The Wedding escrita por Natalia Lima


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi, boa leitura! Nos vemos nas notas finais.
Capítulo dedicado à Carol! Muito obrigada pela recomendação, sua linda ♥



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Anteriormente em The Wedding...


– Acalme-se, Maxon. Ficar nesse estado não vai fazer bem nem para você, nem para ela. – Aspen disse, firme, ao meu lado.


– Você não entende, eu não posso deixa-la sozinha! – exaltei-me.


– Maxon. – chamou-me dr. Paul, passando pela porta.


– Doutor, como elas estão? – perguntei, as palavras exalando meu medo.


– Uma cesariana de emergência terá que ser feita. A vida de ambas está em risco no momento.

[...]


As palavras do médicos se repetiam dentro de minha mente, em um eco perturbador. Minha filha nem havia nascido e já corria risco de nem conhecer esse mundo. E America? Será que ela conheceria sua tão esperada filha?


Uma sensação agonizante passou por meu corpo.


– Doutor, as chances... Quais são as chances delas sobreviverem? – perguntei. As palavras mal saiam por minha garganta, que estava apertada.


– Faremos o possível. Sua esposa está sendo cuidada por uma excelente equipe. Mas peço que o senhor se acalme. – disse ele, sinceramente. Porém, não me passou despercebido, o fato dele ter evitado minha pergunta. Não queria nem pensar no que ele poderia estar escondendo de mim.


– Eu vou poder entrar para acompanhar America? – perguntei, quase implorando.


– Majestade, temo que não. O senhor nesse estado não traria nenhum benefício lá no centro cirúrgico. Agora tenho que ir. Logo trago notícias. – disse ele, passando pelas portas que me separavam das duas coisas mais importantes da minha vida.


– Vamos nos sentar, Maxon. – puxou-me Aspen pelo braço. Tinha me esquecido totalmente de sua presença ali.


A fragilidade da vida foi algo que sempre me chamou atenção. As pessoas constroem laços, se tornam dependente de outras. Durante os dias que correm, acabam se esquecendo que tudo pode acabar, em um sopro. Com a mesma espontaneidade em que a vida é formada, ela se vai. Se vai e deixa para aqueles que ficaram memórias. Essas podem se tornam um refrigério ou uma tortura.


Por isso eu sei, que se a vida delas acabace ali, a minha também acabaria. Um mundo sem America e até mesmo sem Amberly – que só se fazia presente pelos suaves movimentos de dentro do ventre de sua mãe – seria uma tortura, uma prisão, uma punição. Se esse fosse o objetivo de Anthony – me castigar – ele havia conseguido. Obviamente ele conhecia meu ponto fraco. Sabia onde me atingir, até eu não conseguir mais sobreviver.


Preciso que esteja aqui

Preciso perder meus medos

Preciso do amor que só você me traz

Pra curar e me trazer a paz


– Anthony? – perguntei para Aspen, querendo saber do estado dele.


– Morto. – ele respondeu simplesmente.


Ótimo.


Sempre ouvi de minha mãe que não devia desejar a morte de ninguém, ou que não tinha o direito de tirar a vida de alguém, mas acredito que na atual conjuntura, eu poderia ser um pouco egoísta. Quem sabe até cruel. De qualquer forma, ele mereceu.


– Aspen, você acha que elas vão ficar conseguir? – perguntei, escondendo meu rosto com minhas mãos, com medo da resposta. Eu realmente esperava que ele me dissesse algo que me desse forças.


– America sempre foi durona. Ela não acabaria assim, você sabe disso. Sua filha leva o nome de uma rainha e sendo filha de quem ela é, com certeza ela é forte o suficiente para isso. – respondeu ele, com a mão em meu ombro.


– Obrigado. – falei, olhando para sua figura de aparência cansada. Ele apenas balançou a cabeça e me mostrou o que parecia ser um sorriso.


Subitamente me senti exausto disso tudo. Da espera, do medo, da incerteza. Meus olhos ficaram úmidos quase instantaneamente. Quando estava prestes a me entregar ao choro, trazido pelas lágrimas que teimavam a deixar meus olhos, doutor Paul apareceu, tomando minha total atenção.


– Acabamos o procedimento. – disse ele. Sua voz se tornando mais clara, quando ele se livrou da máscara cirúrgica que cobria parte de seu rosto.


– Como elas estão? – perguntei, querendo – e não querendo – saber do estado em que America e Amber se encontravam.


– Bem. Não foi um cirurgia fácil para nenhuma das duas. Mas ambas estão estáveis. Sua filha teve uma pequena complicação para respirar, se encontra na incubadora, mas nada preocupante, apenas o procedimento normal. – explicou ele, me deixando um pouco aliviado. – America já foi transferida para um quarto, porém ainda está sedada, então provavelmente só vai acordar daqui algumas horas.


Pude ouvir Aspen suspirando ao meu lado.


– Eu posso vê-las? – pedi.


– Claro, siga-me por favor.

Passei pelas portas que agora não pareciam mais grandes vilãs. Entrei em um corredor ladeado por várias portas. Algumas placas indicavam para o que elas serviam.

Farmácia

Emergência

Atendimento

Internato

Essa última placa indicava para um corredor, onde viramos à direita. Mais portas, dessa vez elas eram indicadas por números.


– Quarto 77. – o médico me indicou.


Abrindo a porta, encontro America dormindo no lado do quarto oposto ao meu. Rapidamente estou ao seu lado, examinando-a. Seu rosto encontra-se pálido, assim como seus lábios. Alguns fios de seu cabelo que não estavam presos, se encontravam grudados em seus rosto e pescoço, levemente úmidos de suor. Poucos fios encontravam-se ligados ao seu corpo, mantendo-a conectada a uns monitores presentes no quarto. Peguei uma de suas mãos. Estava gelada.


– Ela está mesmo bem, doutor? Fora de qualquer risco?


– Sei que ela não parece como você está acostumado, mas o pós operatório funciona assim mesmo. Ela perdeu um pouco de sangue, por isso a palidez e a sudorese, mas isso é normal. Ela está recebendo fluídos para mantê-la nutrida e hidratada. Posso te garantir que o pior já passou. Sim, ainda é um momento em que teremos que trata-la com cuidados especiais. Mas isso faz parte de qualquer recuperação e cesariana. – assegurou-me ele.


– E quanto à minha filha? – perguntei, ansioso para conhece-la.


– Você também pode vê-la. Gostaria de ir agora?


– Por favor. – concordei.


Saímos da ala de internatos, e voltamos ao mesmo corredor principal, andando até outra sala intitulada Berçário. Uma parte da parede era feita de vidro, mas não havia nenhum bebê ali. Olhei para o médico, procurando uma explicação.


– Ela está na parte de trás. – explicou, entrando no berçário.


Seguindo-o, percebi que havia uma porta no canto esquerdo da sala. Duas enfermeiras estavam ali, rodeando um incubadora. Quando nos viram, se retiraram.


– Por que ela está em um incubadora? – perguntei, preocupado.


– Apesar de estar bem e estável, ela nasceu um pouco antes do tempo certo. Como disse antes, ela teve algumas dificuldades em respirar, por isso ela está aqui sendo monitorada. – respondeu ele.


– Mas ela está bem, certo?


– Sim. Aquelas enfermeiras estavam retirando o aparelho que a ajudava a respirar, o que significa que ela está muito bem.


Com as minhas dúvidas sanadas, caminhei até a incubadora, para finalmente conhece-la.


Não estava preparado para o que eu vi. Nunca estaria.


Doravante, a minha alma mudou seu lar

Herdei um coração pra bater

Do lado de fora do meu peito

Amberly era um bebê pequeno, que apensar de um pouco magra, tinha a pele mais alva e de aparência mais suave que já vi. Ela se encontrava com os olhos fechados, assim como as pequenas mãos. Seu rosto virado em minha direção. Em sua cabeça, muitos fios de cabelo, mais ruivos que de sua mãe. Ela era a coisa mais preciosa e linda que já vi.


– Ela vai ficar aqui por quanto tempo? – questionei, sem conseguir desviar meus olhos dela.


– Até ela ganhar algumas gramas. Logo America também estará apta a amamentar. Diria que em alguns dias ela estará no Palácio com vocês. – respondeu ele.


Passando minhas mãos pelas aberturas que havia na incubadora, levei meu dedo indicador à sua mão. Ela parecia tão frágil, que qualquer toque poderia quebra-la. Sim, sua pele era macia como esperava. Seus lábios se mexiam levemente, assim como suas pálpebras que se abrindo, revelando o costumeiro tom azulado, dos olhos de recém nascidos. Quando seus dedos se fecharam em torno de meu dedo, as lágrimas que nem percebi que segurava, escorreram livremente.


– Olá, minha querida. Você já chegou dando um susto no papai, não é mesmo? – falei, usando o tom mais suave de minha voz. – Isso só me faz te amar mais, pequena Amberly. Logo você poderá conhecer a mamãe e ver quão incrível ela é. Tenho certeza que ela não vê a hora de te ter nos braços dela também. Bem vinda ao mundo, princesa.


Êtes mon miracle, ma joie

(Sois meu milagre, minha alegria)

Ma petite, ma prière, mon trésor

(Minha pequena, minha oração, meu tesouro)

Ma façon d'aimer, mon don de Dieu

(Minha maneira de amar, meu dom de Deus)

Mon ange, tu sera mon combat

(Meu anjo, tu serás meu combate)

Et ensemble, nous serons très forte

(E juntos, nós seremos muito fortes)

Un baiser d'esquimau, ma chérie

(Um beijo de esquimó, minha querida)

Et n'oubliez jamais ceci

(E não esqueçais jamais isso)

Maman et papa vous aime

(Mamãe e papai vos amam)


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Eu sei que sumi, mas a vida pode ser bem louca, sabe? Mil desculpas, queridas! Bom, acho que temos apenas mais uns 2 capítulos de TW, então reta final! Bom, se puderem, favoritem e recomendem a história, a autora fica mega feliz. Não esqueçam de comentar!
OBS: Os trechos que apareceram no decorrer do capítulo pertencem às músicas Meus Medos e Fleur de Ma Vie, ambas da banda Rosa de Saron!
Até mais!