The Wedding escrita por Natalia Lima


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! Nos vemos lá em baixo!



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Acordei sentindo o calor do corpo nu de America ao meu lado. Aprecio seu rosto relaxado enquanto ela ressoa tranquila, com o rosto deitado em meu peito. Instintivamente beijo sua testa.

Nada poderia ter me preparado para a noite que tivemos. Foi algo além da perfeição. Nenhuma sensação se compara as que eu senti naquela noite. Ter meu corpo envolvido pelo seu, sem barreiras. Ver seu rosto em uma expressão de deleite toda vez que o prazer era demais.

Juntos deixamos nossas inibições de lado e nos entregamos um ao outro. Eu sabia que poderia ser bem doloroso para ela. No começo eu a senti um pouco hesitante, por causa do desconforto, mas logo ele foi esquecido. Substituído pelo prazer.

Com um suspiro, levanto da cama com cuidado para não acorda-la. Me visto rapidamente e saio do quarto.

No corredor encontro Mary.

– Majestade – ela cumprimenta. – Senhora America precisa de algo?

– Não Mary, por enquanto não. Estou indo na cozinha para pegar nosso café da manhã, mais tarde talvez ela precise de você.

– Tudo bem, Majestade – diz ela, se afastando.

Cumprimento os guardas que estão nos corredores e logo chego na cozinha.

– Bom dia, senhorita Paige – chamo sua atenção.

– Majestade.

– Poderia preparar uma bandeja de café de manhã para America, por favor?

– Com prazer, Majestade. O senhor gostaria de ter seu desjejum aqui ou com ela? – pergunta ela, já se atarefando.

– Vou comer por aqui mesmo, senhorita – digo, me servindo. Nada como café forte e torradas com geleia de Blueberry.

Após alguns momentos Paige aparece com a bandeja de America.

Chego no quarto e America está se espreguiçando na cama, envolta em um lençol, os cabelos ruivos lindamente bagunçados.

– Você parece cada dia mais linda. Bom dia, minha querida – digo sorrindo. Me aproximo e beijo sua testa.

– Bom dia, Majestade – responde, com a voz um pouco rouca por ter acordado há pouco. Ela se afasta depois de tocar meu rosto.

– Trouxe seu café. Temos aqui suco, granola, aveia, croissant e torta de morango – Nem preciso dizer que seus olhos brilharam ao ouvir o último item. Depositei a bandeja ao seu lado.

– Estou faminta – disse ela se levantando, me dando a visão de seu corpo perfeito. Tentação.

Ela pegou minha camisa que estava jogada de qualquer jeito no chão e a vestiu. Estávamos com pressa ontem. Voltando para a cama, ela atacou a torta de morango. Depois de alguns minutos e sua fome saciada, ela perguntou:

– Quais são os planos para hoje?

– Governar um país – respondi, dando de ombros.

Ela estreitou os olhos para mim.

– Temos que revisar os projetos sobre o fim das castas e trabalhar naqueles para ajudar as classes mais baixas. No final do dia, teremos que estar no Jornal de Illéa. Silvia provavelmente vai encontrar muitas coisas para você fazer.

– Tudo bem, amor. Poderia chamar minhas criadas, por favor?

– Encontrei Mary mais cedo, ela provavelmente deve estar vindo para cá neste momento. – disse.

– Vou me arrumar e te encontro lá embaixo – diz ela, seguindo para o banheiro.

~xXx~

Desvio minha atenção dos papeis na minha frente por um momento. Suspiro. Não é nada fácil mudar a forma social de um país, deveria saber disso. Mas não podia fechar meus olhos para a desigualdade gritante que ali havia. Não poderia ser como meu pai.

É impossível transformar Seis em Um, mas não é difícil dar uma qualidade de vida digna para todos.

America e August estavam me auxiliando nos projetos, mas mesmo assim tudo parecia muito difícil. Teria que encontrar uma forma de remunerar as classes mais baixas, sem fazer com que o país entre em uma crise econômica.

Obviamente, existiam pessoas que preferiam a sociedade antiga. Pessoas das classes mais altas que queriam manter seu status e deixando os mais necessitados no escuro, como se fossem invisíveis. Egoístas.

Duas leve batidas na porta me tiram dos meus pensamentos. America aparece.

– Posso entrar? – pergunta nervosamente.

– Claro.

Ela se sentou na cadeira á minha frente. Estalava os dedos.

– Estava conversando com Nicoletta, e ela me fez lembrar de um grupo de pessoas que também necessitam de nossa atenção. Até mais, na verdade.

– Quem seria? – pergunto, interessado.

– Olhando a composição das castas, percebi que as pessoas com alguma deficiência mental e viciados têm o pior tipo de tratamento possível. E sem duvidas, são os que mais necessitam de atenção. Encontrei alguns papeis de sua mãe, onde ela havia iniciado alguns projetos sobre isso. Resolvi então dar uma atualizada neles e colocar nas características em que vivemos hoje. Se ajudados, poderemos reduzir a taxa de criminalidade no país.

– Querida, temos que ir com calma...

– Mas não podemos deixar isso de lado! – retruca ela exasperadamente.

– E não vamos. Mas vamos focar em uma coisa de cada vez. Precisamos pensar na forma de ajudar as classes mais baixas, mas sem fazer acepção com as mais altas. – respondo, pensativo.

– Impostos. – diz ela, depois de alguns momentos em silencio.

– America, não posso extorquir as pessoas.

– Não estou falando disso. August me disse que as classes mais altas são praticamente isentos de impostos. Se aumentarmos um pouco a taxa de impostos e reverter isso para o bem estar da população em geral, todos vão aceitar.

– É uma boa alternativa. Mas não podemos simplesmente dar dinheiro á eles.

– Claro que não. É aqui que entra aquele projeto que fizemos. Eles trabalham e ganham por isso. Juntamente com uma certa quantidade de comida. E eles não estariam livres do impostos também. O que eles comprassem com seus salários teria uma taxação, que novamente seria revertida para todos.

– Tudo bem. Temos que conversar com August mais tarde. – digo.

– Pode ser mais tarde? – pergunta ela.

– Sem problema. Por que?

– Gostaria de passear com meu marido. – respondeu sorrindo.

– E para onde iriamos? – pergunto, enquanto me levanto, dando a volta na mesa e parando em sua frente. Pego suas mãos e a puxo para meus braços.

– Faz algum tempo que não vamos no telhado, tem uma vista tão bonita...

– Seu desejo é uma ordem – antes de solta-la, a beijo rapidamente e pego sua mão, a guiando até lá.


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Notas finais do capítulo

Oi, voltei! Espero que gostem. Tenho um pedido á fazer: por favor comentem, conversem comigo. Além de ser um ótimo incentivo para escrever, fico sabendo a opinião de vocês, que é super importante para mim. O primeiro capítulo teve 51 acessos e definitivamente não teve esse número de comentários. É isso.
Beijo, até logo!



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