De Repente Grávida escrita por Dul Mikaelson Morgan
Notas iniciais do capítulo
Desclupas gente :// demorei muito eu sei, mais não se preocupe que ate quinta ja teremos outro capitulo =] aproveitem esse que tá grande e aposto que vão gostar
Esther Cacillas... Caroline matutava em silêncio, durante o trajeto. Sem Klaus ter que dizer coisa alguma, Caroline intuía que, no tocante àquela mulher, estava pedindo algo. que ele não poderia cumprir.
Então, se perguntava, como ficariam as coisas entre eles? Haviam feito o pacto de lutar para que o casamento desse certo, de serem fiéis um ao outro, de não permitir que nada ou ninguém interferisse em suas vidas, com o que Klaus concordara plenamente.
Parecia, no entanto, que havia uma exceção. Esther Cacillas.
O que aquela mulher e Klaus tinham em comum? Alguma coisa deveria existir, embora, pelo olhar de desprezo dele quando a vira estava certa de que não era amor. Então, por que hesitara quando lhe perguntara se tornaria a vê-la? Se Klaus não estava preparado para responder a essa pergunta, e obviamente não estava, ela mesma iria em busca dessa verdade. Teria que perguntar a alguém. A quem? Ao pai, que, conhecendo Klaus há tanto tempo, poderia saber de alguma coisa? A Esther Cacillas?
A mera hipótese de revê-la lhe dava calafrios. Deixou a idéia de lado. Mas aquele mistério tinha de ser solucionado, para que o espectro daquela mulher deixasse de assombrar sua vida.
Como klaus não respondesse a sua pergunta, Caroline disse cortante:
— Não tem importância, Klaus. Você precisa de algum tempo para pensar.
Só que eles estavam a três semanas do casamento... Seguiram calados.
— Quer subir para tomar um café? — Caroline perguntou quando chegaram diante de seu apartamento, para que a noite não terminasse de modo tão insípido.
— Gostaria — ele disse sorrindo —, mas você não está muito cansada?
— Então, está convidado. Dormi um pouco à tarde — Caroline disse, saindo do carro.
Klaus subiu e ajudou-a a fazer café. Caroline trouxe bombons e licor.
— Sei que você não quer ouvir sobre Esther — Klaus começou, ajeitando-se na poltrona.
— É verdade. Não quero.
— Não mais que eu — ele prosseguiu com uma expressão mesclada de tristeza e enfado. — No entanto, existe algo que preciso lhe contar.
Caroline fechou os olhos, e naquele momento surgiu em sua mente a lembrança da expressão amorosa de Klaus quando vira na tela a imagem de seus filhos.
Havia conhecido Klaus toda a vida. Sabia que era um homem honrado. Acreditaria em qualquer coisa que ele dissesse sobre Esther.
— O que é? — encorajou-o a falar.
Klaus levantou-se, pôs a xícara de café sobre a mesinha auxiliar e, abaixando-se, segurou-a por ambas as mãos.
— Quero que saiba que Esther Cacillas não significa nada para mim. Nada.
O calor das mãos de Klaus, o modo carinhoso com que a olhava apesar da ansiedade estampada em seu rosto másculo, convenceu Caroline de que ele estava sendo sincero.
— Está bem, Klaus — ela disse com doçura.
— Mesmo?
Caroline sentiu crescer dentro de si uma grande ternura ao ver a incerteza refletida nos olhos castanhos daquele homem que amava tanto. Compreendeu que para ele era muito importante que ela acreditasse no que estava afirmando e resolveu parar de lutar contra fantasmas.
— Mesmo, Klaus — ela disse, acariciando seu rosto até há pouco fechado, aliviada por sentir o retorno do entendimento entre eles. Amava muito Klaus para suportar o sofrimento de estarem distanciados.
— Graças a Deus, Caroline!
Sentou-se ao lado dela, puxou-a para seus braços e, enterrando o rosto em seus cabelos perfumados, encheu-a de beijos, desculpando-se:
— Lamento que este dia que começou radiante tenha se tornado insuportável.
Ela passou os dedos por entre os cabelos de Klaus, depois, abraçando-o com muita meiguice, falou baixinho em seu ouvido:
— Prometo não contar a Elena e Damon o que acabei de ouvir.
— Caroline, a parte desagradável deste dia nada teve a ver com Elena e Damon, você sabe.
Sim, ela sabia. Graças a Esther, erguera-se entre eles, quase toda a noite, o que parecia ser uma barreira invisível. Caroline sabia que a culpa daquele distanciamento cabia a ela, porque todas as vezes que Klaus quis se aproximar para beijá-la, acariciá-la ou mesmo tocar sua mão, se esquivara.
Klaus segurou o rosto de Caroline e, fitando-a bem dentro dos olhos, disse:
— Eu nunca farei nada que possa pôr em risco minha vida com você e nossos filhos. Isso eu prometo.
Os olhos de Caroline ficaram rasos d'água. Tudo ainda lhe parecia um sonho. Um lindo sonho.
Klaus abaixou a cabeça e beijou-a ternamente nos lábios, saboreando sua doçura, até que Caroline, com um gemido, entreabriu os lábios, passando os braços pelos ombros de Klaus é agarrando-se a ele.
Amava aquele homem, amava-o tão loucamente que, no fundo de seu coração, sabia que lhe perdoaria tudo.
— Caroline? — Klaus afastou o rosto, olhando para ela com desejo.
— Klaus... — ela murmurou as faces afogueadas pela certeza de que o queria mais que tudo no mundo.
Klaus, com um movimento rápido, ergueu-a em seus braços.
— Estou muito pesada para você — disse, segurando-se com firmeza no pescoço de Klaus.
Klaus riu, entendendo o que ela quisera dizer.
— Talvez dentro de uns dois meses, sim, mas por enquanto, você é leve como uma pluma.
— Para onde está me levando? — Caroline perguntou com voz rouca. Sentia o corpo aquecido pelo calor de Klaus e envolvida por uma onda de desejo que não conseguia controlar.
— Embora nosso amor sobre o carpete tenha sido maravilhoso na primeira vez, acho que podemos fazer melhor. — E dando um ligeiro empurrão, abriu a porta do quarto, colocou-a cuidadosamente sobre a cama e depois deitou-se a seu lado.
Caroline fechou os olhos. Podia sentir as batidas de seu coração cada vez mais aceleradas. Nunca poderia imaginar que a noite dos dois que começara tão mal estava prestes a acabar tão bem.
Enterrou os dedos nos cabelos de Klaus e puxou-o para si.
E se aquela primeira vez entre eles não se repetisse? E se desta vez não fosse tão bom?
Ele pareceu adivinhar seu pensamento e disse baixinho:
— Querida, vai ser bom. — E começou a beijá-la, fazendo o corpo dela vibrar-se de antecipação.
A mão de Klaus, ao mesmo tempo carinhosa e exigente, deslizava pelo corpo de Caroline de alto a baixo. Seus lábios doces percorriam eroticamente o pescoço dela e desciam para o vão macio entre a curva dos seios, ainda protegidos pelo vestido de seda. Por pouquíssimo tempo, porque Klaus, cuja respiração ardente quase a fazia desmaiar, puxou o zíper de seu vestido e Caroline surgiu a seus olhos de calcinha e sutiã.
— Você é linda, Caroline, incrivelmente linda!
Caroline, com mãos trêmulas, meio desajeitada, foi desabotoando a camisa dele, acompanhando cada gesto com uma carícia em seu peito forte.
Na primeira vez, devido à explosão da paixão que os dominou, não houve tempo para tocar, sentir, acompanhar os contornos dos respectivos corpos.
Klaus puxou-a para bem junto de si. Caroline pôde sentir, quando colou-se a ele, a firme evidência de seu desejo.
Ela queria mais, muito mais, queria tudo, queria ficar nua junto dele, queria sentir seu corpo, as pernas entrelaçadas e...
— Nada até estarmos casados, lembra-se, Caroline?
Ela lembrava só que aquela frase era coisa do passado.
Caroline beijou o peito de Klaus, ansiando por uma entrega total.
— Isso já não tem importância.
— Tem para mim, querida.
Mas para amenizar o rigor daquelas palavras, inclinou a cabeça e, com seus lábios em fogo, beijou, por cima do sutiã, um dos mamilos túrgidos, sugando-o doce e lentamente, enquanto com a mão tocava o bico do outro seio, provocando nela um desejo incontrolável que a fazia gemer baixinho.
Deixou a mão deslizar até a calcinha de cetim e Caroline gritou de prazer quando Klaus a acariciou entre as coxas levando-a ao ápice do prazer. Depois, refugiou-se nos braços dele transbordando de felicidade.
— Você está bem? Machuquei você?
— Não — ela respondeu, entregue, exausta —, você não me machucou. Para dizer a verdade — sussurrou ofegante —, me senti nas nuvens.
Klaus sorriu um riso rouco de desejo contido, ajeitando os cabelos de Caroline que lhe cobriam parcialmente o rosto.
— Era isso que eu queria que você sentisse. E agora quero para- mim um prazer que me foi negado na primeira vez — disse puxando a coberta.
Caroline olhou para Klaus, não entendendo.
— O prazer de tê-la adormecida em meus braços.
Caroline olhou-o através da luz esmaecida do abajur de cabeceira.
— Mas...
— Durma, querida — ordenou, acomodando a cabeça dela em seu ombro e apagando o abajur.
Caroline ficou bem quietinha na escuridão. Não entendia por que ele não tinha... Ele lhe dera prazer, muito prazer e, no entanto...
— Teremos o resto de nossas vidas... — ele murmurou, lendo novamente seus pensamentos. Esta noite eu quis só dar prazer a você.
E dera. Ah, certamente dera!
Um prazer completo. Maravilhoso. Sentia-se viva como nunca!
...
— Quer fazer o favor de parar de andar de um lado para o outro, Niklaus? Está me dando nos nervos.
Klaus parou, hesitou um instante e mudou de direção.
Depois daquele encontro com Esther, da preocupação com Caroline, precisava, urgentemente, conversar com alguém. Infelizmente não contava mais com Lizzie para desabafar, e a pessoa mais próxima era Bill, que, por sinal, era pai de Caroline. Embora sendo um homem experiente, que enfrentara muitos desafios, não sabia como tocar no assunto.
Bill reclamou:
— Esse vai-e-vem vai durar muito, Klaus? Preciso saber, porque vou me casar na próxima semana... — ele acrescentou, rindo com ironia, sentando-se no braço da poltrona.
— Muito engraçado! — resmungou Klaus.
— Você já imaginou o que Niel vai dizer se eu não chegar a tempo na igreja porque você levou uma semana para me dizer o que queria?
Klaus parou de andar.
— E muito difícil...
Bill encarou-o preocupado.
— Você está pensando em desistir de Caroline? — perguntou, já exasperado.
— Não seja ridículo, Bill — Klaus retrucou, impaciente.
— Então o que é? Se não é desistir de Caroline... o que, dadas as circunstâncias, poria fim na nossa velha amizade...
— Já disse que não é. Eu adoro sua filha.
— Está bem. Estou aqui para ouvi-lo, como fiz no dia em que você me procurou para explicar que vocês estavam envolvidos há alguns meses e que você era o pai do bebê que Caroline estava esperando — Bill continuou, estreitando os olhos azuis.
— É verdade, e diga-se de passagem, não é um bebe. São dois. Gêmeos.
Bill acenou a cabeça afirmativamente.
— Caroline veio me ver esta manhã e me contou a novidade. Klaus não sabia que Caroline fora ver Bill pela manhã. Deixara o apartamento dela depois de tomarem o café da manhã e dali seguira para seu próprio apartamento, para tomar uma ducha e vestir-se para ir ao escritório. Só que não fora ao escritório. Ficara em casa, pensando no que faria com relação à Esther e como tocaria nesse assunto delicado com Bill.
— Estou muito feliz por vocês.
Klaus estranhou o fato de Bill não ter dito que Caroline havia estado lá pela manhã e de não tê-lo recebido de braços abertos, todo excitado, pela notícia de que teria não um, mas dois netinhos.
Bill levantou-se do braço da poltrona e sentou-se no sofá, enquanto Klaus ensaiava mais algumas passadas pela sala.
— Quero dizer, Klaus — prosseguiu Bill —, que apesar de tê-lo ouvido atentamente na semana passada, isso não significa que acreditei no que você me falou. Niel me aconselhou a não me meter e, apesar de levar muito em conta sua opinião, não quero saber de brincadeiras no que diz respeito à felicidade de Caroline no casamento.
Encarou Klaus, avaliando a reação dele a estas palavras.
— Estou tão empenhado na felicidade de Dela quanto você, Bill.
— Está? — Bill indagou cem um tom de ironia na voz. — Então me permita acrescentar que nem por um instante acreditei nessa história de relacionamento secreto entre vocês, Klaus. Nem por um instante — insistiu com firmeza, notando que Klaus queria interrompê-lo. — Minhas filhas não foram criadas assim, com segredinhos — declarou orgulhoso da educação que dera a elas —, portanto deduzi que o que houve entre vocês foi um arroubo de paixão do qual resultou uma gravidez. No entanto, na ocasião, achei melhor não me intrometer. Vocês resolveram se casar, e tudo bem.
Bill fez uma pausa, pesando no que diria a seguir:
— Mas depois da visita de Caroline esta manhã, as coisas mudaram um pouco.
— Em que sentido? — Klaus perguntou entre curioso e aborrecido.
— Minha filha tem a impressão de que em sua vida existe algo muito complicado que pode vir a atrapalhar o casamento de vocês.
Klaus respirou fundo. Caroline, sem querer, abrira caminho para o que ele fora fazer ali. Mordeu os lábios.
— Caroline disse o que era complicado?
— Sim. Mas não precisava dizer, eu já sabia. Klaus olhou para Bill espantado.
Bill sabia? Como? A única pessoa com quem falara a respeito de Esther fora Elizabeth e não acreditava que não tivesse mantido a maior discrição a respeito.
Bill interrompeu a sucessão atropelada de seus pensamentos com uma revelação inesperada:
— Quando você me procurou há quinze anos, com uma proposta de sociedade, eu tinha trinta e quatro anos, esposa e uma família para criar. Assumi muitos riscos, mas era um homem previdente. Antes de concordar em fazer negócio com você, levantei sua ficha.
Klaus olhava para Bill, estupefato. Ele sabia de tudo e nunca dissera nada. Admirou profundamente o caráter, o porte moral daquele seu amigo de tantos anos.
Bill foi ao bar preparar uma dose de uísque para ambos.
— O que o está torturando, Klaus? Do que tem medo?
Medo de perder Caroline, Klaus pensou, agora que estou tão perto de tê-la para mim, para sempre.
— Tem tão pouca confiança em Caroline, Klaus, a ponto de achar que ela deixaria de se casar com você por causa de seu passado?
Ele engoliu em seco. E respondeu com voz rouca:
— Você não entende Bill. Caroline não me ama, e se souber...
— Caroline não ama você? — Bill repetiu incrédulo. — Você está cego, Klaus? Ela adora você desde que tinha onze anos.
— Você está enganado — Klaus falou, tomando um gole da bebida. — Você está enganado. Ela...
Bill interrompeu-o:
— Acredite em mim. Caroline ama você. Sempre o amou.
Será? Klaus se perguntava. Bill estaria certo? Não, não podia acreditar. Não queria correr o risco de acreditar e sofrer uma decepção.
— Esta manhã, quando Caroline veio me ver, tivemos uma conversa franca. Aconselhei-a, se tivesse dúvidas, não se casar e afirmei que concordaria com qualquer decisão que tomasse.
Klaus se sentia sufocar.
— E?
Bill, sorrindo, apaziguou o coração de Klaus.
— Ela me disse que se não casasse com você não casaria com mais ninguém.
— Isso por causa dos bebês.
— Não, Klaus, por causa de você. Ele sorriu tristemente.
— Sei como é difícil e como tem sido difícil para você conviver com essa sombra em seu passado — Bill prosseguiu, compreensivo —, mas você não é absolutamente responsável pelo que aconteceu. Você era uma criança. Os olhos de Klaus escureceram.
— Você não vê Bill? Esse passado continua a atrapalhar a minha vida!
— Eu sei. Ao contrário das minhas filhas, que foram criadas com todo carinho, você não conheceu nenhum afeto. Por isso é tão difícil para você acreditar que alguém o ame verdadeiramente. A família Forbes sempre amou você. E Caroline, mais que todos nós. Os problemas que você enfrentou contribuíram para estruturar o homem de caráter que você é, e deve orgulhar-se disso.
Pela memória de Klaus perpassaram as últimas semanas em que ele e Caroline estivaram juntos, os constrangimentos iniciais, a alegria de terem gêmeos, a última noite...
— Que mais Caroline disse esta manhã? — perguntou Klaus, já bem mais calmo.
— Como deve supor, ela me perguntou se eu conhecia uma Esther Cacillas.
Klaus ficou tenso.
— E...
— Eu tive que responder, honestamente, que não.
— Mas você...
— Klaus, eu não menti para Caroline. Nunca menti para minhas filhas. No caso, usei de um subterfúgio porque eu, realmente, não conheço nenhuma mulher chamada Esther Cacillas. Esther Mikaelson é outro caso e não foi por ela que Caroline perguntou.
Esther Mikaelson, com o segundo casamento, passara a assinar Esther Cacillas.
— Sou da opinião, Klaus, que cabe a você contar a verdade a Caroline.
Não vai ser fácil, Klaus disse para si mesmo.
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E isso e COMENTEM, FAVORITEM E RECOMENDEM se puderem *--* bjs até.