Capítulo 10

POV Carolyna

Depois do natal as coisas realmente começaram a ficar piores, estávamos tendo várias desavenças, alguns não aguentavam olhar na cara um do outro, então nossos “queridos” instrutores fizeram o favor de dar uma mudada nos grupos por uma semana, coloram no mesmo grupo duas ou mais pessoas que tem desavenças e eu tive a sorte de cair em um grupo que a situação não é tão complicada. Enquanto eu fiquei no mesmo grupo que Alexia e Lucy, Steve teve um azar enorme de ficar em um grupo com Emma e Lilith, eu e Steve começamos a ficar mais amigos após o natal, ele pode ser frio, arrogante e irritante, mas é um cara legal quando quer. Meu grupo está com Rachel como instrutora, Santana ficou como instrutora de Steve, Emma e Lilith, Puck ficou como instrutor de Javier, Knight e Carolyn, Quinn ficou como instrutora de Kelvin, Damien e Luan, Brittany ficou como instrutora de Juan, Derek, Eleanor e Alexandra e por onde anda o Finn? Ninguém sabe, ele sumiu do mapa depois do natal.

– Essa lição vai ser um saco. – Ouço Lucy falar sentando ao meu lado, estamos na sala do Glee, os grupos já estão espalhados pela escola. – Se eu quisesse me resolver com alguém eu ia falar com ela.

– Veja pelo lado bom, você fica longe das duas doidas que gostam de você, diminui a sua dor de cabeça que gera esse seu mau humor irritante.

– Você é um amor sabia Carolyna? – Fala Lucy e bufa se deitando em cima de três cadeiras.

– Vamos fugir e espiar os outros times? É fácil fugir da Rachel. – Alexia diz já com sua bolsa na mão. Dei os ombros, por que não?

Saímos de fininho pela porta e Rachel nem percebeu, pois estava vendo alguns papeis em sua sala, andamos em silencia até o pátio e encontramos Luan, Damien e Kelvin sentados em uma mesa, nenhum dos três parece feliz.

– Eu vou dar uma volta, tchau pra vocês. – Alexia diz e sai andando em direção ao campo de futebol, vejo Lucy ir andando a direção contraria sozinha ótimo...

– Rapazes, Luan.

– Olá princesa. – Kelvin diz se levantando e chegando perto de mim, o afastei e sentei ao lado de Luan que parecia mais entretida com seu celular do que com a cena que tinha acabado de acontecer.

– Ah olá Carolyna, não te vi. – Murmurou Luan após eu sentar ao seu lado.

– Como vai a namorada? – Luan e Alexandra faziam um casal bonito, sempre cuidando uma da outra.

– Vai bem, est-

– Eu ainda não sei como uma gata que nem ela se interessou por uma aberração que nem você, chega a ser engraçado o quão bizarra você é. – Luan foi interrompida pelo comentário desrespeitoso e maldoso de Kelvin, eu olhei pra cena incrédula e parece que não só eu estava nesse estado. Luan levanta de seu lugar e já vai pra cima de Kelvin, eu e Damien tentamos parar a briga, mas eu ouço o barulho de um vidro se quebrando vejo Juan passando por uma janela e Derek pular a mesma e socar o rosto do espanhol. Damien olha para a outra briga e sai correndo me deixando sozinha com Luan e Kelvin, me afasto quando vejo Kelvin empurrando Luan com força, a mesma cai no chão rolando. Escuto os gritos de Derek falando pra Juan calar a boca, vejo Damien tentar conter seu namorado e tentar fazê-lo soltar Juan que estava rindo com a boca cheia de sangue. Eu realmente gostaria de ajudar, mas isso era problema deles, eu não devia me meter, me afastei e entrei novamente no colégio.

Entro no ginásio e encontro Eleanor e Alexandra treinando, olho para a arquibancada e encontro Javier e Knight sentando e por incrível que pareça conversando civilizadamente, sigo calmamente até eles e fico de longe observando aquela cena, consigo ouvir claramente tudo que eles falam, sou uma vampira claramente eu ia conseguir ouvir.

– Você devia parar de achar tanto, quem beijou primeiro a garota fui eu, pare de choro. – Knight solta e Javier parece irritado, ele se levanta xingando Knight e vai em direção da saída do ginásio. Percebo o som de uma corda arrebentando e tinta cai em cima de Javier, ouço a gargalhada de Knight e olho para as meninas que pararam de discutir e agora estão rindo de Javier, o rapaz, agora cheio de tinta laranja, grunhi irritado e sai batendo o pé no chão.

– Isso realmente foi engraçado. – Knight fala agora já ao meu lado. – E eu sei que você ouviu minha conversa com Javier, só te aviso que se fazer isso novamente às coisas ficarão feias para o seu lado, até logo loira.

Reviro os olhos com a ameaça de Knight, ele não me dá medo, nunca deu, por que seria agora que ia dar? Saio calmamente do ginásio, passo pelo vestiário e ouço a voz de Javier e Eleanor, pelo volume da voz eles estão perto um do outro ou perto de uma parede.

– Eu preciso te contar uma coisa, mas me prometa que não vai rir. – Javier diz e espera a resposta de Eleanor que vem rapidamente.

– Não vou rir, eu prometo, agora diz Bolts.

– Eu... Isso é meio complicado de falar, nunca senti isso por alguém, você é uma garota especial, a mais especial que eu já conheci, não pelo fato dos poderes, mas sim por ser só você. Você é um anjo, não digo isso literalmente mesmo sendo de verdade, anjos são idealizados como seres extremamente bonitos e perfeitos, sem erros, sempre bondosos e iluminados e você mudou meu conceito sobre isso, você é um anjo, continua exageradamente linda, mas não é perfeita e eu gosto disso, eu estou divagando desculpa, é que isso é realmente complicado.

– Vai direto ao ponto Javier. – Eleanor diz.

– Eu... Ahm, eu estou apaixonado por você.

Logo após essa fala tudo fica em um completo silencio, ouço somente a respiração pesada e o coração batendo desesperadamente de ambos, ouço um passo que arisco ser de Eleanor.

– Eu preciso de um tempo pra absorver tudo isso. – A escuto murmurar baixinho. – Eu não quero me machucar novamente.

– Eu não vou te machucar, eu prometo, me dê uma chance.

– Javier, Jai,eu preciso de um tempo, eu prometo que até o fim dessa atividade que os instrutores deram eu te digo a resposta, só, por favor, não me pressione.

Afasto-me da porta do vestiário e vou para o corredor, vejo Eleanor passar correndo por mim e solto o ar pesadamente, mas um casal se formando e mais um drama vindo... Vou caminhando pela escola sem nada para fazer até que alguém puxa meu braço e eu vou parar dentro de uma sala com Alexia.

– Você quase foi pega, presta atenção por onde anda Rachel está nos procurando. – Ela diz irritada e eu ignoro seu mini ataque de nervos.

– Por que está tão estressada? Viu novamente a sua paixonite babando pela ex-namorada?

– Não comece com isso, você não sabe o que acontece pra falar sobre isso.

– Ah eu sei, eu realmente sei, eu sei que você está irritada porque Emma não te quer mais, porque você não é alguém tão interessante assim para segurar ela ao seu lado por muito tempo se não for pra uma função: sexo.

– Você está me chamando de puta? – Ela olhou-me incrédula e parecia cada vez mais vermelha.

– Se você entendeu meu comentário assim, quem sou eu pra discordar... – Alexia avança rapidamente para mim e eu seguro uma da suas mãos, tentei segurar a outra, mas ela me deu uma rasteira fazendo-me derrubar-nos no chão, chuto ela e ela bate com força na parede, me levanto e olho para seu rosto que está arranhado, seus olhos castanho-esverdeados agora estavam ficando amarelos, quando ela ia voltar a me atacar a porta abriu do nada e varias bolinhas de paintball começaram a nos acertar, corri para fora da sala e vira um carrinho com vários armas de paintball presas nele, olhei no corredor para ver se achava quem tinha feito isso, mas não encontrei nada. Alexia saiu da sala bufando, seu rosto estava cheio de tinta igualmente o meu, olhei para nossas roupas e ambas estavam sujas também, suspirei pesadamente e contei até dez, eu ainda vou pegar esse babaca que fez isso.

Fui ao vestiário tomar um banho e trocar de roupa, logo após sair do vestiário passo por uma sala e ouço a voz de Steve.

– Será tão fácil colocar a culpa nela, ela anda tão lesada por causa do fim do namorico.

Encosto na parede e espio o que ele estava fazendo, quando o vejo com bolinhas de paintball na mão e Emma estava encostada em seu armário olhando uma foto sua e de Lucy, era ele! Ele estava fazendo aquelas brincadeiras idiotas.

– Ei, seu babaca! – Grito para Steve que acaba se atrapalhando e deixa as bolas de paintball caírem no chão, Emma nos olha e arregala os olhos vendo as bolinhas no chão.

– Então era você seu otário. – Emma solta, quase parecendo um rosnado. – Eu vou acabar com a sua raça.

Vejo Emma avançar e puxo Steve o jogando para trás de mim.

– Deixa que eu cuido dele, você tem coisas melhores pra fazer, certo senhorita perfeição? – Digo e me afasto, seguro na jaqueta de Steve e vou o levando a força.

– Me larga caralho. – Diz ele se mexendo e tentando de todos os jeitos se soltar do aperto.

– Cala a boca, eu estou cansada dos seus joguinhos infantis. – O jogo na parede da sala do coral. – Você vai se entregar ou eu vou falar que foi você.

– Eu não vou me entregar, larga de ser burra.

Eu o seguro pela jaqueta novamente e dessa vez o jogo contra as cadeiras da sala, vejo seu nariz começar a sangrar e ele correr irritado para cima de mim, desvio facilmente de seu primeiro golpe, mas logo após sinto um soco em meu rosto, ele estava do outro lado da sala, como foi parar logo ao meu lado? Sinto um chute em minhas pernas e caio no chão. Isso era possível? Qual era o poder dele?

– Você não devia se meter com quem não conhece. – Sinto um chute forte em minhas costas e saio rolando até o piano, minhas pernas e costa doíam demais.

Quando fui me levantar vejo sua perna pronta para acertar meu rosto, mas consigo me levantar antes disso e o lanço para as cadeiras que já estavam desarrumadas, passo a língua pelo lábio inferior e sinto o gosto de sangue, minhas pressas já estavam prontas para atacar o desgraçado do Steve, mas quando vou avançar sinto uma mão segurar meu ombro, vejo Knight com um olhar decepcionado e ele vai em direção ao amigo.

– Você prometeu para com essas besteiras. – Knight fala, tira o amigo de cima de uma cadeira que agora estava totalmente quebrada. – Seu babaca, agora você vai tomar uma suspensão.

– Cara, me desculpa, mas isso é divertido demais. – Bufo ouvindo a resposta de Steve, vejo a porta da sala se abrir e um Puck com os olhos arregalados entrar, se eu não estivesse tão irritada iria rir de sua expressão.

– Alguém pode me dizer...? – Puck murmura sem terminar a frase.

– As brincadeiras com tinta, Steve que as fez e quis incriminar Emma. – Digo e me sento em cima do piano, já não sentia mais dor alguma no corpo, isso era uma das melhores coisas de se ser vampiro.

– Oh... – Puck fala e eu me irrito, só “Oh”? – Ahm... Vamos conversar sobre isso mais tarde no horário do coral então? Tchau.

Vejo Puck sair da sala sem mais e nem menos, como assim? Nenhum castigo? Sinto a raiva aumentar dentro de mim e decido ir para a parte de fora da escola para poder me acalmar. Passo longos minutos ali, cabulo as aulas até dar o horário do coral e me junto a Luan e Alex, sua namorada, vamos conversando até a sala e quando chegamos lá encontro todos os instrutores (menos o Finn que claramente sumiu do mapa), Steve estava sentado em uma cadeira rotativa que era da sala de Rachel, enquanto alguns dos membros do coral estavam em pé pela falta de cadeiras.

– Hoje vamos além de cantar, vamos falar sobre o que acontecerá com Steve, ele é o culpado por todos os ataques com tinta aos integrantes desse coral, portanto vamos...

– Cala a boca e deixa que eu falo. – Santana interrompe Rachel e metade da sala ri. – Steve vai ser julgado, será feita uma votação se ele fica ou é expulso do coral.

Todos ficaram sérios e se entreolharam, eu não sabia qual seria a decisão, metade do coral tinha recebido ataques e outra metade não.

– Quem o quer expulso? – Pergunta Santana e seis membros do coral levantaram a mão e comigo foram sete.

– Quem quer que ele fique? – Seis membros levantaram a mão e só sobrou Juan que parecia indeciso.

– Ahm... Eu voto por ele ficar. – Todos olharam para ele estranhando a ação, ele tinha sido acertado por um balde de tinta e estava defendendo Steve? – O que? Eu achei legal a brincadeira.

– Ok... Vocês são quatorze, então vamos deixar no meio termo, Steve será suspenso por duas semanas.

– O que? – Grita Steve e se levanta da cadeira. – Vocês não podem fazer isso comigo.

– Steve pra fora. – Diz Puck e o garoto começa a ficar vermelho.

– Isso não vai ficar assim. – Diz ele antes de pegar sua mochila e sair.

– Você acha que ele fará algo? – Ouço Eleanor perguntar a Knight que nega com a cabeça.

– Drama demais hoje... – Quinn fala dando um riso sem graça. – A lição de hoje é: Uma musica sobre que descreva a sua família.

– E quem não se lembrar de sua família pode cantar uma musica sobre os amigos. – Brittany completa, ouço longos suspiros e eu penso que nada poderia piorar.

POV Narrador

A aula do coral passou rapidamente para os integrantes, menos para duas pessoas, Lucy e Emma, Emma não desgrudou seu olhar de Lucy por um sequer minuto e isso incomodou o ser angelical, Lucy acreditava que não sentia mais nada por Emma, mas por que aquele olhar a fazia sentir tantas coisas?

Logo após o coral, Lucy se dirigiu ao estacionamento, perto da porta da saída é puxada para trás e vê Emma segurando seu braço e a puxando para uma sala qualquer, o ser angelical tentou se soltar, mas sem sucesso.

– O que você quer de mim? Solte-me. – Lucy murmura pela centésima vez, Emma suspira alto e se vira para o anjo caído que se perde nos olhos azuis de sua... Amada? Nem ela sabia a resposta disso.

– Eu preciso conversar com você. – Emma diz com a voz suave, segurando a enorme vontade de tomar a anja em seus braços e matar toda a saudade que sentia dela.

– Eu não tenho nad. – Lucy é interrompida por Emma que conseguiu se segurar e a beijou, a mais nova tentou se soltar nos primeiros segundos, porém se entregou ao beijo. Lucy sabia lá no fundo, que ainda não tinha superado Emma totalmente e que Lilith estava tentando ajuda-la, mas ela sabia que não conseguiria de uma hora para outra, descobriu o que era a paixão com a vampira e não sabia se tinha descoberto o que era amor com ela também.

Os lábios se chocavam fortemente, Emma pediu passagem e conseguiu colocar sua língua em contato com a de Lucy que estava ainda estava um pouco temerosa, por mais que não quisesse, Lucy sabia o quanto elas se encaixavam bem, os lábios, as línguas, as mãos, o corpo, mas não, ela ainda não tinha dado aquele passo com Emma e com ninguém. Quando se deu por “satisfeita”, Emma parou o beijo com uma mordida no lábio inferior de Lucy, que se encontrava ofegante. Encostaram as testas esperando que o ar voltasse aos pulmões, passaram-se alguns minutos e ainda elas continuavam assim, a cabeça de Lucy estava cheia de pensamentos confusos, enquanto Emma só pensava que precisava de mais e não ia desistir tão fácil da mais nova, Lucy tentou se afastar de Emma, porém a mesma a segurou e encaixou seu rosto na curva do pescoço do anjo caído a sua frente, sentindo o leve cheiro de rosas que tanto amava.

– Eu não vou te deixar ir, não tão facilmente, você sabe certo? – Emma sussurrou com a boca colada no pescoço do anjo, sorriu ao ver a pele da mais nova se arrepiar.

– Isso não devia ter acontecido. – Lucy murmura com a boca encostada nos cabelos loiros de Emma, ela sentia seu coração apertado, tudo parecia tão errado e tão certo.

– Eu vou lutar por você, não importa quem eu tenha que enfrentar, eu lutarei por você. – Emma finalizou conectando seus olhos aos de Lucy, os olhos da mais nova estavam marejados e confusos. – Tudo que passamos foi verdadeiro.

Emma deixa um beijo na testa de Lucy e passa levemente os dedos por baixo dos olhos de Lucy, tentando enxugar as lágrimas que a mais nova estava soltando, se afastou do anjo e se dirigiu ao vestiário, precisava pegar sua jaqueta.

Lucy se sentou em uma cadeira e encostou a cabeça nos joelhos, não aguentava mais toda aquela confusão, sabia que sentia algo por Lilith, mas sabia que também sentia algo por Emma e esse algo não a deixaria facilmente, se sentia angustiada demais. O anjo passou mais alguns minutos naquela posição até ouvir a porta sendo aberta e levantou o olhar para achar uma Lilith preocupada.

– Hey, eu estava te procurando. – Lilith disparou se aproximando rapidamente de Lucy que prontamente se encolheu, precisava ficar um pouco sozinha. – O que aconteceu? Eu senti sua angustia, me conte o que houve, por favor.

– Eu... – O anjo tentou começar, porém não se sentia bem para tocar no assunto no momento.

– Eu preciso que você me diga o que aconteceu ou eu não vou conseguir ficar tranquila. – Lilith retornou a falar.

– Promete não me odiar e não me deixar depois que eu contar?

– Nunca faria isso, sabes o quanto gosto de ti. – Lucy se sentiu pior ainda com aquela fala.

– Emma me beijou... – Lucy conta lentamente vendo a feição do rosto de Lilith mudar. – E eu correspondi...

– Eu... Eu não sei o que dizer. – Lilith murmurou se sentando ao lado de Lucy, sentia um sentimento ruim, mas sabia que elas ainda não tinham algo sério e sabia que Lucy ainda sentia algo por Emma. – O que você sentiu?

– Eu não queria, eu tentei a fazer parar, mas logo após a saudade bateu tão forte, eu me sentia angustiada com aquele beijo, mas também sentia uma euforia tão grande.

– Isso é a única coisa que eu precisava saber. – Lilith falou friamente e se levantou saindo da sala e ouvindo um grito de Lucy falando para ela espera-la.

Já no vestiário, Emma sentiu a presença de mais alguém e sorriu ao perceber quem era.

– Como vai Lilith? – Emma disse se virando e olhando zombeteira para uma Lilith olhando-a séria.

– Quando vai parar com os seus joguinhos? – Lilith falou em uma voz baixa, se segurando para não avançar em Emma.

– Joguinhos? – Emma perguntou confusa e logo percebeu do que se tratava. – Ah, isso... Isso não é um jogo, eu não vou deixar ela de bandeja dada pra você.

– Você já fez isso quando a traiu sua idiota, deixe-a em paz.

– Ela é a minha garota, você queira ou não, ela ainda sente algo por mim e eu não vou desistir até esse sentimento acabar, o que eu sinto por Lucy é algo que eu nunca senti por ninguém. – Emma diz convicta. - Mas que tal aposta?

– Aposta? – Lilith perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

– Quem conseguir levar Lucy primeiro para cama ganhará a garota e você sabe que ela só irá se entregar a quem ela amar verdadeiramente. – Lilith estava achando aquela ideia absurda.

– Nunca que eu farei isso, você é estúpida demais.

– Você nem terminou de ouvir. – Emma disse rindo. – Quem ganhar ficará com ela e a outra não poderá mais interferir, então... Que tal?

Lilith demorou alguns minutos pensando naquela aposta idiota, mas sabia que se ganhasse teria o anjo para sempre.

– Eu aceito.