Rivais escrita por Strife


Capítulo 11
Cap. 10- Festa conturbada


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora e Feliz Ano Novo pra vocês, meus leitores lindos que devem querer me matar u.u
Eu gostei muito de escrever esse capítulo e espero que gostem também. Estarei esperando comentários.
Perdoem os erros e boa leitura!



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Se alguém chutou o Lucas, acertou. Ele estava acompanhado de uma garota de cabelos loiros e lisos e olhos verdes, seu vestido era vermelho, curto e justo. O Lucas estava com terno e gravata, os cabelos penteados para trás e o assunto entre os dois deveria estar muito interessante, já que ele sorria juntamente com a loira.

Eu olhava fixamente para ambos, sem que me notassem. Certa hora o moreno olhou em minha direção e passou a me encarar, como se analisasse algo em mim.

Senti meu braços sendo puxados para trás e logo senti a pressão dos lábios daquele loiro sobre os meus.

Que ousado!

– O que está fazendo? -o empurrei de leve, não querendo chamar atenção.

– Ué. Eu estava falando com você, mas você parecia não ouvir. -deu de ombros.

– Você não falou nada comigo!

– Ah é... Então desculpa aí, gracinha. -piscou, meio grogue.

Eu sentia seu bafo de bebida alcoólica e eu cheguei a enjoar. Afinal, graças à ele, minha boca agora continha aquele gosto horrível.

– Estou indo. Passar bem. -levantei em um pulo, sentindo meu pé doer.

– Não vai não. -segurou meu antebraço.

Ele se aproximou de mim novamente, fazendo o mesmo caminho, com a boca, de segundos atrás, desviei em reflexo e o empurrei de leve pelo peito.

– Me solta. -pedi.

– Não. -falou irritado, apertando meu braço.

– Solta ela, cara. -droga. Droga. Droga. Mil vezes droga!

– Quem é você e o que quer se metendo entre mim e minha namorada? -os dois se encaravam e eu tive que disfarçar, já que sempre acabava olhando fixamente para o moreno.

– Ela não é sua namorada.

– Vamos, Lu, estamos atrapalhando o casal. -a loira sorriu abertamente.

– Isso. Vai lá, cara. -gesticulou o loiro para o outro.

– Agora sim ficamos por aqui mesmo. Não é um bêbado mimado que vai me fazer ir embora.

– Lu... -Tapei a boca, não querendo que ele me reconhecesse.

Ele me olhou, parecendo me analisar novamente.

– Eu sei que é você. -e voltou a atenção para o loiro bêbado.

– Vai lá com a loirinha! -insistiu.

O capitão me puxou com força para o seu lado. Preciso agradecer a ele depois por me salvar desse idiota.

– Solta ela, inferno! -o desconhecido me agarrou novamente.

Estou me sentindo uma bolinha de pinball. Humano.

– Não vê que ela não está gostando? -o moreno falou.

– Bobagem. Ela vai gostar. Vem. -apertou meu braço mais forte.

Lucas segurou no meu braço e o soltou das garras desse bêbado asqueroso. Ele se virou para mim, para dizer algo, mas sua atenção foi voltada para atrás de mim, e antes que eu virasse, uma voz quase aguda proclamou.

– O que está havendo aqui?!

Embora não escutasse muito, aquela voz era reconhecível.

– Cai fora, tio. -o bêbado gesticulou para o recém chegado.

– O que está acontecendo, Catarine?! -me encarou furioso.

– Nada que interesse a você, velho. - o cara começou a rir - coisas de adolescentes, sabe?

– Quem você pensa que é para falar assim comigo? -sua voz tornara-se baixa e cortante.

– Eu? -gargalhou- eu sou Thomás Velásquez! -falou afoito.

– Velásquez? -meu pai arqueou uma sobrancelha.

Ai droga. Agora que meu pai descobriu o sobrenome desse idiota, que por acaso era o mesmo do senhor que patrocinava as campanhas do time do meu pai, ele nunca ficaria do meu lado. Mais fácil ele me entregar em uma bandeija decorada para ele, do que me ajudar.

– Pois é. Melhor ir dando o fora. -voltou a me puxar dos braços do Lucas.

– Pai... -tentei a sorte.

Mas eu sabia que meu pai não era solidário o bastante para me ajudar. Claro que não. Ele nunca fora, não seria hoje que as coisas mudariam, certo?

– Olha que massa! A princesa aqui é filha de um dos patrocinados pelo meu pai!
Escuta aqui, vou ficar com a princesa. É melhor dar o fora. -gesticulou para o meu pai, mandando-o embora.

Eu vi ele virando lentamente. Quando eu mais preciso dele ele me dá as costas!

– Sinto muito, mas ela não vai a lugar algum. -e novamente eu estava ao lado do capitão.

Mais uma vez estou me sentindo uma bolinha de pinball, versão humana.

– Quem é você, garoto? O que pensa que está fazendo com a minha filha!? -meu pai interviu e agarrou o meu braço.

– Lucas Schmütz... Herondale. Prazer. -falou friamente, enquanto encarava meu pai.

– Herondale? -assim que meu pai abriu a boca para falar algo, um homem bateu palmas e chamou nossa atenção.

Ele caminhou lentamente até nós e eu vi quando a criatura bêbada resmungou algo e saiu rapidamente dali. Seus cabelos eram negros mesclados com alguns fios grisalhos, seus olhos eram azuis, seu terno estava impecável e seu caminhar era elegante. O senhor aproximou-se do Lucas e depositou uma de suas mãos sobre o ombro do garoto, depois acenou de leve para o meu pai e saiu dali novamente.

– Reconheço esse sobrenome em qualquer lugar... -as palavras sairam ásperas. - Não acredito que está se envolvendo com os Herondale! Que tipo de educação eu te dei?!

Ele agarrou bruscamente o meu braço e me arrastou.

– N-não...! Pai, espere...!

– Vamos pra casa, e não diga mais nem uma palavra! -me puxou bruscamente até o lado de fora da mansão e imediatamente chamou o motorista da limousine.

Em menos de três minutos já estávamos à caminho de casa.

Eu senti as lágrimas se formarem nos cantos de meus dos olhos e ameaçarem cair, mas eu não iria chorar na frente dele. Ele não tinha o direito de me ver assim e saber que foi o responsável por isso, sem se importar. Mas, quando chegamos em casa, foi quase que impossível conter as lágrimas de desgosto, humilhação e raiva. Quando fui tentar me explicar, só senti o ardor na minha bochecha esquerda,
instintivamente toquei-a com minha mão.

– O que... Você fez? -o citei, sem acreditar no que tinha acabado de acontecer.

– Essa fala é minha! Tantos anos que gastei com você, e é assim que me retribui? Ficando amiguinha dos Herondale?!

– Gastou dinheiro! Eu não preciso de dinheiro, preciso de um pai que cumpra o papel dele!

– Vá arrumar suas coisas. - falou baixo. Parece que minha última frase o havia afetado.

Fiquei lá parada, as lágrimas descendo como cachoeira por meu rosto.

– Arrume suas coisas e esteja aqui em dez minutos! - ele me fitou, seus olhos negros sem brilho algum, como se ele estivesse perdido em lembranças obscuras.

Senti um arrepio na espinha e preferi subir e ir obedientemente até o meu quarto.

Quem ele pensa que é? Claro que ele é meu pai, mas não tem o direito de fazer isso. E o que tem os Herondale? Eu não me importo com o que já aconteceu entre eles. Eu nem sabia que o Lucas carregava esse tão temido sobrenome até alguns minutos atrás. Meu pai não tinha o direito de me acusar desse jeito! Isso não vai ficar impune.

Limpei as lágrimas com raiva e esvaziei minha mochila escolar, joguei minhas roupas dentro e abri a janela. O vento estava frio, a lua havia se escondido por entre as nuvens. Ia ser uma noite sombria e tempestuosa.

Ignorei o fato de que o meu quarto era no segundo andar e que eu morreria caso algo desse errado. Tirei meus saltos e calcei uma sandália rasteira e confortável, pulei para a sacada que ficava um pouco abaixo da minha janela e comecei a, praticamente, me "empoleirar" nos tijolos e vinhas de árvores até cair no chão a, aproximadamente, uns dois metros do chão.

Senti uma fisgada forte no meu tornozelo machucado e gemi um pouco de dor antes de começar a correr. Joguei meu celular para trás e corri pelas ruas frias e escuras, chorando e suando. Virei em uma esquina e bati contra alguém.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo?
Surpresos pelo pai da Catarine ser um treinador de um time de futebol? E, ainda por cima, bastante famoso? Rsrs nunca imaginaram, certo?
Espero comentários, ok?
O próximo capítulo está quase pronto :3
Até o próximo ^^.



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