Sweet Mystery escrita por MistyMayDawn


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Acho que ficou bem melhor que a versão antiga. Como disse nas notas da fanfic eu não estava gostando do rumo que a outra fanfic estava indo, então decidi exclui e fazer outra. Mudei bastante coisa, ficou mais bem escrita que a outra e o capitulo está bem maior. Espero que gostem. Bom, boa leitura.



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O despertador toda uma musiquinha irritante, faço um pouco de trabalho para alcança-lo e desliga-lo, fico alguns minutos deitado na cama e levanto com a maior disposição do mundo, pra não dizer o contrario. Último dia de férias, me forcei a acordar as 06h00 da manhã pra aproveitar o dia, pois amanhã começa o inferno naquela escola, os garotos daquela escola tem a insistência de me encher o saco, na vez passada enchi um garoto de borrada e acabei ficando uma semana suspenso, além de levar uma bronca dos meus pais. Ah, meu pais, duas pessoas patéticas que nunca demostraram amor por mim, nunca tive amor de mãe, ela morreu em um acidente e meu pai ficou com a minha guarda, minha mãe era amante dele e todos os dias a mulher dele, que sou obrigado a chamar de mãe(Mas não chamo), joga isso na minha cara, que sou um bastardo. Cresci sendo constantemente humilhado e sem amor, meu meio irmão mais velho tinha tudo, carinho, amor, amigos, brinquedos. Agora com meus 16 anos sou um garoto revoltado e rebelde, considerado por todos da minha família como uma vergonha pra família Shinji.

Vou até o banheiro, observo minha imagem refletida no espelho, cabelos arroxeados um pouco acima do ombro e cara de quem ficou acordado a noite inteira, Paul você esta um lixo. Escovo os dentes e tomo um banho, volto ao meu quarto enrolado na toalha e pego qualquer roupa que vejo pela frente. Hoje vou me divertir com os poucos amigos que tenho e não quero ninguém enchendo o meu saco, se aquela vadia que meu pai chama de esposa vir com algum trabalho pra mim juro que quebro essa casa. Visto-me e jogo a toalha em cima da cama, sei como ela fica furiosa quando faço isso e não a nada que me deixa mais feliz.

Me chamo Paul Yamada Shinji, tenho 16 anos. Nasci na cidade de Veilstonem, morei lá até meus sete anos, depois da morte de minha mãe meu pai me trouce pra Sinnoh, essa cidadezinha patética pra morar com ele, a mulher dele e meu meio-irmão mais velho. Dentre todas da minha “querida” família a única pessoa que não me trata diferente por ser fruto de um romance extraconjugal de meu pai é meu meio-irmão, Reggie. Que embora seja um meio-irmão, e a mulher do meu pai sempre jogar isso na minha cara, o considero inteiramente meu irmão.

Abro a porta do meu quarto pronto para descer e tomar café-da-manhã quando um barulho do lado de fora da cara me chama atenção, vou a janela ver do se tratava. Tinha alguém se mudando pra casa ao lado, tinha um caminhão em frente à casa onde se encontrava os moveis, atrás do caminhão tinha uma Ferrari, me perguntei porque a pessoa que esta se mudando pra cá, seja lá quem for, porque veio morar aqui afinal? Pelos moveis e pelo carro já diz que é uma pessoa bastante rica. Vai entender... Resolvi deixar pra lá e ir tomar meu café-da-manhã. Chegando a cozinha, me deparo com a família feliz, Clarie, meu pai e Reggie. Os três olharam pra mim.

– Bom dia Paul – Disse Reggie com animação em sou voz. – Acordou cedo, que milagre! – Brincou.

– Bom dia – Falei com meu tom normal enquanto sentava a mesa entre Reggie e meu pai, ficando bem longe da mulher de meu pai.

Reggie é apenas um ano mais velho que eu, ele tem 17 anos, ele possui cabelo roxo assim como os meus, porém, mais longos e amarrados em um rabo de cavalo. Reggie tem muitos amigos, e é bem popular lá na escola, extrovertido e alegre, e muito assediado pelas meninas. Meu pai, Koji, tem 46 anos e igualmente como eu e Reggie seus cabelos são roxos, porém, bem mais parecidos com os de Reggie. Ele sempre carrega uma expressão dura, na qual puxei pra ele, ele não gosta de brincadeiras e raramente o vejo esboçar um sorriso. Clarie, esposa do meu pai e o diabo em forma de gente, tem uns 38 anos, cabelos castanhos e longos até sua cintura, pele clara e olhos achocolatados. Ela é extrovertida e alegre com seus amigos e com o resto da família, mas incrivelmente cruel e cínica comigo.

– Ainda bem, pensei que estava criando um vagabundo. – Clarie comentou ríspida – Tenho muitas tarefas pra você. Trabalhar sozinha aqui em casa toma muita parte do meu tempo, deixa minhas costas doloridas e meus pés latejando. – Fazendo drama como sempre, sabia que ela iria fazer isso, me entrega listas e listas de tarefas como se fosse um empregado.

– Clarie, você não faz nada o dia todo além de fofocar e cuidar da casa, pelo menos poderia fazer isso calada sem me meter nisso. – Falei sem sentimento, ríspido, duro e sem gaguejar. Sou bom nisso. – E cá entre-nos, você nunca me sustentou. Não devo nada a voc...

– Calado! – Urrou meu pai batendo a mão com tamanha força na mesa que a derrubou com tudo no chão. – Nunca mais fale com Clarie desse jeito, a chame de mãe! Clarie me dê essa lista – Ele estendeu a mão aberta a Clarie que entregou a lista sem demora. – Irá fazer tudo isso até o final do dia, não vai querer saber o que vai te acontecer se não concluir até o final do dia.

– Porque a chamaria de mãe? – Gritei me levantando bruscamente da cadeira – Não irei fazer porra nenhuma! Estou cansado de ser explorado. – Desabafei.

– Calma Paul – Aconselhou Reggie segurando meu braço – São apenas umas coisinhas, não precisa brigar por isso.

Ignorei Reggie.

– Quero ver você me obrigar! – Desafiei.

Sai correndo de casa e fiz questão de bater bem forte a porta. Estou cansado disso, como meu pai é cego! Só porque ela é sua esposa não quer dizer que seja mais importante que o próprio filho. Droga de vida. Fecho os olhos reprimindo as lagrimas, não sou tão fraco a esse ponto, e de repente bato em alguém e caio por cima dela. Abro os olhos, eu derrubei uma garota, pele clara, cabelo longo e azuis e um gorro, ela tinha uma expressão de dor e mantinha os olhos fechados, a garota parentava ter minha idade e nunca tinha a visto antes. Ela abriu seus olhos, eram azuis, e me encaravam furiosos. Enrubesci ao perceber que ainda estava em cima dela e me levantei rapidamente.

– Desculpe – Estendo a mão pra ajuda-la a levantar, mas ela a ignorou e levantou sozinha.

– Não olha por onde anda garoto? – Ela disse dura, com as mãos na cintura. A garota vestia um vestido curto branco e calçava uma sapatilha de mesma cor, o vestido deixava praticamente toda a sua perna a mostra, o que faz eu não parar de olhar, que perna! Apenar que ser o Paul Shinji eu ainda sou um garoto de 16 anos.

– Foi mal, não te vi.

Ela bufou.

– Vou ficar com um galo enorme na cabeça. Obrigada. – Ela comentou sarcástica.

– Quando precisar é só me chamar – Retruquei debochado. Ela me olhou com raiva. – Sou Paul Shinji, quem é você?

Ela arqueou uma sobrancelha, por um momento pensei que ela não iria dizer.

– Sou Dawn Hikari. Sou nova aqui. – Ela cruzou os braços e me fitou seria.

Pensei um pouco.

– Então é você que é minha nova vizinha? – Perguntei e a vi olhar confusa – Moro nessa casa aqui – Apontei pra minha casa a poucos metros dali.

–Ah, sim. Pelo visto sim. Infelizmente. - Arqueei a sobrancelha e a olhei serio. Que garota mais chata. – Preciso voltar pra minha nova casa antes que mais alguém resolva esbarrar em mim. Prazer em conhecê-lo Sr. Shinji, pena que minha primeira impressão não seja tão boa, a primeira impressão é a que fica – Ela riu. - Não é nada pessoal.

– Não me chame de senhor, não sou tão velho assim. E te garanto que essa primeira impressão será esquecia, e o prazer foi todo meu em conhecê-la. – Olhei-a de cima abaixo e dei um sorriso de lado apenas para provoca-la. Garotas arrogantes e que se acham superiores não fazem o meu tipo.

Ela corou de imediato e virou seu rosto para o lado colocando a mão em frente ao seu corpo.

– De-de-desculpe-me – Virou-se rapidamente e entrou em sua casa não me dando chance de falar alguma coisa.

Hã? Não entendi. Em um momento ela parece uma garota confiante e arrogante e no outro nem pareceu à mesma pessoa. Nunca vou entender as garotas afinal, não existe nada mais complicado que elas. Suspirei e segui o meu caminho antes que meu pai me visse, vou esfriar um pouco a cabeça.

Sinnoh era uma cidade desenvolvida, mas não uma grande cidade. Nunca gostei de morar aqui, e posso garantir que essa cidade é a cidade mais tediosa que alguém possa conhecer, não tem nada pra fazer, claro que tem um Shopping, umas praças, umas lanchonetes e só. É uma merda. E o gosto musical das pessoas era uma merda também, literalmente. Sabe aquelas pessoas que insistem em ouvir musica sem fone de ouvido no ônibus? Pois é, são essas mesmas, mas não era apenas Funk, era forró, arrocha, brega e sertanejo. E eu não gosto de nada disso, não mesmo. Mas isso não era o pior de tudo, o pior era que metade da cidade se conhecia, ou seja, se fulano fazia uma coisa a cidade todinha ficava sabendo. Os vizinhos são horríveis também, se tem uma novidade na sua casa eles vão entregar bolo, presente atrasado, vender alguma coisa só pra dar uma olhada. Mas o pior de tudo era as apresentações que acontecia de vez ou outra na Praça Maria, o “evento” era simplesmente um bando de meninas de uns 12/13 anos de short e blusa curta rebolando no meio de uma roda. Mas, apesar de tudo isso, a cidade tinha lá as suas coisas boas, poucas mais tinha. Como não ter muita violência, tinha cinema, lanchonetes com comida deliciosa, boates que davam pro gasto e, principalmente, shows que davam pro gasto na maioria das vezes. Mas como eu disse: É a cidade mais tediosa que você possa conhecer 1) Porque podia ter shows, mas não com frequência 2) Podia até ter cinema, mas geralmente eram filmes que já tinham estreado há seis meses atrás, no mínimo e 3) Todos os dias tinha cara de domingo.

***

– Já vai! Não precisa quebrar a porta caralho! – Ouvi a voz de dentro da casa, então parei de “espancar” a porta.

A porta se abriu e lá tinha um garoto de cabelos negros e olhos castanhos, com cara de sono e todo despenteado. Vestia uma blusa branca e um short azul claro e estava descalço. Seu nome é Ash Ketchum, o garoto mais retardado, barulhento, idiota e irritante da face da Terra... E meu melhor amigo. Ash esfregou os olhos e quando percebeu que era eu bateu a porta na minha cara.

– Ash abre a droga dessa porta, porra! – Estava praticamente espancando a porta e esse viado não abria.

Ash abriu a porta e me olhou com uma cara de “porra, tu não me deixa mais nem dormi”. Entrei na casa e desabei no sofá como se a casa fosse minha. Os Ketchum me consideravam como parte da família e eu sempre me sento feliz quando estou com eles, como se fosse minha verdadeira família. Peguei o controle e liguei a televisão colocando em um canal qualquer. Como sempre a mãe de Ash não estava em casa, ela sempre viaja a negócios, é advogada e bastante indicada e Ash sempre passa dias sozinho, ele tem uma ótima viva, a única coisa que falta nela é que ele nunca conheceu seu pai.

– Poxa, ultimo dia de férias e eu querendo aproveitar o ultimo dia que tenho pra acordar tarde e tu aparece. – Ele disse emburrado sentando ao meu lado.

– Deixe de ser preguiçoso seu idiota, esse é o dia de aproveitar. Além do mais estou deixando as coisas esfriarem lá em casa, não vou voltar tão cedo, você acha que vou ficar na rua dando pinta de que vou roubar alguém? As pessoas nunca vão com a minha cara. – Falei dando de ombro.

– Brigou com seu pai e com Clarie de novo. – Ash perguntou preocupado.

– Briguei, estou cansado daquela vadia que meu pai chama de esposa. – O meu ódio por essa mulher é muito grande.

Ainda me lembro do primeiro dia que cheguei naquela casa, eu tinha sete anos e até gostei dela no principio, mas quando papai saiu ela mostrou o que realmente era, me mandou fazer todos os trabalhos que ela tinha que fazer naquela casa. Me lembro também de quando estava lavando louça e acabei quebrando um copo... Ela me espancou, fiquei todo roxo e se não fosse o bastante ela me ameaçou, não podia falar nada senão seria bem pior. Foi o pior dia da minha vida.

– Agora traz comida pra mim, estou morrendo de fome, acabei não conseguindo comer nada depois do que aconteceu lá em casa.

– Ah, Paul – And disse desapontado – Não pode continuar fazendo isso, vai ser pior pra você.

– Você quer que eu aceite sem reclamar? – Desviei meu olhar da televisão para encarar Ash.

– Não, mas não tente enfrenta-los desse jeito. Quando Clarie não estiver por perto converse com seu pai, sei lá porra, só não faça isso porque quem vai sair perdendo vai ser você. – Ele falou serio e cruzando os braços.

– Prometo que faço isso. Agora me traz a comida viado. – Zombei.

– Do que me chamou seu broxa? –Retrucou.

– Eu? Broxa? Não fui eu quem broxou quando foi... – Não terminei a frase e gargalhei alto, e olha que é difícil me ver assim. Limpei uma lagrima que escorria do meu olho de tanto rir, minha barriga já estava doendo e And me encarava zangado.

– Porra! Essa historia de novo não. Você me paga seu viado, vou te matar! – Ash saiu correndo atrás de mim, e eu fugi rindo e zombando da cara dele. Nada melhor pra esfriar a cabeça do que ver o Ash irritadinho.

Ficamos correndo pela casa por uns dez minutos até ele se cansar. Ele se jogou no sofá cansado e eu fui à cozinha pegar alguma coisa pra comer, peguei um cereal da prateleira e leite da geladeira, peguei uma tigela e uma colher e voltei pra sala. Ash estava do mesmo jeito que eu havia deixado. Sentei no sofá ao lado de Ash e comecei a comer.

– Paul você é o cara mais insuportável da face da Terra. – Começou Ash emburrado – Odeio quando você toca nesse assunto.

– A culpa não foi minha, foi somente sua – Respondi sem olhar pra ele, meu olhar estava na TV. – Agora, por favor, não quero falar sobre isso, sua vida sexual não me interessa.

– Tá bom então, vamos mudar de assunto – Ele se sentou e me fitou.

–Sua mãe volta hoje? – Perguntei depois de dar a ultima colherada no cereal, ao terminar coloquei a tigela em cima da mesinha de centro da sala, próximo ao sofá.

– Não, por quê? – Ash perguntou pegando a tigela que eu tinha colocado em cima da mesa e levando de volta a cozinha.

– Porque vou dormir aqui hoje. Não quero voltar pra casa e enfrentar meu pai.

– Tudo bem.

***

Eram umas sete da noite, eu e And estávamos jogando Mortal Kombat 9, meu personagem era o Scorpion e o de And era Sub-Zero. And estava vencendo, eu tinha apenas um pouco de HP enquanto And tinha pouco mais que a metade, ele me atacava e eu ficava pulando pra lá e pra cá. Eu sou horrível nesse jogo e como já não era de se esperar And me venceu pela quinta vez seguida.

– Cara – Ele disse rindo – Você é horrível!

– E você pensa que eu não sei? – Respondi irritado, ele apenas gargalhou. Revirei os olhos – Coloca outro jogo, estou cansado de perder!

– O que você quer? Futebol? – Ele perguntou balançando o jogo da FIFA que tinha o Cristiano Ronaldo na capa.

– Pode ser.

And escolheu U.S.A. e eu coloquei Brasil mesmo, iniciou a partida e And já tinha tirado a bola de mim. Mas quando ele estava perto de fazer o Gol consegui tirar a bola dele, iria até zoar com a cara dele se bem na hora que eu ia fazer o gol ele pausou o jogo.

– Isso é trapaça, pode despausar essa porra! – Gritei com ele e ele gargalhou.

Ele despausou o jogo e roubou a bola de mim. Trapaceiro, isso não é justo. Ele foi pro meio do campo e eu tentava a todo custo tirar a bendita da bola dele, mas não consegui, tentei de tudo e no fim ele acabou conseguindo fazer o gol.

– Que droga! – Praguejei jogando o controle pro lado – Se você não tivesse pausado eu teria feito o gol!

– Eu sou de mais! – Ele falou fazendo uma pose gay. Apontei o dedo pra minha boca e fiz cara de quem ia vomitar. – Hahá!

Foi assim como todos os jogos, eu já estava quase virando o Huck de raiva quando And desligou o Playstation 3 e ligou o DVD e colocou um filme de Terror chamado Mama. Lá para metade do filme alguém bateu na porta. And foi até lá resmungando, era Drew D’Angeli, cabelos e olhos verdes, Drew é um playboy, mauricinho, filhinho de papai e arrogante metido a besta, ele tem a mania de sempre dar uma rosa vermelha para as meninas da escola e elas ficam tudo caidinhas por ele, exceto para a namorada dele, May, ele só dava tulipas vermelhas a ela. Que merda é essa? Quem hoje em dia fica dando flores para as mulheres, sem falar que isso é irritante.

– E ai Drew?! – And falou com toda a empolgação. Revirei os olhos.

– E ai Ketchum? Shinji?

Além da mania das rosas Drew tem a mania de não chamar as pessoas pelo primeiro nome e sim pelo sobrenome. Vai entender.

– D’Angeli? – Respondi.

– Entra cara! – And falou

Drew entrou e sentou na outra ponta do sofá, And fechou a porta e se juntou a nos.

–Já renovou seu estoque de rosas pra esse ano? – Perguntei a Drew, ele revirou os olhos.

– O que as moças estão fazendo? – Ele perguntou.

– Nada de mais, assistindo um filme de Terror que mais esta fazendo a gente rir do que sentir medo. – Respondeu And.

– Sentiu a nossa falta e veio fazer uma visita? – Perguntei.

– Logico que não, apenas estava entediado e May e eu brigamos de novo.

Drew e May só vivem brigando, em todo lugar, toda hora. E nem é por um motivo relevante, é só por besteira: Porque você esta olhando pra tal lugar? Porque você demorou chegar? Porque não me respondeu na hora que te mandei a mensagem? Porque não atendeu no primeiro toque? É cada besteira, os dois são legais, mas juntos são insuportáveis.

– De novo? – Perguntou And – Acho que vocês já bateram o Record de maior numero de brigas que um casal pode ter.

– Existe Record disso?

– Sei lá, vai que tem.

– Vocês dois podem parar com esse papo aí que eu quero assistir o filme, que merda – Falei.

– Vamos mudar de assunto – Drew falou – Souberam das ultimas noticias?

– Que noticias? – Perguntou And com curiosidade. – Não estamos sabendo de nada, é alguma coisa boa? Tipo desfile de gatinhas na praça Maria? Já estou cheio daquelas pirralhas parecendo um gravetos que fazem “shows” lá.

– Infelizmente não, Ash, bem que podia acontecer, mas essa noticia é um tanto perturbadora: Ocorreu um assassinato brutal ontem à noite. Era uma garota, ela foi encontrada decapitada e desfigurada, com varias marcas pelo corpo. O local ficou lotado de curiosos e policiais e até agora não se sabe quem foi o assassino. – Drew olhou pra mim – Paul, não acredito que não esteja sabendo, você é filho de um policial.

– Nunca prestei atenção no trabalho dele.

– O que você acha que foi? – Drew perguntou, ele estava muito interessado nesse assunto.

– Não faço a mínima ideia. – Respondi e voltei minha atenção para a TV

– Ele bem que podia matar a diretora Mildred, aquela mulher me causa calafrios, e pensar que amanhã vamos vê-la de novo – Disse And com calafrios só de lembrar na Diretora Mildred e do castigo que ela deu em And depois da ultima que ele vez. Sorri ao lembrar disso.

– A Diretora Mildred é minha tia, seu imbecil – Rugiu Drew dando um cascudo na cabeça de And – Sem falar que isso não é coisa que se brinque.

– Tá... Não precisava me bater.

Drew com ar superior puxou os fios de cabelo verde que caiam sobre os seus olhos para detrás da cabeça, os arrumando no seu penteado certinho e incrivelmente gay.

– Mas é muito fresco – Comentei.

Drew me olhou mortalmente e eu sorri debochado pra ele.

– Olha que diz, “Pau”

Me irritei, uma das poucas coisas que me irritam é pronunciar errado o meu nome.

– Meu nome se pronuncia “Pôu” e não “pau”, sua anta.

– Ficou nervosinho – Drew sorriu de lado, claramente satisfeito com minha irritação.

– Ta bom gente. Olha! Essa parte do filme é a melhor. – Comentou And tentando mudar de assunto.


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Notas finais do capítulo

Qualquer errinho me avisem. Criticas, elogios são sempre bem vindos. Ah, e And é o apelido que o Paul colocou no Ash, apenas ele o chama assim. Okey?
Beijão.



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