Imprevistos escrita por Dri Viana


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Meus mais sincero agradecimento aos comentários deixados.

Agora fiquem com mais esse capítulo.



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Em pouco mais de dez minutos o capitão parava seu carro em frente ao motel. Logo em seguida a ele chegara Catherine. Os dois juntos, seguiram para entrada do bonito e luxuoso motel.

_Boa noite ... Polícia de Las Vegas. - o capitão anunciou mostrando seu distintivo a moça que ali estava.

_Boa noite! ... Algum problema, policial?

_Sim. Acabamos de receber uma denuncia de que houve um crime nesse lugar. Uma mulher foi morta em dos quartos desse motel.

A moça se assustou e imediatamente ligou para seu superior pra que viesse falar com os ''tiras''. Não demorou muito e um senhor já se encontrava ali diante de Catherine, Jim e dois policias que vieram com o capitão.

_Noah Clarkson, sou gerente do motel ... - o homem estendeu a mão e cumprimentou o capitão e as demais pessoas que estavam com ele. _O que houve, capitão?

_Recebi minutos atrás uma ligação do serial killer dos motéis, já ouviu falar dele, não?

_Sim!

E quem ainda não tinha ouvido falar nele?

Havia até uma recompensa pra quem desse informações precisas sobre ele.

Os donos de motéis requintados estavam revoltados com esse serial. Ele estava manchando a reputação dos locais cometendo seus crimes dentro desses lugares e ele só cometia seus crimes em motéis conhecidos e de luxo.

_Pois bem, ele ligou instantes atrás para a delegacia e contou que havia feito mais uma vitima aqui nesse motel, quarto 18. Estamos aqui pra averiguar se realmente isso procede.

_Tânia ... - o gerente virou-se pra moça que atende os clientes na entrada do motel. _... Por acaso as pessoas desse quarto ainda se encontram nele?

A moça deu uma olhada no computador que mostrava através de pontos vermelhos ou verdes, quando havia ou não cliente no quarto. E no 18 a luz estava verde, o que indicava que os clientes ainda se encontravam no quarto.

_Sim, senhor. Eles ainda estão no quarto!

_Então não pode ser verdade que tenha ocorrido um crime nesse quarto, capitão.

_Ah, pode sim! Se o amigo não sabe, esse sujeitinho petulante que comete esses crimes costuma fugir sem ser visto e deixa a vitima no quarto propositalmente pra que ele fique ocupado e desse modo, ninguém suspeite que ali acabou de haver um crime.

_Eu não acho que esse seja o caso.

_E for o caso? E se um crime tiver mesmo acontecido aí dentro? Precisamos entrar e averiguar.

_Por acaso tem um mandato pra fazer isso, capitão? Porque pelo que eu saiba tem que ter.

O gerente não achava possível um crime ter acontecido ali. A segurança daquele lugar havia sido reforçada por conta desse caso do serial killer mesmo.

O dono desse motel não queria em hipótese alguma que a reputação de seu estabelecimento ficasse manchada como aconteceu com os de seus concorrentes, por culpa de um maniaco. Por isso, não mediu esforços pra garantir a segurança do lugar.

_Está querendo complicar as coisas, meu chapa?

_De forma alguma. Só acho que deva agir como manda a lei. Esse lugar é um estabelecimento privado que tem uma reputação e um nome a zelar, e um fato desse pode manchar nossa imagem. Além do mais, está cheio de clientes aí dentro. Entendo que esteja fazendo seu dever, mas tenho que preservar os clientes que aqui estão e que desconhecem esse fato que ''supostamente'' tenha ocorrido aqui dentro ... Sem mandato não há averiguação. Sinto muito, capitão.

_Tudo bem! Vou me encarregar de conseguir em dois tempos um mandato.

Jim se afastou com Catherine que até aquele momento estava calada.

_E agora Jim?

_Vou providenciar esse mandato.

Quase meia hora depois o mandato que capitão havia pedido, chegava e ele e Catherine podiam entrar no motel pra averiguar se realmente o crime tinha acontecido no quarto 18.

_Espero que não haja qualquer ressentimento de sua parte capitão, pela minha exigência a cerca do mandato. - o gerente comentou enquanto ele, Jim e Catherine seguiam para o quarto.

Há pedido do homem, os policias não entraram junto com os três que seguiam, os policiais ficaram lá na portaria do motel.

_Reze pra não ter acontecido um crime aqui. Pois do contrário, essa sua exigência só fez atrasar nosso trabalho e dar tempo ao assassino de estar bem longe daqui.

Catherine que se encontrava ao lado do capitão, esboçou um pequeno sorriso. Seu amigo capitão estava se mordendo de raiva por ter tido que esperar meia hora pra entrar ali.

Eles chegaram ao quarto. Noah abriu a porta, eles entraram no comodo e puderam ver que em cima da cama se encontrava uma moça nua e morta com um tiro na testa.

_Ligue para o legista, Catherine. Temos mais uma vitima do serial killer dos motéis.

...

_Eu vou agora mesmo providenciar as fitas de segurança, capitão. Mas, por favor, tentem não chamar muito a atenção aqui dentro. Como eu disse, estamos em uma noite com bastante clientes.

Noah estava apavorado de que aquilo chegasse aos ouvidos dos clientes que ali se encontravam e principalmente, com medo da imprensa que naquele momento já se encaminhava para a portaria do motel. Haviam descoberto sobre a nova vitima do serial killer dos motéis.

_Sobre as fitas, ótimo. Agora quanto ao que me pediu, é impossível de atender. - dando as costas ao homem o capitão foi até Catherine que tirava fotos do corpo. _E aí, está morta há muito tempo?

_Pode levar o corpo, Dave. - a loira falou com o legista e só então deu atenção ao capitão. _Segundo o Dave ... Há uma hora!

_Falei com a moça que fica na entrada do motel atendendo os clientes quando chegam e ela me disse que quem pediu o quarto foi a mulher e que mal viu a cara do homem que a companhava.

_E as fitas das câmeras de segurança? O gerente já deu?

_Não, mas já foi providenciar isso.

A loira ouviu o amigo suspirar alto.

_Acha que devemos ligar para o Grissom? Ele junto com você, estão a frente dos casos desse serial.

Ajeitando os cabelos e abrindo sua maleta pra pegar os instrumentos de trabalho pra começar a periciar o quarto a loira respondeu a pergunta do capitão.

_Não! É folga dele e ele me pediu que em hipótese alguma era pra chama-lo. Nem que fosse o crime do século e lhe valesse uma promoção, que ainda assim, não era pra lhe ligar. Alegou que tinha um compromisso muito importante hoje.

_Compromisso? Sei! ... Aposto que esse compromisso dele é uma daquelas corridas de barata que vire e mexe ele participa.

_Não duvido mesmo que seja esse o compromisso dele. - Catherine riu

_Grissom é uma ótima pessoa, mas é um tanto estranho, não?

_Muito estranho. Uma pessoa que prefere a companhia de insetos a de pessoas é estranha mesmo. Sabe quantas vezes já disse pra ele levantar a cabeça daquele microscópio, deixar tanto os insetos de lado e arranjar alguém, pra ter uma vida fora do laboratório, sabe? Milhões! E sabe quantas vezes ele me deu ouvidos?

_Deixe-me ver ... Nenhuma?

_Na mosca!

O capitão riu. Conhecia Grissom de anos e tinha quase certeza de que seu amigo havia nascido pra ser um solteirão, dado ao seu jeito antissocial. E isso deixava Catherine inconformada.

Ela tinha Grissom como mais que uma amigo e queria o bem dele, queria que ele deixasse de ser tão solitário e focado no trabalho, que tivesse alguém em sua vida, pois todo mundo merece ter alguém. Mas parecia que seu amigo não queria nada disso.

Só parecia!

_Conforme-se, Cath. Nosso amigo vai ser um solteirão amante de insetos, até o fim da vida dele.

Ah! ... Se esses dois soubessem o quão errado estavam a respeito do amigo!

Catherine nem sonhava que seu amigo já havia atendido aos seus pedidos de arranjar alguém, há muito tempo.

Na vida do supervisor, há um ano e meio, havia uma morena que estava lhe fazendo ter uma vida e ser o homem mais feliz do mundo!

Enquanto isso pra desconhecimento total do capitão e da perita, no quarto ao lado, um casal apaixonado que ignorava completamente a presença de pessoas muito conhecidas deles trabalhando para solucionar um crime que ocorrera no quarto ao lado do deles, se amavam mais uma vez após terem se recuperado da primeira ''sessão'' de amor.

A pedido de Sara, eles agora faziam amor sentados, dentro da hidro, com uma água morna banhando seus corpos que ao contrário da temperatura água, não estavam nada mornos e sim, quentes ... Quentes feito ferro em brasa!

_Hum ... isso ... assim ... céus ... não pare,querida ... - ele proferia desconexamente entre gemidos enquanto ela cavalgava sobre ele.

As mãos dele se cravavam na cintura dela lhe auxiliando na velocidade de suas cavalgadas que ele queria que fossem devagar pra retardar ao máximo que chegassem ao clímax. Enquanto isso sua boca se dividia entre beijar ora o pescoço perfumado de Sara e ora a boca dela, pra abafar tanto os gemidos dele quanto os dela, pois não queriam repetir a ''barulheira'' que os ''vizinhos'' do outro quarto fizeram..

_Você me enlouquece, Sara. - ele sussurrou antes de tomar a boca de Sara em desespero.

Ela era mesmo uma coisa que lhe enlouquecia completamente.

Seu corpo pegava fogo quando junto ao dela e reagia em questão de segundos aos estímulos que ela lhe fazia.

Ele tinha que admitir, havia um Grissom antes de Sara e um depois.

Os movimentos dela de subir e descer sobre ele cessaram enquanto se beijavam.

As mãos dele por uns instantes largaram a cintura dela pra se postarem, uma na nuca de Sara e outra nas costas da morena. E as dela, estavam em seus cabelos platinados, puxando-os com uma força estudada.

Não demorou muito e eles pararam o beijo. Inverteram as posições, ela agora estava por baixo e ele por cima, segurando nas bordas da banheira de hidromassagem enquanto ia lhe golpeando com suas estocadas firmes e rápidas.

Bastaram alguns poucos movimentos acelerados dele pra que ambos chegassem ao clímax quase que simultaneamente.

Por longos segundos eles ficaram imoveis dentro daquela hidro tentando acalmar as batidas de seus corações que estavam freneticas e também, suas respirações que estavam ofegantes pela aquela maravilhosa experiência ali.

_Sara??

_Hum

_Você está bem? Eu não te machuquei, machuquei?

_Não! - foi a única coisa que ela conseguiu proferir com o rosto escondido na ''muralha'' do peito dele.

_Eu perdi a noção da força dos movimentos.

_Não se preocupe ... foi muito bom assim!

Ela o ouviu sorrir bem perto de seu ouvido.

_Você me enlouqueceu com todo esse sobe e desce.

Agora foi a vez dele ouvi-la sorrir e de quebra, ainda ganhou dela um leve soco no braço por conta de suas palavras.

_Eu não! A culpa é da saudade absurda que eu sentia de você! Foi ela que me enlouqueceu!

Os dois caíram na risada. Realmente a saudade por tantos dias sem intimidades tinha se ''acumulado'' aos montes tanto nele quanto nela.

_Vamos sair daqui ou ficaremos enrugado nessa água. - ele comentou em brincadeira.

_Agora seria uma boa hora pra apreciarmos o vinho lá na cama.

_Ótima ideia! Vamos.

De volta ao outro quarto...

Após terminar de periciar o quarto regida a pequenos e baixos ''sons'' vindos do quarto ao lado que arrancaram discretos sorrisos de Catherine, a loira foi atrás de Jim e juntos, eles foram falar com o gerente pra saber sobre as fitas de seguranças.

_E então Noah, conseguiu as fitas já?

_Ainda estou providenciando capitão.

_Eu reparei ainda pouco que os quartos daqui não têm isolamento acústico pra você sabe ... Abafar os gemidos. - Catherine comentou.

_Não ... Alguns ainda não tem!

_Hum ...

_Por que? - quis saber o gerente.

_Porque teremos que falar com as pessoas que estavam, ou melhor, estão no quarto ao lado do que houve o crime, pra saber se eles ouviram algo.

O gerente achou aquilo descabido.

_Isso não é demais, não?

_Não! Eles podem ter ouvido alguma coisa. Nos outros casos as pessoas que estavam no quarto ao lado em que o serial cometia seu crime, ao serem indagas pela polícia, relataram que ouviram algumas coisas, então ... Vai que esses dois da ... suite master, tenham ouvido algo.

_Ela tem razão. - Jim se manifestou a favor de Catherine.

_E no que o fato deles terem ou não ouvido algo, vai ajudar? Por acaso essa informação vai solucionar o caso?

Catherine iria responder isso, mas Jim tomou a palavra antes dela.

_Escuta aqui, meu amigo ... É obvio que não vai solucionar, mas pode nos dá alguma ajuda, por menor que seja ... Agora dá pra ajudar ou tá difícil?

_Não é que eu não queria ajudar, capitão. Mas acho descabido bater na porta do quarto dos clientes pra perguntar isso. Nós aqui prezamos pela privacidade dos clientes.

_Olha não se preocupe que não vamos espalhar aos quatro ventos que clientes que interrogamos aqui. Agora se nos der licença vamos falar com esses dois do quarto ao lado do 18.

O gerente ficou vendo Jim e Catherine seguirem de volta para as dependências do motel.

_Vamos torcer pra que a mulher que foi morta tenha dito algo enquanto estava com aquele bastardo assassino.

_No caso passado o casal ''vizinho'' ao quarto em que o crime aconteceu, disse que além dos gemidos altos eles ouviram a mulher dizer um nome ... Max!

_Que não nos levou a lugar nenhum essa informação, mas pelo menos temos um nome que em hipótese alguma pode cair nos ouvidos da imprensa, pra não deixar esse assassino em alerta.

_Exato!

Grissom e Sara naquele momento se encontravam acomodados na cama, vestidos com os roupões do motel e apreciando o vinho que o supervisor comprara no restaurante.

_Não sei quanto a você, mas a noite pra mim foi ótima.

_Esse final de noite sim, foi ótimo. Agora o começo, minha nossa ... foi um desastre total. - os dois riram. _Primeiro, foi o meu carro dando prego quando íamos sair ... depois encontramos aquele fofoqueiro do Hodges no restaurante, o que nos fez sair de um lugar requintado pra jantar num restaurante nada fino ... e como se não bastasse tudo isso, ainda teve os sons '' escandalosos'' que a mulher no quarto ao lado fez e que nos interrompeu num momento que não devia e que quase me fez perder o clima.

Ele narrou em total divertimento os acontecimentos daquela noite, causando muitas risadas em sua namorada.

_Tivemos uma noite cheia de ''imprevistos'', querido, mas no fim ... Tudo terminou bem!

Grissom assentiu tomando um pouco de seu vinho.

Só que as palavras de Sara não estavam certas ... A noite ainda não havia terminado pra eles!

Agora vinha o quarto e último ''imprevisto'', o pior de todos!

_Policia de Las Vegas, abram a porta, por favor. Precisamos lhes fazer algumas perguntas.

Grissom imediatamente se engasgou com o vinho que bebia enquanto que Sara deixou sua taça cair sobre seu roupão branco e a cama, sujando tudo ali com o liquido vermelho.

Aquilo não tava acontecendo!

_É o Jim, Gil! - Sara reconheceu imediatamente a voz do capitão.

_O ... que ... ele ... faz ... aqui? - o supervisor consegui dizer entre as tossidas que dava pra se desengasgar.

_Não tenho ideia. - Sara bateu de leve nas costas dele pra ajudá-lo com o acesso de tosse que ele tinha. _Será que ele sabe que somos nós que estamos aqui? - A morena se desesperou.

Ela então parou de bater nas costas de Grissom e o encarou.

_Não creio. Mas, por favor, se acalme, querida! - ele percebeu seu nervosismo diante daquela situação.

_Me acalmar? Impossível! ... Ele vai descobrir sobre a gente ... E agora, Gil?

E agora?

Agora é ... ''Help!''


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Notas finais do capítulo

É agora que esses dois são descobertos!



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