Isso (Não) é Mais um Romance Adolescente escrita por A Garota da Janela de Vidro


Capítulo 5
Ronnie


Notas iniciais do capítulo

Se eu gastasse mais uma nota inicial de capítulo falando que nada acontecia nesse capítulo, vocês acreditariam?
Bom, sendo honesta, algo acontece, mas não sei se gosto exatamente. Basicamente, após Logan dar aquela carona para Ronnie no que teria sido a versão passada do capítulo anterior, Juno (antigo nome de Julie) acaba tendo uma crise de ciúmes porque Logan é o crush dela. Mas não é uma crise de ciúmes normal. Chega a ser idiota da forma que acontece.
Na versão anterior, Riley também era muito descartável. Ele apenas reforçava que Ronnie não podia ficar com Logan porque eles não concordavam.
E, adivinhem só?, como em todo clichê "ele-odeia-ela-e-ela-odeia-ele" Ronnie fica balançada por Logan bem aqui, no capítulo cinco. Sem mais nem menos. Haja paciência!
Bom, se ainda tiver alguém por aí, espero mesmo que vocês curtam a leitura.
Perdão pelos erros!



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Ele é tão bonito e fofo, com seus cabelos mais compridos que o habitual e sobrancelhas franzidas por algum dos seus problemas do dia-a-dia. Era como se cada vez que meus olhos estivessem naquele garoto alto de ombros largos e postura tão tímida, estivesse o vendo pela primeira vez, pois todos os detalhes saltavam como se estivesse contemplando tudo pela primeira vez. 

Beleza, eu não era exatamente a garota mais romântica e cheia de traquejo do meu pequeno grupo (tendo como comparativo apenas Julie), quanto mais da escola, mas era impossível ignorar como as borboletas em chamas dançavam no meu estomago e eu sentia aquela vontade mínima de guardar cada detalhe de como ele estava naquele dia para poder me lembrar depois.  

 Como por exemplo, hoje Peter vestia uma camisa cujas mangas ficavam ridiculamente largas em si com uma estampa do Lanterna Verde. Os cabelos castanhos pareciam um tanto rebeldes, com alguns fios escapando da ordem em que foram divididos de qualquer jeito para o lado, mas isso fazia com que um pequeno topete se formasse na parte da frente de seu cabelo. Seus olhos pareciam um pouco mais cansados, assim como algumas marcas mais escuras os adornavam, demonstrando que ele não devia ter dormido muito bem, mas mesmo assim suas bochechas ainda mantinham um rubor saudável e meio infantil.

  E quando ele finalmente fisgou seu livro de história, com um sorrisinho vitorioso, Logan Henderson o tirou de foco.  

O babaca ainda teve a cara de pau de mostrar a língua para mim!

Revirei os olhos, ignorando completamente. 

No mesmo momento em que eu estava pronta para mandar um SMS para Riley dizendo que não poderia mais esperá-lo, pois tinha que me apressar para a aula de física para sobreviver e uma atividade valendo 15% da nota do bimestre de cálculo e conhecimento teórico, o dito cujo apareceu saindo da sala do clube de debate.  

Claro que eu tinha decorado uma coisinha ou outra da parte teórica, mas eram os cálculos que sempre me matavam. Era quase uma regra, quando eu pensava que tinha um progresso considerável nas minhas habilidades com números, deltas e todas essas coisas, eles me passavam a perna. Era como olhar uma grande sopa de letrinhas, só que numérica, e eu estava preparada para não conseguir um potencial tão legal naquela atividade. 

Riley olhou para mim daquela forma quase que pedindo desculpa pelo tempo que fiquei esperando, mas não disse em voz alta. 

—Ei, me diz uma coisa, você tá pensando em convidar a Julie para o baile de primavera mesmo? -O rosto do meu melhor amigo se tornou quase uma perfeita demonstração do tom mais forte de rosa presente em uma palheta decorativa em uma loja de material de construção. As sardas em sua bochecha ficaram até menos destacadas. —Ah, Riley, não fique dessa forma! Nós temos que planejar como você fará isso, não é? 

—Você sabe que não é fácil para mim falar com a Julie, porque ela é sempre tão independente e parece fazer parte de um mundo próprio. E eu sei que ela não me vê da mesma forma, o que é bem caótico. -Seus olhos castanhos miraram o outro lado do corredor, bem longe de mim. —E você sabe, eu estou apavorado com a possibilidade de ela nunca mais querer falar comigo. 

—Julie nunca faria isso. 

Talvez ela fizesse.  

Quer dizer, não por maldade, mas porque Ju era tão tímida quanto o próprio Riley, então é claro que ela pensaria mil vezes antes de começar um diálogo com ele sempre que se encontrassem e em todas as coisas possíveis que poderiam magoá-lo, também tomaria todo o cuidado para jamais deixá-lo desconfortável, e isso lhe tomaria tanto tempo que ela acabaria pensando que era melhor simplesmente não fazer nada. 

Mas eu nunca diria isso para Riley, porque ele não precisava de mais pressão para pensar em desistir. Tenho certeza que seu cérebro armazenou alternativas diversas de como tudo pode dar errado sem a minha ajuda. 

—Você poderia dizer que também vai ao baile conosco, assim ela não pensaria que é um encontro. 

—Mas é um encontro. -Disse meio abruptamente. —E nós queremos que ela perceba isso. 

 —Não antes de chegar ao baile. 

Olho para o garoto de cabelos ruivos intensos, cujos fios fazem espirais cacheadas que começam a cobrir a base da testa, e ele parece uma confusão meio engraçada e meio fofa do que um garoto apaixonado deve ser. Seu rosto longo e esguio parece um pouco constrangido enquanto tenta fixar seu olhar em alguma coisa que não seja eu, ou qualquer pessoa conhecida no corredor. 

E eu decido que não posso forçar a barra para o outro lado também, o fazendo se sentir pressionado a falar com Julie.  

Suavizo minhas expressões para um sorrisinho cúmplice. 

—Você poderia convidar alguém também. -O garoto me pega de surpresa. 

Quase posso ver algo de diabólico no sorriso que se forma em seus lábios finos e rachados, porque mesmo que seja um garoto muito quieto ele continua sendo meu melhor amigo e nunca perderia a chance de me atazanar.  

Sinto meu coração acelerar duas batidas ao pensar na possibilidade, se eu fosse um tantinho mais corajosa, e parece muito hipócrita que seja justamente eu quem esteja tentando fazer o garoto ao meu lado assumir seus sentimentos para a garota que ele gosta.  

—E quem eu convidaria? -Dou de ombros, tentando me fazer de desentendida. 

 É claro que isso não surte o mínimo efeito sobre Riley, que me encara cheio de sarcasmo e eu sei que estou cedendo, mostrando a ele que isso me assusta para cacete. 

O que aconteceria se eu convidasse Peter? 

Em uma comédia romântica adolescente, cheia de firulas e final pré-programado, ele provavelmente nunca teria me notado, mas após toda a minha atitude em convidá-lo seus olhos teriam um carinho diferente quando me flagrassem no corredor. Talvez ele visse que eu tinha algo que o completava dentre todas as garotas da escola e nós teríamos um daqueles momentos pelo qual fazem todo filme clichê fazer valer a pena quando acontecesse.  

Mas isso é a vida real.  

Ele é o tipo de garoto que está tão preso em seu mundinho, fazendo a diferença nas coisas que toca de uma forma nem mesmo percebe, e eu não estou preparada para enfrentar a realidade de que o Peter real posso ser um abismo até o que eu imagino. 

—Ele é apenas um garoto, Ronnie. -Riley coloca o braço por cima do meu ombro. 

—É. -Concordo com um sorriso idiota. —Para você ver como soa patético. 

—Nós estamos perdidos! -Ele diz entre risadas. 

 

☺☺☺☺☺ 

 

 Faltam duas questões para entregar para que o exercício esteja completo e eu não aguento mais isso. 

Não há mais muitos alunos na sala além de mim. Posso ver pelo canto dos olhos um garoto dormindo por cima da folha branca e uma menina apenas matando o tempo olhando o relógio, talvez pensando que não há nada melhor para fazer depois que sair da sala, mas reconheço seu rosto como sendo de uma das integrantes do coral da escola –o que denuncia que, na verdade, ela tinha sim outras coisas para fazer além dessa sala de aula. 

Estico as costas na cadeira, chamando atenção da professora por alguns momentos até que ela volte a se concentrar em seu romance de época. 

A capa antiquada e pouco chamativa me prende por algum tempo, a foto de um pirata musculoso com a camisa aberta, com os longos cabelos loiros esvoaçantes por causa do vento na proa do seu navio, abraçando uma mocinha pequena e frágil demais me faz revirar os olhos.  

Minha tia, irmã da minha mãe, tinha uma coleção de livros como aqueles. Ela costumava carregar com sigo para todo lugar e gastava algumas boas horas suspirando conforme virava as páginas. Minha mãe tentou ler alguns capítulos uma vez, mas meu pai passou a semana interna tão esquisito, tentando deixar sua voz mais grossa e tentando impor a si mesmo uma rotina de atividades físicas que todos nós sabíamos que ele não aguentaria por muito tempo e eram demais para ele, que ela simplesmente decidiu poupá-lo daquela tortura e abandonou a leitura. 

 O relógio anunciava que faltava apenas mais cinco minutos para terminar. 

Cinco longos minutos. 

Pela janelinha da porta, podia ver Riley espiando vez ou outra. Provavelmente Julie estava com ele e muito provavelmente também ele não havia a convidado ainda.  

Respirei fundo, chutando uma resposta para as questões restantes.  

Claro que eu morria de vergonha de entregar minhas provas de cálculo, pois era quase impossível não imaginar o professor morrendo de rir da minha cara sempre que via algo absurdo, ou então batendo a cabeça na parede por pensar que todas as horas que gastava tentando passar o mínimo de conhecimento para adolescentes não valia de nada. 

A senhora DeLaney pegou a folha com um sorriso simpático, se despedindo de mim em um sussurro enquanto guardava minha lista de exercício junto com as outras em sua pasta, para depois encarar os dois alunos restante com olhos vigilantes. 

Saí da sala com o coração em frangalhos. 

Porque eu não havia nascido com habilidades melhores para exatas? 

Como eu previa, Julie parecia elétrica ao lado de Riley, o que quase me fez pensar que ele havia tomado coragem para convidá-la afinal. Meu olhar deve ter parecido muito surpreso, pois ele olhou em outra direção parecendo muito envergonhado, enquanto a menina de cabelos muito escuros, presos em dois coques em pontas opostas da cabeça, quase me derrubou ao que seus olhos me encontraram. Aquela era a mesma garota que andava tão irritada pela manhã que as pessoas mantinham oito metros de distância? 

—Anda, se apresse. -Julie enlaçou meu braço com o seu próprio, me arrastando pelo corredor como uma pipa. —Nossa, eu pensava que você nunca tomaria coragem. Estou tão orgulhosa de você, Ronnie!  

—O que? 

Riley vinha andando atrás de nós, tentando manter nosso ritmo enérgico. 

Alguma coisa parecia muito errada naquilo tudo. Olhei novamente para o garoto, mas ele se negava a retribuir o olhar como se eu pudesse matá-lo com um superpoder raio laser –que eu obviamente não tinha. 

Viramos o corredor pouco menos cheio por causa do intervalo relativo entre as aulas antes do intervalo. Basicamente, algumas matérias ocupavam todo o horário enquanto que outras tinham pequenas pausas. E eu ainda não havia percebido o quanto estava ferrada até que visse o ouvisse uma voz muito conhecida conversando com outras duas pessoas que ainda não havia identificado. 

Desgraçado! 

Quis me soltar de Julie apenas para poder acertar um bom soco em Riley. 

Agora fazia muito sentido o motivo de ele parecer tão deslocado e um pouco culpado. E como eu queria chutar sua bunda por aquilo. 

—Sério, você é meu exemplo, não acredito que vai mesmo convidá-lo para o baile. -Julie sorria muito empolgada, como se fosse ela quem estivesse prestes a falar com o garoto por quem tinha uma quedinha. —Eu nem sei o que dizer, porque esse é o momento empolgante do nosso ensino médio. Ronnie Stwart vai finalmente pescar esse peixão. 

Peter conversava animadamente com dois garotos, segurando um caderno e uma caneta em sua mão. Ele parecia muito empolgado a ponto de sorrir tão abertamente que parecia que a luz que entrava pelo corredor refletia em seus dentes branquinhos e seriam capazes de deixar qualquer um cego permanentemente.  

Tentei parar Julie, fincando meus pés no chão, mas o piso era escorregadio e tudo que eu conseguia era escorregar como uma pata manca. 

Aquilo não podia estar acontecendo. 

Só podia ser um maldito pesadelo. 

À medida que nos aproximávamos, meu coração parecia saltar pela boca e eu não me sentia capaz de respirar corretamente naquele prédio. Era como se alguém tivesse vedado todas as entradas de ar e, em questão de pouco tempo, todos morreríamos sem ar. 

Julie, determinadamente, me arrastava inconsciente que estava prestes a me fazer ter uma crise de ansiedade.  

—Julie, eu... -Tentei formular alguma coisa, mas até mesmo minha voz soava trémula. 

—Você vai falar com Peter Masset! Finalmente! -Ela ria quase sem acreditar, porque nem eu mesma acreditava no que estava prestes a fazer. —Depois de tanto tempo você finalmente vai até lá e dizer tudo. Você é o meu exemplo, juro por Deus. 

—Julie... 

E então era tarde demais para fazer qualquer coisa. 

Os dois garotos haviam ido embora e Peter olhou diretamente para nós. Ele parecia demorar um pouco em mim, franzindo levemente suas sobrancelhas clarinhas como em uma perguntando silenciosamente você está bem?  

Todo o ar que ainda restava em meus pulmões parecia insuficientes para mim. 

Era tarde demais! Perda total! 

Julie me soltou quando tínhamos a atenção do garoto, que continuou parado um tanto relutante em se aproximar ou ir embora. Como eu queria que ele escolhesse a segunda opção. Vá embora, Peter. Por favor, vá. Mas ele o fez, pois era Peter Masset, então se aproximou de mim a passos curtos e calculados. 

E como ele ficava ainda mais bonito de perto! 

Tive que levantar meu rosto conforme Masset se aproximava, um sorriso simpático no rosto e os olhos, que de perto não eram tão castanhos assim com pequenas nuances esverdeadas, fixos em mim. Quando eu pensei que aquilo poderia acontecer de verdade? Inalei uma boa quantidade de ar quando estávamos próximos o suficiente, apenas quatro passos de distância.  

Seu perfume era algo que não conseguia explicar de forma objetiva e rápida. Ele era fresco e não muito forte, capaz de se perder quando ele se afastava, mas impossível de não ser reconhecido depois de muito tempo de familiaridade. Até mesmo seu perfume parecia totalmente diferente de todos os outros, como se feito especialmente para ele a ponto de combinar com a suavidade de seus olhos de cachorrinho e sorriso doce –mas era muito claro que isso era apenas um devaneio meu, quantas outras pessoas não tinham aquele mesmo perfume? Devia ser uma marca muito popular! 

—Oi? -Ele disse devagar, como quem queria me chamar a atenção. 

Peter Masset está falando diretamente comigo! 

—Oi. -Respondi. 

PELO AMOR DE DEUS, FAÇA ALGUMA COISA MELHOR QUE ISSO. 

Peter continuou olhando para mim, os olhos nublados em confusão. Talvez ele estivesse perdido entre achar que eu estava tirando uma com a cara dele ou que simplesmente era completamente maluca.  

O que quer que ele pensasse, eu não podia culpá-lo. 

—Posso ajudar? -Deus, esse garoto é um anjo? —É que você parecia olhar diretamente para mim, e os seus amigos estão olhando para nós agora mesmo, então eu pensei que talvez você... 

—Não! -Disse de forma acelerada, quase gritando, o que fez Peter se assustar um pouco. —Quer dizer, sim! Eu quero falar com você! Ou pelo menos, é o que parece que eu quero fazer, porque eu não converso muito com as pessoas daqui, sabe? Parece muito difícil começar uma conversa porque estão todos sempre correndo e isso é meio caótico. Todos vamos nos formar futuramente e a maioria não vai ter conhecido mais do que três pessoas, e isso parece até mesmo um pouco triste, porque temos todos a mesma idade e essa é a melhor época para socialização. Você sabia que adolescentes comunicativos têm muito mais sucesso em suas respectivas carreiras pela habilidade em solucionar problemas e pedir ajuda quando é necessário?  

Os olhos do garoto por quem eu era apaixonada pareceram inexpressivos por bons cinco segundos, e eu imagino que ele não podia estar acreditando na aleatoriedade daquela conversa. 

Mas então Peter faz a última coisa que eu poderia imaginar. Ele ri. 

Não um riso cheio de maldade como se ele me achasse a maior piada do mundo, mas como se tudo que eu disse parecesse brilhante o bastante para que ninguém mais, nem ele mesmo, tivesse notado.  

Bom, parece um pouco presunçoso pensar isso de um sorriso. Mas não me senti julgada ou desconfortável com aquele som tão bom, parecia que eu era parte do mundo dele por breves momentos. 

—Uau! Quanta coisa ao mesmo tempo! -Ele diz, se recuperando. —Bom, eu não havia parado para pensar na maior parte das coisas que você falou, mas parece mesmo um pouco triste. Principalmente se for considerar que é um colégio bem grande. Eu mesmo não converso com muita gente fora do clube de música. 

—Desculpa por isso! -Deixo escapar. —Por essa falação maluca, quero dizer. 

—Não, tudo bem. -Ele diz sorrindo novamente. Porque Peter Masset é todo sorrisos e olhar de cachorrinho! —Foi meio inesperado, eu admito, mas de uma forma legal. Mas você não veio aqui apenas para me jogar o balde água fria de que nossa geração é muito pobre de traquejo social, não é? 

Eu sou apaixonada pelo cara certo! 

Sorri, um pouco envergonhada e um pouco à vontade, sentindo tudo em mim aquecer um pouquinho pela aura solar dele. 

—Eu queria sugerir uma música para os covers do baile de primavera. 

O rosto dele pareceu se iluminar como uma árvore de natal e eu só queria apertar suas bochechas como se ele fosse um bebê. 

—Claro! Você é a terceira pessoa que vem falar comigo, vou guarda um lugar especial para a sua música na nossa lista de seleção -Ele diz, me entregando sua caneta e o caderno. —, isso se ela não for nada que fira o código de conduta do diretor, claro.  

—Você vai cantar no baile? 

—Talvez umas duas ou três músicas. -Ele deu de ombros. —A ideia foi minha, para tentar manter o clube de música relevante e impedir que seja cancelado, então é meio que uma obrigação que eu participe. Coloque seu nome ao lado da música, se não for um problema. 

—Então eu espero que pense nessa música quando estiver escolhendo seu repertório. 

Espere aí, eu acabei de flertar com ele? 

Peter olhou o que eu havia escrito no papel. 

—Pode deixar, Ronnie Stwart. 

Com um sorriso idiota, o coração acelerado, as orelhas quentes e os pés nas nuvens, comecei a me afastar de Peter Masset pensando em como aquilo havia sido ridículo de tão fácil e mesmo assim extraordinário de tão bom. 

Riley e Julie olhavam para mim quase sem acreditar no que tinha acontecido, mas isso não poupou minha amiga de me dar um belo tapa nas costas e soltar um gritinho animado. 

—Ronnie Stwart, você é minha heróina! 


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Notas finais do capítulo

A música que eu imagino que Ronnie tenha sugerido para que Peter cantasse no baile seria There She Goes do Sixpence None The Richer. E eu realmente imagino Peter fazendo um cover muito fofo dela.
A experiência que me fez pensar nessa nova versão do capítulo cinco foi que no segundo ano eu era apaixonada por um garoto e nunca tive coragem de falar com ele. Bom, na minha imaginação, as coisas entre nós seriam tão leves quanto com Ronnie e Peter, mas nunca saberemos de verdade.



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