegar gelo.

Retirei o tênis e as meias, deixando meus pés livres, e foi esse o tempo que ele levou para ir buscar o gelo na cozinha.

— Que eficiência. -ri.

— Cala a boca, branquela. -sentou-se ao meu lado, e levantou meu queixo com uma mão, enquanto pressionava a compressa de gelo na minha bochecha esquerda.

— Ai. -resmunguei.

— Além de deixar dormente, vai diminuir o inchaço. Na boa, você está horrível! Não que você já não fosse antes, mas...

— OK. OK. Entendi. -bufei.

— Ficou irritadinha? -arqueou uma sobrancelha, sorrindo de canto.

E só aí eu percebi a nossa proximidade. Ele estava sentado na cama, com as pernas dobradas, de frente para mim, segurando meu rosto próximo ao seu. Leo era mais alto, então eu sentia sua respiração quente batendo em meu rosto.

— E-Eu posso fazer isso. -peguei a compressa, me afastando.

— Fique quieta. -bufou, irritado, tentando pegar de volta.

— Não.

— Deixa de ser infantil. Me dê isso! -revirou os olhos.

— Não! -levantei.

E logo estávamos em uma perseguição ridícula dentro da minha casa. Eu com o pé engessado não corria quase nada, e Leo estava rindo atrás de mim, apenas andando a passos largos.

— Você vai acabar caindo. -falou.

— Claro que n- -tropecei no tapete da sala.

Coloquei as mãos instintivamente no rosto. Pelo menos protegeria o que me sobrara de beleza.

Eu sentia que estava próxima ao chão, então senti braços envolverem meu corpo, e nós caímos dolorosamente.

— Você é pesada... -arfou.

— Ai meu Deus! Leo! -em um pulo, daí de cima dele e me sentei ao seu lado no chão.

— Eu avisei. -sentou, me encarando.

— Eu sei. Me desculpa. -falei, abaixando a cabeça.

— Certo. Agora me deixe terminar o que comecei. -afagou minha cabeça antes de ir pegar outra compressa de gelo.

Dessa vez eu fiquei quieta, tentando ignorar nossa proximidade quase desnecessária e estranha, e tentando focar em qualquer coisa que não fosse certo par de olhos verdes brilhantes que encaravam meu rosto tão concentrados.

Eu sentia meu rosto quente, e torcia para que ele não percebesse isso.

Leo finalizou o "serviço" colocando adesivos frios nas minhas bochechas.

— Ainda bem que não vou sair de casa. -passei as mãos no rosto.

Ele abriu a boca para falar algo no mesmo instante que seu celular começou a tocar.

— Um momento. -levantou, saindo para atender a ligação.

Pouco tempo depois, ele voltou, suspirando.

— Algum problema? -ele encarou meus olhos.

— Então você realmente não precisa de óculos... -desviou o olhar do meu.

Ai droga! Eu nem percebi que estava sem meu escudo de proteção!

— Leo!

— O quê?

— Eu... Passei todo esse tempo sem meus óculos... -falei incrédula.

— Foi.

— Eu... Não entendo... -cobri o rosto com uma almofada.

— O que você tem?

— Você foi capaz de ficar comigo, mesmo eu estando sem os óculos. -falei abafado.

— Não entendi.

— Você não sente repulsa de mim sem os óculos? Meus olhos não são estranhos? -praticamente subi em cima dele, o encarando.

— N-Não... -seu rosto ficou vermelho.

— Sério? -perguntei.

— Sério. Eles são até... Até... Bonitos.

— Obrigada! -pulei em cima dele, agarrando seu pescoço em um abraço.

Eu estava feliz. Nunca pensei que passar um tempo com o Leo pudesse me fazer tão bem.

Meu pai sempre dizia que... Não aguentava me olhar. Não enquanto eu tivesse os mesmos olhos e cabelos dela. Não enquanto eu fosse tão parecida com a minha mãe.

Sempre me refugiei atrás de óculos, assim meu pai ficaria comigo.

Meu abraço foi pouco correspondidos, pois ele logo estava me empurrando.

— Saia de cima de mim!

Ele ficou de pé, pegou sua mochila no sofá e jogou por cima do ombro.

— Leo?

— O capitão falou que passa aqui depois. Tchau! -praticamente correu para fora de casa.

Garoto estranho.

Pouco depois, Valentina e Alberto passaram feito furação pela porta.

— Pode contar tudo, mocinha. -a rosada começou.

— Por que o Leo estava aqui, por que ele saiu tão nervoso, e por que estava vermelho. -Beto contava nos dedos.

— E por que você também tá vermelha, viada!

Valentina sendo Valentina.

— Um de cada vez. –ri, os puxando para sentar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sim, era o Leo! Ashuashuashuashuashua
Sim, Nessa Jung, você acertou! :3
O que acharam? Fiz o capítulo focado na Catarine e no Leo.
Leo não é tão resmungão assim, certo? kkkkkk Gostam mais dele agora? Eu amo! Amo todos!
Comentem. ok?
Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rivais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.