Minerva apenas olhava Hermione, seu medo maior era a reação dela, isso a deixava nervosa, nunca quis que isso fosse assim, mas sempre achou certo que fosse assim, era necessário, todos ali naquela casa, tinham sofrido as consequências depois do ataque dos comensais em Hogsmead, ela olhou para Elph, porém como um pai zeloso ele observava Hermione, então voltou a olhar para ela, a menina estava olhando para ambos com lagrimas nos olhos, decidiu que agora era hora de exercitar seu lado corajoso e começar a explicar a sua filha o que houve:

– Hermione. – disse ela calmamente dando dois passos à frente. – eu sei que deve estar com muita raiva e muito surpresa, mas precisa nos escutar... Me escutar. – ela olhou rápido para Elph, ele assentiu bruscamente uma vez apenas e essa foi a deixa para voltar a olhar nos olhos da sua filha e voltar a falar. – quando estava prestes a fazer dois anos, eu estava no castelo terminando algumas correções para voltar para casa, quando o diretor Dumbledore apareceu, momentos depois um patrono nos avisou sobre o ataque na nossa casa, minha e de seu pai, Alvo e eu corremos para lá, porém quando chegamos, já era tarde, você estava protegida em seu berço, o professor Snape estava estático olhando para onde seu pai aparatou com o comensal da morte...

Então ela notou o olhar vago e distante de Hermione, Elph também então ele se adiantou e tentou chamar a atenção de sua filha, quando a conseguiu, Hermione olhou para eles e parecia surpresa:

– Professora McGonagall o que faz aqui? – perguntou ela logo ficando em pé e tentando parecer apresentável.

– Eu...Eu...

Elph olhou bem para Hermione e soube o que era, infelizmente se fosse ter uma conversa com Alvo teria que dar um jeito de Hermione ficar longe por um tempo e para isso ele olhou para a situação:

– Ela veio para te levar na livraria dos bruxos querida, como presente de aniversário adiantado. – explicou ele. – lembra você estava tão animada.

Hermione exibiu um belo sorriso e foi se trocar pedindo desculpas para a professora por ter se esquecido, Elph esperou a filha sair e olhou para Minerva:

– Alvo. – sussurraram eles em conjunto.

– Pode mesmo resolver isso? – perguntou Minerva notando as evidencias visuais que fariam Elph ficar furioso a cada segundo.

– Sim, vou conversar com ele.

Não demorou muito e Hermione estava de volta, então saiu com a professora, praticamente pulando de alegria com a perspectiva de livros novos. Alvo esperava que Elph aparecesse em sua casa algum dia, para reclamar de algo com Hermione. Elphinstone nunca esteve tão furioso em toda a sua vida, para tanto ele ignorou completamente qualquer peculiaridade da casa de Alvo, incluindo o próprio:

– O que fez com a minha filha? – exigiu ele.

– Eu protegi. – respondeu Alvo tranquilamente. – com um pequeno feitiço, apenas isso.

– Você colocou um elenco de memória complicado e poderoso, além de tudo completamente ilegal! – gritou Elph ficando vermelho de raiva. – o que pensa que está fazendo?

– Sabia que um dia você e Minerva contariam a ela, sabia que seria cedo demais, tudo isso é para proteger vocês. – explicou Alvo como se falasse sobre o tempo no dia seguinte, ignorando a tempestade que se formava em sua casa naquele exato momento.

– Cedo demais? – zombou Elph. – eu sou o pai dela, Minerva é a mãe, nós sabemos o que é ou não é bom para a nossa filha, principalmente quando é ou não cedo demais Alvo.

– E contar a uma criança de doze anos que sua família se separou e que ela foi obrigada a viver longe da mãe, apenas para que permanecessem anônimos e vivos é algo que ela entenda. – retrucou Alvo.

– Sim é! – berrou Elph, apontando a varinha para Alvo. – você vai retirar o que colocou nela nesse momento.

– Eu não vou fazer isso. – disse Alvo enfrentando seu amigo. – não vão contar a ela nada, até que realmente ela esteja preparada para entender completamente.

Elphinstone abaixou a varinha e olhou para o chão por alguns segundos, raiva era tudo o que ele sentia de Alvo, quase beirava ao ódio:

– Eu nunca quis me fingir de morto, mas você providenciou isso em minha inconsciência, você se aproveita de Severo, fazendo ele espionar dia e noite, fazendo ele sofrer dia e noite... Agora eu entendo porque Aberforth te odeia com tanta paixão. – ele olhou nos olhos de Alvo. – ele não te odeia pela morte de Ariana, não muito pelo contrário, ele te odeia porque tudo o que você pensa ser o certo você faz, isso destruiu sua família e agora você está destruindo a minha, então pense nisso Alvo, porque nem tudo o que você pensa é certo. – ele começou a ir para saída quando voltou a olhar rapidamente para Alvo. – se eu souber que chegou perto de Hermione ou fez algo do tipo com Minerva, eu vou te matar.

– Não faria isso meu amigo. – respondeu Alvo meio chocado com o que foi dito a ele.

– Não me tome como um homem de ameaças, tome como um aviso. – então ele aparatou.