De Repente Grávida escrita por Dul Mikaelson Morgan


Capítulo 12
Encontros


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui 8) mais rápido que pretendia ;]
espero que gosto do capitulo.



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]Caroline se perguntava quem seria aquela mulher loura, vestida de vermelho, que esperava por Klaus na frente de seu escritório. E por que o deixara tão chocado?

Klaus parecia ter visto um fantasma!

Observando melhor, notou que aquela mulher, alta e magra, era dotada daquela beleza sensual que muitas vezes acompa­nhava a mulher na idade madura e que agradava aos homens.

Klaus a consideraria atraente?

Subitamente ocorreu-lhe que ela poderia ser um dos seus casos irresolutos, e uma estranha aflição apoderou-se dela. A ultima coisa que desejava naquele dia, naquele momento, era enfrentar um dos casos de Klaus.

Embora Klaus a segurasse firmemente pela mão, como para protegê-la, viu que não poderia esquivar-se ao olhar daquela mulher que os fitava demoradamente. De imediato, não gostou dela.

— Niklaus... — disse a mulher, saudando-o.

— Esther... — Klaus murmurou por entre os dentes. Caroline os observava engolindo em seco, quase intimidada, certa de que se Klaus a olhasse com todo o desprezo que o via olhar para Esther, a única coisa pela qual almejaria seria se enfiar num buraco e morrer.

— Não vai me apresentar sua noiva, Niklaus? — a mulher disse, medindo Caroline com curiosidade.

— Sou Caroline Forbes — a loira adiantou-se, apertando a mão de Klaus.

— Niklaus — disse a mulher, dirigindo-se a ele —, não vai me apresentar?

Devido à expressão contrariada, à linha cerrada dos lábios, à frieza do olhar dele Caroline sentiu um arrepio percorrê-la de alto a baixo, enquanto Esther parecia imperturbável, sor­rindo para ele como se tivesse um trunfo nas mãos.

— Caroline Forbes... Esther... Esther... Cacillas... — ele apresentou visivelmente a contragosto.

Fora imaginação ou realmente ocorrera uma ligeira hesita­ção da parte de Klaus ao pronunciar o sobrenome daquela mu­lher? Como se preferisse não pronunciá-lo, ou mesmo ocultá-lo. No que lhe dizia respeitoso sobrenome Cacillas não significava nada para ela, o que, evidentemente não acontecia com Klaus. Que situação!

— Sra. Cacillas — Caroline cumprimentou, embora não sou­besse qual o estado civil daquela mulher, que não usava aliança.

— Srta. Forbes — a mulher disse e voltou-se para Klaus. — Ao que parece o casamento vai se realizar num sábado, daqui a três semanas.

Klaus olhou para o jornal que ela dobrara e retrucou:

— Esse é um dos poucos jornais que publicam a verdade. A mulher continuou a sorrir com uma ironia quase insolente.

— Creio que receberei um convite, não?

Caroline viu o horror estampado no rosto de Klaus e seus olhos escurecerem de raiva. Estava claro que aquela mulher, tivesse representado o que quer que fosse a sua vida, era página virada e que ele não a queria em seu casamento.

— A cerimônia vai ser muito simples — Caroline respondeu o que não era verdade, pois a lista de casamento já incluía setenta convidados. — Apenas a família e alguns amigos mais chegados.

A loira arqueou as sobrancelhas.

— Ótimo, nesse caso...

— Estamos realmente com muita pressa, Esther — Klaus interrompeu-a, sempre segurando firme na mão de Caroline — de forma que, se não se importa...

— Vocês têm razão de estar com pressa... — Esther disse, examinando, desdenhosamente, o ventre de Caroline.

Caroline percebeu que aquela mulher sabia, ou pelo menos in­tuíra, que ela estava grávida. Como poderia saber se sua bar­riga ainda não demonstrava nenhum sinal evidente? Pensou se Klaus não teria comentado seu estado com aquela mulher para ter uma desculpa para seu casamento apressado, que acabaria em tragédia se o futuro sogro viesse a descobrir que ele era o pai da criança e não assumisse a paternidade. Nossa quanta coisa passava pela cabeça, quando não se sabia nada, Caroline disse a si mesma.

Sentiu-se, repentinamente, muito mal. Aquele momento de des­coberta, de emoção indizível que compartilharam juntos quando viram os bebês, morreu, sumiu como fumaça levada pelo vento.

O que significaria aquela mulher na vida de Klaus? Um gran­de amor? Uma grande desilusão? Nada?

As lágrimas que naquele instante inundaram seus olhos a cegavam, e ela fez um enorme esforço para evitar que caíssem. A última coisa que queria era chorar diante de Klaus e daquela mulher vulgar, porém bonita e, apesar da idade, ainda atraente.

— Se não se importa, Klaus, estou um pouco cansada — disse, voltando-se para ele. — Quero ir para casa.

Seu tom de voz foi firme para ocultar o que realmente lhe ia na alma.

— Acho melhor descansar até a hora de sairmos com Elena e Damon.

— Caroline...

— Eu falo com Elena mais tarde e depois ligo para você para dizer o que combinamos. Não se preocupe comigo. Tomo um táxi. Fique a vontade para conversar com a sra. Cacillas — sugeriu.

— Espero não ter interrompido nada... — insinuou Esther, jocosamente, pois divertia-se à custa do embaraço que causara.

— Não interrompeu, sra. Cacillas. — E olhando para Klaus carinhosamente, continuou: — Teremos o resto de nossas vidas para ficar juntos. Não posso negar-lhe, sra. Cacillas, uns mi­nutos a sós com Klaus.

— Muito gentil de sua parte — respondeu Esther. Gentil era a última coisa que Caroline queria ser. Desejava isso sim, arrancar aquele sorrizinho impertinente daqueles lá­bios, o que não poderia fazer enquanto não soubesse exatamente qual o significado daquela mulher na vida de Klaus.

— Então ficamos assim, Klaus. Espere meu telefonema. — E despediu-se, dando-lhe um beijo no rosto que parecia duro como pedra. — Adeus, sra. Cacillas.

— Até mais ver — respondeu a mulher, imperturbável. Caroline tomou um táxi e acenou ao partir. Ao sentar-se, notou que suas pernas tremiam.

Quem seria aquela mulher que a afetara tanto? Que tivera a capacidade de desestabilizar Klaus, um homem tão senhor de si? Não fazia parte de seu temperamento antipatizar, logo de cara, com uma pessoa, mas aquela mulher fugira à regra. Não gostara dela, e sua opinião se agravou ainda mais quando notou que ela tinha alguma ascendência sobre Klaus.

Talvez fosse ela a razão de ele ter ficado tão contrariado com o anúncio no jornal. Era óbvio que não queria que alguém sou­besse de seu casamento. Esse alguém tinha certeza, era Esther.

Mas quem era Esther? O que representava para Klaus? E concluía que a resposta a essas perguntas não a faria feliz.

Klaus observava Caroline conversar animadamente com Elena.

Conforme prometera, Caroline lhe telefonara para dizer que combinaram encontrar-se no White Clover, o restaurante que preparava o melhor haddock da cidade.

Quando às sete horas foi buscá-la, estava lindíssima num vestido preto que lhe afinava a silhueta, sandálias italianas e um xale cor de cereja sobre os ombros.

Falaram pouco durante o trajeto, mas, no restaurante, em companhia de Elena e Damon, ela parecia feliz, e o desagradável encontro da tarde, esquecido.

Na verdade, aparentemente esquecido, porque Klaus sentia que alguma coisa mudara entre eles. E devia isso a Esther. Caroline mostrara-se extremamente polida quando lhe dissera o quanto estava linda, extremamente atenciosa a tudo que ele dizia, mas distante. Não permitiu nem um beijo, nem um abra­ço, nem um aperto de mão. Também não fez nenhuma pergunta.

Temia que essa situação incômoda perdurasse até o casamen­to, mas não queria que Caroline soubesse quem era Esther até serem, para sempre, marido e mulher, segundo a lei de Deus.

Depois que Caroline os deixara, Klaus fizera Esther entrar e tivera com ela uma conversa definitiva. Dessa conversa ficara bem claro que, se ela voltasse a atrapalhar sua vida, nunca mais veria um centavo, e como dinheiro era tudo que a inte­ressava, achava que dessa vez conseguira tirá-la do caminho. Mas no que dizia respeito à Caroline, voltara à estaca zero. Não dava para agüentar. Não era justo. Ter Caroline a seu lado fora o que de melhor acontecera em sua vida e não estava disposto a perdê-la.

Estendeu a mão por cima da mesa para segurar a mão de Caroline, apertando-a com força, porque percebeu que ela ia evitá-lo.

— Já contou a Elena a novidade?

Ela olhou-o interrogativa, e corou, desviando o olhar.

Klaus compreendeu que ela não queria tocar no assunto.

Como o curso dos acontecimentos podia mudar de uma hora para outra! Caroline parecera tão contente quando vira as duas carinhas na tela, e ambos estavam tão felizes, partilhando da­quele momento inesquecível... De repente, viera a tempestade e ela se tornara comedida, fria, distante.

Isso se devia a Esther, mas se ela pudera causar-lhe tanta infelicidade no passado, não permitiria que sua sombra sinistra viesse a ameaçar uma felicidade que, conforme prometera a si mesmo, iria proporcionar a Caroline.

— Nós já estamos a par do casamento — disse Elena sorridente, quebrando o longo silêncio que se seguira à pergunta de Klaus.

— Caroline? — Klaus insistiu, olhando para ela carinhosamente. Com um profundo suspiro, Caroline contou para a irmã que naquele dia Damon fizera um ultra-som e...

Elena voltou-se para Damon, que ouvia em silêncio, antego­zando a surpresa que lhe estava reservada.

— Damon, você não me disse nada...

— Querida, a velha regra de que a relação entre médico e paciente deve ser estritamente confidencial não caiu em desuso, mesmo sendo a paciente irmã de minha mulher. Como você, aliás, sabe muito bem.

— Dá para acreditar, Klaus? — disse ela sorrindo. — Esse meu marido é cheio de segredos!

Klaus sempre gostara daquela moreninha que, das três irmãs, era a mais levada e temperamental, mas pelo ar satisfeito de Damon, dava para ver que entre eles tudo corria bem.

— Então, qual a novidade? — Elena insistiu.

Como a loira continuou calada, Klaus tomou a dianteira e tirou do bolso a fotografia dos bebês.

A reação de Elena foi como era de se esperar, de grande surpresa e indescritível alegria. Nunca houvera gêmeos na fa­mília! Essa nova fase, Caroline estava inaugurando.

E a conversa que se seguiu, sob o olhar complacente dos homens, versou sobre carrinhos de bebês, roupinhas, bercinhos, brinquedinhos, tudo em dobro.

— Esta noite foi bem diferente para vocês, não, rapazes? — disse Elena. — Mas foi gostoso ouvir falar de enxoval para bebês, não foi? Você quer ir comigo à Harrod's amanhã, Caroline? Quero ser a primeira a dar um presente aos meus sobrinhos.

— Claro Elena!

Mais tarde, no caminho de casa, Caroline perguntou:

— Então, não foi maçante nossa conversa durante o jantar, Klaus? Bebês, bebês e mais bebês...

— Por que seria maçante para mim ouvir falar de nossos filhos?

— Porque esse tipo de conversa não costuma agradar a maio­ria dos homens.

— Eu não sou como a maioria dos homens, Caroline, e a esta altura, você deveria saber disso muito bem.

Klaus lamentava que com Caroline as coisas parecessem ir bem para logo depois irem mal. Só esperava que aquela instabilidade não durasse para sempre, porque ansiava por uma vida estável ao lado da mulher que sempre amara.

Ele sabia que o atual retrocesso se devia a Esther e tentou falar sobre ela para quebrar o gelo que crescia entre eles:

— Sobre Esther...

— Não quero saber — Caroline respondeu com frieza.

— Não?

Caroline fez que não com a cabeça.

— Ela, obviamente, integra um período de sua vida que não me diz respeito. Não tenho nada com isso.

Klaus se calou, atônito diante daquela declaração proferida em tom contundente, porque compreendeu que Caroline acredita­va que Esther e ele tivessem tido um envolvimento amoroso.

Céus, mas o que mais ela poderia pensar? Esther era uma bela mulher, embora a beleza de seu corpo destoasse de sua alma, e, até aquele momento, não explicara quem era aquela loura misteriosa que o esperava no escritório.

— Você não a verá nunca mais — declarou.

— Bem, essa não é a questão principal, Klaus.

— Qual é então?

— É se você a verá ou não nunca mais. Klaus engoliu em seco.

Se fizesse essa promessa, poderia cumpri-la?


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Notas finais do capítulo

E isso =] espero que tenham gostado e até a proxima.
PS: com o fim chegando, não tera mais spoilers